Kurumada melhorou, durante todos esses anos de Next Dimension, o seu lado artístico.
Foi um capítulo interessante que serviu muito mais como um cliffhanger do que qualquer outra coisa.
Meus pontos de destaque foram a belíssima cena da reunião das armaduras de ouro, protegendo, através de um círculo - escudo - a sua deusa. Aliás, o quadro em que elas aparecem, no alto, foi bem ilustrada pelo mestre.
Gosto de como o Asclépio é um personagem extremamente arrogante, destoando de seu hospedeiro, Odysseus, que é um personagem mais sábio, calmo e, até onde me recordo, humilde. Isso foi transmitido, também, quando o décimo terceiro, bêbado em arrogância, faz ser inferido que as cloths estavam ali, naquele momento, para servi-lo. Posteriormente, é mostrado que o Cavaleiro de Ofiúco se mostra, ao notar a ausência de uma das armaduras de ouro, uma preocupação excessiva, o que é respondido no final do capítulo.
Por fim, no outro núcleo, tivemos as interações entre Sasha, a bela adormecida, o sósia de Seiya, Tenma de Pégaso (ou seria o contrário?) e Chagall. Muito bacana a demonstração de imponência de uma deusa perante um Juiz do Inferno, mas a Sasha é uma personagem, até o momento - e duvido que, nessa leva final, a minha opinião seja alterada em relação à personagem [estou aberto, entrementes] - completamente desinteressante. Na linguagem mais chula possível, posso afirmar que caguei baldes. Chagall, sendo o último dos Juízes, me gerava a expectativa de um antagonista imponente, que duraria capítulos, sendo o ''paredão final'', mas, enganei-me e morri afogado em minhas próprias expectativas de quando eu me empolgava e teorizava com Next Dimension.
Tenma, o nosso Seiya de outrora, me causou muita nostalgia a trajar o manto sagrado de Sagitário. Kurumada, ao meu ver, mandou bem na arte e me arrancou um sincero sorriso. Conduzido pelas vozes de Athena, nosso querido protagonista da Guerra Santa anterior dispara, mesmo hesitante e inseguro, a Flecha da Deusa em direção ao Santuário, mirando o templo de Ofiúco. Nosso querido Wyvern, contratado por um salário de pastel de carne e caldo de cana, é atravessado pela Flecha e, assim como chegou, simplesmente desapareceu. Devo dizer, entretanto, que foi um efeito muito legal o desaparecimento do capacho de Hades após ser, literalmente, atravessado pela arma de Sagitário.
Me parece que Asclépio sofrerá um nerfzinho, depois de todo esse cliffhanger, que culminará na vitória dos guerreiros de Athena.
A preocupação do décimo terceiro dourado se traduziu, no fim das contas, nas últimas páginas do capítulo.
Capítulo interessante. Veremos o que virá a seguir.