Uma série de postagens de uma conselheira do Flamengo gerou revolta da comunidade de esporte eletrônico no Brasil. Durante o fim de semana e nesta segunda-feira, Marion Kaplan fez diversos ataques ao time de League of Legends do clube após considerar que o setor recebe uma atenção maior que o futebol feminino e os esportes olímpicos no Rubro-Negro. Em uma das declarações, a conselheira chega a usar um transtorno como forma de ataque.
No sábado, em uma postagem do perfil oficial de esporte eletrônico do clube, a conselheira abriu a polêmica dizendo que o Flamengo divulga um "nerd da pior espécie".
- Quem diria, hein? Flamengo divulgando um nerd da pior espécie, símbolo do antiesporte, e nada do futebol feminino. Nem uma linha...
Em seguida, no domingo e nesta segunda-feira, Marion justifica que vai trabalhar para "extirpar" o LoL da estrutura do Flamengo dizendo que a modalidade fere o estatuto do clube por "não se tratar de um esporte" e é uma "piada pronta ambulante". Incomodada com a repercussão na web, a conselheira classificou os jogadores como "nerds autistas da pior espécie".
- Um nerd que fica horas na frente de uma tela, praticando algo que não é atividade física nem cultural. Não é ao ar livre e não serve para nada. Ou seja, se eu falar "nerd autista da pior espécie" ficou mais claro, não? - disse.
Após a grande repercussão, tanto entre torcedores quanto entre ciberatletas, membros de comissões técnicas e jornalistas especializados, a conselheira teve sua conta no Twitter desativada.brTT rebate, e jogadores se revoltam
Principal astro do League of Legends do Flamengo, Felipe "brTT" reagiu às postagens da conselheira. Líder do time que é líder isolado do principal campeonato do game no Brasil, o jogador mostrou indignação com a postura de Marion.
- Você tem que se tratar, isso sim - disse.
Outros jogadores profissionais do game também entraram na discussão. Rafael "Rakin", jogador da americana Team Liquid, propôs um diálogo com a conselheira, que não aceitou e disse que, diante dos ataques violentos e ameaças, percebeu o "quanto que o LoL tem que ser extirpado".
Ainda em contato com a reportagem do SporTV.com, Marion disse que ficou surpresa com a repercussão do caso e que o estopim foi a situação atual do futebol feminino do clube.
- Estou com uma superdivulgação. Não esperava esta repercussão toda. Queria era trazer um pouco de divulgação para os outros esportes. A gota d'água realmente foi a situação com o futebol feminino - contou.
FONTE: Sportv