Terça-feira — TardePor volta das 16 horas, 16 de fevereiro. Deserto de Aço. O homem envolto em capuz moveu a cabeça por alguns segundos, como se estivesse tentando discernir se estavam se dirigindo a ele. Sua mente parecia profundamente imersa na pintura que estava realizando, a ponto de tornar evidente sua dificuldade em se conectar com o mundo ao redor. Após um breve período de desconforto, sua voz ecoou misteriosamente, dirigindo-se a Ikhor. Enquanto isso, as bandagens que encobriam seus olhos se afrouxaram, revelando uma parte de seus olhos que pareciam tão negros quanto a noite, e mesmo assim, ele não desgrudava do pincel.
—
Você me parece ser uma bela imagem para ser pintado por mim... Meu rapaz... Você exala um ar misterioso e ao mesmo tempo, focado... Tem algum interesse em trabalhar para mim como modelo artístico? Posso-lhe pagar uma quantia bastante afortunada, caso pose para mim... — Ele visivelmente tinha esquecido de responder o que lhe foi perguntado, era um sujeito um tanto imerso na sua obsessão, mas logo após pensar por alguns segundos falaria —
Um iryoninja quer me tratar? Que inusitado... Claro... Não vejo problemas... De forma surpreendente, o homem se moveu em suas direções e estendeu seus braços machucados, como que buscando por cuidados. Enquanto isso, a voz de Jashin ecoou em sua mente:
—
Isso foi surpreendentemente fácil... Você não me pareceu tão convincente, mas talvez ele tenha se sentido atraído por sua aparência e tenha aceitado seus cuidados...Tanto Ikhor quanto Hyoumi começariam o tratamento, os ferimentos nos braços daquele homem eram visivelmente auto infligidos por ele mesmo, era um tanto semelhante ao padrão de ferimento que Ikhor e Chino se auto-inflingiam em si mesmo para realizar ninjutsu, após perceber isso, Ikhor poderia deduzir que ele usava o sangue como tinta. Após tratar os ferimentos, a dupla poderia perceber duas coisas, a pele daquele sujeito era um tanto "nova" demais e visivelmente não condizia com sua voz. Após isso, ele voltaria a se concentrar no seu quadro atual, as bandagens que cobriam seu braço agora estavam com Ikhor:
—
Bem, hoje estou um tanto exausto, e talvez não possa fornecer todos os detalhes sobre o Culto Kazenokami neste exato momento. No entanto, se você estiver disposto a voltar amanhã, ficaria contente em compartilhar uma parcela do meu conhecimento. Mas, para que você não saia completamente sem informações, permita-me esclarecer um pouco. Tanto eu, Tersao, Fushi, e possivelmente uma garota que talvez não tenham a oportunidade de conhecer, chamada Faber, somos súditos do Kazenokami. Trata-se de uma figura divina que governa sobre o vento, uma força que protege nossa nação desde tempos remotos. Em épocas passadas, quando o chakra ainda não era uma arma familiar, diversos cultos se aproveitavam de maldições para desferir golpes contra exércitos inimigos. Nosso deserto, infelizmente, se tornou alvo de tais cultos e forças invasoras que saqueavam nossos recursos e ameaçavam nossos habitantes. Contudo, foi o poder do próprio "vento" que nos salvou de um ataque iminente que poderia ter levado nossa nação a capitular perante as forças de Jashin e Yoikami. De maneira misteriosa, os invasores foram derrubados ao chão, com seus corpos marcados por ferimentos, enquanto uma ventania inexplicável os impedia de cruzar o território do povo do deserto. Para elucidar esse evento miraculoso, um indivíduo fundou o Culto Kazenokami, estabelecendo um culto que reverencia o próprio vento que outrora nos salvou e, ainda hoje, continua a nos proteger.—
Esse desgraçado parece realmente acreditar que o meu culto já tentou atacar esse território, curioso... Como eu disse, o culto Kazenokami foi construído como uma resposta a outros cultos, um bando de estudiosos que roubavam ensinamentos e experimentos de outros exércitos e cultos, e com base nisso, criaram uma religião própria. Mas em essência, eles são apenas isso... — A voz de Jashin ecoava na cabeça de Ikhor.
Montag iria observar Ikhor por alguns segundos:
—
Hm... Que sensação estranha, jurei que ouvi uma voz estranha vinda de você... Ah... bem... Deixa para lá... Devo estar alucinando por ter ficado 2 dias sem dormir, estou cansado atualmente, se quiser falar mais abertamente comigo, me procure nesse mesmo local, amanhã... Vou repousar... Tersao... Cuide das coisas para mim, okay? — Diria ele saindo daquela região e finalmente deixando a dupla de clones junto com Tersao.
—
Yep, yep.. Pode deixar, senhor... — Ele ouviria Hyoumi nesse exato momento. —
Conseguiria me dizer o nome desse participante que você está se referindo? Realmente to precisando de uma história exagerada para exaltar esse evento... Mas já imagino um bom título para meu artigo "Enrugados Infernais e a Besta Infernal - A corrida do século!", isso vai fazer um sucesso danado... Pera... Ainda não sei se o titulo de vocês deveria ser esse... Merda... Acho que vou fanficar um pouco no artigo, dizer que vocês enfrentaram um dragão de 150 metros no meio do deserto...Com a saída de Montag daquela região, os clones de Hyoumi e Ikhor não tinham muito a fazer.
Ação livre para @Gaius e @Heimdall
Terça-feira — TardePor volta das 16 horas, 16 de fevereiro. Deserto de Aço. Algumas vozes se misturavam no meio de uma discussão um tanto opressiva. Em especial, Mabushi ficaria um pouco irritado com o que Ikhor e Hyoumi estavam falando, por fim, ele apenas iria dizer:
—
Então você está dizendo que um demônio desconhecido está selado em seu corpo? E logo o tal de Jashin? Um cultista vagabundo desse culto foi o responsável por matar nossa antiga jinchuuriki, Yugito-chan, além de que o próprio Darui-sensei perdeu diversos amigos de longa data por causa dos cultistas que invadiam nosso território... Seria essa entidade que concede seus poderes para esses bandos de vagabundos, certo? Isso deveria ser um assunto abertamente discutido pelas 5 nações e não deveria ser oculto de nenhuma nação, Konoha também foi prejudicada pelo Culto Jashin, eles sabem abertamente disso? — Falaria ele olhando abertamente para Kakashi, como se fosse obrigação dele, capturar Ikhor naquele exato momento, como se ele tivesse uma dívida histórica com todos eles.
—
Bem, Mabushi... Não estou em posição de escolher minhas companhias agora, e a verdade é que ele está certo no que diz... — Kakashi foi interrompido por um gemido de dor vindo de Maito Gai, que visivelmente estava recobrando a consciência. —
Ah... Não tenho tempo para isso agora. Direi apenas isto: precisamos nos concentrar nos inimigos que estão ameaçando nosso mundo no momento. Se esse jovem puder usar o poder de Jashin para lidar com uma organização que abusa dos mortos de forma tão cruel para atingir seus objetivos, não o impedirei. Aliás, Mabushi... É suspeito que você esteja sendo contraditório... Há relatos de que Kumo está envolvida em atividades ainda mais nefastas que podem se equivaler ao Culto Jashin. Quer que eu liste algumas?—
O poderio militar atual de Konoha praticamente obriga outras nações a se submeterem, e precisamos equilibrar essa balança. Se ficarmos inertes, o Senju Evyl pode decidir invadir a qualquer momento. Temos que estar preparados para isso...—
Chega! — Chinoike Chino interrompeu a discussão, sua voz era poderosa, pondo um fim definitivo ao debate.
Um silêncio se espalhou pelo deserto, e então Kakashi lançou um olhar a Hyoumi e Ikhor:
—
Bem, é hora de nos despedirmos... Agradeço por sua preocupação, e quero que saibam que devem ter muito cuidado. Seu grupo está sob os olhares de muitas pessoas. Não subestimem a cobiça e o desejo de vingança que podem ser nutridos. Entenderam? Vamos, Mirai...—
Certo...A jovem mulher do Clã Sarutobi dirigiu a Ikhor um olhar sério antes de usar o Shunshin no Jutsu junto com Kakashi para deixar a região o mais rápido possível. Era evidente que eles estavam ansiosos para tratar Gai rapidamente. Por sua vez, Chinoike Chino disse:
—
No momento, estou cansada demais para discutir. Então, Mabushi... Peço que compreenda. Execute as missões que o Raikage designou para você nesse território, certo? — Ela colocou o corpo de Yoru sobre sua enorme águia e depois voltou sua atenção ao trio de Kirigakure. —
Bom... Minha tarefa aqui está cumprida. Estou voltando para Kumo. Espero sinceramente que vocês não se envolvam em mais missões perigosas. Sinto que a sombra da morte está sempre pairando sobre vocês quando estou por perto. Se precisarem de ajuda, saibam que podem me chamar. Até logo... E...Chino parecia incomodada com algo, uma irritação não expressa transparecia em seus olhos. No entanto, ela não disse mais nada. Com um simples aceno, partiu pelo ar em direção a Kumogakure no Sato. Anput observou Chinoike voar e, de alguma forma, pareceu intrigada com seu comportamento. Em seguida, ela se aproximou de Hyoumi:
—
Entendo... Eu posso conversar com o Yoru-sensei depois que minha missão atual acabar, tenho certeza que posso convencer ele a não tentar nenhuma coisa desagradável com vocês novamente... E... — Anput faria uma pose tradicional de desculpas, baixando sua cabeça em forma de respeito. —
Caso ele tente uma coisa... Eu me disponho em impedi-lo a força!O time Kumogakure no Sato iria se despedir nesse exato momento, deixando apenas Scylla naquela região. Sakuya parecia um tanto cabisbaixa por não ter conseguido fazer nada naquele conflito, seus olhos azuis iriam focar o chão, até que Haikotsu se aproximaria dela, dando um forte abraço, pegando-a de surpresa, ela demorou um pouco para responder e por fim falaria, um tanto desanimada, enquanto retribuia o abraço de Haikotsu:
—
Mas... Eu não fiz nada... Se não fosse o Gai-sensei, duvido que meu golpe anterior teria feito uma coisa naquele homem... No final, sou apenas uma garota indefesa incapaz de fazer alguma coisa contra um perigo real... Assim como foi a 3 anos atrás... — Sakuya falaria de forma depressiva nesse momento, parecia um tanto semelhante, a sua personalidade de 3 anos atrás, quase como se estivesse ocultando sua fraqueza emocional de forma proposital, mas o abraço forte de Haikotsu, visivelmente impedia ela de ficar completamente triste.
Seus olhos se focariam em direção de Hyoumi, após o abraço acabar:
—
Pensei que você iria me impedir... Obrigada Irmão Hyoumi... Sinto do fundo do coração que esse livro vai nós ajudar dentro dessa missão... Não sei explicar bem o motivo... — Ela abriria um sorriso sincero, mas depois sua cabeça cairia um pouco para o lado, pensando no que Hyoumi havia dito para ela. —
Ah... Ikhor quer destruir esse livro, certo? Estranho... Eu não entendi todas palavras desse livro, mas tenho a sensação que "ela" queria falar alguma coisa com ele... Bom, agora, vou ter tempo para ler com mais calma, talvez use a internet para me ajudar também... Por fim, com todos conflitos encerrados, Ikhor iria montar em cima de Ba'al em conjunto com outros de seu grupo e partiria em direção da mansão que o dono supostamente era Kei Montag. Não existia mais nenhum perigo próximo a eles, visivelmente já poderiam planejar seus próximos passos dentro daquela região. Ao procurar por Inuzuka Shin, Haikotsu veria aquele sujeito quietamente conversando com os outros Inuzukas que acompanhavam ele próximo da região que estavam aqueles que finalizaram a corrida, ele parecia um tanto irritado com um dos Inuzuka, como se um deles tivesse utilizado uma técnica desnecessária na corrida inteira que não teria sido útil em nada.
Ação livre para @Yagi @Heimdall @Gaius