O QUE É A OPERAÇÃO?
A Operação Lava Jato é a maior investigação sobre corrupção conduzida até hoje no Brasil. Ela teve início no Paraná, em 17 de março de 2014, unificando quatro ações que apuravam redes operadas por doleiros que praticavam crimes financeiros com recursos públicos. O nome Lava Jato era uma dessas frentes iniciais e fazia referência a uma rede de postos de combustíveis e lava a jato de veículos, em Brasília, usada para movimentação de dinheiro ilícito de uma das organizações investigadas inicialmente. Desde então, a operação descobriu a existência de um vasto esquema de corrupção na Petrobras, envolvendo políticos de vários partidos e algumas das maiores empresas públicas e privadas do país, principalmente empreiteiras. Os desdobramentos não ficaram restritos à estatal e às construtoras. As delações recentes da JBS e braços da operação espalhados pelo Brasil e exterior são exemplos das novas dimensões que a investigação ainda pode atingir. A duração permanece imprevisível.
1.434
procedimentos instaurados
775
buscas e apreensões
210
conduções coercitivas
95
prisões preventivas
104
prisões temporárias
6
prisões em flagrante
158
acordos de colaboração premiada
10
acordos de leniência
274
pessoas acusadas
141
condenações
R$ 38,1 bi
é o valor total do ressarcimento pedido (incluindo multas)
R$ 3,2 bi
de bens de réus já bloqueados
Fonte: MPF (atualizado até 29 de maio de 2017)
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA
1 - PROPINAS
Segundo o Ministério Público Federal, diretores e funcionários da Petrobras cobravam propina de empreiteiras e outros fornecedores para facilitar seus negócios com a estatal
2 - CONTRATOS SUPERFATURADOS
Os contratos dessas empresas com a Petrobras eram superfaturados para permitir o desvio de dinheiro dos cofres da estatal para os benefíciários do esquema
3 - OPERADORES
A propina paga pelas empreiteiras e fornecedores da Petrobras foi desviada para lobistas, doleiros e outros operadores encarregados de repassá-lo a políticos e funcionários públicos
4 - PARTIDOS POLÍTICOS
Segundo o Ministério Público, o esquema beneficiava os partidos políticos responsáveis pela indicação dos diretores da Petrobras que colaboravam com o esquema na estatal
O AVANÇO DAS INVESTIGAÇÕES
1 - DOLEIROS
As autoridades começaram a investigar, em 2009, uma rede de doleiros ligada a Alberto Youssef, que movimentou bilhões de reais no Brasil e no exterior usando empresas de fachada, contas em paraísos fiscais e contratos de importação fictícios
2 - PETROBRAS
Youssef tinha negócios com um ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, grandes empreiteiras e outros fornecedores da estatal. Os dois foram presos em março de 2014, e a partir daí os desvios em obras da Petrobras se tornaram o foco principal da investigação
3 - PRISÕES E DELAÇÕES
Em agosto de 2014, após ser preso pela segunda vez, Costa aceitou colaborar com as investigações em troca de redução da pena. Afirmou que ele e outros diretores da Petrobras cobravam propina e repassavam o dinheiro a políticos. Youssef também virou delator. No final de 2016, a Odebrecht firmou acordo de delação premiada, que originou a "lista de Fachin". Em maio de 2017, delações de executivos da JBS envolvem o presidente Michel Temer e diversos políticos
4 - EMPREITEIRAS
As delações deram impulso às investigações. Em novembro de 2014, a PF deflagrou operação contra funcionários e executivos da Camargo Correa, OAS, Mendes Junior, Engevix e Galvão Engenharia, UTC e IESA. Em junho de 2015, foram presos os presidentes da Odebrecht e Andrade Gutierrez, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo
5 - POLÍTICOS
Em 2015, a operação alcançou os políticos. Em julho, houve buscas contra o senador Fernando Collor (PTC-AL) e outros políticos. Em agosto, foi preso o ex-ministro do governo Lula José Dirceu, que recebeu pagamentos de empresas sob investigação. Em dezembro, foram presos o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. O ex-presidente se tornou réu pela primeira vez em julho de 2016, acusado de tentar obstruir a Lava Jato. O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que perdeu o foro privilegiado após ter o mandato cassado em setembro de 2016, foi preso no mês seguinte. O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB-RJ), alvo da PF em quatro operações, foi preso em novembro de 2016. O ex-ministro do Turismo do governo Temer e ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi preso em junho de 2017
6 - OUTROS SETORES
Empreiteiros que decidiram colaborar com as investigações sobre a corrupção na Petrobras apontaram desvios semelhantes em obras de outros setores: elétrico, como a usina nuclear de Angra 3 e Belo Monte, Copa do Mundo, como reformas e construções de estádios, e transportes, como a ferrovia Norte-Sul e obras do metrô. Em maio de 2017, a PF deflagra operação para investigar o grupo JBS
AS FASES DA OPERAÇÃO
AS FASES DA OPERAÇÃO :
AS FASES DA OPERAÇÃO; PART - 2
AS FASES DA OPERAÇÃO :
OPERAÇÃO CAÇA-FANTASMAS
ORIGEM DO NOME
O nome Caça-Fantasmas é uma referência utilizada para a identificação desta nova fase da operação policial e remete, dentre outros aspectos, a um dos objetivos principais da investigação que foca na apuração de verdadeira extensão obscura da instituição bancária no Brasil, bem como a vasta clientela que utiliza de seus serviços e do escritório Mossack Fonseca para operações financeiras com características de ilicitude e de forma oculta.
Operação
O objetivo da nova fase seria desmontar um suposto esquema de lavagem de dinheiro desviado da Petrobras por meio de um banco sem autorização para operar no Brasil e empresas offshores em paraísos fiscais. O FPB Bank operaria irregularmente no Brasil e também utilizaria os serviços da Mossak Fonseca para criar offshores em paraísos fiscais.
PRINCIPAIS ALVOS
Edson Paulo Fanton, que seria o responsável pelo FPB Bank, uma instituição bancária do Panamá que atuaria clandestinamente no Brasil
http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/07/1789334-pf-realiza-mais-uma-fase-da-lava-jato.shtml
OPERAÇÃO RESTA UM
ORIGEM DO NOME
Resta Um, é uma referência à investigação da última das maiores empresas identificadas como parte integrante do cartel das empreiteiras
Operação
Segundo as investigações, há indícios de que a Queiroz Galvão formou, com outras empresas, um cartel que participou ativamente de ajustes para fraudar licitações da Petrobras. O Ministério Público Federal aponta que as evidências sugerem ter havido corrupção por meio de propina a funcionários da estatal que se aproximariam de R$ 10 milhões. São investigados contratos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, nas refinarias Abreu e Lima, Vale do Paraíba, Landulpho Alves e Duque de Caxias
PRINCIPAIS ALVOS
Executivos da Queiroz Galvão. Nessa fase, foram presos Ildefonso Colares Filho e Othon Zanoite Moraes Filho, ex-presidente e ex-diretor da empresa
http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/08/1797910-policia-federal-mira-queiroz-galvao-em-nova-fase-da-lava-jato.shtml
OPERAÇÃO ARQUIVO X
Guido Mantega executivos das empresas Mendes Júnior e OSX, do empresário Eike Batista, são investigados por supostos desvios na construção das plataformas P-67 e P-70, da Petrobras, construídas para a exploração do pré-sal, em 2012. Mantega teria atuado diretamente junto à direção de uma das empresas para negociar repasses ao PT
PRINCIPAIS ALVOS
Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda durante os governos de Lula e Dilma. Ocupou o cargo entre mar. 2006 e dez. 2014
http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/09/1815728-policia-federal-deflagra-nova-fase-da-lava-jato.shtml
OPERAÇÃO OMERTÀ
ORIGEM DO NOME
Referência à origem italiana do codinome que a construtora Odebrecht usava para fazer referência a Palocci. Na mafia italiana, "Omertà" é um termo que significa "cumplicidade tácita" diante de autoridades ou rivais
Operação
A Operação Omertà investifa indícios de uma relação criminosa entre o ex-ministro Antonio Palocci e a empreiteira Odebrecht. Segundo a PF, há indícios de que Palocci atuou diretamente para obter vantagens econômicas à empresa em contratos com o poder público e se beneficiando de valores ilícitos
PRINCIPAIS ALVOS
Antonio Palocci, ministro da Fazenda do governo Lula e ministro da Casa Civil durante seis meses no governo DIlma
http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/09/1816858-pf-realiza-mais-fase-da-operacao-lava-jato.shtml
OPERAÇÃO DRAGÃO
ORIGEM DO NOME
Referência aos registros na contabilidade de Rodrigo Tacla Duran que chamava de "operação dragão" os negócios fechados com parte do grupo criminoso que atuava em comércios na rua 25 de março, em São Paulo, para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior
Operação
Os executivos da UTC revelaram em depoimentos de acordos de delação premiada que Rodrigo Tacla Duran foi indicado a eles com o propósito de lavar dinheiro. Só a empreiteira celebrou contratos na ordem de R$ 56 milhões com o escritório de advocacia que foram "sobrevalorizados ou inexistentes". A Mendes Júnior firmou contratos com as mesmas características junto ao escritório na ordem de R$ 25 milhões
PRINCIPAIS ALVOS
Os operadores Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran
http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/11/1831091-policia-federal-deflagra-a-36-fase-da-lava-jato.shtml
OPERAÇÃO CALICUTE
ORIGEM DO NOME
O nome da operação faz uma referência à tormenta de Pedro Álvares Cabral em Calicute, na Índia
Operação
Os investigadores apuram o desvio mais de R$ 220 milhões de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro
PRINCIPAIS ALVOS
Ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB)
http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/11/1832924-ex-governador-do-rio-sergio-cabral-e-alvo-da-lava-jato.shtml
OPERAÇÃO BLACKOUT
ORIGEM DO NOME
Referência ao sobrenome dos dois operadores presos na operação
Operação
Em despacho, o juiz Sergio Moro ressaltou o "caráter serial dos crimes" e a "atuação criminal profissional" de pai e filho, Jorge Luz e Bruno Luz. Jorge Luz aparece em diversos depoimentos de delatores e é considerado por investigadores como "operador dos operadores"
PRINCIPAIS ALVOS
Os operadores financeiros Jorge Luz e Bruno Luz, pai e filho, lobistas na Petrobras e ligados ao PMDB
http://m.folha.uol.com.br/poder/2017/02/1861307-policia-federal-deflagra-nova-fase-da-lava-jato.shtml
OPERAÇÃO PARALELO
ORIGEM DO NOME
O nome Paralelo é uma referência à atuação clandestina da corretora, "à margem dos órgãos de controles oficiais do mercado financeiro", de acordo com a PF.
Operação
Uma corretora de valores sediada no Rio, Advalor, foi alvo de buscas e apreensões e é suspeita de ter viabilizado o pagamento de propina para funcionários da Petrobras
PRINCIPAIS ALVOS
ex-gerente da Petrobras, Roberto Gonçalves, suspeito de receber cerca de US$ 5 milhões de propina em contas no exterior
http://m.folha.uol.com.br/poder/2017/03/1870381-nova-fase-da-lava-jato-cumpre-mandados-no-rio.shtml
OPERAÇÃO ASFIXIA
ORIGEM DO NOME
Referência a investigações nas áreas de produção, distribuição e comercialização de gás combustível na Petrobras
Operação
Ex-gerentes da Petrobras da área de Gás e Energia da estatal receberam mais de R$ 100 milhões em propinas de empreiteiras e de operadores financeiros. Os ex-gerentes beneficiavam as empreiteiras em contratos com a Petrobras por meio de direcionamento de licitação
PRINCIPAIS ALVOS
Ex-gerentes Márcio de Almeida Ferreira e Maurício Guedes de Oliveira. Um terceiro fechou acordo de colaboração com a Lava Jato. Também há os representantes das empresas, Marivaldo do Rozario Escalfoni e Paulo Roberto Gomes Fernandes
OPERAÇÃO POÇO SECO
ORIGEM DO NOME
O nome Poço Seco é uma referência aos resultados negativos do investimento realizado pela estatal na aquisição de direitos de exploração de poços de petróleo em Benin
Operação
A ação apura operações financeiras realizadas a partir da aquisição pela Petrobras de direitos de exploração de petróleo em Benin, na África -contrato que rendeu uma condenação ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apontado como beneficiário de US$ 1,5 milhão em propinas neste caso. A investigação identificou outros cinco destinatários de valores indevidos, segundo o Ministério Público Federal. A propina chegou a US$ 10 milhões, ou quase um terço do valor do negócio.
PRINCIPAIS ALVOS
Um ex-banqueiro, um empresário, um ex-gerente da Petrobras e Fernanda Luz, filha do lobista que atuava na Petrobras Jorge Luz
http://m.folha.uol.com.br/poder/2017/05/1887591-policia-federal-deflagra-41-fase-da-lava-jato.shtml
OPERAÇÃO COBRA
ORIGEM DO NOME
"Cobra" seria o codinome usado para Bendine nas tabelas de pagamentos de propinas da Odebrecht
Operação
De acordo com o Ministério Público Federal, há evidências de que Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e ex-presidente da Petrobras, solicitou R$ 17 milhões de propina na época em que comandou o Banco do Brasil (2009-2015) para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht AgroIndustrial
PRINCIPAIS ALVOS
Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e ex-presidente da Petrobras. Além dele, foram alvos de mandados de prisão temporária André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Jr., suspeitos de serem operadores de Bendine
http://m.folha.uol.com.br/poder/2017/07/1904751-ex-presidente-do-bb-e-da-petrobras-e-alvo-de-nova-fase-da-lava-jato.shtml
OPERAÇÃO SEM FRONTEIRAS
ORIGEM DO NOME
Operação investiga esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e um grupo de armadores gregos
Operação
Operação investiga o pagamento de propina a executivos da petroleira por um grupo de armadores gregos, com troca de informações privilegiadas para o fretamento de navios
PRINCIPAIS ALVOS
Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras; o empresário Henry Hoyer de Carvalho, apontado como operador do PP; Georgios Kotronakis, filho de Konstantinos Kotronakis, cônsul honorário da Grécia no Brasil
http://m.folha.uol.com.br/poder/2017/08/1910948-policia-federal-deflagra-43-e-44-fases-da-operacao-lava-jato.shtml
OPERAÇÃO ABATE
Apura desvios na contratação de fornecimento de asfalto pela empresa estrangeira Sargeant Marine à Petrobras, mediante o pagamento de propinas a funcionários públicos e agentes políticos
PRINCIPAIS ALVOS
Cândido Vaccarezza, ex-deputado federal e líder na Câmara dos governos do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma
http://m.folha.uol.com.br/poder/2017/08/1910948-policia-federal-deflagra-43-e-44-fases-da-operacao-lava-jato.shtml
OPERAÇÃO ABATE II
Tiago Cedraz teria tentado favorecer a Sargeant Marine, empresa americana que fornecia asfalto à Petrobras. Ele também teria participado de reuniões em que se planejou o pagamento de propinas a agentes da estatal. Segundo as investigações, o advogado também teria recebido comissões pela contratação da Sargeant Marine em contas de off-shore na Suíça
PRINCIPAIS ALVOS
Tiago Cedraz, advogado, filho de Aroldo Cedraz, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União)
http://m.folha.uol.com.br/poder/2017/08/1912233-em-45-fase-da-lava-jato-pf-realiza-buscas-em-salvador-brasilia-e-cotia.shtml
CONTINUA...
AS EMPREITEIRAS
As maiores empreiteiras do país têm negócios com a Petrobras e se tornaram alvo das investigações. Vários executivos, incluindo os controladores de algumas dessas empresas, foram presos em novembro de 2014 e ficaram na cadeia até o final de abril, quando o Supremo Tribunal Federal mandou soltá-los. Em 19 de junho de 2015, as prisões atingiram a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. Em março de 2017, Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez fecharam acordos de leniência com o Ministério Público Federal na esperança de pagar R$ 8,6 bilhões. As empresas sob investigação estão impedidas de obter novos contratos da Petrobras, e várias enfrentam dificuldades financeiras porque perderam acesso a crédito após a Operação Lava Jato. A delação acertada com 77 executivos e acionistas do grupo Odebrecht, incluindo o ex-presidente Marcelo Odebrecht, é o maior acordo do tipo já feito no país.
http://arte.folha.uol.com.br/poder/operacao-lava-jato/#capitulo5
OBRAS
A Lava Jato encontrou diversos acertos entre empreiteiras, políticos e diretores de estatais para fraudar licitações e definir qual companhia faria qual obra. Em troca, as empresas faziam pagamentos a políticos e diretores com dinheiro público desviado das obras. Essas operações eram mascaradas por contratos de serviços nunca realizados e pela inclusão de aditivos, o que fez com que o valor final delas superasse em muito o custo inicial planejado. Houve cobrança de propina também para liberação de empréstimos junto a bancos públicos. Veja a seguir as principais obras que tiveram recursos desviados, de acordo com investigações da operação.
http://arte.folha.uol.com.br/poder/operacao-lava-jato/#capitulo6
Tsunami das delações
Veja os principais citados nos depoimentos e a situação de cada um na Lava Jato:
http://arte.folha.uol.com.br/poder/operacao-lava-jato/delacoes/#/
É impressionante a quantidade e qualidade de material do Jornal Folha.