O mundo reagiu ao vídeo nazista publicado por Roberto Alvim, agora ex-secretário especial da Cultura. O jornal francês Le Monde deste sábado 18/I se refere a Alvim como um "Goebbolsonarista e diz que ele não é o único personagem "controverso", para não dizer "iluminado", a compor o alto escalão na área da cultura no governo de Jair Bolsonaro.
"Muita gente suspeitava que o governo de extrema-direita brasileiro tinha simpatia pelo 3° Reich e, agora, tiveram a prova", escreve o jornal francês, que aponta, ainda, outros colaboradores de Bolsonaro dispostos a criar "uma máquina de guerra cultural", copiada da propaganda da Alemanha nazista, para agradar o chefe.
Rafael Nogueira, no comando da Biblioteca Nacional e "monarquista convicto", é um deles, segundo o Le Monde. O jornal lembra que este olavista disse que Caetano Veloso era responsável pelo analfabetismo no Brasil. "Mais doido ainda: o novo presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), o maestro Dante Mantovani, acredita que 'o rock ativa drogas, sexo, aborto e satanismo'", constata o jornal francês.
Le Monde ressalta que o vídeo publicado por Alvim gerou intensos protestos. O jornal reproduz a nota da Confederação Israelita do Brasil (Conib): "Imitar a visão [de Goebbels] é um sinal assustador [...] Essa pessoa não pode controlar a cultura do nosso país", condenou a entidade.