Caverna Ryuchi

Ainda pensante a cerca das falas de Papai Orochimaru mas sem expressar nada que denunciasse que eu detenho sentimentos, iniciaria o processo da missão sem tardar. Tinha entendido o meu dever, e que teria que cumprir tal tarefa se quisesse o mínimo de reconhecimento do meu criador.

Iria até o Ryuuchidou por debaixo da terra através do Doton: Moguragakure no Jutsu, procurando por magnetismo os tais "homens de pedra". Duas cobras menores estariam andando por dentro da minha túnica, me auxiliando com suas respectivas córneas na detecção.

Quando os encontrasse, buscaria as informações cujo quais a missão me pede para adquirir com intuito de adentrar mais a fundo o lar de Hakuja Sennin.

@Yagi

Mitsumi ardilosamente se aproxima da caverna Ryuuchi por debaixo do solo, tentando se esgueirar sorrateiramente e sentir o que havia por perto. Nada muito relevante poderia ser sentido ali, já que, por ser um covil de cobras, aparentemente, toda a fauna já havia sido devorada, restando apenas plantas notavelmente pragas, como musgos e trevos. Sem nem mesmo insetos próximos, o silêncio era absoluto, exceto por óbvios rastejares de outras cobras na região.

Eis que, não muito tempo depois de chegar, alguns passos puderam ser sentidos por Mitsumi num local próximo, mas suas cobras simplesmente os ignoram, como se não pudessem detectá-los, talvez pelo seu ritmo estar de acordo com a brisa local. Restava a Mitsumi a (talvez) difícil tarefa de explorar a região sem confiar totalmente em suas cobras.


Em sua frente encontra-se uma imensa ruína de um aqueduto de proporções colossais, cercado de árvores e uma névoa sinistra. Atrás dele, é possível ver que há ruínas de palácios e salões tão grandes quanto montanhas. Definitivamente, uma visão inóspita e sombria, mas estranhamente inexplorada. Os passos podiam ser detectados vindos de dentro das falésias artificiais, seu número era incerto, mas firmemente bastante numerosos, algo na casa das dezenas.

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Ação livre para @Lady

— Ossiçe jeçass cess lass ech umsse ussoch chessta.. — Murmuraria, curiosa acerca do motivo de minhas cobras parecessem não cumprir com minhas ordens e / ou não conseguissem, embora eu consiga com tranquilidade. Elas sibilariam para mim, claramente pedindo desculpas, cujo quais eu aceitaria.

Quando eu vim da última vez, o Ryuuchidou não era tão sombrio assim, então pouco me lembro da ambientação aqui e no que posso encontrar. Mesmo assim, seguiria a direção em que sentia os passos, nas falésias artificiais. Obviamente ainda em baixo da terra.

@Yagi

Em meio à exploração do desconhecido, acontece uma conversa em tom de lavação de roupa suja entre os reptilianos. As cobras de Mitsumi parecem se desculpar com ela, apesar de não saberem exatamente ao quê ela estaria se referindo. A jovem prossegue a se esgueirar pelas ruínas até se aproximar consideravelmente dos passos, acabando por encontrar justamente o que procurava:


Diversos homens de pedra, talvez dezenas, caminhavam por entre os arredores do aqueduto. Seus trejeitos faciais e corporais expressavam o mais puro sofrimento. Apesar de parecerem completamente desesperados, eles não emitiam sons, e seus movimentos eram lentos, mas coordenados com a brisa local. Agora, evidentemente, pode-se inferir o porquê das cobras não conseguirem notar sua presença. Essas pessoas são praticamente a própria energia natural, mas com morfologia e animação humanas. O que poderia tê-los deixado dessa forma? Eram pessoas mesmo ou simplesmente manifestações sobrenaturais dos poderes da Ryuuchidou ou da Hakuja Sennin? As respostas não pareciam triviais.

Mesmo com essa atmosfera terrível, Mitsumi consegue notar um corvo no topo de um dos arcos dos aquedutos a observando. Suas cobras, estranhamente, também não reagem a ele, como se ele também fizesse parte da própria paisagem. Próximo aos vagantes, pergaminhos de contratos com cobras poderiam ser vistos, mas seu estado era de muita deterioração, quase como se tocá-los os fizesse desmancharem de uma só vez.

Com a situação parecendo se normalizar um pouco após tantas novidades, Mitsumi é surpreendida por um homem de pedra encrustado em uma árvore, logo ao seu lado. Este, parecia completamente imóvel, diferentemente de todos os demais, por isso, não era surpresa que olhos humanos não o notassem de primeira.


Apesar disso, aquele homem parece encarar Mitsumi, e mexe levemente sua cabeça acompanhando o olhar da jovem enquanto ela reage à situação. Um instante se passa e ele decide se desvencilhar daquelas vinhas, com movimentos completamente naturais aos humanos e, inclusive, uma certa preocupação em se limpar assim que se solta.

- Nem quimeras como você podem escapar dos olhos... - Diz o homem de pedra. - Saia, enquanto há tempo. Se os outros notarem você, também será o seu fim. - Apontando para os demais homens de pedra. Estranhamente, mesmo agindo de maneira anormal, ele é completamente ignorado pelos seus semelhantes e pelas cobras de Mitsumi.

Nesse momento, parecia que qualquer movimento em falso de Mitsumi poderia despertar aquele batalhão de vagantes.

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Ação livre para @Lady

Diante de uma ambientação sinistra e incomum, iria explorando o local enquanto escutava as desculpas de minhas cobras. Sibilaria de forma que indicasse a aceitação das desculpas e que eu não estou brava com elas no fim de tudo. Alguns minutos após, chegaria no ambiente origem dos passos escutados por mim outrora e... são os homens de pedra que papai mandou procurar.

Eles pareciam sofrer pelas suas facetas, mas em completo silêncio por não emitirem nenhum tipo de sonoridade, nem mesmo em seus movimentos, que estão bem devagar e sincronizados com o clima sinistro das ruínas. —— Senjutsu. — Murmuraria, teorizando sobre eles estarem assim devido ao excesso de Energia Natural em seus corpos, algo já conhecido por mim por deter o Senninka, que me permite absorver essa energia passivamente e eleva minhas habilidades físicas, mentais e espirituais.

Ao meu lado, algo sairia da árvore. Era uma figura suja de plantas que... se limpa e anda como uma pessoa normal? Antes mesmo de eu reagir, ele faria um aviso a mim, como se estivesse preocupado com minha integridade física devido a possibilidade dos semelhantes dele vierem para cima de mim. Isso e o fato de saber que sou uma quimera.

—— Você é um fantasma? Sua presença não pode ser detectada, e isso é incomum. — Indagaria, curiosa, logo prosseguindo com o diálogo: — Papai pediu para que eu viesse até aqui. Não posso chamar a atenção da Hakuja Sennin e preciso capturar uma cobra entre as traidores. Pode me ajudar? — Finalizaria.

Tentaria submergir caso sentisse que poderia ser notada, emergindo para conversar com o homem-folha novamente se tudo se tranquilizasse.

@Yagi

A jovem de aparência pálida e trejeitos simples não parece nem um pouco surpresa com a abordagem daquele homem, demonstrando curiosidade sobre suas peculiaridades e declarando-se uma ninja em missão. O homem rapidamente analisa a situação, com uma voz calma e estridente:

- Pai é? Você chama seu criador de pai? Ele ao menos sabia de suas habilidades? A maioria dos que criaram quimeras eram pseudocientistas estúpidos. Veja aqueles homens de pedra... a maioria são quimeras que falharam. Seu primeiro palpite foi correto. Mas se o que quer é raptar um dos rebeldes, vamos sair daqui. Apesar de ser um local patrulhado por nós, a Hakuja Sennin ainda assim vigia os arredores com suas espiãs, já que não podemos nos aproximar dela...

Por um breve momento, o homem encosta novamente na árvore, como se precisasse disso para tomar um suspiro de ar. Em seguida, ele se aproxima de Mitsumi, agachando-se no chão e colocando seu rosto bem próximo ao da garota, e diz: - Eu até pensei que você seria especial, mas eles já a notaram. Vamos nos encontrar no ninho da águia. Não morra.


Ao olhar para trás, Mitsumi nota que todos os homens de pedra estavam vindo em sua direção. Com um último aviso antes de se encrustar novamente na árvore, o homem diz: - Não deixe que eles te toquem!

Aproximadamente 20 homens de pedra se aproximam em velocidade alta, e Mitsumi recorre novamente ao subterrâneo, mas claramente os passos podem ser sentidos na superfície e aquele definitivamente não era mais um lugar seguro. Suas cobras então começam a silvar de forma agressiva, como se agora pudessem notar a movimentação à caminho. Claramente a mudança de movimentação dos vagantes, antes sincronizada com a brisa, os fez serem notados pelas amigas escamosas de Mitsumi.

Não muito longe dali, a entrada da caverna Ryuuchi parecia vazia. Mitsumi deveria decidir como agir, se enfrentaria os homens de pedra, buscando assegurar-se daquele local e saquear seus itens, ou fugir para a caverna, seu objetivo principal e rota de fuga mais próxima.

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Ação livre para @Lady

— Na verdade, eu nasci de uma falha. A minha existência é uma falha. Mas tudo bem, eu lido bem com isso. — Murmuraria em resposta ao "Fantasma", sem emoção alguma nas palavras.

Enfim, com o proceder dos acontecimentos, notaria que não teria como combater os homens de pedra. Talvez por incapacidade ou mesmo pois atrairia atenção da Hakuja Sennin, algo que não fora indicado a mim.

Sendo assim, partiria ao tal "Ninho da Águia" o mais rápido que pudesse, buscando evitar qualquer atrito.

@Yagi

Seguindo seus instintos e as diretrizes da missão, Mitsumi decide evadir daquele lugar e ir direto para a caverna Ryuuchi, onde procuraria por um local chamado "Ninho da Águia". Por óbvio, um local com esse nome deve ter algo a ver com altura ou reside alguma simbologia com aves de um modo geral. Dito e feito. Adentrando na escuridão da caverna, era evidente que raios de luz vinham de grutas ao ar livre vários níveis acima. Pouco a pouco as cobras se faziam mais presentes, porém a maioria sendo apenas criaturas selvagens.

Ao mesmo tempo, a sensação era de a energia natural emanando das profundezas daquele lugar ia aumentando gradativamente, ao ponto de que caso Mitsumi tentasse acessar o Senjutsu, provavelmente poderia sobrecarregar seu próprio corpo. Seguindo os caminhos tortuosos, uma das grutas chama a atenção da garota e suas cobras, uma vez que a luz era forte e alguns movimentos de seres voadores poderiam ser notados.


Ao se aproximar, um vale não muito grande, porém bem profundo, era o motivo de toda aquela agitação. Ao topo da colina mais próxima, uma criatura enorme e verdadeiramente assustadora se movia no que parecia ser seu ninho. Suas escamas douradas refletiam a luz como se fossem de metal. Suas asas geravam uma silhueta que lhe enfeitava ainda mais no tamanho e imponência. Suas patas eram carregadas de músculos visivelmente poderosos e longas garras. Seu corpo era esguio, exatamente como o de uma cobra, mas a majestade como um todo indicava a superioridade da criatura frente às suas possíveis parentes sem pernas.

Por ser algo tão espetaculoso, Mitsumi poderia desconfiar de ser simplesmente uma ilusão, mas suas cobras também pareciam hipnotizadas pela vista. Eventualmente, a criatura levantaria vôo e desapareceria às sombras das grandes colinas próximas. Após a grande distração sumir, um olhar mais atento revelava que o homem de pedra, que há pouco havia falado com Mitsumi, estava perambulando pelo ninho daquela majestosa criatura.


- Hey! Hey, minha querida D'ouro! Venha feliz, minha querida! Podes ouvir-me cantando? Mais clara que a água!


- Lá embaixo sob a Colina, brilhando à luz do sol, esperando na soleira da porta pela fria luz das estrelas... lá está minha linda dama, filha da mulher do rio!

Ao se aproximar, era possível notar que o homem estava acompanhado de uma árvore misteriosamente assemelhada a uma pessoa, e ambos batiam um papo quase numa canção e como se estivessem chamando alguém, quando a presença da jovem pálida interrompia o coro.

A bizarra animação contrastava com a visão anterior que Mitsumi havia tido daquele homem, antes basicamente agindo de maneira rude e sob a brisa local. Agora, sob a companhia de uma criatura igualmente esquisita, a alegria prevalecia, enquanto ambos fitavam seu olhar para a garota que acabara de chegar.

- Ela chegou... e é mesmo a filha dele?

- Ao vivo e a cores!

- Estou com pressa, a noite seguirá o dia. Esconderei minhas raízes.

- Eu não durmo, mas estarei voltando para casa!

Suas vozes ecoavam no interior de Mitsumi e suas cobras, de maneira que a garota jamais experimentara antes, afetando seu corpo de maneira visceral e a impedindo de se mover adequadamente. Algo de muito importante estava acontecendo ali. No entanto, o diálogo parecia não muito frutífero, mas certamente aqueles dois estavam apressados para se recolherem para alguma outra região. Ambos, o homem de pedra e homem de árvore, então, olham para trás e eis que a enorme criatura dourada se fazia presente novamente:


De perto, sua aparência era mais simpática, mas não menos angelical. A voz que transbordava daquelas mandíbulas magistrais não era menos impressionante que as dos demais:

- Ele vem pulando para casa novamente. Você pode ouvi-lo cantando?

- Minha fruta, D'ouro!

As cobras de Mitsumi inesperadamente pareciam se curvar diante daquela imensa serpente alada e dourada, ao passo que a própria jovem parecia sentir um calafrio terrível em sua espinha ao olhar para o precipício próximo, enquanto era sombreada pelas asas colossais da criatura.

- As águas da terra do fogo estão chegando aqui. A minha dama se aproxima! Não temo mal algum! Tome, minha jovem, filha do homem serpente.

Ainda falando em algumas parábolas, e como se soubesse da preocupação da garota quanto ao abismo, o homem de árvore lhe oferece um mapa contendo todo o caminho até lá embaixo. O homem de pedra se aproxima e também dá uma coisa à jovem, um pergaminho com um selo de pena azul, exatamente como aqueles que ela havia visto sob os pés dos outros homens de pedra, mas em melhor condição. Enquanto isso, a grande serpente dourada explica algo sobre o abismo:

- No oeste afunda o Sol: logo você estará tateando. Quando as sombras da noite caírem, então a porta se abrirá. Do abismo menor não vem a perdição, mas gemas carmesim das quais não darás atenção!

Após as inusitadas interações, pouco a pouco era possível que Mitsumi percebesse seu corpo ficando mais leve, como se estivesse se acostumando com a presença do trio. Concomitantemente, sons de diversas cobras de tamanhos variados estavam se aproximando, vindos do abismo. A distância era incerta, dada a quantidade de ruídos, mas suficientemente longe para que a jovem pudesse se planejar para fugir, emboscar alguma das cobras ou adentrar furtivamente encosta abaixo. Além disso, o que faria Mitsumi quanto às criaturas únicas que a estavam ajudando?

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Ação livre para @Lady

Adentrando o famigerado Ninho da Águia tal qual indicado outrora pelo homem-folha, notaria concentrações maiores de cobras pelo local, aumentando conforme minha movimentação continua. Sentiria o Chakra Natural emanando ao meu redor, num ponto que caso eu tentasse absorver para mim mesma ocasionaria numa sobrecarga, tornando-me pedra e / ou me enlouquecendo devido tamanho poder.

Alcançando o vale, no seu topo, teria uma visão majestosa. Uma criatura nada parecida com as já vistas por mim, e aparentando ser a entidade máxima do lugar. A luz refletindo em seu corpo; a inquietação das minhas cobras denotando nervosismo perante algo superior; sua fisionomia incomum — detalhes esses que me fariam acreditar estar vendo talvez uma criatura mitológica? Mas por que, apesar de ter essa visão e presença exclusivas, eu não sinto empolgação alguma? Sou mesmo uma casca vazia...?

Meus devaneios seriam cortados pela inconveniente abordagem do homem-folha ao som de cantorias que anunciaram minha chegada. Me aproximando um aparentemente amigo dele estaria em diálogo consigo, também em forma de cantoria. Sincronizadamente minhas cobras dançariam conforme o ritmo das músicas, de forma bastante harmônica e descontraídas. — Vocês animaram elas. Obrig... — Antes mesmo que agradecesse, uma criatura colossal, que logo reconheceria como a vista há pouco, chegaria.

A presença da majestade paralisaria meu corpo completamente. As cobras, antes dançantes, agora se curvariam a tal figura, consequentemente confirmando a teoria dela ser uma autoridade aqui. Imediatamente, sequências de diálogo aconteceriam, inclusive da grande criatura para comigo, além da entrega de alguns objetos para meu auxílio, demonstrando a bondade das criaturas únicas aqui presentes.

— Esperem, eu tenho muitas perguntas. Quem são vocês? Por que se escondem aqui? Qual o motivo de me ajudarem? O que há no breu do oeste da noite? — Curiosa como sou, faria diversas indagações, ao passo em que ouviria ruídos não tão distantes se aproximarem. E não são ruídos amigáveis. Ao mesmo tempo, sentiria meu corpo mais leve e minhas movimentações retornando pouco a pouco.

Recebendo ou não as respostas requisitadas, eu partiria para o Oeste, em busca de descobrir lá segredos que se escondem na penumbra. Isso possivelmente irá me desviar do objetivo da missão expedida por papai Orochimaru, mas cumprindo ou não, o tratamento dele para comigo continuará o mesmo. Ele não deixará de me tratar como uma falha, então só penso que devo ser independente e ter minhas próprias curiosidades e decisões.

— Ssss esseytha saahthay ayaeeh hathehhh ssseyaa haa hasseey ssss aayaa. — Finalizaria, fitando os olhos, escamas, troncos, folhas ou sei lá pelo que essas coisas enxergam, antes de partir. Obviamente traria as cobras comigo.

Alegremente, o trio segue cantarolando, mesmo com a óbvia aproximação da noite, que trazia consigo um frio anormal e um bando de cobras que subiam abismo acima. Mitsumi inicialmente agradece a cantoria, já que suas cobras estavam seguindo seu ritmo. Após a interrupção daquilo que poderia ser chamado de Dragão, a jovem pálida desconfia da bondade aparente e abre diversos questionamentos. O som das cobras ao fundo aumenta gradativamente enquanto o trio responde às perguntas:


- O girassol não aponta mais para a luz de sua melhor amiga, a estrela mais quente e próxima...


- Somos a terra, a água, o ar...


- Somos as colinas, os mares, os vendavais...

Enquanto respondiam de forma poética e alegre, no entanto, o trio logo tira os sorrisos dos rostos e complementa:

- Já estávamos aqui antes dos rios e das árvores.

- Lembramos da primeira gota de chuva e do primeiro broto de árvore.

- Fizemos trilhas antes das pessoas chegarem.

- Antes dos Reis, dos túmulos e das criaturas tumulares...

Em suas últimas palavras, todos diriam ao mesmo tempo: Quando, enfim, a perdição veio. Agora, o segundo sol chegará, e deixaremos o devaneio.

Não pareciam respostas muito satisfatórias, já que nome algum fora mencionado, exceto "Minha Fruta D'ouro", aparentemente como se chamava o dragão. Os instintos de Mitsumi indicavam autoridade vinda do trio, mas o discurso energético, descompassado e mítico indicavam despretensão e serenidade. Falavam de tempos imemoriáveis, como se fossem criaturas tão antigas quanto a própria terra. Estaria isso ligado de alguma forma com o evidente desequilíbrio da energia natural na caverna Ryuuchi? O tempo diria, este que parecia estar se esgotando para Mitsumi, já que a penumbra da noite se aproximava, e com ela o terror vinha junto.

Percebendo que as respostas não eram exatamente importantes para aquele momento, Mitsumi agradece a ajuda do trio e parte para oeste, adentrando na escuridão das sombras das montanhas. Ao mesmo tempo, o trio volta a cantarolar, com a árvore sumindo por dentro da floresta, o dragão seguindo vôo em direção ao sol, e o homem de pedra entrando no chão.


Seguindo a penumbra, Mitsumi nota que estava indo para longe daquele mar de cobras e de encontro com duas presenças. Aproveitando-se da situação, a jovem permanece escondida enquanto tenta entender melhor as condições locais. Na saída de uma pequena caverna, juntamente com algumas cobras bastante esquisitas rastejando pelo chão, dois homens podem ser vistos conversando sobre o tal motim, e aparentemente eles queriam invadir o tal "Abismo". Um deles tinha escamas bem visíveis em sua pele, como se estivesse passando por algum tipo de transformação. O outro visivelmente era um homem comum, porém com algumas tatuagens em seu braço direito.


- ... das luzes. Eles, os idiotas do motim, ainda não sabem, mas nos fortaleceram. Eu não tenho mais tempo, já nem sei mais quem eu fui antes de chegar aqui. A doença está avançando rápido. De qualquer forma, estou grato que tenha respondido ao meu pedido de socorro. Vamos pegar a pedra e entrar de vez no Abismo. Essa loucura precisa chegar ao fim.


- Queria que tivéssemos mais tempo. Meu clã ainda não sabe do que está acontecendo aqui, e nem deve saber, ou eles acabariam atacando a caverna Ryuuchi como um todo.

- E eles saberiam como chegar até aqui?

- Basta perguntarmos aos animais, e também, esses níveis de energia natural devem estar começando a afetar o mundo lá fora... e quanto aos rumores, são reais? Chegou a confirmar se a criatura existe mesmo?

Os dois homens então notadamente entram em estado de alerta, ao passo que Mitsumi sentiria que estava sendo observada. Ao olhar para cima, dois morcegos deixam uma rocha próxima e voam em direção ao homem tatuado. Ele então os pega na mão e troca alguns cochichos com as criaturas. Logo em seguida, ele fita seu olhar em direção a Mitsumi, mesmo não sendo capaz de vê-la diretamente, dizendo:

- Pelo visto, ainda sobrou uma quimera traidora...

O homem então ergue seu braço tatuado e uma espécie de energia parecia percorrer as marcas, liberando algumas faíscas no processo. Era claro que um ataque estaria por vir naquele momento.

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Ação livre para @Lady

Recebendo respostas enigmáticas e talvez não tão satisfatórias, seguiria na escuridão do Oeste, em busca das respostas que procuro. A citação das criaturas deixariam subentendido eles serem "primordiais", tão antigos quanto o mundo em si, possivelmente sendo as entidades responsáveis pelos ecossistemas e afins. Papai Orochimaru uma vez me contara que o Chakra surgiu faz não muito tempo. Então talvez após seu surgimento, o Chakra Natural — que sei existir em plantas, animais e afins — tenha alterado as formas deles? Não sei. Posso descobrir em breve, eu acho.

Conforme seguia com minhas crias, eventualmente notaria uma dupla atípica de humanóides. Imediatamente os trataria como invasores por não ser permitido a entrada e livre "passeio" aqui na Caverna Ryūchi. Sendo assim, me esconderia para ouvir a conversa deles. Captaria informações interessantes e logo teria a inocência de tentar conversar com eles na tranquilidade e pedir por ajuda. Essa inocência seria perdida quando notasse que ele me percebeu. Os morcegos voando por detrás de mim denunciariam, e o retorno deles para com o homem tatuado, sua fala e estar apontando seu braço pra mim confirmariam isso.

— Vamos pela forma agressiva então. — Murmuraria, já buscando a ativação do Nan no Kaizou para garantir maior flexibilidade e imprevisibilidade para meus movimentos. Pela fala do tatuado, ele parece ter conhecido outras quimeras como eu e possivelmente sabe como lidar com meu "tipo". Por conta disso, devo tomar cuidado com minhas ofensivas. Também devo levar em conta o fato de não poder absorver energia natural devido ao fator ambiente e sentimental e invocar as cobras guerreiras para me auxiliar pra não chamar a atenção de Hakuja Sennin ou das cobras traidoras. Por conta disso, devo combatê-los mesmo com meus recursos limitados. Me adaptar.

Minha primeira ofensiva seria para tentar impedir ou atrapalhar o disparo do tatuado e despistá-los ambos atacando-os ao mesmo tempo. Para isso, buscaria rapidamente a execução dos selos para utilizar o Doton: Doryūsō. Se obtivesse êxito e não fosse impedida no meio da minha ação, colocaria ambas minhas mãos, infundindo Chakra no solo com intuito de gerar múltiplos espinhos de terra. Metade pra cada um.

Independentemente se eles conseguirem ou não se livrar, causar ou não danos não é meu foco, mas sim distraí-los nem que por meio-segundo. Isso é, fazê-los tentar desviar, quebrar as pedras, etc. Essa pequena janela de tempo me faria-os me perderem de vista. Com essa crença na cabeça, eu tentaria mergulhar no chão com o Doton: Moguragakure no Jutsu nesse pequeno intervalo de tempo em que eles ficassem preocupados em lidar com meu Doton básico. Se obtivesse êxito, buscaria vagar pelo subsolo utilizando o sensor magnético para mapear a localização de ambos e saber se iriam mudar de posicionamento ou não, obviamente gravando a posição anterior de ambos para saber quem é quem. Mas, por serem aliados e possivelmente quererem se manter juntos à todo momento para lidarem comigo, não irão se afastar um do outro. Acreditando nisso, eu buscaria emergir por trás do escamado. Utilizando meu corpo flexível, tentaria me enrolar nele, como uma camisa de força por todo seu corpo, deixando apenas minha cabeça e a cantora livres. Ao passo em que conseguisse fazer isso — e caso consiga —, agora tentaria invocar cobras venenosas pelas mangas da canhota com o Jagei Jubaku, estas que terão o comando de se enrolar e imobilizar o tatuado.

— Vão me contar o que é esse abismo e essa pedra que estavam falando? Quero tudo o que sabem. Não me importo com a vida de vocês, matá-los seria muito fácil. Então sejam rápidos. — Finalizaria caso todo meu plano de imobilizar os dois tivesse dado certo, com certa sequidão na voz e vazio no olhar. Minhas cobras que estão me acompanhando desde o começo encarariam o imobilizado pelo meu corpo. Se algum dos dois me dessem respostas irônicas, desviassem do assunto e / ou se recusassem, eu faria sair dardos envenenados da boca das cobras conjuradas pelo Jagei Jubaku e arrancar um de seus membros aleatoriamente com uma mordida. Com o preso por mim, cuspiria da minha boca algumas cobras através do Sen'ei Jashu. Estas que entraram na boca do indivíduo e morderiam seus órgãos por dentro. O excedente (que não conseguirem entrar) penetrarão seus orifícios. Talvez assim me digam algo. Caso não me elucidassem nada, ou sim, buscaria fazer o mesmo no fim. As cobras no escamado continuarão devorando ele por dentro lentamente até novas cobras surgirem e continuarem comendo-o como se fosse ração. E o tatuado perderá membros, pouco-a-pouco.

Se em algum momento do combate eu fosse ameaçada de receber golpes e / ou necessitasse para fortificar a imobilização do escamado com dureza adicional, não hesitaria em utilizar o Doton: Domu para me auxiliar nessas questões. Caso não me falassem nada, tentaria procurar por mim mesma, ainda com as duas pequenas cobras de sempre e com cuidado.

Se nada disso desse certo, ou apenas uma parte das ações, focaria meus esforços em me manter viva, desviando ou bloqueando os golpes.

Medidor de Emoções: 5%.

Cálculos: — Nan no Kaizou: 30 - 50% - 12% = 11 de Chakra;
— Doton: Doryūsō: 15 - 12% = 13 de Chakra;
— Doton: Moguragakure no Jutsu: 30 - 12% = 26 de Chakra;
— Jagei Jubaku: 45 - 12% = 39 de Chakra;
— Sen'ei Jashu: 30 - 12% = 26 de Chakra;
— Doton: Domu: 90 - 12% = 79 de Chakra.

Mitsumi avalia toda a situação, imaginando que a origem das criaturas que encontrou estivesse ligada à Energia Natural, visto que ao menos uma de suas formas, os homens de pedra, estaria associada ao acúmulo demasiado de Energia Natural dentro do corpo, causando a petrificação. Nos dois outros casos, do dragão e da árvore, as citações de tempos imemoriáveis e aparentemente mitológicos também reforçariam essa teoria.

De qualquer forma, a jovem estaria agora lidando com uma situação bem mais hostil, onde teria que lidar com dois homens aparentemente invasores, tendo em vista a conjuntura da caverna Ryuuchi, porém que estariam do lado oposto do motim, visto a fala do homem escamoso acerca dos "idiotas do motim". Assim como Mitsumi, aparentemente eles estariam investigando ou atacando o motim, e sua intenção de invadir o abismo era óbvia, porém, apesar das concordâncias, inevitavelmente Mitsumi e a dupla estavam em rota de colisão.

Conforme os lados tomavam suas posições e declaravam seus movimentos, as cobras de Mitsumi imediatamente a alertam para o perigo do ataque do homem tatuado, que já estava pronto para ser lançado. Dessa forma, Mitsumi é forçada a abortar temporariamente seu ataque de Doton: Doryūsō para adotar uma postura evasiva/defensiva. Aparentemente, as cobras teriam sentido um grande acúmulo de energia natural se formando no braço direito daquele homem, ao passo que, no instante seguinte, uma chuva de raios acabaria sendo lançada na direção da jovem quimera.


Por conta das medidas de precaução como o Nan no Kaizo, a movimentação da garota seria bem imprevisível, e dado que o tatuado não tinha uma visão clara do alvo, os raios acabariam passando apenas de raspão em Mitsumi, não causando nenhum dano severo, porém era notável que se tratava de uma técnica bastante perigosa. O homem, afinal, não havia feito nenhum selo de mão... como então o Jutsu teria sido conjurado?

Na sequência, Mitsumi decide por não utilizar seus recursos mais importantes, como suas grandes invocações ou o Modo Sennin, partindo então para uma postura ofensiva, porém contida.


- "Forma agressiva"? Deve estar brincando comigo! - Desdenha o homem acerca da declaração de Mitsumi.

O ataque repentino havia criado uma pequena nuvem de poeira no local devido às rochas destruídas pelos raios, o que daria algum tempo para Mitsumi preparar seu Doton: Moguragakure, o que a faria sumir de vez da vista deles. O homem escamado, no entanto, parecia acompanhar exatamente todos os movimentos de Mitsumi, apesar de estar basicamente inerte naquele início de luta. O tatuado arregala os olhos em busca de uma confirmação visual da garota, que aproveita o momento para se aproximar da dupla por baixo. O homem escamado basicamente aguarda o ataque de Mitsumi, que acaba saindo do solo logo atrás dele e agarrando-o num movimento surpresa.

O Nan no Kaizo acabaria permitindo à jovem se enrolar completamente no corpo daquele homem, ao passo que o Jagei Jubaku sumonaria algumas cobras gigantes para se enrolarem no tatuado, num movimento duplo de imobilização.


O movimento é completamente exitoso e assustadoramente o combate parecia ter sido resolvido numa contraofensiva esplendorosa por parte de Mitsumi, que então falaria:

— Vão me contar o que é esse abismo e essa pedra que estavam falando? Quero tudo o que sabem. Não me importo com a vida de vocês, matá-los seria muito fácil. Então sejam rápidos.


- Oh! É de se esperar que você não saiba nada sobre a atual conjuntura. Eu definitivamente não me lembro do seu Chakra ou rosto... uma quimera traidora eu certamente reconheceria. Eu não sou um bom lutador, de fato, mas não é uma boa ideia subestimar aquele cara ali...

A situação, que aparentemente estava sob controle, desanda completamente quando o homem tatuado simplesmente aperta com a mão direita a cobra que o estava imobilizando e simplesmente a explode brutalmente.


Concomitantemente, Mitsumi sentiria que seu corpo começa a absorver níveis grotescos de Energia Natural, fazendo com que seus movimentos ficassem extremamente difíceis. Sua pele começaria a escamar como a de uma cobra e tomar aparência semelhante à do homem escamado. O que estaria acontecendo?
Como reação àquilo, Mitsumi já havia decidido que tentaria atacar a dupla com dardos envenenados, porém as cobras restantes acabariam sendo repelidas pelos raios do tatuado de forma impiedosa. O Sen'ei Jashu então é executado pela garota como meio de assegurar ao menos uma vitória contra o escamado, porém os níveis de energia natural no corpo da jovem acabariam impedindo esse movimento.

Vendo que seria impossível segurar o escamado por muito tempo, Mitsumi decide soltá-lo, ou acabaria sendo gravemente ferida pela Energia Natural que aquele corpo emanava. As cobras de Mitsumi ficariam assustadas com o nível de manipulação da Energia Natural que a dupla demonstrava, apesar de não terem tantas aptidões para um combate ortodoxo envolvendo Ninjutsus ou Genjutsus.

Ao se ver livre, o escamado então comenta:


- Esqueci de cometar, mas também não é uma boa ideia tentar tocar o meu corpo...


- É uma garota... e foi infectada. Posso acabar com o sofrimento dela?

- Nah, deixe que ocorra naturalmente. Apesar disso, ela deve dominar o Modo Sábio, já que não foi petrificada instantaneamente. Muito bem, o Abismo é uma prisão para quimeras, como você e eu, o que me me faz questionar: quem é você? Quais seus objetivos aqui? - Diz o homem escamado, respondendo parcialmente à pergunta de Mitsumi e se declarando uma "quimera", apesar deste termo não estar totalmente definido até então.

Mitsumi se encontrava agora com o corpo parcialmente restringido e frente aos dois homens que agora já não demonstravam tanto uma postura agressiva.

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Mitsumi: HP - 190, Chakra - (470 -11 -26 -39) = 394, Sanidade - 300
(movimentos dificultados)

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Ação livre para @Lady

O combate, que teria um rumo não tão ruim, ao menos na minha cabeça, se encerraria temporariamente. Até dado momento, o fato de ter sentido energia natural no golpe aplicado pelo tatuado, que logo simplesmente deletaria minhas cobras e meu corpo começar a absorver esse mesma energia forçadamente devido à alguma propriedade do corpo do escamado certamente seriam pontos a se observar. Mas com certeza me deixaram curiosa para descobrir mais sobre a dupla. Suas alegações foram interessantes, também.

— Que chato... eu perdi. — Murmuraria, estirada no chão e sem preocupação alguma. Buscaria posicionar minha cabeça de forma que consiga enxergá-los ambos para poder dialogar com maior tranquilidade, mantendo o resto do corpo inerte. — Fui ordenada que investigasse o motim e capturasse uma das cobras traidoras para meu criador. "Minha Fruta D'ouro" e os outros dois primordiais pareciam incomodados com algo no cair da noite nesse tal "Abismo", por isso vim. — Faria uma pequena pausa durante a elucidação não demonstrando nenhum sentimento hostil ou coisa. Ao mesmo tempo, simplesmente tentaria levantar tranquilamente. — Vocês parecem possuir bastante conhecimento acerca do que está acontecendo. Eu aceito uma descrição sobre tudo. — Finalizando. Sendo assim, me manteria quieta e calada esperando positivamente que me dessem uma explicação resumida dos fatos até aqui, imaginando se eu dei informações aquém do que deveria.

Me atentaria para caso eles tentassem uma abordagem agressiva durante o diálogo. Mas não envolveria minhas crias nisso. Por estarem assustadas, manteria elas retraídas sob minhas vestes; enfim, não hesitaria em ter um combate novamente. — Adendo, não usem Senjutsu contra mim. Só servirão de bateria. E não quero acessar aquela forma. Peço que evitem. — Pediria com total tranquilidade, como se eles fossem meus companheiros, sem medir direito as palavras.

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Mitsumi tira a mão da cobra, bota na consciência e decide por analisar melhor a situação. Seu interesse pela manipulação da Energia Natural daquela dupla é evidente, tanto que os dois meio que notam o olhar da garota para as tatuagens do grisalho e para as escamas do esverdeado. A jovem então admite sua derrota, apesar de que se estivesse lutando para matar, sua estratégia com certeza teria levado aqueles dois homens para a cova. Descansando no chão, Mitsumi então revela suas intenções no local, explicando que uma investigação a trouxe para dentro da caverna e que teria encontrado seres primordiais no caminho. Ao mencionar "meu criador, a dupla reage arregalando os olhos, como se soubessem exatamente de quem a jovem estava falando. Já quando a explicação remete aos "seres primordiais, os dois homens cerram as sobrancelhas, demonstrando não saberem nada do assunto.

Durante o diálogo, Mitsumi bota suas cobras para dentro da roupa novamente, já que elas estavam assustadas e tímidas. Por fim, a jovem pede explicações sobre os acontecimentos recentes na caverna Ryuuchi. Ao ouvir isso, o tatuado reclama e desvia o olhar:


- Tsc! Que perda de tempo. Não vá envolver aquele desgraçado nisso aqui...

Seu colega, visivelmente mais amistoso, logo compreende a situação e busca responder ao diálogo, tocando o dedo indicador na língua e então o elevando no ar, como se quisesse sentir a brisa enquanto fala, e repetindo esse mesmo movimento diversas vezes, quase como se fosse uma cobra farejando com a língua:


- Eu não pretendo fazer isso, apesar de que ele já deve estar ciente de tudo, então é até estranho ter mandado essa garotinha para cá... enfim. Primeiro, os lados nesse conflito. Temos de um lado a Hakuja Sennin e seus súditos, que comandaram esse local por séculos. Após esse local ganhar fama, vieram diversas pessoas para cá visando adquirir poder e outras coisas... com a Energia Natural você sabe, as chances de alguém dominar isso são uma em um milhão, então a maior parte dos transeuntes tornaram-se parte da natureza, transformando-se em elementos naturais como árvores, rochas ou até mesmo água. Algumas pessoas no entanto mesmo após fracassarem, não se tornaram parte da natureza, ficando num meio termo, como os homens de pedra. Essas pessoas são as Quimeras, subprodutos de seres vivos da manipulação da Energia Natural. Por fim, temos o motim, o terceiro lado nessa confusão. As Quimeras por muito tempo foram escravizadas pela Hakuja Sennin, já que eram compostas basicamente por invasores fracassados. Por algum tempo, elas serviram de mão de obra para a construção de uma prisão subterrânea que foi chamada de "Precipício" ou "Abismo", por ser um local de onde não há esperança de escapar. O motim começou recentemente lá, quando cobras súditas da Hakuja Sennin ensinaram os segredos do Senjutsu para algumas Quimeras, que acabaram se tornando extremamente poderosas, desafiando a hierarquia local e tomando conta da prisão.

- Enfim, agora que já te contei tudo, você deverá se aliar a nós, ou morrer negando. Eu não defendo lado algum nessa história, porém os comandantes do motim estão criando algum Jutsu macabro que está acumulando e selando uma enorme quantidade de Energia Natural. Este local está se transformando na antiga paisagem que uma vez fora, antes da perdição. Não que eu saiba muitos detalhes sobre, mas avistamentos de dragões e outras coisas com chifres estão começando a ficar comuns. É como se toda essa região estivesse se conectando sobrenaturalmente às eras mitológicas. Sinceramente, eu nem sei as consequências de algo dessa magnitude sendo feito.

- Ah, eu me chamo Kurushi, e esse aqui é o Itami. O clã dele...

- Já chega! Temos que ir, a maior parte do motim já saiu e estão em rota de colisão com as tropas da Hakuja. Nossa única chance de entrar no abismo é agora.

- Certo, certo... vamos indo então. Considere-se nossa refém, jovem quimera.

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