Estava relendo Chainsaw Man recentemente e pensei nisso, embora eu diria que é mais uma teoria do que uma interpretação de alguma mensagem do mangá. Eu suponho que o Demônio da Motosserra na verdade seja o Demônio da Censura, ou talvez o demônio da auto censura.
Quando você observa o conceito isso já se torna muito obvio, quando o Chainsaw Man devora um demônio seu nome é esquecido assim como o conceito relacionado a ele, ou seja, o que é devorado pelo Motosserra é esquecido e deixa de existir. Qual é o objetivo central da censura? Fazer as pessoas se esquecerem de algo (ou não conhecerem) e então apagar essa informação. É a velha questão: "Se uma árvore estava a cair numa ilha onde não havia seres humanos para vê-la, a árvore caiu mesmo?"
A parte do esquecer é muito importante, porque como fica claro no caso do demônio da Guerra, se o Chainsaw Man devora apenas partes de um demônio, ele é apenas parcialmente esquecido, o que significa que o Motosserra tem o poder de decidir o que vai ser esquecido, ele não simplesmente apaga um conceito da existência, ele controla a memória e provavelmente a percepção dele, exatamente como uma forma de manipulação. No caso eu prefiro deixar como censura ao invés de manipulação pois o segundo é apenas consequência do primeiro.
No entanto, não foi o conceito do poder que me fez pensar nessa teoria e sim o dialogo da Makima. A Makima representa o controle, e no no caso da luta contra o Chainsaw Man ela estava representado o governo japonês. Indo direto as falas que me fizeram relacionar o Chainsaw Man com a censura:
O que motosserra tem a ver com censura?
Quando você observa o conceito isso já se torna muito obvio, quando o Chainsaw Man devora um demônio seu nome é esquecido assim como o conceito relacionado a ele, ou seja, o que é devorado pelo Motosserra é esquecido e deixa de existir. Qual é o objetivo central da censura? Fazer as pessoas se esquecerem de algo (ou não conhecerem) e então apagar essa informação. É a velha questão: "Se uma árvore estava a cair numa ilha onde não havia seres humanos para vê-la, a árvore caiu mesmo?"
A parte do esquecer é muito importante, porque como fica claro no caso do demônio da Guerra, se o Chainsaw Man devora apenas partes de um demônio, ele é apenas parcialmente esquecido, o que significa que o Motosserra tem o poder de decidir o que vai ser esquecido, ele não simplesmente apaga um conceito da existência, ele controla a memória e provavelmente a percepção dele, exatamente como uma forma de manipulação. No caso eu prefiro deixar como censura ao invés de manipulação pois o segundo é apenas consequência do primeiro.
No entanto, não foi o conceito do poder que me fez pensar nessa teoria e sim o dialogo da Makima. A Makima representa o controle, e no no caso da luta contra o Chainsaw Man ela estava representado o governo japonês. Indo direto as falas que me fizeram relacionar o Chainsaw Man com a censura:
Embora todos os demônios temam e odeiem o Chainsaw Man, o Demônio do Controle se declara um fã dele. O que faz sentido quando você pensa o quanto controle e censura são coisas conectadas. A humanidade criou formas de controle exatamente para decidir o que pode ou não ser dito ou feito, a evolução das formas de controle aconteceram exatamente com o aperfeiçoamento dos meios de censura. O que torna obvio o porque da entidade que personifica o controle querer controlar a entidade com poder de censurar qualquer coisa.
Quando o Kishibe questiona se a Makima vai usar o poder do Chainsaw Man para fazer algo ruim, ela responde que obviamente não irá porque ela representa o governo japonês, ele então aponta para o fato de que seria capaz de controlar o poder do Chainsaw Man, ou seja, o poder da censura seria melhor e mais eficiente se estivesse nas mãos o Demônio do Controle. Basicamente, controlar o que ou não pode existir é um poder eficiente quando está nas mãos do governo, pois o governo nunca usaria tal poder para fazer mal ao mundo.
Ela então revela como usaria esse poder para fazer as pessoas esquecerem da fome, da guerra e da morte (isso toma um sentido diferente na parte 2) e então, quando o Kishibe questiona se ela não tem medo desse poder, ela revela que também deseja ser devorada, olhando pelo lado figurativo e literal isso significaria que as pessoas iriam esquecer que são controladas, basicamente uma ditadura perfeita.
Obs: É interessante perceber também que o discurso da Makima é hipócrita porque ela fala como uma representação personificada do povo japonês, por ter um contrato com o governo, mas ao mesmo tempo ameaça eles indiretamente já que qualquer dano causado nela seria refletido na população. Ou seja ela age como uma representante dos seus próprios reféns.
Não faço ideia, o autor provavelmente apenas usou isso para encaixar na narrativa do demônio do controle, ou talvez seja do fato da censura normalmente ser representada por algo sendo cortado.