[ANTIGO] O Ás dos Tribunais(Ace Attorney)[FanFic]

Bom pessoal, há algum tempo que eu venho querendo começar essa fan fic, que vai ser totalmente baseada na história da série "Ace Attorney", que pra mim é a série de jogos exclusiva para consoles portáteis com a melhor história e personagens que eu tive a oportunidade de jogar até agora. Eu nem preciso dizer o quanto eu sou fã dessa série...

Ela não é muito famosa aqui no Brasil, principalmente porque apesar do seu tema ser classificado como Ação/Aventura, os jogos são em Inglês, e o tempo todo é leitura. Basicamente você tem que prestar atenção em tudo que os personagens falam durante o tribunal pra não perder nenhuma informação útil, além disso o jogador não precisa fazer muito em relação ao jogo a não ser clicar...e além dos tribunais, seu personagem também tem o trabalho de investigar a cena do crime e coletar as evidências que serão utilizadas por ele mesmo durante os julgamentos.



Porém as histórias dos personagens e da série em si foram o que mais me cativaram e me incentivaram a trazer essa fic para compartilhar a história com vocês.

Eu vou utilizar na fic os mesmos nomes pertencentes à série, e vou praticamente contar a história dela, lembrando que a série é propriedade da CAPCOM, licenciada pela Nintendo.

Ela conta a história de Phoenix Wright, um advogado de defesa recém-formado que em breve irá se deparar com casos aparentemente absurdos e impossíveis de serem solucionados, mas com a ajuda de seus amigos que vai fazendo ao longo de sua carreira se torna uma lenda viva dos tribunais e se torna um exemplo de superação e justiça.

Capítulo 1 em breve...

Capítulo I - A Primeira reviravolta (Parte 1)

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Data: 01/08/2016
Hora: ----
Local: ----

Ofegante, um sujeito com um terno cor-de-rosa e a estátua do "Pensador", suja de sangue em suas mãos pensa:"Merda! Por que eu?...Eu não posso ser pego... não desse jeito! Eu tenho que encontrar alguém para por a culpa disso! Alguém como...ele! Vou fazer com que pareça que ELE fez isso!"


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Data: 03/08/2016
Hora: 09:47
Local: Tribunal do distrito de Los Angeles/Sala do Réu Nº2

Um rapaz jovem (24 anos), com um terno azul e um semblante nada agradável, aparece e começa a pensar: "Cara, tô muito nervoso!!"
Então Mia Fey, uma mulher de 33 anos aparece e conversa com o rapaz:
- Wright!
- Ah, o-olá, chefe.
- Ufa, Ainda bem que consegui chegar a tempo. Bom, eu tenho que te dizer, Phoenix, estou impressionada! Pegar um caso de assassinato logo em uma estreia nos tribunais não é pra qualquer um. Estão falando bastante sobre você... e seu cliente também.
- Ah... Obrigado. Na verdade, eu devo a ele um favor...
- Um favor? Então você já conhecia o seu cliente antes desse caso?
- Sim. Na verdade, eu meio que devo meu atual emprego a ele. Ele é uma das razões pela qual eu me tornei um advogado.
- Bem, isso é novidade pra mim.
- Eu quero ajudá-lo de qualquer forma que puder, realmente eu devo uma a ele...
Então a conversa é interrompida por gritos vindos do corredor:
- Está acabado! Minha vida, TUDO! ESTÁ TUDO ACABADO!
Então Mia pergunta:
- Não é o seu cliente que está gritando bem ali?
- Sim... é ele. ¬¬' - responde Phoenix.
- MORTE! AGONIA! OHHHH! É isso que eu vou fazer! Eu vou morrer!!!
- Parece que ele quer morrer... - diz Mia, observando.
- Sim... claro... - Phoenix diz, suspirando.
O rapaz então se aproxima:
- Ei, Nick(Apelido de Phoenix)!
- E aí, Larry...
- Cara, eu sou culpado!! Diga a eles que sou culpado!!! Me dê sentença de morte! Não tenho medo de morrer!
- O quê? O que há de errado, Larry?
- Ah, está tudo acabado... Eu... eu estou acabado. Acabado! Eu não posso viver no mundo sem ela! Não posso! Quem... quem tirou ela de mim, Nick? Quem fez isso? Ahh Nick, você tem que me dizer! Quem tirou minha gata de mim!?
Phoenix então pensa: "Hmm... A pessoa responsável pela morte de sua namorada? Os jornais dizem que foi você..."
Então Phoenix começa a refletir: "Então esse será o meu primeiro caso, é até simples de entender... uma jovem mulher foi morta em seu apartamento, no centro de Los Angeles. O cara que eles prenderam foi o azarado que saía com ela: Larry Butz, que por acaso é um amigo meu de infância. Eu me lembro que na 3ª série nós tinhamos um ditado: 'Quando algo fede, é sempre o Butz'. Nos 23 anos que eu conheço ele, isso vem sendo uma incômoda verdade. Ele tem o dom de se meter em problemas. Mas uma coisa eu posso dizer: nem sempre é culpa dele. Ele só é azarado mesmo. Apesar disso sei que ele é um cara legal, e devo muito ele. E por isso eu decidi pegar esse caso... para limpar seu nome. E é isso que eu vou fazer!"

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Data: 03/08/2016
Hora: 10:00
Local: Tribunal do distrito de Los Angeles/Sala do tribunal Nº2

É chegada a hora do julgamento. Phoenix dispõe das seguintes informações:

Vítima: Cindy Stone (Feminino, 22 anos) - Uma modelo que morava sozinha em seu apartamento.

Suspeito: Larry Butz (Masculino, 23 anos) - Namorava com a vítima. Larry parece ter alguma história no passado de Phoenix, e parece também conviver com a má sorte.

Promotor(Advogado de acusação): Winston Payne (Masculino, 52 anos) - Um homem um tanto quanto comum e habilidades medianas como promotor.

Evidências: Relatório de Autópsia - contém os dados da morte da vítima.

O juiz dá início ao julgamento:
- Está aberta a sessão do julgamento do Sr. Larry Butz.
- A promotoria está pronta, Vossa Excelência. - Confirma Payne.
- A, err, defesa também está pronta, Vossa Excelência. - Confirma Phoenix, expostamente nervoso.
O juiz percebe e pergunta:
- *Caham* Sr. Wright? Este é seu primeiro julgamento, não é?
- S-sim, Vossa Excelência. Eu estou, hã, um pouco nervoso.
- Sua conduta durante este julgamento vai decidir o que espera o seu cliente. Assassinato é uma acusação muito grave, então espero que, para o bem do seu cliente, você possa controlar seus nervos.
- O-obrigado, Vossa Excelência. Diz Phoenix, enquanto percebe que está gaguejando e com as mãos trêmulas e suadas.
- Então prosseguindo, primeiro com uma pergunta à defesa. Sr, Wright, qual foi a causa da morte da vítima?
Phoenix analisa o Relatório de Autópsia e responde:
- A vítima, Srta. Cindy Stone, veio a óbito após ser atingida por um objeto contundente.
O Juiz agora faz uma pergunta à promotoria:
- Sr. Payne, você poderia explicar à corte de qual objeto contundente a arma do crime se trata?
Payne então apresenta à corte a estátua do "Pensador":
- A arma do crime foi essa estátua do "Pensador", de aproximadamente 30 cm de comprimento e 1,5 Kg, que foi encontrada na cena do crime, jogada no chão.
- Entendo... - Responde o Juiz - A corte adicionará essa evidência aos autos do processo.
Logo em seguida Mia dá umas dicas para o Phoenix:
- Phoenix, preste atenção nas evidências que são adicionadas durante o tribunal, elas são a sua única maneira de salvar seu cliente...
O juiz então dá continuidade ao julgamento:
- Sr. Payne, a promotoria pode chamar sua primeira testemunha.

A Primeira reviravolta - FIM DA PARTE 1

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- A promotoria chama ao palanque o próprio réu, Sr. Butz.
- Chefe, o que eu faço agora? - Pergunta Phoenix a Mia.
- Preste atenção, você não pode perder nenhuma informação que poderá te ajudar no caso. Você terá a chance de responder à promotoria depois, então esteja pronto! Vamos esperar que seu cliente não diga nada... desagradável.
Phoenix então pensa: "Oh-oh, Larry tem essa tendência... isso não vai prestar..."
Larry então sobe ao palanque e Payne começa:
- *Caham* Sr. Butz, não é verdade que recentemente a vítima te "deu um fora"?
- Ei, fica esperto cara! Nós éramos lindos juntos! Éramos igual Romeu e Julieta!!
- "Um... eles não morreram?..." - pensa Phoenix.
Larry continua:
- Eu não levei um fora! Ela só não estava mais atendendo minhas chamadas. Ou me vendo... Que seja. O QUE ISSO TEM A VER, AFINAL DE CONTAS!?
- Sr. Butz, o que você acabou de descrever é popularmente conhecido como "levar um fora". - responde Payne. - De fato, ela te abandonou... e estava saindo com outros homens! Ela tinha acabado de voltar de fora do país com um desses homens no dia antes de sua morte!
- O quê que cê quer dizer, "um deles"!? Mentira! Tudo mentira! Eu não acredito em UMA palavra disso!
- Vossa Excelência, apresento à corte o passaporte da vítima. De acordo com ele, a vítima estava em Paris até o dia antes de morrer. O juiz analisa o passaporte:
- Hmm... De fato, ela retornou no dia antes de sua morte.
Larry fica indignado e Payne continua:
- Meu... não pode...
- A vítima era uma modelo, mas não tinha muito retorno. Parece que ela tinha vários "papaizinhos".
- "Papaizinhos"?
- Sim. Homens mais velhos e ricos que sustentam amantes com presentes e dinheiro. Ela pegou o dinheiro deles para sustentar seu estilo de vida.
- Caaaara! - Visivelmente Larry cai na dele.
- Nós claramente podemos ver que tipo de mulher essa Srta. Stone era. Me diga, Sr. Butz, o que você acha dela agora?
Mia aconselha Phoenix:
- Phoenix, eu acho melhor você não deixar ele responder essa pergunta.
- Tem razão. Larry vai acabar falando algo que vai nos complicar, como de costume.
Então ele diz à corte:
- Meu cliente não fazia ideia de que a vítima estava saindo com outros homens. Essa pergunta é irrelevante à esse caso!
- ... - Payne dá uma pausa. Mas Larry...
- Cara! Nick! Que cê quer dizer com "irrelevante"!? Aquela cachorra traidora! Eu vou morrer. Simples assim. SIM, e quando eu chegar lá do outro lado... vou acertar as contas com ela!!
O juiz bota ordem:
- Vamos continuar com o julgamento, tudo bem?
- Eu acredito que o motivo do acusado está bem claro para todos. - Diz Payne.
- Sim, de fato. - Responde o juiz.
Phoenix fica preocupado: "É... Isso não tá me cheirando muito bem."
Payne faz a próxima pergunta:
- Sr. Butz, agora a próxima pergunta: Você esteve no apartamento da vítima no dia do crime, não esteve?
- Glup! - Larry engole a seco.
- Bem, você esteve ou não?
- Hã? heh heh. Bem, talvez sim, talvez não...!
- "Oh-oh. Ele esteve." - Pensa Phoenix. Mas logo em seguida ele diz a Larry:
- Larry, apenas diga a verdade.
- Err... Sim! Sim, eu estive lá! Mas peraê! Quando cheguei, ela não estava, então nem cheguei a vê-la!
- PROTESTO! Vossa Excelência, o réu está mentindo.
- Mentindo?
- A promotoria gostaria de chamar ao palanque uma testemunha que pode provar que o Sr. Butz está mentindo.
- Bem, isso simplifica as coisas. Quem é a sua testemunha?
- O homem que encontrou o corpo da vítima. Antes de descobrir o corpo, ele viu o réu saindo da cena do crime!
A audiência começa a fazer barulho, mas o juiz logo intervém:
- Ordem! Ordem no tribunal! Sr. Payne, a promotoria pode chamar a testemunha.
- Sim, Vossa Excelência.
- "Tô lascado." - Phoenix lamenta.
- No dia do crime, minha testemunha estava vendendo jornais no prédio da vítima. Por favor tragam o Sr. Frank Sawhit  para o palanque!
Frank sobe ao palanque e Payne inicia:
- Sr. Sawhit, você vende assinatura de jornais, não é mesmo?
- Ah, ah sim! Jornais, sim!
- Sr. Sawhit, você pode iniciar seu depoimento. Por favor diga à corte o que você viu no dia do assassinato.

-----------------------Depoimento---------------------------

- Eu estava andando de porta-em-porta, vendendo assinaturas de jornal, quando eu vi um homem saindo de um apartamento. Achei que ele estava um tanto quanto apressado, porque ele saiu deixando a porta entreaberta. Achando isso estranho, Eu dei uma olhada dentro do apartamento. Então eu a vi jogada lá... uma mulher... não se movia... estava morta! Eu fiquei com medo e me vi incapaz de entrar no apartamento! Eu pensei em ligar para a polícia imediatamente! Mas, o telefone em seu apartamento não estava funcionando. Então eu fui a um parque que havia ali perto e encontrei um telefone público. Eu me lembro da hora: era exatamente 13:00! O homem que fugiu, era, sem sombra de dúvidas, o réu sentado bem ali.

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O juiz escuta o depoimento, e Phoenix pensa: "Larry! Porque você não diz a verdade? Eu não posso te defender de um depoimento como esse!"
O juiz pergunta:
- Mas porque o telefone do apartamento da vítima não estava funcionando?
Payne responde:
- Vossa Excelência, na hora do crime, teve um blecaute no prédio.
- Mas os telefones não deveriam funcionar mesmo durante um blecaute?
- Sim, porém alguns telefones sem fio não funcionam normalmente. O telefone que o Sr. Sawhit usou era um desses. Vossa Excelência, eu tenho aqui um relatório do blecaute, para uso futuro.
- Agora, Sr, Wright...
- Sim! Er... sim, Vossa Excelência?
- Você pode começar o seu Inquérito.
- I-inquérito, Vossa Excelência?
Mia então explica:
- Muito bem, Phoenix, é isso. Hora da verdade!
- Uh... O que exatamente eu tenho que fazer?
- Você vai expor as mentiras no depoimento que a testemunha acabou de dar!
- Mentiras? O quê? Ele está mentindo?
- Mas é claro, seu cliente é inocente, certo? Então a testemunha mentiu no depoimento! Ou ele é realmente... culpado?
- Como eu provo que ele não é?
- Você tem a chave! Está nas evidências! No Inquérito, a testemunha vai repetir o depoimento, então você vai comparar esse depoimento com as evidências que você tem em mãos. Se você encontrar alguma que contradiz com o que foi dito no depoimento, apresente e explique a contradição para o tribunal.
- Uh, ok...

-------------------------Inquérito---------------------------

- ...me vi incapaz de entrar no apartamento! Eu pensei em ligar para a polícia imediatamente! Mas, o telefone em seu apartamento não estava funcionando.
- UM MOMENTO! O telefone do apartamento não estava funcionando... mas você disse que não entrou no apartamento... ou você entrou?
- Ah, ah! Isso? Eu posso explicar. Tinha um telefone sem fio numa prateleira logo na entrada. Eu o alcancei e tentei usá-lo. Mas não funcionava.
- Hmm... e depois?
Frank continua, até que:
- Eu me lembro da hora: era exatamente 13:00!
- PROTESTO! Você diz que encontrou o corpo às 13 horas. Você tem certeza?
- Absoluta, era 13 da tarde, com certeza.
Phoenix então explica a contradição:
- Francamente, acho isso difícil de acreditar! Sua afirmação contradiz diretamente com o Relatório de Autópsia. Aqui deixa claro que a hora da morte foi após as 16 horas. Não havia corpo a ser encontrado no apartamento às 13. Como você explica esse intervalo de 3 horas?
- AH, isso! Ah, er...
- PROTESTO! - Payne interrompe. - Isso é banal! A testemunha simplesmente se esqueceu das horas!
Mas o juiz não concorda:
- Depois desse depoimento, acho isso difícil de acreditar. Sr. Sawhit, porque você tinha tanta certeza de que encontrou o corpo às 13?
- Eu... er... bem, eu... putz, essa é uma boa pergunta! - Frank já começa a ficar preocupado...

A Primeira reviravolta - FIM DA PARTE 2

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Mia elogia:
- Ótimo trabalho, Wright! Eu mesma não teria feito melhor! Isso é tudo que você tem que fazer, indicar as contradições. Mentiras revelam mais mentiras, veja através de uma, e a verdadeira história aparece!
- Espera! Eu me lembro agora! - diz Frank, então o juiz pergunta:
- Você poderia dar seu depoimento de novo?
Então Frank tenta explicar a contradição:

-----------------------Depoimento---------------------------

- Veja bem, quando eu encontrei o corpo, eu ouvi a hora. Tinha uma voz dizendo a hora... provavelmente vinha da TV. Ah, mas estava 3 horas atrasada, não é? Eu acho que a vítima estava assistindo algum programa gravado ou algo assim! Por isso eu achei que fosse 13:00. Me desculpe pelo mal-entendido...

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O juiz fala:
- Hmm, entendo. Você ouviu uma voz dizendo a hora em um programa gravado. Sr. Wright, você pode dar início ao Inquérito.
Mia adianta:
- Wright, você sabe o que fazer.
- Deixa comigo.

-------------------------Inquérito---------------------------

- Tinha uma voz dizendo a hora... provavelmente vinha da TV.
- PROTESTO! Um momentinho aí! A promotoria disse que houve um blecaute no prédio durante a descoberta do corpo! E o relátorio do blecaute prova exatamente isso. Você não poderia ter escutado uma TV, ou programa gravado qualquer!
Frank fica perdido:
- AAH! Eu... bem... argh!
O juiz pede por explicações:
- A defesa tem um ponto válido. Você pode nos explicar isso, Sr. Sawhit?
- Não, eu... eu acho isso um tanto intrigante! Um tanto!... Aah! Espera! Eu lembro agora!
- Sr. Sawhit, a corte prefere ouvir um depoimento mais preciso desde o início. Essas constantes correções estão afetando sua credibilidade. Isso, e você parece um tanto quanto... incomodado.
- ...! Minhas desculpas, Vossa Excelência... Deve... er, deve ter sido o choque de ter encontrado o corpo!
- Muito bem, Sr. Sawhit... vamos ouvir seu depoimento mais uma vez por favor.

-----------------------Depoimento---------------------------

- Na verdade, eu não "ouvi" a hora, eu "VI". Havia um relógio de mesa no apartamento, estava lá... Sim, a arma do crime! O assassino usou o relógio para matar a vítima! Deve ter sido isso o que eu vi.

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O juiz fala:
- Você viu um relógio? Eu acho que isso explica. A defesa pode iniciar o Inquérito.
- Com prazer. - Phoenix responde confiante.

-------------------------Inquérito---------------------------

- O assassino usou o relógio para matar a vítima!
- PROTESTO! Espere um momento! A arma do crime não foi um relógio. Foi essa estátua! Agora como isso poderia ser um relógio?
Enfim, Frank perde a paciência com Phoenix.

- V-você com seus "protestos" e suas "evidências"... Quem você pensa que é?
- Apenas responda a pergunta, Sr. Sawhit.
- Ei, eu... eu vi lá, ok? Era um relógio!
Payne se intromete, aflito:
- Vossa Excelência! Se eu puder...
- Sim, Sr. Payne?
- Como a testemunha disse, essa estátua é de fato um relógio. Tem um interruptor no pescoço que quando você liga, ele diz a hora em alto e claro tom. E como não parece um relógio, eu adicionei aos autos como uma estátua. Peço desculpas.
- Entendo. - Responde o juiz. - Então a arma do crime é de fato um relógio, afinal de contas. Bem, Sr. Wright, parece que o depoimento da testemunha está correto. Isso é um relógio. Você tem algum problema com esse depoimento agora?
- Vossa Excelência, ainda há algo sem explicação no depoimento. A única maneira de saber que a arma do crime é um relógio é tendo-a em mãos. Ainda assim a testemunha declara que nunca entrou no apartamento! Uma contradição clara!
- Hmm... De fato!
Phoenix continua:
- A testemunha sabia que era um relógio, pois entrou no apartamento. Você está mentindo, Sr. Sawhit. Você entrou no apartamento no dia do crime, não entrou?
Frank se irrita:
- AH É? PROVE! Prove que eu estive lá!
Então, finalmente, Phoenix dá sua cartada:

- Vou fazer melhor que isso. Eu vou provar que FOI VOCÊ QUEM MATOU A VÍTIMA!! Você a atingiu com o relógio, e o contato com a vítima ativou a voz dele! ESTE FOI O SOM QUE VOCÊ OUVIU!
A audiência faz barulho, o juiz interrompe:
- Ordem, ordem! Intriguante, Sr. Wright. Por favor continue.
- Sim, Vossa Excelência. Sr. Sawhit... o som que você ouviu deve ter ficado gravado na sua cabeça. O que é compreensível, já que a arma do crime "falou" logo que você atingiu a vítima! Essa voz ficou queimando em sua mente. É por isso que você tinha tanta certeza da hora!
Payne não deixa barato:
- PROTESTO! Q-q-q-qual é o significado disso? Isso é apenas teoria sem base alguma!
Phoenix rebate:
- Sem base...? Olhe pra cara da testemunha!
- Ngggh... NGHNGN... - Resmunga Frank. Então o juiz vai direto ao ponto:
- A testemunha poderia responder? Você acertou a vítima com o relógio?
Frank entra em total desespero.
- Eu... eu...! Aquele... aquele dia... eu... eu nunca! Olha... eu... o relógio... eu ouvi, não! Digo, eu vi... VI... NGGGHHHH!!! GWAAAAAAAAAAAAAAHHH!
Então isso acontece:

- Calaabocacalaabocacalaaboca! EU TE ODEIO! F-foi ele, eu estou dizendo! Eu vi ele! Ele matou ela e deveria queimar! Queimar! Merece morrer!
A audiência faz barulho de novo, e mais uma vez o juiz:
- Ordem! Ordem no tribunal eu disse!
- Vossa Excelência, u-um momento por favor! - diz Payne já suando frio. - Não há um vestígio de evidência para suportar o que clama a defesa!
O juiz compreende e pergunta:
- Sr. Wright!
- Vossa Excelência?
- Você clama que o som que a testemunha ouviu veio do relógio... Você tem alguma evidência?
Phoenix pensa: "O caso inteiro está concentrado nesse ponto, não posso vacilar aqui", e logo responde:
- Sim, o som que a testemunha ouviu definitivamente veio do relógio. Fato que é comprovado se você simplesmente tentar fazê-lo falar. Vamos fazê-lo agora. Vossa Excelência, eu poderia pegar o relógio?
O juiz entrega o relógio ao Phoenix, e ele diz:
- Peço à corte que faça silêncio, e escute com atenção...
Todos fazem silêncio, e o resultado aparece...

A Primeira reviravolta - FIM DA PARTE 3

*CLICK* "Eu penso que são 8:25 AM"

- Essa certamente é uma forma estranha de dizer as horas. - Diz o juiz, espantado. Phoenix responde:
- Bem, ele é "O pensador", afinal de contas.
- Então, nós ouvimos o relógio. Quais são suas conclusões, Sr. Wright?
- Sr. Payne, você pode me dizer que horas são?
- S-são 11:25... ACK!!!
- Então como vocês podem ver, o relógio está exatamente 3 horas atrasado! Exatamente a discrepância entre o que Sr. Sawhit ouviu e a hora real da morte! Então, Sr. Sawhit... Tente sair dessa!
- ...Hah! HAH HAH HAH! Mas você se esqueceu de uma coisa!
Não era a reação que Phoenix esperava, então ele pensa: "Oh-oh... do que ele tá falando...?"
- Enquanto pode parecer que esse relógio ESTÁ 3 horas atrasado... Isso não prova nada! Como você sabe que esse relógio estava 3 horas atrasado NO DIA DO CRIME!? Se você não puder provar isso, você não tem o caso!
Phoenix pensa: "PQP, ele tá certo! Como eu vou provar isso!? MERDA! Eu tava tão perto!!"
O juiz reitera:
- Sr. Wright, parece que te faltou a evidência crucial para provar o que você diz.
- ...! Sim, Vossa Excelência...
- Isso significa que não posso deixar você indiciar a testemunha. Infelizmente...
O juiz então encerra:
- Com isso terminamos o Inquérito do Sr. Frank Sawhit.
- Eu venho até aqui pra depor, e olha só o que acontece! Me tratam como um criminoso! Um criminoso! Vocês advogados são todos escória!
Phoenix pensa lamentando: "Grr! Eu quase consegui! Me desculpe Larry... eu falhei. Não há mais nada que eu possa fazer."
...
- Não tão rápido, Sr. Sawhit! - Mia grita, para espanto de todos na corte.
- Mia! Digo, chefe! 
- Escute, Wright! Não desista agora, não assim! Pense!
- Mas chefe, acabou. Eu não posso provar que o relógio estava atrasado no dia do crime! Ninguém pode provar isso!
- Umm... bem, sim. Mas isso não significa que você não pode vencer! Tente pensar por outro ângulo! Não perca tempo duvidando dos fatos. Considere que o relógio estava 3 horas atrasado, e pense bem sobre isso! Pergunte a si mesmo: "Porque o relógio estava 3 horas atrasado"? Descubra a razão, e você terá a sua prova! Certo, Wright? Você pode pensar nisso?
- ... Eu... Espera aí! Acho que eu posso provar!
- Você deve ter alguma evidência que pode provar, Phoenix! Mostre-os!
O juiz então dá uma última chance:
- Então, Sr. Wright. Você diz que o relógio já estava atrasado no dia do crime. Você já tem uma evidência que prove?
- Claro, Vossa Excelência. Tenho uma evidência que provará isso, sem dúvidas!
Frank duvida:
- HAH! Belas palavras! Vamos ver se você é isso tudo!
Phoenix mostra a prova final:
- Eu lhes mostro... o Passaporte da vítima. Ela havia acabado de retornar de Paris no dia anterior à sua morte. Como todos, ou pelo menos alguns de nós sabem, a diferença de horário daqui de Los Angeles para Paris é de 9 horas! No horário AM/PM, quando são 4PM aqui, é 1AM do outro dia lá. Então o relógio não estava 3 horas atrasado, ele estava 9 HORAS ADIANTADO! A vítima levou o relógio em sua viagem, e quando chegou lá ajustou a hora para o fuso-horário de Paris, mas não havia recolocado o horário de Los Angeles em seu relógio desde que retornou. E essa, Sr. Sawhit, foi a razão de você ter ouvido a hora errada, quando você a matou em seu apartamento! 
E finaliza:
- Prova o bastante pra você, Sr. Sawhit? Ou eu deveria dizer... Sr. DID IT?

- Ordem, ordem! ORDEM!
Depois de um tempo...
- Esse caso realmente teve uma reviravolta que nós não esperávamos... - Comenta o juiz. - Sr. Payne, seu cliente?
- Ele... er... foi algemado e levado sob custódia, assim que recobrou a consciência... Vossa Excelência. - Responde Payne, parecendo não acreditar que foi derrotado por um advogado novato.
- Muito bem. Sr. Wright?
- Sim, Vossa Excelência?
- Eu devo dizer, estou impressionado com você. Eu não imaginava que veria alguém completar uma defesa tão rapidamente... e encontrar o verdadeiro culpado ao mesmo tempo! Você tem muito potencial.
- Muito obrigado, Vossa Excelência.
- A este ponto, é apenas uma formalidade, mas... A corte declara o réu, Sr. Larry Butz...

INOCENTE

- E com esse veredicto, este caso está encerrado.

O juiz, enfim, bateu o martelo. Mais tarde foi descoberto que Frank Sawhit era apenas um ladrão comum. Ele se passava por vendedor de jornais pra poder vigiar as pessoas nas suas casas, e saber os horários em que elas estavam fora, para roubá-las. Naquele dia, quando Larry foi ao apartamento de Cindy Stone, ela havia saído. Assim que ele saiu de lá, Frank apareceu para fazer seu trabalho sujo. Mas enquanto ele vasculhava o apartamento, Cindy retornou! Assustado, Frank pegou o primeiro objeto que achou pela frente, e... o resto nós ja vimos.

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Data: 03/08/2016
Hora: 14:32
Local: Tribunal do distrito de Los Angeles/Sala do Réu Nº2

"Ufa... eu ainda nem acredito que vencemos!" - Pensa Phoenix, aliviado. E Mia lhe dá os parabéns:

- Phoenix! Belíssimo trabalho! Parabéns!
- O-obrigado, chefe. Eu devo tudo isso a você.
- Não, não, você enfrentou suas próprias batalhas lá. Já faz algum tempo desde que eu vi um julgamento terminar com tanta repercussão satisfatória!
"Eu nunca vi a chefe ficar tão feliz assim... e se ela está assim, imagino como Larry deve estar..." - Phoenix pensa, mas ele aparece e...

- Minha vida acabou. 
- Larry, você devia estar feliz, caramba! O que há de errado agora?
- Aww, Nick, não se preocupe comigo! Eu logo estarei morto e irei embora!
- Ótimo! Espera... não! Digo... Mal! Mal mal mal! Larry, você é inocente! O caso está encerrado.
- ... Mas... mas minha Cindyzinha se foi, cara! Se foi para sempre!
- Larry, ela era uma... Ah, deixa pra lá.
Então Mia cumprimenta Larry:
- Ei, parabéns, Harry!
- H-Harry...?
- Sim, você! Eu praticamente já posso ver as manchetes: "Harry Butz, Inocente!"
- Heh... umm... valeu! Eu realmente te devo uma. Eu não vou me esquecer disso, nunca! Vamos celebrar! Jantar? Cinema? Eu pago!
- Ah, não... eu não poderia.
Phoenix pensa: "FDP! Eu salvo essa sua cara de pau, pra isso? Beleza, beleza..."
- E-ei, fique com isso! - Larry oferece a Mia uma segunda estátua do "Pensador".
- Um presente? Pra mim? Espera, isso não é a evidência que...
- Na verdade, aquela eu fiz pra Cindy. Eu fiz um pra ela e um pra mim.
- S-sério? Você? Você fez isso? ...Bem, obrigada. Eu vou guardar de recordação.
- Ei, Nick... dá pra acreditar? Eu tava tão na laia daquela mulher... e... e ela estava brincando comigo feito um boneco! Isso não te dá tanta vontade de chorar? *snif*
- Olha Larry, eu sinceramente não sei o que te... - Mia interrompe:
- Você tem certeza?
- C- cuméquié? - Larry pergunta.
- Eu acho que ela pensava bastante em você, mas do jeito dela.
- Não, nem adianta me consolar, tá tudo bem.
- Não, eu não estou só te consolando. Não é verdade, Phoenix? Não tem algo que você queira apresentar a seu amigo? Algo que prove como ela realmente se sentia sobre ele?
- H-hã? Ah, claro, certo... (Do que diabos ela tá falando?)... Ah, aqui, Larry. Prova absoluta de que você não era apenas um qualquer pra ela: O próprio relógio-estátua dela. Lembre-se que ela o levou pra Paris quando viajou.
- Ah, vai ver ela só estava precisando de um relógio, só isso.
- Você acha? É um relógio de 1,5 Kg. Pesado demais pra ficar viajando com ele... Bem, pense o que quiser.
- ...Ei, Nick. Ainda bem que te chamei pra ser meu advogado. Estou muito agradecido. Valeu mesmo, cara.
- Espero que ele esteja melhor agora. - Pensa Phoenix. Então Larry vai pra casa.

Mia então dá um conselho importante a Phoenix:
"Phoenix. Eu espero que você tenha entendido a importância das evidências agora. E também que as coisas podem mudar dependendo de como você olha pra elas. As pessoas, também. Nós nunca realmente sabemos se nossos clientes são culpados ou inocentes. Tudo que podemos fazer é acreditar neles. Mas para acreditar neles, você tem que acreditar em si mesmo. Phoenix... Escute. Aprenda. Evolua. Nunca desista daquilo em que você acredita. Nunca."

- Bem, acho que nosso trabalho por aqui acabou! Vamos sair?
- Sim, vamos.
- Que tal jantarmos fora hoje? Eu pago! Vamos sair pra beber e brindar pelo seu amigo inocente!
- OK!
- Ah, falando no Harry... Você disse que parte do motivo de você ter se tornado advogado foi por causa dele...
- Er, sim... parte, pelo menos.
- Você tem que me contar mais sobre isso! Talvez daqui a alguns dias, quando saírmos pra beber alguns drinques?

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Phoenix Wright:
E então, meu primeiro caso chegou ao fim. Larry me deu um tapinha nas costas e disse, "Nick, como é bom ter amigos!"... Mas eu tenho certeza que ele não vai me pagar. A menos que se conte o relógio-estátua que ele deu a Mia...

...Eu não sabia até então, mas aquele relógio em breve estaria mais uma vez no centro de outro incidente. 

E aquela promessa que eu fiz à chefe de contar sobre a história de Larry e eu... Acabaria sendo uma promessa que eu não seria capaz de manter.

Capítulo I - A Primeira Reviravolta 
 FIM

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Atenciosamente:
SamuelCosta
Moderador; Gerente de Histórias & FanFics;.