A pirataria é péssima para o mercado, mas excelente para os consumidores de países em que os impostos são absurdamente pesados. Por mais que seja uma prática ilegal, dá para
entender a recorrência dela no Brasil, já que os produtos de fora custam os dois olhos da cara aqui. Além dos impostos, a situação tem mais um agravante: o acúmulo de renda nas mãos de uma parcela ínfima da população. Juntando esses dois fatores, fica complicado querer impedir a pirataria, pois nada colabora para que os produtos originais sejam mais acessíveis. Não sou um apologista, mas é evidente que a maior parte do povão (eu incluso) já optou por um piratinha na vida.
Falando de um caso clássico, antigamente o problema da venda de música era bastante afetada pela pirataria e pelos downloads, mas agora os serviços de streaming conseguiram dar uma contornada nesse problema. Ainda bem, pois um CD original de uma banda famosa sai bem caro (nunca abaixo de 30 dilmas). É claro que o faturamento dos artistas caiu bastante desde então, mas uma piscina de ouro e um elefante empalhado a menos não vão fazer tanta falta.
Como o caso da música já demonstrou, quando estamos tratando de produtos de mídia virtual, as coisas ficam mais fáceis. Existe um custo nessa transição, não dá para fugir disso, mas o mercado precisa se adaptar às demandas atuais.