![Fato - [Various Things] o número de Volumes físicos vendidos representa de fato o sucesso de uma obra? Empty](https://2img.net/i/empty.gif)
Quase todo mês, o confrade @Comando Omega trás o balanço de Boruto e Dragon Ball Super e vemos números baixos de vendas... Porém, como toda a forma de análise de conjuntura de demanda, devemos considerar as variáveis da aplicação... Geralmente (assim creio), o contador conta apenas a primeira semana... Como TBV foi lançado esse mês, temos quase 32 mil exemplares vendidos (baixo se comparado aos piores momentos de Naruto, quando impressos)... Em uma nova recontagem do mesmo volume uns 3 meses depois? Será que o índice mudaria?
Uma coisa a se pensar é que em cada lugar do mundo, mangás tem um preço diferente, podendo sofrer ou não reajuste. Como mangá é um nicho das HQs no Brasil (ou pelo menos as editoras tentem negar a sua popularidade, em virtude de estabelecer uma regra injusta na política de preços), obviamente é tratado como algo beirando a raridade e podemos assim dizer, de luxo.
Aqui, os mangás chegam a custar quase 40 (até quase 100 dependendo) e são considerado artefatos luxuosos. Por outro lado, tem a variante do tipo de material usado e o transporte. Recentemente, a Panini teve problemas envolvendo sua empresa subordinada de edições, a Gráfica São Francisco e a distribuidora Dinap, a quem rompeu o contrato em 2019 e assinou com outra que não lembro o nome. De certa forma, isso afetou a empresa e seus produtos, mas a Panini não mudou o paradigma...
Esquecendo o que sofreu, ela anuncia dezenas de títulos novos a todo mês, como se fosse uma empresa de dar-e-vender, mas seus volumes, aliados ao fator da distribuição setorizada*, esgotam rapidamente, fazendo pensar que ela engana. Um exemplo está em Naruto. Toda vez que ela relança, é a versão Gold, que por ser um deluxe, e ter maiores detalhes que um mangá simples, chega a ser mais caro que um volume comum. O tiro no pé veio a primeira vez em 2015, quando o primeiro volume veio a 16,90 (frente aos no máximo em shonens, na época, 13,90, um aumento de mais de 20%). Com isso, aliado a reclamação dos leitores por um material melhor, a Panini (JBC por tabela) abriu campo pra elevar os preços... Em menos de 30 volumes da obra, já tinhamos alcançado os 18,90 (isso que na época do Pocket, demorava pelo menos uns 7 arcos de mangá pra aumentar o preço (a versão normal subiu pela primeira vez no volume 58 de Naruto e a Pocket só no Shippuuden)).
O Brasil é culturalmente inclinado a buscar formas alternativas de consumação de coisas, quando as formas principais são inacessíveis, principalmente quando o assunto é música e leitura. No caso dos mangás, o brasileiro dificilmente se dirige as bancas e as lojas virtuais oficiais. Sempre procuram lojas especializadas, sebos ou no caso de compras online, a Amazon, Mercado Livre, Facemarket e Estante Virtual com geralmente produtos usados. Existe também o sistema de assinaturas, mas também com vários problemas (volume não recebido, volumes repetidos). E isso impacta no número OFICIAL de vendas de forma negativa.
No advento da internet, existem as scans, o que baixa ainda mais o volume de vendas de um título. Se as pessoas não compram, não é pq a obra está ruim, ou outros fatores, é simplesmente pq ele tem na tela num site ou aplicativo informal, uma forma mais fácil de se chegar a obra... Hoje em dia, até alguns mangakás se tocaram disso, e decidem lançar de forma online sobrevivendo através de doações.
A Shueisha (uma espécie de Panini do Japão), também se rendeu a realidade, disponibilizando títulos gratuitos no Mangá Plus. Sim, ainda tem pessoas que compram materiais físicos (eu incluso) e esse modelo ainda está em voga (principalmente por ter material que as scans não digitalizam, como: prefácio do autor referente ao volume, informações e curiosidades entre os capitulos, capas e recapitulação da história). Porém no Brasil é uma realidade que as editoras mascaram e não querem enxergar (Naruto só teve os primeiros 5 volumes digitalizados pela Panini, ela abandonou a modalidade).
E sejamos francos, o Flop seria se apenas literatura como alguns aqui pregam, se somente 80.000 pessoas (DBS) ou 30.000 pessoas (Boruto), num mundo de 8 bilhões de habitantes consumissem a obra... O balanço de volumes físicos vendidos na nossa realidade atual, significa exatamente NADA...
Bom... É isso...
Uma coisa a se pensar é que em cada lugar do mundo, mangás tem um preço diferente, podendo sofrer ou não reajuste. Como mangá é um nicho das HQs no Brasil (ou pelo menos as editoras tentem negar a sua popularidade, em virtude de estabelecer uma regra injusta na política de preços), obviamente é tratado como algo beirando a raridade e podemos assim dizer, de luxo.
Aqui, os mangás chegam a custar quase 40 (até quase 100 dependendo) e são considerado artefatos luxuosos. Por outro lado, tem a variante do tipo de material usado e o transporte. Recentemente, a Panini teve problemas envolvendo sua empresa subordinada de edições, a Gráfica São Francisco e a distribuidora Dinap, a quem rompeu o contrato em 2019 e assinou com outra que não lembro o nome. De certa forma, isso afetou a empresa e seus produtos, mas a Panini não mudou o paradigma...
Esquecendo o que sofreu, ela anuncia dezenas de títulos novos a todo mês, como se fosse uma empresa de dar-e-vender, mas seus volumes, aliados ao fator da distribuição setorizada*, esgotam rapidamente, fazendo pensar que ela engana. Um exemplo está em Naruto. Toda vez que ela relança, é a versão Gold, que por ser um deluxe, e ter maiores detalhes que um mangá simples, chega a ser mais caro que um volume comum. O tiro no pé veio a primeira vez em 2015, quando o primeiro volume veio a 16,90 (frente aos no máximo em shonens, na época, 13,90, um aumento de mais de 20%). Com isso, aliado a reclamação dos leitores por um material melhor, a Panini (JBC por tabela) abriu campo pra elevar os preços... Em menos de 30 volumes da obra, já tinhamos alcançado os 18,90 (isso que na época do Pocket, demorava pelo menos uns 7 arcos de mangá pra aumentar o preço (a versão normal subiu pela primeira vez no volume 58 de Naruto e a Pocket só no Shippuuden)).
O Brasil é culturalmente inclinado a buscar formas alternativas de consumação de coisas, quando as formas principais são inacessíveis, principalmente quando o assunto é música e leitura. No caso dos mangás, o brasileiro dificilmente se dirige as bancas e as lojas virtuais oficiais. Sempre procuram lojas especializadas, sebos ou no caso de compras online, a Amazon, Mercado Livre, Facemarket e Estante Virtual com geralmente produtos usados. Existe também o sistema de assinaturas, mas também com vários problemas (volume não recebido, volumes repetidos). E isso impacta no número OFICIAL de vendas de forma negativa.
No advento da internet, existem as scans, o que baixa ainda mais o volume de vendas de um título. Se as pessoas não compram, não é pq a obra está ruim, ou outros fatores, é simplesmente pq ele tem na tela num site ou aplicativo informal, uma forma mais fácil de se chegar a obra... Hoje em dia, até alguns mangakás se tocaram disso, e decidem lançar de forma online sobrevivendo através de doações.
A Shueisha (uma espécie de Panini do Japão), também se rendeu a realidade, disponibilizando títulos gratuitos no Mangá Plus. Sim, ainda tem pessoas que compram materiais físicos (eu incluso) e esse modelo ainda está em voga (principalmente por ter material que as scans não digitalizam, como: prefácio do autor referente ao volume, informações e curiosidades entre os capitulos, capas e recapitulação da história). Porém no Brasil é uma realidade que as editoras mascaram e não querem enxergar (Naruto só teve os primeiros 5 volumes digitalizados pela Panini, ela abandonou a modalidade).
E sejamos francos, o Flop seria se apenas literatura como alguns aqui pregam, se somente 80.000 pessoas (DBS) ou 30.000 pessoas (Boruto), num mundo de 8 bilhões de habitantes consumissem a obra... O balanço de volumes físicos vendidos na nossa realidade atual, significa exatamente NADA...
Bom... É isso...