Terça Feira - Madrugada
Aproximadamente 2 horas, 16 de Fevereiro. Em algum lugar no País do Vento.
Uma ventania gélida varria impiedosamente o vasto deserto envolto em trevas noturnas, manifestando-se com um poder imponente e, ao mesmo tempo, absolutamente natural. Os shinobis observavam com atenção a dupla que se movimentava peculiarmente naquele ambiente hostil. A figura conhecido como Zinzoku Komori, já havia detectado a presença do grupo proveniente de Kirigakure no Sato fazia algum tempo, enquanto sua aluna que parecia bastante distraída com a música que estava ouvindo. Os cabelos do Jounin de Sunagakure, completamente escuros, com um toque sutil de azul, dançavam em conflito com a brisa, enquanto seus olhos amarelos se fixavam especialmente em Kaguya Haikotsu e Kengetsu. Parecia reconhecer padrões em suas aparências, como se já tivessem vistos pessoas com suas aparências anteriormente.
Uma voz grave e carregada de raiva ecoaria de seus lábios, direcionada aos ninjas da névoa. Era evidente que uma ira contida fervia dentro dele.
—
Kirigakure no Sato... Ninjas de uma nação totalmente incoerente, sempre prontos a atacar e prejudicar o andamento das minhas missões. No entanto, fechando os olhos por um momento, os vejo surgindo em minhas costas e trabalhando ao meu lado no dia seguinte. Questiono se o Kazekage-sama e Kin-sama estão realmente certos em confiar em sua presença aqui… Se dependesse de mim, vocês nem pisavam no nosso território… — Falaria o sujeito que claramente não gostava da aproximação deles, talvez tivesse entrado em conflito com algum grupo de Kiri um tempo atrás, aquele comportamento lembrava um pouco de Anubis, só que aquele sujeito era mais direto ao ponto.
Faber, finalmente iria notar a presença do grupo, ela iria retirar um dos fones de seu ouvido e seus olhos vermelhos iria fitar as pessoas que se aproximariam deles. Ela parecia visivelmente confusa e tentava ligar os pontos, estava completamente em outro mundo e após entender a situação. Sua voz um tanto antipática iria tentar acalmar os ânimos de seu sensei:
—
Seja um pouco mais gentil, Komori-sensei... Mesmo que você não goste deles, isso é falta de educação… Imagina se esse grupo resolve nos atacarem aqui? Seriamos trucidados... — Diria a garota com pele branca enquanto sacava seu boné e escondia um pouco seus olhos, ela iria fitar Haikotsu por alguns segundos e depois falaria de uma forma que tentasse ser educada para compensar o comentário de seu mestre. —
Ohayou Haikotsu-senpai, tudo bem? Que bom que você está vivo... Pelo que andei sabendo, diversos ninjas diferentes que andaram investigando o museu acabaram se matando em pouco tempo, achei que você já tinha ido dessa para pior... Você se lembra de mim?Após o contato inicial, a garota sentia-se um tanto sobrecarregada ao ter que responder às perguntas de Hyoumi. Seu olhar buscava Komori em busca de ajuda na comunicação, mas ele simplesmente desviava o olhar, deixando-a responsável pelas respostas. Ela balançava a cabeça para o lado, fitando a areia do deserto, como se estivesse ponderando sobre algo para desviar a conversa. Ikhor percebia rapidamente que ela tinha uma personalidade mais reservada, talvez escondendo algo sob a superfície, pois seu interesse neles parecia se dissipar rapidamente.
Após alguns segundos de silêncio, ela finalmente responderia:
—
Saquei... Bom... Suponho que... — Ela tossia um pouco antes de continuar fitando Yuki à sua frente. —
Se importaria em me dizer seu nome primeiro? Meu nome é Castel Faber, prazer... Sobre aquela galeria de arte, eu apenas tenho um contato próximo com aquele local, pois Ginko, o atual dono, permitia expor minha arte lá e ganhar alguns trocados em troca de alguns serviços. Essa onda de mortes é um tanto recente, acho que começou a ocorrer no início do ano passado e bem... Durante a investigação de diversos ninjas, eles chegaram à conclusão de que algumas pinturas da minha autoria poderiam conter algum ninjutsu malicioso, mas repito... Eu apenas uso chakra na minha arte para potencializar seu realismo e para capturar a essência da natureza...Scylla gentilmente iriam se apresentar cada um deles, exceto Yoya que apenas encarava tudo que estava acontecendo tentando acompanhar o que estava sendo discutido. Sakuya faria uma pergunta nesse momento, a voz da garota de cabelos brancos parecia um tanto reprimida:
—
Ahhhh... Então... Você sabe alguma coisa sobre o culto Kazenokami? Não pude deixar de notar que você está um tanto impregnada de...—
de? Estou cheirando mal? Ah... Perdão...Não era aquilo que a Kaguya iria se referir. Sakuya iria fitar Ikhor por alguns segundos, fazendo uma espécie de comparativo direto em sua mente, mas não sabia muito bem o que dizer, visivelmente para Sakuya, tanto Ikhor quanto Faber pareciam ser estupidamente iguais em algum sentido e curiosamente até mesmo seus cabelos e olhos pareciam um tanto parecidos, apesar de que era apenas uma conhecidência do destino. Por fim, Faber apenas iria fitar a garota e depois falar de uma forma um tanto honesta:
—
Particulamente não acredito em criaturas sobrenaturais ou coisas tão bregas quanto isso. Se vocês quiserem saber mais sobre cultos ou coisas desse tipo, falem com o velhote do Kei Montag, ele parece amar esse tipo de coisa. Bom... Visitando o museu, vocês vão ver algumas artes dele... Vão saber o que estou dizendo... E sobre Rubi-san e Kin-chan, talvez vocês tenham a chance de conversar com elas no Vilarejo Nekomaru... Alias... Haikotsu-senpai, se vocês nós seguirem, vão achar um ótimo hotel para passar a noite...Ikhor, habilidoso e com um extenso currículo de várias habilidades notáveis, concentrou-se em detectar e memorizar o odor de Komori e Faber. O cheiro de Komori era principalmente normal, mas com um toque metálico que lembrava o odor de sangue, sugerindo sua familiaridade com batalhas sangrentas, algo que também notara em outros shinobis como Sabaku no Horus e Zinzoku Kin. Por outro lado, o cheiro de Faber era surpreendentemente desagradável e incomum para uma kunoichi, o que gerava uma sensação de desconfiança em relação a ela. Ela exalava um aroma peculiar, como se tivessem mergulhado seu corpo em tinta, com um forte e característico cheiro de óleo de linho e outros materiais artísticos, remetendo a objetos como lápis e tecido. Além disso, havia um toque sutil de álcool que parecia evaporar-se rapidamente dela conforme andava pelo deserto, contribuindo para o mistério em torno de sua presença.
O chakra de ambos não apresentava grandes diferenças. Komori possuía uma reserva de chakra semelhante aos membros da Scylla, embora pudesse ser considerado um pouco inferior em comparação com o trio da Scylla. Por outro lado, Faber exibia uma reserva considerável de vitalidade, podendo até ser comparada com Hoshigaki Dogma nesse aspecto.
A garota já estava cansada de falar, então apenas faria uma pose tradicional de respeito para o grupo, para em seguida, caminhar lentamente em direção do oeste, Komori não falaria nenhuma palavra adicional assim como o resto da Scylla que apenas ficaria quieta e andaria silenciosamente até o destino.
[...]
Com a chegada no estranho vilarejo pequeno, eles notariam uma certa elegância e uma aura de prosperidade que até mesmo os renomados vilarejos de Kiri e Suna não possuíam. Logo à vista, destacava-se um esplêndido e imenso museu, que parecia ser a maior atração do local, porém parecia nesse momento vazio e existiam avisos para todos os civis se manterem longe daquele estabelecimento. A medida que os membros da organização avançavam pelo vilarejo, ficava evidente que os comércios locais operavam incessantemente, funcionando 24 horas por dia, indicando uma economia vibrante e uma comunidade ativa. Além disso, a presença de um Ninja Shop deixava claro que ninjas habitavam e trabalhavam naquela região, dando um tom de mistério já que claramente aquela região não era para possuir tantos grupos de shinobi assim.
Guiados por Faber e Komori, o grupo foi conduzido até um local que lembrava um hotel. No entanto, esse não era um hotel comum. Sua arquitetura impecável e os detalhes de acabamento indicavam um local de luxo e curiosamente existiam diversas pinturas que pareciam decorar as paredes daquele local, Haikotsu notaria que existia um quadro pintado naquela região que havia uma espécie de moça que abanava para eles, parecia inclusive uma espécie de gif extremamente aleatória que ele veria numa rede social anteriormente, pelo visto aquele tipo de pintura tinha chakra em sua composição e aplicava um pequeno efeito ilusório em quem visse aquele tipo de arte, fazendo acreditar que o "quadro" estivesse se movendo, mas, na verdade... Não estava...
Uma vez entrando na recepção, Faber iria se despedir daquele grupo e entraria no seu quarto junto com seu sensei, supostamente estavam compartilhando um quarto. O atendente iria olhar para aquele amontoado de pessoas da Scylla e apenas iria resmungar algumas palavras, enquanto entregava as chaves dos quartos para cada um deles. Como o hotel estava cheio, Scylla seria meio que obrigada a dividir os quartos e inicialmente nem se importaram tanto com isso já que estavam apenas cansados e apenas iriam dormir assim que chegassem efeitivamente em suas respectivas camas:
Quarto 1: Chinoike Ikhor, Kaguya Haikotsu, Yuki Hyoumi
Quarto 2: Hoshigaki Dogma, Hawasaka Mirian, Kengetsu, Motokishi.
Quarto 3: Yuki Arima, Kaguya Sakuya, Kaguya Yoya
[...]
Terça Feira - Manhã
Aproximadamente 10 horas, 16 de Fevereiro. Hotel Ichibi.
Chinoike Ikhor, Yuki Hyoumi e Kaguya Haikotsu compartilharam um sonho intrigante naquela noite. Em um cenário incomum, eles se viram diante de um abismo misterioso no meio de um deserto. Para sua surpresa, nesse sonho, eles não possuíam suas habilidades shinobi, encontrando-se incapazes de utilizar chakra e pareciam tão fracos quanto civis. Como se tratasse de um mundo onírico, as regras da realidade pareciam se curvar, permitindo que coisas inexplicáveis acontecessem, mas mesmo assim, a experiência era desconcertante e envolvente.
Em meio à fuga frenética de algo que os ameaçava, o trio correu desesperadamente até serem encurralados à beira de um abismo colossal, sem fim aparente, que bloqueava qualquer possibilidade de escape. O desespero e a angústia tomaram conta deles, uma sensação de impotência diante do desconhecido. Então, no ápice do desespero, Hyoumi se virou e notou uma figura imponente se aproximando. Uma aura sinistra envolvia essa figura, e à medida que ela se aproximava, o deserto ao redor se tingia de vermelho e a visão de Hyoumi ficava corrompida, como se o próprio pesadelo estivesse tomando forma. A presença do sujeito os paralisou, e eles sentiram um frio percorrendo suas espinhas, levando-os a questionar se realmente conseguiriam sair desse sonho aterrorizante.
Antes que o estranho pudesse tocá-los, algo inesperado aconteceu: uma interrupção abrupta veio do mundo real. Uma voz conhecida os chamava à realidade, tirando-os daquele pesadelo angustiante. Alguém batia insistentemente na porta, rompendo o elo entre o mundo onírico e a consciência desperta.
—
Hey pessoal, acordem aí... — A voz ecoou através da porta, trazendo-os de volta à realidade. Era Yuki Arima. —
Todo mundo está acordado, exceto vocês... Tinhamos que combinar os próximos passos, correto? Eu até deixaria vocês dormir um pouco mais, mas... Temo que a Mizukage queira que resolvemos o problemas desse local o mais rápido possivel...Ofegantes e confusos, Chinoike Ikhor, Yuki Hyoumi e Kaguya Haikotsu abriram os olhos e se encontraram naquele ambiente estranho que era o Ichibi Hotel.
Ação livre para @Heimdall @Yagi e @Gaius no seguinte tópico:https://www.forumnsanimes.com/t102811-ichibi-hotel-vilarejo-nekomaru