Vamos falar um pouco sobre os seis filmes de Resident Evil e seu reboot?
Para começar digo que nenhum entregou de forma decente o que a franquia de games propôs. Na minha concepção todos os seis foram uma mistura de fanservice ruim com tentativa de atingir o grande público. Se afastaram da temática principal, tentaram inovar criando um ritmo próprio, introduziram gêneros diversos e mesmo assim falharam. Falharam com o Sci-fi, com o terror, com o horror e com os fãs. Decerto por ser apreciador de Biohazard, eu tenha esperado algo mais do enredo e representação cinematográfica dos melhores jogos de survival existente (Ok, essa última frase é questionável) e o que tive foi decepção atrás de decepção. Não existem pontos altos e baixos, e sim pontos médios e baixos em todos os filmes.
Os enredos são porcos, as atuações são estáticas e canastronas, as cenas de ação são forçadas, com closes que parecem de um amador e a Alice, bem, a Alice é uma grande Mary Sue.[1] Não me recordo de um personagem tão forçado a ser incrível como ela. Desperta habilidades psíquicas do nada, cai no soco contra a representação do Nêmesis que é o principal boss do terceiro jogo, debocha de personagens icônicos introduzidos na franquia, puxa todo o holofote e protagonismo para ela e usa da pior forma possível. Este único ser é a salvação de todo o mundo na história (parece que só existe ela) e o ponto principal de todas as confusões, plots ruins e claro, clones. Essa Alice in Zombieland não me convenceu.
Alguns personagens dos jogos foram colocados nos filmes sendo os mais importantes, Jill Valentine(RE1), Carlos Oliveira(RE3), Clair(RE2) e Chris Redfield(RE1), Ada Wong(RE2), Leon S. Kennedy(RE2) e o grande antagonista, Albert Wesker. Todos horrivelmente aproveitados para não deixar de fazer a grande Milla Jovovich em sua péssima atuação brilhar (ou ao menos tentar). O primeiro filme é assistível e o terceiro é de longe o menos pior. Uma mistura de temática que lembra Mad Max e The Walking Dead. Deserto, zumbis, refugiados racionando alimentos, roupas rasgadas e empoeiradas, comboios de fuga e muito ‘’tiroteio’’. Tem até um Cowboy.
Eu espero do fundo do meu coração gamer e cinéfilo que o reboot previsto para o fim do ano e a série com as filhas do Albert Wesker sejam para se redimir com os fãs e não apenas para adquirir mais dinheiro. Que tenha no mínimo a pegada dos jogos atuais como o 2 remake, RE7 e o Village. Nada contra uma boa ação como a do RE5 ou RE6, porém, precisamos de mais survival que é o ponto alto de todo o chaos zumbi. Os fãs também serão agraciados com uma animação da polêmica Netflix, que não me deixa ansioso quanto a qualidade já que as antecessoras, Resident Evil: Degeneração. Resident Evil: Condenação, e Resident Evil: Vendetta, foram de medianas a boas, tanto na crítica quanto em opinião de quem realmente acompanha a lore e jogos. Link Legião dos Heróis para sinopse detalhada
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