Religiões milenares, crentes distintos desde Agostinho de Hipona, Anselmo da Cantuária, Tomás de Aquino, até Newton, Leibniz, Gödel [os dois últimos inclusive reformularam argumentos famosos a favor da existência de Deus, como o Ontológico e Cosmológico] entre tantos outros, e vocês realmente acham que ninguém, em todo esse tempo, dedicou um pouquinho do tempo pra comentar esse
nonsense?
Suma Teológica:São Tomás de Aquino escreveu: Segundo o Filósofo [Aristóteles], as palavras são sinais dos conceitos, que são semelhanças das coisas. Por onde é claro que as palavras se referem às coisas que devem significar, mediante a concepção do intelecto. Logo, na medida em que uma coisa pode ser conhecida por nós, nessa mesma pode ser por nós nomeada. Ora, como já demonstramos, nós não podemos ver a Deus em essência, nesta vida. Mas somente o conhecemos por meio das criaturas, e por via da casualidade, da excelência e da remoção. Portanto, nós podemos nomeá-lo por meio das criaturas. Não, porém, que o nome que o designa exprima a divina essência como ela é, assim como a palavra homem significa a essência do homem em tal como é, exprimindo-lhe a definição, que lhe declara a essência, pois a noção significada pelo nome é a definição.
E o que isso quer dizer? Que palavras refletem conceitos, que refletem as coisas em si. Mas isso não impede que eu escreva "mjodlookpsdrefds", que não significa nada. Da mesma forma, escrever "levantar uma pedra que não pode ser levantada" não significa nada, você apenas uniu palavras e formou uma frase que não reflete nem conceitos e nem coisas, uma frase que não significa nada em si, exatamente como "mjodlookpsdrefds".
Uma exposição mais clara a seguir:
O Problema do Sofrimento:C.S. Lewis escreveu: É possível atribuir-lhe milagres, mas não tolices.
Isto não é um limite ao seu poder. Se disser: "Deus pode dar a uma criatura o livre-arbítrio e, ao mesmo tempo, negar-lhe o livre-arbítrio" não conseguiu dizer nada sobre Deus: combinações de palavras sem sentido não adquirem repentinamente sentido simplesmente porque acrescentamos a elas como prefixo dois outros termos: "Deus pode". Permanece verdadeiro que todas as coisas são possíveis com Deus: as impossibilidades intrínsecas não são coisas mas insignificâncias (praticamente não existem). Não é possível nem a Deus nem à mais fraca de suas criaturas executar duas alternativas que se excluem mutuamente; não porque o seu poder encontre um obstáculo, mas porque a tolice continua sendo tolice mesmo quando é falada sobre Deus.
Deve ser porém lembrado que os raciocinadores humanos com frequência cometem erros, seja argumentando a partir de dados falsos ou por falha no argumento em si. Podemos chegar assim a pensar coisas possíveis que na verdade são impossíveis, e vice-versa. Devemos, portanto, tomar a máxima precaução ao definir aquelas impossibilidades intrínsecas que nem mesmo a Onipotência pode realizar.
Ou seja, dizer: "Deus pode criar uma pedra tão pesada que ele mesmo não possa levantar?" Faz tanto sentido quanto dizer: "Deus pode ferro peixe correu Alemanha em Plutão?" Só por que você incluiu "Deus pode" na frase não quer dizer que seus nonsenses farão sentido.