Otogakure no Sato - País do Som

Já faz um tempo que me tornei Gennin; porém, nunca me convocaram para uma missão ou coisa do tipo. Bom, pelo menos até agora. Um mensageiro veio me informar bem cedo que um homem estava atarefado e queria que eu cumprisse uma ocorrência para ele no seu lugar. Sem muita contestação apenas aceitaria e me arrumaria para ir ao local marcado. Avisaria à papai Orochimaru que estaria de saída e diria o motivo a ele.

Após, me dirigiria a passos lentos em direção da onde estariam ao homem que me chamou e provavelmente uma ou duas pessoas para me acompanharem. Aparentemente Gennin's cumprem suas missões em conjunto para incentivar o trabalho em equipe e diminuir o risco de falhas por conta da inexperiência da patente. Não sou boa em me comunicar com humanos mas agora poderia ser uma boa chance para treinar isso — Isso é, se realmente houver companheiros —.

— Olá. Me desculpem pela demora, estava resolvendo alguns problemas com o papai. — Balbuciaria com uma voz seca e sem sentimento, fazendo uma pausa dramática logo após. Posso estar mentindo ou não para eles. E se eu estiver, realmente faz alguma diferença? — O que precisamos fazer? — Indagaria depois da minha pausa. Ele provavelmente explicaria mesmo que eu não perguntasse, mas tanto faz.

Esperaria calada e quieta as próximas instruções.

— Seria interessante seguí-los, acredito. O careca disse que deveríamos matar, mas não disse que não poderíamos ser curiosos e procurar saber mais a respeito do que estamos indo atrás. — Faria uma breve pausa em minha fala executada após avistarmos seres se movimentando, logo retornando — No entanto, eles podem saber que estamos aqui. É bom tomar cuidado. — Finalizaria.

O motivo de tudo isso era o simples fato da minha curiosidade aflorar no momento. Isso pode mudar em algo na missão, seja positiva ou negativamente? Talvez, mas eu não me importo muito. Só queria descobrir mais sobre os seres que estávamos seguindo.

Estaria a todo momento observando os arredores em busca de armadilhas ou pessoas que pudessem nos emboscar no meio do caminho. Manteria uma certa distância para com os perseguidos. Poderíamos ser detectados por sensores de diversos tipos. Sair do seu raio de ação seria de suma importância para manter a furtividade. Buscaria desviar de qualquer ataque hostil na base da agilidade, esticando meus braços com Nan no Kaizou para puxar Natur comigo se necessário.

— Será que realmente devemos atacá-los? — Indagaria com essa dúvida na cabeça. Realmente gostaria de saber a resposta apesar de acreditar que meu companheiro não vá ter a resposta para ela. De qualquer forma: — Vamos segui-los por um tempo. Fique atento. — Daria meu veredito final à Natur.

— Laboratório... — Balbuciaria um monólogo, me perdendo nos meus pensamentos rapidamente ao lembrar do local citado pelo Gennin. Eu conheço bem esse lugar. Talvez no fundo eu não queira atacar pela possibilidade de machucar acidentalmente os experimentos lá encontrados? Não sei e tenho dúvidas se algum dia terei as respostas para todas minhas perguntas.

Invocaria quatro pequenas cobras. Duas ficariam comigo e com Natur, uma pra cada. As outras duas receberiam um comando. — Saahthay haa ayaeeh seyythaa haa hassaay hasseey ssss seyythaa sssseyaa ssss. — Ciciaria. Como eu sei que meu narrador não vai entender, pedi para as cobras irem na frente para observarem quem estávamos perseguindo em busca de informações adicionais sem serem vistos e "puffados". Quando terminassem a varredura voltariam para mim obviamente, repassando o que conseguiram ver e ouvir.

No mais, manteria a atenção e certa distância para com a cientista e o tal do Benjamin. Não poderia ser localizada de nenhuma forma, seja através dos cinco sentidos básicos ou sensores de Chakra. Ah, está se perguntando o que as cobras que ficaram vão fazer? Caso eles percebam ações estranhas da nossa parte irão nos morder. É ambíguo pro Natur já que eles não o conhecem então ele agir de "forma estranha" seria algo como... "fora do padrão de comportamento decente humano"?. Se é que eu sei o que é isso.