Guerra fria no Brasil?

Muitos são da ideia de que em 2011 re-descobrimos a guerra fria, dessa vez no Brasil também. Percebemos um choque muito maior do que imaginávamos entre o capitalismo e o socialismo. As maiores guerras do mundo tiveram como causa este embate, incluindo a guerra fria entre a União Soviética e os EUA. A ideia de que o mundo está se descobrindo dividido novamente, dessa vez dentro da própria democracia, traz a ideia da guerra fria mesmo em um país como o nosso, e suas possíveis consequências. Afinal, já vemos militância, militância armada, grupos organizados, mobilização e recrutamento, e até pequenas "guerras" em áreas invadidas pelo MST (e MTST).

O que vocês pensam disso? É algo a se considerar? Esses conflitos podem realmente se agravar? Porque o Brasil pode não ser um EUA ou uma Rússia, mas é uma perfeita zona de guerra devido às áreas "rurais", como testemunhamos em 1966, até porque até mesmo partes do governo financiam isso. Opinem.

Bom, acredito que isso é normal, uma vez que a história após a revolução agrícola, onde os seres humanos acabaram por se organizar em grupos cada vez maiores onde as desigualdades cresceram, se resume em um grupo no poder, com uma classe média tentando ascender à esse posto e muitas vezes um proletariado ignorante. Sociedades desiguais com pouca empatia geram uma vontade maior de poder, e o capitalismo incentiva isso também, basta ver as diferenças entre os países ao redor do mundo, onde alguns não passam de fornecedores de matéria prima, enquanto outros são industrialmente desenvolvidos (e continuam a o fazer).

Reparem que eu não estou defendendo outro sistema aqui, até pq basta estudar os outros sistemas de nossa história "pós pré-história" (deve ter um termo melhor, mas fodac) que se baseavam nessas diferenças, o socialismo mesmo (só pra dar o exemplo mais clássico) acabou se tornando um regime totalitário onde foi implantado devido à individualidade de muitos homens que viam isso como um pretexto para ascender (Stalin por exemplo). Resumindo, sempre vai ter alguém que fode. Se houverem dez pessoas e um líder, e uma delas for má e fuder o líder, as outras nove irão se rebelar, iniciando um ciclo de ódio e individualidade. Ou seja, esses fenômenos denominados "guerra-fria" são vistos como normais por mim, uma vez que cada um luta pelo o que quer, acho que isso já está enraizado no ser-humano, não se vê os outros com empatia como se via em sociedades em que as pessoas conviviam e, consequentemente, se conheciam melhor. Nos últimos dois milênios, acredito que nosso mundo tenha se focado muito no trabalho, seja ele forçado ou não, o que influencia muito no dia-a-dia das pessoas e obviamente na maneira pela qual elas se relacionam.

Acho que uma coisa que pode ajudar nisso são as redes sociais e esse tal mundo globalizado, todos estamos tendo acesso à outras realidades muitas vezes desconhecidas, o que talvez ajude o "oprimido" a ter uma visão de vida melhor e protestar por isso e, ao mesmo tempo, o "opressor" à sair de sua ignorância e se solidarizar com isso.

Dei uma brisada, mas acho que é isso.