Antes de tudo, esse texto foi escrito por um camarada meu e do Flash, que frequenta o fórum, mas não criou uma conta.
Texto escrito por Stralinho.
A compressão da Esdrúxula Comparação Entre Nazisfascismo e Comunismo
A muito tempo se vê uma discussão fútil dentre as massas mais despolitizadas sobre a comparação do comunismo com regimes nazifascistas. Temos que fazer uma breve divisão entre os termos, primeiramente, socialismo e comunismo são diferentes, com o primeiro sendo um termo guarda-chuva para ideologias que buscam a socialização dos meios de produção, e comunismo sendo um vertente do socialismo e modelo socioeconômico que quando atingido, se resultará na ausência das classes sociais e do estado, já que o mesmo serve a lógica de opressão de uma classe sobre a outra. [1]
Precisamos fazer também outra diferenciação muito explorada pela extrema-direita sobre o fascismo, que é usada para encobrir sua vertente ideológica. Primeiramente, temos o Partido Nacional Fascista fundado em 1921 na Itália, e fascismo como um fenômeno político ideológico.[2] Portanto, todas as vezes que me referir ao termo “fascismo” será no sentido de fenômeno político ideológico. fascismo é um fenômeno de contrarrevolução burguesa na época do capital monopolista que radicaliza a tradição liberal e colonial e que pauta seu modo de dominação política a partir de um dilatado e amplo terrorismo de estado.[3][4][5] O fascismo surgiu no século XX, e é característico de situações políticas de/ou ofensivas políticas da classe trabalhadora que ameaçam com a revolução socialista, ou então que a classe trabalhadora oferece resistência a transformações fundamentais do padrão econômico em determinado país. O fascismo na Itália e na Alemanha (nazismo) foram uma resposta a ameaça da classe trabalhadora com revolução socialista na Rússia, as tentativas de revolução na Hungria, Alemanha, aos conselhos de trabalhadores na Itália liderados pela figura comunista de Antônio Gramsci, e assim por diante.
Partindo para os principais tópicos “provando” que comunismo é igual a nazifascismo.
1- A falsa comparação pelo nome do partido nazista intitulado como, Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães.
Pegaremos qual o significado da palavra “socialista” para Hitler:
“Socialismo é a ciência de lidar com o bem comum. Comunismo não é socialismo. Marxismo não é socialismo. Os marxistas roubaram o termo e confundiram seu significado. Eu vou tirar o socialismo dos socialistas. Socialismo é uma instituição ancestral ariana, germânica. Nossos ancestrais tinham certas terras em comum. Eles cultivaram a ideia do bem comum. O marxismo não tem o direito de se disfarçar de socialismo. Socialismo, diferente de marxismo, não repudia a propriedade privada”. — Entrevista com George Sylverster Viereck em 1923.
E também.
“Socialismo como o conceito final do dever, do dever ético do trabalho, não para si mesmo mas também para seus pares e, principalmente, pelo princípio: bem comum antes do próprio bem, uma luta contra parasitismo e principalmente contra lucros fáceis e imerecidos. — 15 de agosto de 1920, discurso “Por Que Somos Antissemitas”na cervejaria Hofbräuhaus
Hitler se inspirou no livro "Prussianismo e socialismo" de Oswald Spengler, onde o mesmo afirmava que a ascensão do socialismo na Alemanha não havia começado depois das rebeliões marxistas de 1918-1919, mas em 1914 quando a Alemanha se preparava para a guerra, unindo a nação alemã em uma luta nacional que, segundo ele, se baseava em características socialistas prussianas que incluíam criatividade, disciplina, preocupação com o bem comum, produtividade e autossacrifício. Spengler critica o marxismo acusando-o de seguir a tradição britânica de que os pobres invejam os ricos e enfatiza que o verdadeiro socialismo assumiria a forma de corporativismo. Creio que deu para perceber que o socialismo de Hitler nada tem a ver com o socialismo da socialização dos meios de produção, portanto, nada com o marxismo/comunismo.
2- A afirmação que o nazismo prega a luta de classes, ou era de esquerda.
Na época muitos confundiam as políticas corporativas e autocráticas da proposta nazista com lógica comunitarista e planificadora do comunismo marxista.
Hitler chamava de "idiota" quem cometia o erro de confundir nazismo com esquerda:
"Quantas boas gargalhadas demos à custa desses idiotas e poltrões burgueses, nas suas tentativas de decifrarem o enigma da nossa origem, nossas intenções e nossa finalidade! A cor vermelha de nossos cartazes foi por nós escolhida, após reflexão exata e profunda, com o fito de excitar a esquerda, de revoltá-la e induzi-la a frequentar nossas assembleias; isso tudo nem que fosse só para nos permitir entrar em contato e falar com essa gente."
-Main Kampf
O Nazimo é em sua essência uma ideologia social-darwinista e anti-igualitária: pessoas podem ser classificadas em superiores ou inferiores por seus genes, sua ancestralidade, sua “raça”. Caberia ao Estado nazista fazer o elemento superior, “ariano”, prosperar – inclusive reprodutivamente, com o programa Lebensborn. Em outras palavras, cabia ao Estado promover a desigualdade “natural”. Quanto à parte econômica, Hitler deu todo o tipo de privilégio à classe industrial alemã, inclusive o de ter menos concorrência, com os judeus fora do caminho. Foi com seu apoio e o da classe média que ele ascendeu ao poder, por meios constitucionais. Chegando lá, proibiu sindicatos e enviou sindicalistas aos campos de concentração por meio dos "camisas pardas" ou Sturmabteilung e outros grupos paramilitares nazistas.
Nunca podemos esquecer das empresas que apoiaram Hitler e sua ditadura, como: Hugo Boss, que confeccionou as roupas dos oficiais nazistas, Coca-Cola, BMW, Mercedes e Volkswagen que usaram mão de obra escrava provindo dos Campos de concentração e Deutsche Bank que confiscou os bens dos judeus e vendeu ouro das vítimas do Holocausto. Dentre elas, a Ford Motor Company se destaca por seu fundador, Henry Ford ser amigo pessoal de Hitler, o único americano a ser citado no Main Kampf, é autor do livro antissemita "Judeu internacional"[6]. Esses fatos só reforça o caráter capitalista e anti-socialista alemão.
Recapitulando, oficialmente, o nazismo estava “abolindo a luta de classes”, unindo trabalhador e patrão no ideal da nação ariana – e no esforço para ampliá-la pela guerra. Na prática, o “socialismo” nazista distribiui o dinheiro de suas vítimas entre os “arianos”, pagando não com impostos, mas pilhagem. E, para o resto, os “não arianos”, restaurou o trabalho escravo, até à morte.
Como cita O falecido historiador alemão Joachim Fest, um dos maiores especialistas em nazismo, e uma figura não-socialista, um conservador católico, resumiu assim o consenso: Hitler era tão “socialista, quanto era cristão".
Hitler abominava a propriedade privada como o mesmo já citou, abominava a luta de classes e o marxismo. O nazismo se legítima a partir de uma raça superior em detrimento das outras raças, parafraseando Frantz fanon, não se pode subjugar um povo sem antes inferioriza-lo.
A retórica supremacista nazista é maleável de acordo com os interesses do capital nacional lembremos que a "raça superior ariana" concedeu o título de "Ariano honorário" a certas frações de povos que se uniam em sua causa, como por exemplo: Italianos, Ucranianos, Japoneses, Romenos, indianos, e por aí vai. Nazismo, um fenômeno Fascista alemão, e como tal subjuga a classe trabalhada em supremacia do capital
nacional. Nazismo não é "luta de raças", esse é um termo despolitizante e superficial, que não vai no cerne da retórica de tal movimento de massas.
Partindo para a conclusão, é de revisionismo histórico tremendo a comparação esdrúxula de nazismo com comunismo e qualquer um que subverta a história, as fontes ou citações para o seu benefício próprio, saiba que está servindo a um lado, e creio que não seja a da classe trabalhadora.
Precisamos fazer também outra diferenciação muito explorada pela extrema-direita sobre o fascismo, que é usada para encobrir sua vertente ideológica. Primeiramente, temos o Partido Nacional Fascista fundado em 1921 na Itália, e fascismo como um fenômeno político ideológico.[2] Portanto, todas as vezes que me referir ao termo “fascismo” será no sentido de fenômeno político ideológico. fascismo é um fenômeno de contrarrevolução burguesa na época do capital monopolista que radicaliza a tradição liberal e colonial e que pauta seu modo de dominação política a partir de um dilatado e amplo terrorismo de estado.[3][4][5] O fascismo surgiu no século XX, e é característico de situações políticas de/ou ofensivas políticas da classe trabalhadora que ameaçam com a revolução socialista, ou então que a classe trabalhadora oferece resistência a transformações fundamentais do padrão econômico em determinado país. O fascismo na Itália e na Alemanha (nazismo) foram uma resposta a ameaça da classe trabalhadora com revolução socialista na Rússia, as tentativas de revolução na Hungria, Alemanha, aos conselhos de trabalhadores na Itália liderados pela figura comunista de Antônio Gramsci, e assim por diante.
Partindo para os principais tópicos “provando” que comunismo é igual a nazifascismo.
1- A falsa comparação pelo nome do partido nazista intitulado como, Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães.
Pegaremos qual o significado da palavra “socialista” para Hitler:
“Socialismo é a ciência de lidar com o bem comum. Comunismo não é socialismo. Marxismo não é socialismo. Os marxistas roubaram o termo e confundiram seu significado. Eu vou tirar o socialismo dos socialistas. Socialismo é uma instituição ancestral ariana, germânica. Nossos ancestrais tinham certas terras em comum. Eles cultivaram a ideia do bem comum. O marxismo não tem o direito de se disfarçar de socialismo. Socialismo, diferente de marxismo, não repudia a propriedade privada”. — Entrevista com George Sylverster Viereck em 1923.
E também.
“Socialismo como o conceito final do dever, do dever ético do trabalho, não para si mesmo mas também para seus pares e, principalmente, pelo princípio: bem comum antes do próprio bem, uma luta contra parasitismo e principalmente contra lucros fáceis e imerecidos. — 15 de agosto de 1920, discurso “Por Que Somos Antissemitas”na cervejaria Hofbräuhaus
Hitler se inspirou no livro "Prussianismo e socialismo" de Oswald Spengler, onde o mesmo afirmava que a ascensão do socialismo na Alemanha não havia começado depois das rebeliões marxistas de 1918-1919, mas em 1914 quando a Alemanha se preparava para a guerra, unindo a nação alemã em uma luta nacional que, segundo ele, se baseava em características socialistas prussianas que incluíam criatividade, disciplina, preocupação com o bem comum, produtividade e autossacrifício. Spengler critica o marxismo acusando-o de seguir a tradição britânica de que os pobres invejam os ricos e enfatiza que o verdadeiro socialismo assumiria a forma de corporativismo. Creio que deu para perceber que o socialismo de Hitler nada tem a ver com o socialismo da socialização dos meios de produção, portanto, nada com o marxismo/comunismo.
2- A afirmação que o nazismo prega a luta de classes, ou era de esquerda.
Na época muitos confundiam as políticas corporativas e autocráticas da proposta nazista com lógica comunitarista e planificadora do comunismo marxista.
Hitler chamava de "idiota" quem cometia o erro de confundir nazismo com esquerda:
"Quantas boas gargalhadas demos à custa desses idiotas e poltrões burgueses, nas suas tentativas de decifrarem o enigma da nossa origem, nossas intenções e nossa finalidade! A cor vermelha de nossos cartazes foi por nós escolhida, após reflexão exata e profunda, com o fito de excitar a esquerda, de revoltá-la e induzi-la a frequentar nossas assembleias; isso tudo nem que fosse só para nos permitir entrar em contato e falar com essa gente."
-Main Kampf
O Nazimo é em sua essência uma ideologia social-darwinista e anti-igualitária: pessoas podem ser classificadas em superiores ou inferiores por seus genes, sua ancestralidade, sua “raça”. Caberia ao Estado nazista fazer o elemento superior, “ariano”, prosperar – inclusive reprodutivamente, com o programa Lebensborn. Em outras palavras, cabia ao Estado promover a desigualdade “natural”. Quanto à parte econômica, Hitler deu todo o tipo de privilégio à classe industrial alemã, inclusive o de ter menos concorrência, com os judeus fora do caminho. Foi com seu apoio e o da classe média que ele ascendeu ao poder, por meios constitucionais. Chegando lá, proibiu sindicatos e enviou sindicalistas aos campos de concentração por meio dos "camisas pardas" ou Sturmabteilung e outros grupos paramilitares nazistas.
Nunca podemos esquecer das empresas que apoiaram Hitler e sua ditadura, como: Hugo Boss, que confeccionou as roupas dos oficiais nazistas, Coca-Cola, BMW, Mercedes e Volkswagen que usaram mão de obra escrava provindo dos Campos de concentração e Deutsche Bank que confiscou os bens dos judeus e vendeu ouro das vítimas do Holocausto. Dentre elas, a Ford Motor Company se destaca por seu fundador, Henry Ford ser amigo pessoal de Hitler, o único americano a ser citado no Main Kampf, é autor do livro antissemita "Judeu internacional"[6]. Esses fatos só reforça o caráter capitalista e anti-socialista alemão.
Recapitulando, oficialmente, o nazismo estava “abolindo a luta de classes”, unindo trabalhador e patrão no ideal da nação ariana – e no esforço para ampliá-la pela guerra. Na prática, o “socialismo” nazista distribiui o dinheiro de suas vítimas entre os “arianos”, pagando não com impostos, mas pilhagem. E, para o resto, os “não arianos”, restaurou o trabalho escravo, até à morte.
Como cita O falecido historiador alemão Joachim Fest, um dos maiores especialistas em nazismo, e uma figura não-socialista, um conservador católico, resumiu assim o consenso: Hitler era tão “socialista, quanto era cristão".
Hitler abominava a propriedade privada como o mesmo já citou, abominava a luta de classes e o marxismo. O nazismo se legítima a partir de uma raça superior em detrimento das outras raças, parafraseando Frantz fanon, não se pode subjugar um povo sem antes inferioriza-lo.
A retórica supremacista nazista é maleável de acordo com os interesses do capital nacional lembremos que a "raça superior ariana" concedeu o título de "Ariano honorário" a certas frações de povos que se uniam em sua causa, como por exemplo: Italianos, Ucranianos, Japoneses, Romenos, indianos, e por aí vai. Nazismo, um fenômeno Fascista alemão, e como tal subjuga a classe trabalhada em supremacia do capital
nacional. Nazismo não é "luta de raças", esse é um termo despolitizante e superficial, que não vai no cerne da retórica de tal movimento de massas.
Partindo para a conclusão, é de revisionismo histórico tremendo a comparação esdrúxula de nazismo com comunismo e qualquer um que subverta a história, as fontes ou citações para o seu benefício próprio, saiba que está servindo a um lado, e creio que não seja a da classe trabalhadora.
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