É Proibido Proibir ?

Direita, esquerda, parece que a única diferença está no que querem proibir...

Anda bem que virei direita libertária e só desejo proibir injustiças.


Mas diga-nos amado Boguete, não quer proibir o estupro por que motivo?

Dante10 escreveu:

Mas diga-nos amado Boguete, não quer proibir o estupro por que motivo?

Você é autista? eu apoio a liberdade individual, obrigar alguém a transar é uma violação desse principio o mesmo vale pra roubo, assassinato e etc.

Então você também é a favor de proibições.

transitivo direto e bitransitivo
ordenar que não se faça (algo); não permitir; impedir, obstar, desautorizar.

transitivo direto
tornar ilegal (uma coisa ou uma prática); interditar, banir, vedar.

Você é autista?

Não... Não sou nem autista nem baixista, não é por que o cara nasce alto que é superior!

Dante10 escreveu:

Então você também é a favor de proibições.

transitivo direto e bitransitivo
ordenar que não se faça (algo); não permitir; impedir, obstar, desautorizar.

transitivo direto
tornar ilegal (uma coisa ou uma prática); interditar, banir, vedar.

BOG escreveu:

Dante10 escreveu:

Mas diga-nos amado Boguete, não quer proibir o estupro por que motivo?

Você é autista? eu apoio a liberdade individual, obrigar alguém a transar é uma violação desse principio o mesmo vale pra roubo, assassinato e etc.

Não entendi o tópico.

Então você é a favor da proibição do estupro CARALHO.

Dante10 escreveu:

Então você é a favor da proibição do estupro CARALHO.

Se você vê dessa maneira...

Apollo escreveu:

Não entendi o tópico.

A ideia do tópico é discutir sobre as proibições impostas a sociedade, seja direita ou esquerda, sempre querem proibir coisas como armas e drogas e em casos extremos religião e sexualidade.

Isso não dá certo.

Uma vez tentqram proibir que fosse proibido aplicar proibições, mas perceberam a hipocrisia e desproíbiram tudo, porém, perceberam que se tudo fosse liberado não haveria liberação, pois se um quisesse e ou outro não, o segundo proibiria o primeiro, no fim... não lembro como terminou a história.

Para mim essa história de "proibido proibir" é papo de anarquista. Acho ridícula a filosofia anarquista (seja de esquerda ou de direita). As proibições são importantes para que nossa sociedade caminhe em uma direção desejada. Se queremos que as pessoas vivam em harmonia e se quisermos diminuir os danos que umas pessoas podem causar às outras (e que são irreversíveis), as proibições são importantes.

Por que proibimos que alguém use crack? Porque essa pessoa causará prejuízos INDIRETOS E DIRETOS aos demais. Muitos desses prejuízos não podem ser mitigados ou revertidos posteriormente ao ocorrido. Se um usuário de crack mata alguém, não importa o que for feito em seguida, essa pessoa não voltará à vida. Para EVITAR os danos em potencial, existe tal proibição.

Por que alguém não pode dirigir bêbado? Porque as chances de atropelarem alguém e matarem são altas!

Por que a prostituição é proibida? Porque sujeita mulheres a criminosos que se aproveitam das mesmas e são na prática "donos" das mesmas.

E quanto às armas? Eu sou contra o desarmamento civil, mas apesar da falta de fundamento na lógica, as armas são de fato usadas para matar os outros. Algum tipo de controle e limitações (mesmo que seja algo mínimo) sem dúvidas deve existir. Imagine se nada fosse proibido, todo mundo ia andar de fuzil na mão nos morros do RJ, e ninguém poderia fazer nada (afinal, eles não estariam quebrando nenhuma lei).

Quanto à religião: Nenhuma religião deve ser proibida. Porém, algumas práticas podem ser impedidas. Se sua religião disser que você tem que sacrificar crianças, por exemplo, você deve SIM ser preso e ponto final.

É fácil ficar defendendo o anarquismo em um país como o Brasil, onde temos um monte de leis inúteis e sem fundamento, mas muitas proibições são de fundamental importância para que o país não se torne um completo caos (mais do que já é!) Se já é assim com todas essas leis, imagina se não houvessem proibições!

@Lipert você concorda com os anarquistas de direita ao dizer que o que deve ser proibido são causas que trazem mal a vida alheia. A ideia de ''proibido proibir'' é de fato estupida e não tem absolutamente nada haver com as ideias libertárias.

E dizer que anarquismo de direita é sinônimo de falta de leis e proibições é uma idiotice ainda maior.

Dante10 escreveu:

@Lipert você concorda com os anarquistas de direita ao dizer que o que deve ser proibido são causas que trazem mal a vida alheia. A ideia de ''proibido proibir'' é de fato estupida e não tem absolutamente nada haver com as ideias libertárias.

E dizer que anarquismo de direita é sinônimo de falta de leis e proibições é uma idiotice ainda maior.

A grande maioria dos anarquistas e dos libertários defendem que TUDO o que não for uma agressão direta deve ser permitido. Se as drogas podem gerar agressões diretas, não quer dizer que as mesmas são agressões diretas, então os anarquistas e libertários (a maioria) defendem a liberação dos mesmos (isso pode ser visto em qualquer site/livro de pensadores anarquistas).
Então NÃO, os anarquistas não concordam comigo. Se eles concordassem, não seriam anarquistas.

Além disso, dentro do anarquismo, o Estado perde sua autoridade e força. Na ausência de um Estado com capacidade de proibir algo, não seria possível a proibição (muito menos em um território amplo). Como algo pode ser proibido no anarquismo? Para mim qualquer forma de anarquismo é algo tão absurdo que não faz o mínimo sentido que alguém defenda isso... O anarco-capitalismo se assemelha ao comunismo, tanto em relação à inexistência do Estado quanto na falta de realismo e bom-senso de quem acredita que algo assim pode funcionar. lul

A grande maioria dos anarquistas e dos libertários defendem que TUDO o que não for uma agressão direta deve ser permitido.

Não, diga-me aonde tirou esse absurdo? A base é muito simples: Não interferir na vida alheia (a não ser para punição de injustiças), ponto final. O que a maioria defende pouco importa. Maiorias são estúpidas, maiorias colocaram Dilma no poder, maiorias colocaram Hitler no poder. O que importa é a teoria: Não se pode proibir uma pessoa de fazer algo que não fará mal a outrem. Princípios como auto-propriedade são axiomas totalmente irrefutáveis. Toda posição ética, para ser racionalmente defensável, precisa ser justificada por argumentos; Toda argumentação requer que os interlocutores respeitem cada um o corpo de outro e demanda que cada participante usufrua de controle exclusivo sobre o recurso de seu próprio corpo. Qualquer um que tente contestar o direito de propriedade sobre seu próprio corpo seria preso em uma contradição prática, uma vez que o próprio ato de argumentar já implicaria a aceitação da própria norma que ele está contestando. A negação do direito de auto-propriedade é portanto racionalmente indefensável.

(isso pode ser visto em qualquer site/livro de pensadores anarquistas).

O que pode acontecer é eles discordarem de você no caso das drogas, pois não creem que as drogas afetem outras pessoas, eu também discordo de você e tenho meus próprios argumentos antidrogas. Mas diga-me os autores que, segundo você, defendem algumas agressões indiretas (considerando que não é fato nenhum as drogas serem uma agressão indireta, apenas sua opinião).

Sobre funcionar ou não (e comparar com comunismo) não faz sentido, a ética libertária é teoricamente irrefutável diferente do comunismo que foi refutado teoricamente por ludwig von mises (um dos maiores ícones do libertarianismo :D ) e refutado na prática com alguns milhões mortos de fome e outros milhões pelos próprios lideres comunistas...

Dizer que não haveria ninguém para punir num mundo sem Estado, é como dizer que sem o Estado para dar-nos de comer, morreríamos de fome.

Dante10 escreveu:

A grande maioria dos anarquistas e dos libertários defendem que TUDO o que não for uma agressão direta deve ser permitido.

Não, diga-me aonde tirou esse absurdo? A base é muito simples: Não interferir na vida alheia (a não ser para punição de injustiças), ponto final. O que a maioria defende pouco importa. Maiorias são estúpidas, maiorias colocaram Dilma no poder, maiorias colocaram Hitler no poder. O que importa é a teoria: Não se pode proibir uma pessoa de fazer algo que não fará mal a outrem. Princípios como auto-propriedade são axiomas totalmente irrefutáveis. Toda posição ética, para ser racionalmente defensável, precisa ser justificada por argumentos; Toda argumentação requer que os interlocutores respeitem cada um o corpo de outro e demanda que cada participante usufrua de controle exclusivo sobre o recurso de seu próprio corpo. Qualquer um que tente contestar o direito de propriedade sobre seu próprio corpo seria preso em uma contradição prática, uma vez que o próprio ato de argumentar já implicaria a aceitação da própria norma que ele está contestando. A negação do direito de auto-propriedade é portanto racionalmente indefensável.

(isso pode ser visto em qualquer site/livro de pensadores anarquistas).

O que pode acontecer é eles discordarem de você no caso das drogas, pois não creem que as drogas afetem outras pessoas, eu também discordo de você e tenho meus próprios argumentos antidrogas. Mas diga-me os autores que, segundo você, defendem algumas agressões indiretas (considerando que não é fato nenhum as drogas serem uma agressão indireta, apenas sua opinião).

Sobre funcionar ou não (e comparar com comunismo) não faz sentido, a ética libertária é teoricamente irrefutável diferente do comunismo que foi refutado teoricamente por ludwig von mises (um dos maiores ícones do libertarianismo :D ) e refutado na prática com alguns milhões mortos de fome e outros milhões pelos próprios lideres comunistas...

Dizer que não haveria ninguém para punir num mundo sem Estado, é como dizer que sem o Estado para dar-nos de comer, morreríamos de fome.

Eu não leio muito livros de anarquistas. No máximo, posts de pessoas que se dizem anarquistas, e que invariavelmente defendem permitir tudo o que não agredir diretamente outros. Por exemplo, os anarquistas não iriam proibir o crack, pois não afeta DIRETAMENTE os outros. Se você vai proibir tudo o que agride INDIRETAMENTE outros, estará entrando em acordo comigo e em desacordo com os anarquistas e com os mais "libertários" (que colocam a liberdade individual acima da ideia de impedir consequências indiretas que podem ou não ocorrer).

Como é possível que algum local sem Estado puna quem comete crimes? Cada um poderia simplesmente se organizar paralelamente ao poder consolidado (o grupo que fosse cumprir/decidir o que é "justo" com o aval da maioria) e decidir não seguir tais imposições, e até conspirar para tomar o poder. A inviabilidade do comunismo (obs: não confundir com o socialismo, onde ainda há o Estado) é a mesma que a do anarquismo: você está esperando que os seres humanos sigam uma ideologia sem que exista nenhum tipo de imposição (direta ou indireta) para isto. Se você falasse sobre minarquia, faria mais sentido, mas numa ausência completa de Estado (anarquia), ficaria um vácuo de poder que seria assumido por grupos paralelos, os quais vão defender seus interesses. A anarquia é semelhante ao comunismo: uma utopia totalmente imaginária que, caso existisse, deixaria de existir logo em seguida pela própria ausência de um poder estabilizador!