[...] Saia um pouco mais do conforto de sua casa e aprenda como o mundo funciona pequeno gafanhoto.
Esse ad hominem não funcionam mais quando nós conhecemos sua fisionomia
@Mr. Causality.
@Mr. Causality isso não é um contraponto, leia a matéria antes de postá-la pelo menos.
O agente avisou que foram feitas denuncias sobre o preço da água e fiscalizando o comercio local, foi constatado que as denuncias não eram verdadeiras, presumindo que a venda com preços irregulares estava sendo feita por autônomos.
Mas vamos fingir que esse de fato era o cenário e aplicar sua lógica utilitarista.
Com o aumento da escassez do insumo X, que pode ser água ou outra mercadoria que você considere essencial, a demanda por ele obviamente aumentou de forma exorbitante. A oferta, no entanto, continua a mesma já que os comerciantes não tinham como antecipar o desastre natural.
A demanda aumentou e a oferta continua a mesma, a curva de equilíbrio se altera e os preços tem que subir. Mas nós estamos aqui para analisar a sua visão utilitarista. Vamos dividir a população em dois grupos A e B.
No cenário 1, os comerciantes aumentam o preço para se adequar a nova realidade. O grupo A tem dinheiro para pagar e continua tendo acesso a água, o grupo B terá um acesso restringido já que seu poder de compra é menor. A tendência é que com o tempo a curva se reequilibre e os preços voltem para seu patamar de equilíbrio inicial.
No cenário 2, que você propõem, um agente externo impede a readequação dos preços e os comerciantes tem que ignorar o aumento da demanda. Provavelmente elementos do grupo A e B ficarão sem a mercadoria por causa da disparidade entre a oferta e a demanda, mas será de uma forma "justa" já que o preço era o mesmo para todos.
Agora vamos para a questão que importa. Com a demanda muito maior que a oferta, a mercadoria se tornará escassa rapidamente, os comerciantes então serão obrigado a aumentar a oferta, porém não puderam aumentar os preços, sua taxa de lucro ainda está adequada ao equilíbrio anterior, vamos inclusive ignorar os prejuízos que eles provavelmente tiveram com o desastre, logo eles não tem dinheiro para compensar a diferença entre as ofertas. Aqui podemos considerar dois casos:
1) Os comerciantes consideram o patamar anterior da oferta, que se adequa ao preço da mercadoria que vão vender. Com isso a escassez se tornará persistente e como a oferta continua sendo muito menor que a demanda, isso pressionará os produtores, que eu suponho que também não poderão aumentar o preço, o que consequentemente gerará escassez na produção. Por fim, a escassez que podia ter sido momentânea se tornará permanente.
2) Os comerciantes, tocados com o que aconteceu, resolvem ignorar o prejuízo e aumentar a oferta, transformando a diferença entre as ofertas em prejuízo. A demanda continuará pressionando e os comerciantes, ignorando toda a malvada lógica capitalista, continuam seguindo-a com a oferta mesmo sem ter lucro, apenas prejuízo. No fim, uma hora a curva irá se estabilizar e os comerciantes irão poder voltar a aumentar os preços, considerando o herói esforço que fizeram para manter os preços baixos, os nobres comerciantes agora vão precisar reverter o prejuízo aumentando o preço de todas as suas mercadorias. Eles não podem? Não tem problemas, eles vão falir como teriam falido da mesma forma se não pudessem, já que qualquer novo comercio aberto na região precisaria lidar com o mesmo passivo e conseguiria atrair os leais clientes que antes se beneficiaram da água artificialmente baixa.
Agora a sociedade só precisará lidar com tal massa de desempregados endividados. No fim, a bondade recompensou os comerciantes com a falência.
Por fim, é hilário como você tenta tratar os comerciantes como malvados gananciosos como se eles não vivessem ali e estivessem sendo afetados pelo ocorrido, você quer fazer gracinha mandando o Rin sair do conforto de casa, mas sabe quem está lá no meio da lama? Os comerciantes. Sabe quem não está? Você.