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Conservatório Feudal de Música - Otogakure no Sato

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Conservatório Feudal de Música - Otogakure no Sato - Página 2 A636dacea7dc8c5e955256b83a13580d

Notavelmente eu acabaria ficando impressionado que uma melodia que eu teria ouvido por algum tempo, teria o poder necessário para gerar tal anomalia dentro daquele local, inclusive fico até impressionado que acabei induzindo algo assim no puro instinto. Por fim, eu acabaria deduzindo que talvez… Aino soubesse de alguma coisa sobre aquelas melodias e sobre o tal Jujutsu, ela no mínimo deve conseguir explicar o que aquela técnica sonora “deveria” conseguir realizar. Sinto que eu deveria me movimentar até ela para buscar mais algumas respostas, mas antes de fazer isso, alguma coisa me dizia que talvez fosse bom checar as cenas do crime que envolvessem pelo menos uma vítima de cada uma das três armas citadas nos relatórios.

Me movimentaria até as cenas do crime, apenas para checar com mais detalhes e depois disso iria falar com Satomi:

Bom… Aquela melodia que acabei assobiando era exatamente a música que ouvi a Aino tocando quando chegamos aqui, ela provavelmente teria alguma noção de qual feito, uma melodia dessas deveria causar na nossa realidade quando tocada. Acho que é inevitável que tentemos conversar mais diretamente com ela novamente… Mas acho que ficou meio óbvio que uma melodia supostamente inicia esses acontecimentos “fantasmagóricos”… Nas minhas piores suposições, eu deduziria que todos os melhores alunos dessa “orquestra” que foram supostamente mortos, acabaram recebendo alguma melodia estranha e ao tocar em determinado horário, alguma coisa grotesca aconteceria… Mas é apenas uma suposição, aliás… Sou horrível em suposições… Estou falando muita bobagem, Satomi-san?

Eu acabaria por instinto ficando um pouco mais extrovertido que o normal, parte da minha personalidade depressiva e introvertida desaparece por completo quando fico muito tempo ao lado de uma pessoa. Então apenas esperava Satomi falar alguma coisa, caso ela concordasse, iriamos se locomover em direção de Aino ou pelo menos tentar achar sua posição. Minha intenção claramente perguntar mais diretamente sobre algumas situações e o que aquela melodia que ela estava tocando, poderia fazer...

@Keel Lorenz

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Quando Benjamin deu sinais de que iria avisá-la de que sairia brevemente para averiguar algumas das cenas dos crimes espalhadas pelo prédio, Satomi ergueu uma de suas palmas entre eles.

- Não precisa me pedir nada. Pode ir investigar o que quiser - ela abaixou a mão, voltando a examinar o palco minuciosamente - Estarei aqui esperando por você quando terminar. Enquanto isso, vou ver se consigo descobrir algo mais sobre esse efeito fantasmagórico - ela finalizou, buscando algo em suas vestes.

Antes que Ben saísse, poderia ver que o item que ela havia sacado era uma belíssima flauta de jade lilás. Pouco antes de deixar o recinto pelas portas de trás, Benjamin poderia voltar a ouvir o estranho efeito de ressonância à distância. Entretanto, dessa vez perceberia que o tal som não parecia vir de todos os lados, mas sim do anfiteatro. Novamente, não era possível especificar de onde exatamente ele vinha. Era como se algo abafasse e distribuísse o som, que, aliás, apenas era detectado pelos otonins porque tinham audição aguçada. Todavia, pelo Benjamin dessa vez sabia que, o que quer que fosse aquele efeito, sua fonte parecia estar em algum lugar do anfiteatro. Deixando que Sagisu efetuasse seus testes com técnicas sonoras, Benjamin avançou para um curto trajeto planejado para ver alguns dos alunos.

Num corredor mal iluminado nos fundos do anfiteatro, eventualmente se depararia com uma espécie de armazém de instrumentos de música. Pelas faixas, aquela certamente era uma cena do crime. Logo de cara o otonin perceberia que um combate tinha acontecido ali. Considerando que a silhueta do aluno estava caída alguns centímetros adentro da porta da sala de armazém, as marcas de espadas que pareciam vir de fora para dentro e as pequenas crateras de impacto na parede oposta à porta indicavam que alguém havia encurralado o aluno e o atacado com espadas, enquanto este teria tentado contra-atacar com um jutsu sonoro um tanto simples. No entanto, ao comparar o número de cortes e perfurações nas paredes de madeira que davam para dentro da sala e a pífia quantidade de duas pequenas crateras na madeira, ou o inimigo era absurdamente mais rápido que o aluno, ou simplesmente ele estava em grande desvantagem numérica. Assim como no caso dos demais alunos no anfiteatro, seu instrumento havia sido levado para perícia da polícia da vila.

Seguindo para o aluno seguinte, Benjamin caminhou mais um pouco por aquele corredor, virando à direita. Ainda parecia estar nas imediações do Anfiteatro, numa proximidade similar à da cena anterior. Essa nova cena pareceria praticamente idêntica à anterior, exceto que o combate certamente tinha acontecido com o uso de lanças. Novamente o aluno tinha sido encurralado em um espaço sem saída e, em seguida, empalado por diversas lanças através das paredes, enquanto futilmente tentava contra-atacar.

Em sua parada final, Benjamin veria-se em uma espécie de vestiário e banheiro. Ainda estava no mesmo andar que o Anfiteatro, não muito longe, mas um pouco mais que os demais pontos. A batalha parecia ter sido mais feroz dessa vez. Haviam diversos buracos de balas espalhados pelas paredes das cabines de sanitários e chuveiros. Novamente havia identificado um aluno encurralado por uma quantidade muito grande de atacantes munidos de armas de fogo antigas. No entanto, por saber pelos relatórios dos médicos que as armas certamente eram antigas e, consequentemente, de ação única, a quantidade de disparos de otojutsu e de armas de fogo era absurdamente díspares dessa vez. Contando o número de perfurações distintas - considerando, claro, pontos em que o trajeto de uma bala claramente havia perfurado múltiplas camadas de objetos - dava para ver que deveriam haver pelo menos 5 rifles distintos - ou seja, 5 inimigos -, ou então menos rifles, mas com carregamentos. No entanto, considerando que a garota em questão havia conseguido disparar apenas um jutsu sonoro, a hipótese de menos inimigos parecia bastante improvável. Ainda mais considerando o quanto aquelas armas demoravam a carregar.

Ao aproximar-se da parede da qual a silhueta da pobre jovem havia caído, Benjamin rapidamente perceberia uma barra de sabonete que havia sido atingida por um estilhaço de bala. Era por pouco, mas Benjamin por acaso tinha conseguido perceber um fato: a forma com a qual a bala havia penetrado dentro do material mole do sabão não poderia ser retirada sem deixar marcas do lado de fora. O buraco de entrada simplesmente havia se deformado com a intensa velocidade com que o projétil havia penetrado, tornando-se menor do que a própria bala. Ou seja, parecia impossível retirá-la sem destruir a pequena parede de sabão formada ao redor da pequena cratera da bala. Detalhe este que agora começaria a fazer sentido com um trecho do relatório lido por Benjamin antes. Aparentemente, um dos locais onde um fragmento de projétil alojou-se na garota era simplesmente impossível de se alcançar sem deixar rastros. Seriam obrigados a destruir uma certa artéria, deixando marcas de procedimento externos e internos no corpo da garota caso quisessem meticulosamente sumir com todas as balas. No entanto, era como se, de alguma forma, os projéteis tivessem misteriosamente se desmaterializado. Ou então, alguma técnica de iryoninjutsu bastante avançada tivesse sido usada para manipular o material biológico do corpo da falecida. Algo bastante incomum de se pensar.

Ao sair da última cena do crime, Benjamin pode vagamente lembrar-se das posições dos demais alunos encontrados. O que ele percebeu conforme caminhava de volta ao anfiteatro, passando relativamente perto de cada uma das outras cenas do crime, é que parecia haver um alcance máximo para a ação do assassino. Excetuando Nodart, todas as vítimas estavam dentro de um certo raio de ação partindo do anfiteatro, que àquela altura deveria ser o centro de tudo.

De volta ao anfiteatro, Satomi o esperava pacientemente sentada. Apesar de seu ar bastante rígido, talvez pela situação em que se encontravam ela também não agia como normalmente. Pensativa, ele a percebia aérea bastante vezes durante as investigações.

- Sim, pude perceber que eram os mesmos acordes - ela levou a mão ao queixo - É. Parece ser o melhor encontrarmos a garota para fazer mais algumas perguntas - decidida, ela levantou-se prontamente do assento na plateia - Hipóteses são extremamente úteis, Benjamin-san - após deixar a fileira de cadeiras, ela pararia sobre as escadas em direção à saída no topo do teatro - Mas sempre lembre-se que, até que sejam postas à provas sucessivas, elas são somente isso: hipóteses. São elas as responsáveis primárias por mover investigadores de todas as naturezas, mas é apenas sua testagem sistemática que é capaz de excluí-las ou aprimorá-las o suficiente a ponto de serem seguras para utilizar - rígida, a mulher voltaria-se para Benjamin, que estava alguns degraus a baixo e começaria a quase dar uma aula - Entretanto, sim, em partes sua hipótese é bastante pertinente. Pelo que investigamos e ouvimos de Aino, pessoalmente suponho que deva haver algum chamariz capaz de retirar os alunos da segurança de suas camas - ela cruzou os braços, descansando o quadril em uma postura bem chic - Afinal, por algum motivo, não temos um ataque sequer que tenha ocorrido nos dormitórios, que são mais distantes daqui… Por isso, parece haver algum fator bastante elusivo nos enganando nesse caso - Sagisu cerrou os olhos, um tanto desconfiada - Talvez os relatos de Aino acerca das músicas do seu falecido professor durante a noite refiram-se a algum tipo de genjutsu sonoro, capaz de atrair os alunos até aqui para morrerem sem aparentes resistências. Entretanto… - ela baixou os olhos - Isso não explica porque certos alunos demoraram mais para serem atraídos à noite, enquanto outros não e, Aino em específico, sequer parece ter sofrido os efeitos da técnica quando relatou ouvir as músicas do professor à noite - com um olhar sisudo, ela voltou a observan Ben - Sobre sua hipótese, acho que ela está apenas parcialmente correta - técnica, ela arrumaria seus óculos - O gatilho para a ativação desse efeito ressonante não parece ter quaisquer ligações com músicas específicas - de braços cruzados, ela voltaria a varrer o ambiente com os olhos - Conforme o que testei enquanto você esteve fora, qualquer técnica sonora parece capaz de ressoar com o que quer que esteja acontecendo nesse anfiteatro maldito - ela viraria-se, dirigindo para a saida no topo das escadas - Não descartaria a hipótese de haver alguma melodia que servisse de armadilha ou de chave de ativação, visto o jujutsu complexo envolvido no caso. No entanto, considerando que todas as técnicas que tentei pareceram ressoar com o ambiente, acho que por enquanto o placar não necessariamente foi positivado ao favor dela - seca e bastante categórica, Sagisu não parecia se importar nem um pouco com o quanto sincera era em suas avaliações. Parecia criteriosa demais para isso.

Não demorou até que voltassem ao saguão principal do conservatório. Todavia, não conseguiam encontrar quaisquer sinais de Aino no recinto. Satomi eventualmente voltou-se para um dos alunos e decidiu perguntar sobre a garota. O menino que portava um modesto triângulo prontamente tratou de descrever o caminho até o dormitório da garota.

Com o número do dormitório em mãos, ambos seguiram até os corredores semelhantes ao de um hotel bastante sofisticado. Diante do quarto 27, conforme o indicado pelo menino de antes, poderiam ouvir alguns sons de gaveta em seu interior. Com sua Audição Aguçada, Benjamin captaria sons indicando que de fato havia alguém no quarto de Aino.

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Após assimilar todas as informações que eu havia recebido, pondero sobre simplesmente invadir a porta do quarto que estava em mim frente, talvez eu conseguisse alguma informação mais reveladora simplesmente abrindo aquela porta a força? Não, isso seria extremamente desconfortável e eu estaria sendo um babaca, então com certa educação eu movimentaria meu braço em direção da madeira da porta e batia delicadamente nele.

Aino-san? Estamos aqui para fazer mais algumas perguntas. Você está aí? — eu perguntaria educadamente, não sabia se ela conseguia ouvir o barulho, apesar de ter a leve impressão que sim.

Caso ela não surgisse ou não me respondesse num tempo coerente, provavelmente eu iria utilizar minhas habilidades ninjas para destrancar a porta com o maior cuidado possível. Caso não fosse possível, eu quebraria a porta na pura brutalidade. Mas caso ela respondesse e demorasse um pouco para me atender, eu apenas ficaria atento com minha super audição para tentar determinar o que exatamente estava realizando no quarto.

Por fim, caso ela me atendesse ou me respondesse num tempo coerente, eu apenas iria olhar para ela com o sorriso mais amigável que eu pudesse:

Olá, Aino, talvez tenhamos algumas notícias ruins? — Falaria um pouco mais sério, eu tentaria ser direto naquele momento. — Andamos investigando o padrão de mortes e curiosamente há indícios que as mortes não foram uma matança completamente sem sentido. Cada pessoa assassinada, claramente tinha um talento bem elevado em cada instrumento diferente e se juntarmos todos os mortos, é possível montar EXATAMENTE o número necessário para uma orquestra, diria que só falta uma pessoa para completar a suposta orquestra… Acho que você já deve imaginar quem seria a próxima pessoa que o “assassino ou fantasma” iria mirar…  

Respiro um pouco e tento analisar qual seria a reação dela, por fim eu tentaria falar algo:

Acho que seria mais seguro acompanharmos você na noite por questão de segurança, além de que tenho mais uma pergunta, você saberia informar se consegue detectar a função que certas melodias ou notas musicais poderiam influenciar num otoninjutsu? Notamos que talvez essa situação bizarra possa ser originária de uma técnica do tipo jujutsu, ou seja, algum ritual foi colocado em prática. Além de que tocamos algumas melodias em uma das regiões que o assassinato ocorreu e curiosamente “algo” semelhante a um fenômeno sobrenatural pode ter ocorrido, mas pelo visto apenas ocorre em um local preparado.

@Keel Lorenz

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A resposta às batidas na porta foi um pouco atrasada. Pela sua audição, Ben pode perceber que os batimentos da pessoa dentro da sala aumentaram imediatamente com as batidas na porta. Ao mesmo tempo, o som de alguns itens caindo no chão puderam ser ouvidos. As batidas pareciam ter assustado a pessoa.

- Ah… - após alguns instantes, ouviu a voz frustrada de Aino - Só um minuto! Já vou abrir! - ela disse em bom tom lá de dentro.

Com sua super audição, Benjamin pode ouvir que uma série de materiais distintos haviam caído no chão com o susto de Aino. Algo que parecia ser uma garrafa de metal, alguns potinhos de plástico, alguns outros objetos metálicos mais sólidos e, finalmente, o que parecia ser o barulho afofado da caixa do violino caindo no chão. Aino parecia rapidamente juntar os itens do chão, fechando um zíper e, após jogar os objetos metálicos mais sólidos no fundo de madeira da gaveta, bateu-a com certo vigor. Avançou meio estabanada pelo carpete do quarto, colocou a mão na maçaneta e respirou fundo. A porta abriu.

- Han? - ainda um pouco nervosa, ela não pareceu compreender bem a fala de Benjamin sobre notícias ruins - Aham… - já mais concentrada, ela parecia acompanhar o que o garoto falava.

Ela não disse nada, mas dava para ver a preocupação em seu olhar. Soltando a maçaneta da porta, a garota recuou, sentando-se em sua cama. Ela tentava processar tudo que Benjamin havia lhe dito. Ademais, Benjamin poderia ver ao centro do quarto, no tapete, a bolsa que parecia ser a origem do som de zíper ouvido há pouco. Tratava-se de uma mochila abarrotada de itens. Parecia muito com uma espécie de bolsa de sobrevivência, do tipo que você montaria para acampar, com cantil, comida e afins. Ao lado dela repousava a caixa do violino da garota. Ela parecia claramente preparar-se para passar a noite fora.

De cabeça baixa e levando a mão ao cenho, ela continuou escutando o que Ben tinha a dizer. Aino parecia bastante preocupada, um quê de culpada também. Possivelmente porque estava planejando sair na noite sem avisá-los. Após um bom tempo de um silêncio bastante intenso, ela pronunciou-se:

- Como não pude perceber isso antes… - disse, cabisbaixa - Todos os meus colegas… E-eu sabia de cada um dos seus talentos - cerrando os punhos, bateu-os contra as próprias coxas - O espírito do professor está tão perdido assim? - ela levou os punhos aos olhos, secando as lágrimas - O professor era muito subestimado, sabe? Ele era talentoso com teoria de otoninjutsu. Sempre soube ensinar como ninguém sobre como certos conjuntos de nota poderiam ter poderes especiais… - ela prosseguia, ainda bastante triste - Como aqueles selos de mão que vocês ninja fazem, sabe? - ela cruzou os braços, virando o rosto pesaroso - Desde a morte do professor Nodart, ele parecia muito obcecado com a composição de uma certa melodia… - ela acenou negativamente com a cabeça - Eu achei que a tristeza de ter um amigo morto e ser culpado erroneamente tinha o feito simplesmente fechar-se em sua obsessão para evitar sentimentos negativos - ela apertou o abraço que dava em si mesma ao cruzar os braços - Eu achei que fosse algum tipo de réquiem para o professor Nodart… Eu… - bastante triste, ela encarava o chão - Devia ter me envolvido mais, tê-lo impedido de ir adiante com essa música que acabou amaldiçoando sua alma - ela abaixou o torso, encostando nas coxas, bastante triste - É culpa minha - ela finalizou, tornando a chorar.

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Eu iria observar especialmente aquela mochila abarrotada de itens e acabaria deduzindo automaticamente que o motivo dela não ter sido atacada diretamente ainda, eu ia engolir a seco e falaria:

- Muito bem… Pelo visto você estava planejando acampar hoje, mas peço que fiquemos numa área próximo da fronteira dos supostos ataques anteriores, apenas queremos atrair o suposto fantasma para tentar colocar um fim nisso tudo. Peço que você tenha o seguinte comportamento enquanto estivermos te acompanhando, okay? Caso eu ou Satomi acabemos sendo mortos pelo fantasma, você deve fugir o mais rápido possível, está bom? Não podemos dar o luxo que mais pessoas morram para esse fantasma. Não se preocupe conosco, nossa missão é resolver o problema, então já estamos preparados para morrer de certa forma!

Eu acabaria falando por Satomi nesse sentido, esperava profundamente que ela não ficasse aborrecida, mas tinha que garantir que a menor quantidade de pessoas fossem mortas.

Uma última dúvida… Você esteve acampando fora por quanto tempo?

Depois dessa ultima dúvida, eu apenas esperaria a noite chegar. Já estava com minhas armas equipadas.

@Keel Lorenz

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Ainda chorosa, Aino voltou sua atenção para Benjamin, que parecia dizer algo importante. Com os olhos cheios de lágrimas, ela escutou tudo que ele tinha a dizer, confirmando com a cabeça. Profundamente tocada, os olhos de Aino se arregalaram quando o rapaz mencionou sobre ser seu dever parar o fantasma, mesmo que isso custasse sua vida. Com certo ar de confusão, ela não parecia entender porque os ninjas iriam tão longe, mas ela pareceu eventualmente aceitar a sugestão do garoto.

Aino gradativamente acalmou-se, até que, finalmente, limpando as lágrimas do rosto, ergueu-se de forma decidida. Satomi parecia observar tudo com bastante calma. Na realidade, talvez ela estivesse até um pouco contente? Sagisu talvez estivesse gostando de observar a evolução do rapaz naquele tipo de trabalho.

A loira seguiu até sua cômoda e, após abrir a gaveta, retirou algumas kunais para guardar em sua mochila. A audição de Benjamin confirmava que eram as facas ninjas aquilo que ela aparentava ter escondido antes de abrir a porta. Fechando o zipper da bolsa de forma resolvida, ela colocou os equipamentos nas costas e, com uma das mãos livres, pegou o estojo com seu violino.

- Ah… Não cheguei a acampar de fato nenhuma noite… - Aino respondeu meio sem graça - Cheguei a perambular pelos corredores algumas noites para ver se encontrava a fonte da música, mas… - sua vergonha pareceu momentaneamente intensificar-se - Nunca consegui ir muito longe… Acho que não suportaria vê-lo nessas condições - ela finalizou, olhando para o chão.




O cair da noite veio e a escola foi ficando cada vez mais silenciosa. O trio ainda esperou por algumas horas até que o silêncio completo se instaurasse, marcando que todos tinham ido dormir. Porém, foi só pela madrugada que estalos estranhos pareciam tomar conta do prédio todo decorado em madeira. Àquela altura, estavam esperando em um dos corredores tangentes ao alcance máximo de ataque do

na ponta oposta de um longo corredor que levava à grande antessala que continha as três portas para o anfiteatro. Convenientemente, o corredor e o comprimento da antessala somados tinham o comprimento do alcance máximo dos ataques que Ben havia deduzido.

Foi então que, em meio ao tédio da espera de horas, sem os barulhos que seriam de se esperar caso essa quantidade de pessoas adentrasse o local ou afinasse seus instrumentos, uma orquestra inteira simplesmente começou a tocar música do nada.


Como as demais músicas ominosas que Benjamin havia escutado antes, aquela parecia absolutamente carregada de chakra. Satomi e Ben certamente sentiam que aquele otojutsu poderia ter a capacidade de invadir o cérebro de hipnotizar suas vítimas. No entanto, o tamanho poder da técnica, por mais que tivesse o temível alcance aumentado de um genjutsu auditivo, certamente não parecia espalhar seus poderes entre todas as vítimas. Toda aquela sensação estranha carregada pelos sons harmoniosos pareciam querer focalizar-se em Aino.

- Ah, que dor de cabeça… - a garota eventualmente queixou.

No entanto, com suas audições aguçadas, Satomi e Benjamin conseguiam perceber que a técnica simplesmente não parecia conseguir produzir mais do que dores irritantes àquela distância. E, como pelas contas de Ben o limite do alcance era justamente alguns centímetros além da parede do corredor que estava virada para o anfiteatro, contanto que Aino não saísse dali, deveria ficar segura. A garota, no entanto, parecia demonstrar interesse em se afastar da música. Com a mão na testa, ela seguiu pelo canto do corredor, procurando a primeira sala onde pudesse sentar e descansar. Ela também havia percebido que as dores enfraqueciam conforme a distância do anfiteatro.

- Podem ir, vou ficar bem… Só preciso… Me afastar um pouco… Dessa música infernal - vacilante, a garota tateou a parede oposta do corredor até encontrar uma maçaneta.

Aino abriu a porta e sentou-se em uma das carteiras no fundo da sala de aula. Pela expressão de alívio, a dor parecia ter aliviado bastante.

Enquanto isso, os otonins perceberiam que a música da vez parecia estar sendo prolongada de forma indefinida. Era como se a orquestra se recusasse a seguir ao ato seguinte por enquanto. E agora? Como proceder?

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Ouço atentamente aquela melodia enquanto levantaria uma das sombrancelhas, qual chance daquele jutsu me afetar caso eu tente parar quem a produz?

Olho de relance para Aino que estava numa determinada área onde provavelmente estaria segura e apenas mexo minha cabeça em concordância com o fato que ela ficaria ali, por fim, com minha manopla acomplada na minha mão, eu pensaria em produzir um ruido manipulado com chakra visando criar um som inofensivo que percorresse em direção do meu ouvido com intuito de repelir ou mudar a frequência sonora que eu fosse ouvir. Não sabia se ia dar certo, mas caso eu corra perigo, certamente teria que tentar quebrar o efeito do som sobre meu corpo, nem que eu ficasse surdo.

Eu avançaria em direção do suposto som me preparando para o combate, caso eu não sentisse sua origem, eu fecharia meus olhos inicialmente e tentaria tocar no chão com minhas mãos. Eu tentaria perceber através do solo, onde a vibração parecia estar mais potente. Por fim, eu me movimentaria por puro instinto na direção original do som, pronto para uma suposta batalha.

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Inicialmente, Benjamin sentiu certa preocupação em proteger seus ouvidos dos sons da orquestra, que provavelmente deveriam ser algum tipo de agente invasor para genjutsus. Satomi mesmo sacou sua flauta da jade púrpura para conjurar uma espécie de cúpula vibratória que acompanhasse os dois em sua caminhada até a entrada do anfiteatro.

No entanto, puderam perceber algo conforme se aproximavam cada vez mais da origem do som: por mais que a técnica de fato tivesse um fator ilusório e hipnótico, havia algo mais complexo em seu funcionamento. O chakra imbuído no som começou a ficar cada vez mais sinistro, até que inevitavelmente tornou-se nítido que a técnica era um tipo de Jujutsu. E não só isso, como também podiam sentir que tanto a barreira de Satomi e os tampões sonoros de Benjamin pareciam completamente ineficazes em barrar a passagem do chakra amaldiçoado.

Apesar de poderem sentir o chakra ominoso muito próximo de seus corpos, algo parecia fazer com que seus corpos fossem imunes a ele. Não sabiam dizer do que se tratava, mas certamente aquele fator não parecia valer para Aino, que tinha sentido dores mesmo estando mais longe do que eles.

Benjamin já conseguia detectar há um bom tempo que a fonte do som era definitivamente do centro do anfiteatro. No entanto, foi só quando trocaram para um corredor na transversal do anterior - que dava para a antessala do anfiteatro - que puderam ter noção do quão grandiosa parecia ser a coisa. Genuinamente, era como se uma orquestra inteira estivesse tocando e alto e bom som do outro lado das portas.

Porém, imediatamente ao que tocaram os pés na linha imaginária que representava o alcance máximo da influência do assassino, a música trocou.


Com suas técnicas desativadas, já que não pareciam ter qualquer utilidade, Satomi ainda conseguiram avançar um bom pedaço do corredor. No entanto, ao que atingiram sua aproximada metade, três explosões identicas às de kage bunshins manifestaram-se na ponta do corredor sentido anfiteatro.

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Os seres estavam alinhados, fazendo uma barricada contra o avanço dos otonins. No entanto, visivelmente armados, mantinham uma certa distância proposital. Então, subitamente, como se acompanhassem as batidas da música, os espectros cinzentos rapidamente fizeram menção de que estavam prestes a atirar suas armas de fogo.

Ação Livre para @Ben Ikneg

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— Que merda é essa? — Falaria arregalando meus olhos e segurando firme meus óculos enquanto observo as manifestações estranhas.

Vendo que eles estavam prontos para me atacar, eu rapidamente usaria meu Kawarimi no Jutsu para tentar escapar do golpe lançado contra mim, eu acabaria tentando trocar de lugar com algum objeto próximo como uma estante pequena ou um vaso. Sem perder tempo, eu saltaria para trás de um daqueles bichos e rapidamente iria canalizar chakra do meu braço direito e usaria minha Técnica da Onda do Som visando atordoar aqueles bonecos simultaneamente..

Notando que eles tentassem outro ataque, eu tentaria rapidamente me desviar dos golpes.

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Apesar da estranheza das manifestações, tanto Satomi quando Ben imediatamente reagiram para se defender dos tiros. A mulher soprou sua flauta, fazendo surgir uma fração da mesma barreira sonora de antes. Dois dos tiros foram bloqueados com relativa facilidade. Apesar da aparência fantasmagórica de seus perpetradores, os tiros em si não pareciam ter nada demais. Golpes físicos simples. Benjamin perceberria o mesmo ao que substituísse seu corpo por um dos largos bancos que haviam naquele corredor. Apesar das agilidades dos espectros cinzentos, os ataques eram absolutamente simples em si. Como se nem tivessem sido executados por ninjas.

Surgindo por trás das criaturas, que pareciam não ter munição para outros ataques, Benjamin carregou seu Kyōmeisen. Junto com outra onda sonora feita por Sagisu, que vinha canalizada pelo corredor, os homens cinzentos pareceram ser esmagados pelo ar, explodindo como kage bunshins quase que no ato.

- As balas também desmaterializaram, como clones… - audivelmente confusa, Satomi direcionaria sua voz em bom tom para Benjamin, que imediatamente perceberia tratar-se do mesmo fenômeno visto em algumas das cenas do crime.


Momentaneamente abaixando sua guarda pela facilidade com que os espectros haviam sido derrotados, Benjamin acabou surpreso por mais um movimento inimigo. Quatro explosões de fumaça subitamente surgiram ao seu redor. Em meio a elas, Benjamin não conseguia distinguir a aparência dos inimigos, mas sua super audição deixava claro que estavam carregando armas metálicas. Quando a poeira baixou, pode identificar 4 das mesmas manifestações de antes, mas dessa vez munidas de lanças.

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Àquela altura, já pareciam tê-las horizontalizado e davam claros sinais de que iriam avançar na direção de Benjamin. Se o jovem não reagisse, seria empalado por lanças vindas das suas 4 diagonais.

Ação Livre para @Ben Ikneg

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Observo atentamente aqueles meus inimigos se desfazendo como simples clones.

Bom, pelo visto esses “fantasmas” são tangíveis demais assim como qualquer pessoa viva, é bom saber disso! — Falaria observando as criaturas seguintes surgindo como baratas.

Não poderia gastar muito chakra até chegar naquele inimigo desconhecido. Eu rapidamente iria saltar para o teto e lançar 4 shurikens em direção dos clones, caso eu não conseguisse escapar da área dos ataques, tentaria pegar uma das lanças dos meus inimigos com a mão esquerda para evitar o ataque atingir diretamente meu corpo. Por fim, eu iria aplicar chute no rosto do inimigo que estivesse próximo de mim.

Eu iria chegar por alguns segundos se Satomi estivesse bem, caso algum daqueles "fantasmas" tentassem atacar ela, eu tentaria jogar uma kunai nele visando desfazer ele antes que atingisse a garota.

— Seja lá que estiver por trás disso tudo, apareça agora seu maldito!

Caso eu tivesse oportunidade, eu tentaria me movimentar mais a fundo da origem da melodia.

@Keel Lorenz

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Percebendo o perigo em que Ben estava, Sagisu imediatamente enviou mais ondas sonoras de dentro do corredor. O espaço fechado parecia servir como uma espécie de caixa acústica, enviando rajadas relativamente concentradas na direção de Ben e seus inimigos. Os espectros cinzentos começaram a vibrar atordoados com a técnica, garantindo o tempo que Benjamin precisava para desviar. Ao que suas lanças encontraram-se no ponto central, o otonin já estava preso ao teto e lançava shurikens contra os inimigos.

Como Benjamin pode ver, além de desaparecerem exatamente como Kage Bunshins, os espectros pareciam tão materiais quanto estes tipos de clones. Pareciam menos resistentes e inteligentes que estes, mas sem dúvidas o aspecto físico que passavam era idêntico.

Ao checar Satomi, veria os resquícios da fumaça de um espectro se dissipando. Ela havia paralisado os 5 e lidado com aquele diante dela com um golpe físico. No entanto, era curiosa aquela distribuição de clones. Claramente havia um limite de 5 espectros materializados por vez, do contrário o inimigo teria que ter materializado muitos mais se quisesse lidar com os otonis.

- Não entre sozinho - austera, Satomi bradou do meio do corredor.

Como se tivesse teleportado, a ninja surgiu com as mãos na barra que servia de maçaneta para a porta dupla central do anfiteatro. Benjamin assentiu e agarrou a barra da porta a direita. O som das portas escancarando-se para o lado de fora foi sincronizado. Seguindo o ritmo, a música da orquestra novamente trocou.


No entanto, a visão com que tiveram do centro do anfiteatro deveria ser um tanto inesperada.

Espada Longa ???
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?????????
???

Todo aquele som parecia vir de uma aura circular vibratória ao redor da arma. Flutuando magnanimamente acima do púlpito do maestro, por vezes comportando-se como o compasso do maestro ou um instrumento de fato, era como se a espada ao mesmo tempo fosse e comandasse uma orquestra invisível. Era absolutamente inexplicável, mas Ben e Satomi sentiram que dentro daquela espada imbuída por um chakra sombrio e tremulante estava contida uma orquestra inteira.

A música prosseguiu por alguns instantes. Porém, antes que Satomi ou Benjamin pudessem comentar a situação de um para o outro, a espada rapidamente reagiu à sua presença. Como se por um passe de mágica, a espada balançou em vai e vem algumas vezes no ar, como se fosse o arco de um violino. As notas se mesclaram perfeitamente com a música, mas os ouvidos de Ben e Sagisu sabiam perfeitamente que aqueles não eram sons normais. Sutilmente audível, uma onda invisível de chakra dirigia-se na direção dos dois. Assumindo uma forma de meia nua, era larga o suficiente para acometer ambas as portas pelas quais os otonins haviam entrado, bem como a região entre elas. Além disso, ambos sentiam que não era só isso: o equilíbrio do chakra contido da onda parecia um tanto delicado. Assim que ela se chocasse contra eles ou os arredores, alguma liberação violenta de energia deveria ocorrer.




Benjamin Benzaiten: HP - 200; Chakra - 200; Sanidade - 200;
Satomi Sagisu: HP - ???; Chakra - ???; Sanidade - ???;

?????????: HP - ???; Chakra - ?????; Sanidade - ???




Ação Livre para @Ben Ikneg

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Observo atentamente aquela espada e já entendo mais ou menos o que estava acontecendo naquele lugar. Não iria perder muito tempo, apenas tinha que dar um jeito de destrui-la de uma vez por todas. Eu começaria a emanar chakra Raiton em meu braço e rapidamente jogaria meu Raiton: Hebi Ikazuchi em direção da arma voadora em potência máxima, caso notasse que fosse dificil acertar aquela espada num movimento simples, eu tentaria me aproximar e segurar sua bainha, para em seguida aplicar o Hebi Ikazuchi. visando quebrar a arma ou causar dano suficiente para neutralizar seus movimentos.

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Por fim, eu ficaria atento para desviar de qualquer ataque e caso eu notasse que Satomi fosse ser o alvo de algum ataque, eu julgaria que seria melhor eu tomar o dano direto do que ela, faria questão de empurrar ela para longe de qualquer ataque do objeto voador. Provavelmente ela seria muito mais útil que eu naquele combate, por isso não poderia dar o luxo dela receber um ataque diretamente.

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O ato em que a orquestra se encontrava permaneceu o mesmo.


Através da linguagem musical, o maestro não parecia comunicação empolgação em relação a seus recém-chegados inimigos.

Diante do ataque iminente, ambos Satomi e Benjamin saltaram em direções opostas para evadir do ataque. Satomi seguiu para a esquerda e Benjamin para a direita. Brevemente, veriam-se separados por uma massa revolvente de chakra sombrio. Conforme haviam captado com suas audições, ao que a onda sonora em meia-lua atingiu a arquibancada, o ataque antes invisível deu lugar a uma significativa liberação de energia. Seriam esmagados ou até fatiados caso acabassem no meio daquele tumulto.

Imediatamente entrando em combate, ainda no ar, Satomi faria alguns selos. Ao pousar, tocaria a palma no chão, bradando “Kuchiyose no Jutsu!”. No entanto, duas explosões distintas aconteceram. Benjamin perceberia que ela havia não apenas tinha invocado um conjunto de quatro espíritos azulados, como também um belíssimo Xiao, instrumento de cordas estrangeiro. Feitas de uma espécie de chama azul, do que Benjamin podia distinguir de suas silhuetas inconstantes, tratavam-se de 4 silhuetas femininas. Por conta de suas claras belezas, o garoto não pode deixar de pensar que se pareciam muito com ninfas, musas de uma mitologia distante.

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Sagisu Satomi
Daughter of The Burning One

Filha d’O Ardente

Junto das quatro musas, Satomi começou a entoar e tocar seu instrumento para produzir alguma melodia. As invocações amplificavam e complementavam os sons produzidos pela otonin. No entanto, nenhum ataque ou reação emergiram inicialmente. De alguma forma estranha, Satomi buscava acompanhar a música produzida pela orquestra fantasmagórica. Tarefa que parecia um tanto difícil, porém.

Benjamin logo percebeu que a aura vibratória ao redor da espada longa não simplesmente deixaria que ele atacasse. Todavia, a ele pareceu muito mais difícil conseguir atravessar a esfera fisicamente para agarrar o cabo da lâmina do que sua técnica conseguir talvez varar a kekkai sonora. Sendo assim, concentrou seu Raiton em potência máxima e conjurou uma serpente elétrica.

“Prelúdio do Ragnarok!!”                                     “Raiton: Hebi Ikazuchi!!”

Simultaneamente, ambos os otonis bradaram os nomes de suas técnicas. No último instante, os sons estranhos - e aparentemente desarmoniosos da musicista - converteram-se em algo abafado. Semelhante a um daqueles fones com isolamento moderno, a técnica rapidamente se propagou como uma espécie de Kyōmeisen absolutamente silencioso.

Sua surpresa maior, porém, foi quando a técnica se chocou com a barreira inimiga poucos instantes antes da cobra elétrica. Literalmente desaparecendo com uma porção da kekkai, a técnica não apenas havia permitido com que o ataque de Ben passasse, como também parecia ter amplificado a paralisia elétrica da técnica com um atordoamento pelo som. Atordoada, a espada vibrava como um diapasão, demorando a dispersar completamente a energia em seu corpo. Algo que pareceu ser um tanto vantajoso para eles.

- OOOOOOOOH!! - com a voz retumbante de um homem, a espada pareceu gemer de dor com os ataques - KUHUHU… HAHAHAHAHA!! - riu histericamente, porém, recuperando-se do ataque com vigor.

Novamente balançando-se como se fosse o arco de um violino, a espada viva fez surgir 5 explosões de fumaça no ar. Eram os mesmos espectros de antes, mas dessa vez portando lâminas semelhantes à principal. Com as armas viradas para baixo, dois caíram na direção de Ben e três na direção de Satomi. A julgar por suas posturas de combate, era evidente que tentavam cair para fincar suas espadas com mais força nos corpos dos seus alvos.

Apesar de saber o quão frágeis os espectros poderiam ser, Benjamin ainda tinha que se defender com urgência, pois a mesma fraqueza não parecia se aplicar às suas forças físicas. Contudo, caso quisesse prosseguir com um contra-ataque, teria que ter em mente que Sagisu deveria estar livre para ajudá-lo a penetrar aquela aura sonora terrível. Ademais, supunha que caso o inimigo fosse deixado livre por tempo demais, era provável que conseguisse conjurar sons ainda mais complexos e dar origem a ataques ainda mais impactantes que o inicial.




Benjamin Benzaiten: HP - 200; Chakra - 200 (- 75); Sanidade - 200;
Satomi Sagisu: HP - ???; Chakra - ??? (-120); Sanidade - ???;

?????????: HP - ??? (-75) (-120) ; Chakra - ????? (-???); Sanidade - ???




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Que desgraça... Essa é literalmente a minha técnica mais forte... Não posso usá-la tantas vezes! — Pensaria mentalmente observando aqueles clones estranhos surgindo. — Que inferno, até mesmo uma espada tem um jutsu de clonagem do tipo físico e eu não... Não tem jeito... Vamos lá!

Jogaria minhas shurikens cobertas com fios de aços em direção dos clones, minha intenção era desfazer aqueles clones, mas caso eu notasse que as espadas iriam rebater minhas shurikens, eu iria manipular os fios de aço para aprisionar aqueles bonecos e por fim, iria golpear ambos com forte chute. Depois disso, eu iria realizar selos de mão e usar meu Oboro Bunshin no Jutsu, visando criar clones ilusórios em campo de batalha para confundir a espada se fosse possível. Caso eu notasse que Satomi estivesse em perigo, tentaria empurrar ela para longe de qualquer golpe mesmo que eu fosse acabar recebendo dano.

Por fim, caso eu tenha liberdade, iria adicionar uma kibaku fuda em uma kunai e jogaria exatamente no teto que estava logo acima da grande arma. Minha intenção era explodir o andar acima e fazer os destroços caírem exatamente em cima da espada. Isso seria uma forma de tentar ganhar tempo e causar algum dano indireto na arma.

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Os clones não pareciam ser muito resistentes, mas sem dúvidas agiam com força e certa presteza. Um deles facilmente explodiu com a shuriken, porém o segundo acabou forçando o garoto Benzaiten a recorrer a uma estratégia mais física. Rebateu a shuriken com sua lâmina e voltou a apontá-la para baixo na direção do rapaz. No entanto, ao fazer isso, abriu-se totalmente à armadilha do rapaz. Com a espada paralisada junto a seu corpo pelos fios de aço, o espectro nada pode fazer a não ser terminar sua queda como um alvo fácil para Ben, que por sua vez acertou um upper kick bem em seu queixo, fazendo-o desmaterializar.

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Sagisu Satomi
Daughter of The Burning One

Filha d’O Ardente

Satomi ainda estava um tanto concentrada em se manter num ritmo equivalente para que ficasse pronta para lançar as notas de antítese à melodia da arma quando necessário. Por isso, acabou sendo surpreendida com os espectros cinzentos em queda. Estava prestes a ser atingida por um deles, porém um empurrão de Ben acabou surpreendendo não só a ele, mas também os espectros. Diante da situação, Satomi, ainda no ar, executou um acorde bastante grave em seu instrumento, carregando-o de chakra numa técnica semelhante ao Kyōmeisen.

Assim como antes, as vibrações de alta amplitude puderam ser vistas distorcendo os corpos dos espectros, explodindo pelo menos dois. No entanto, o último deles pareceu estar bem no limite da técnica direcionável, apenas sendo prejudicado em sua precisão. Considerando a postura com braço estendido que Ben havia se colocado para empurrar a jōnin, a espada do espectro acabou passando de raspão na porção anterior de seu ombro direitos. Em meio as quatro ninfas, já que havia tomado a posição de Satomi, Ben veria quatro pequenas bolas de fogo azul lançadas por elas convergindo e desmaterializando o clone.

Àquela altura, Benjamin pode sentir a visível empolgação vinda da lâmina. Enquanto lidavam com os clones, a espada parecia ter se concentrado e, então, movimentou-se novamente como o compasso de um maestro. A orquestra imediatamente trocou para um ritmo correspondente, fazendo o que parecia ser a transição para o próximo ato.


Ben não teve outra escolha, senão agir apesar da dor.

Sagisu havia pousado com graça a alguns metros dali depois do empurrão e mesmo antes de Benjamin já havia se preparado para o comeback. No entanto, como o garoto bem sabia, sua técnica levava tempo. Sendo assim, suportando a dor e sangramento causados atrás do ombro pela movimentação do braço, executou o selo para um Oboro Bunshin e alcançou uma tarja explosiva e kunai em seu arsenal.

Imediatamente captando a estratégia de seu aliado, a mulher colocou os dedos na boca e assobiou o mais forte que podia para as ninfas invocadas. Conforme guardava o Xiao nas costas e punha a mão nos cabos das espadas na cintura de seu quimono, assentiu com a cabeça para uma das ninfas em específico, que não demorou a repetir o gesto. Sem tempo a perder, as três ninfas restantes imediatamente começaram a entoar os inícios da mesma técnica canceladora de antes. Enquanto isso, a ninfa escolhida pareceu juntar as mãos, como se estivesse se concentrando para fazer um pedido.

A altura em que Ben conseguiu reunir forças para arremessar a kunai no teto do anfiteatro, o campo de batalha já estava um caos. Com a música em seu ápice, diversas rajadas menores do mesmo ataque explosivo que quase haviam recebido antes voavam por todos os lados. Todavia, a forma como o inimigo raivosamente dava preferência aos simplórios clones, que zanzavam para lá e para cá como moscas irritantes, apesar de claramente serem intangíveis, era no mínimo suspeita. Na realidade, ao considerar a forma empolgada com que ele havia reagido ao danos recebidos anteriormente, o otonin não pode deixar de ter a impressão de que o inimigo estava numa espécie de estado berserk. Enlouquecido, focava os inimigos com o máximo de sua força, sem grande preocupação com si mesmo e sem grande discernimento se estava sendo eficaz ou não. Atraído pelos movimentos que mais lhe apelavam à raiva, apenas buscava explodir tudo sem pudor.

Enquanto isso, Satomi rapidamente sacou sua espada e começou a correr acompanhando as curvas da arquibancada. Habilmente saltava sobre os finos encostos das cadeiras, desviando com maestria dos múltiplos ataques aleatórios do inimigo, cuja atenção havia sido captada da mesma forma que os clones em movimento. Ao que subitamente a quarta ninfa reabriu seus olhos, Sagisu imediatamente sentiu que era a hora de sacar sua empunhadura dupla. Revelando duas lâminas queimando em chamas azuis, a visão que Ben tinha da musicista misteriosamente pareceu tremular e se multiplicar em mais duas cópias. Era algum tipo de kenjutsu aliado a técnica de clonagem.

A queda do teto havia sido melhor do que Ben havia previsto. O prédio não parecia ser muito bem preparado para aquele tipo de emergência, então, uma grande quantidade de escombros caíram logo acima da arma viva. A barreira sonora cristalizada deu imediatos sinais de rachadura. Contudo, não parecia ser o suficiente para que Satomi e seus clones - que circulavam a posição da arma, desviando com graça e presteza das suas tentativas de ataque - de fato penetrassem e atacassem o cerne da orquestra fantasma.

A estratégia parecia perdida e o inimigo dava sinais de tentar regenerar a proteção, quando três das invocações surpreendentemente abriram suas bocas como se fossem erguer o tom de suas vozes. Porém, como na técnica anuladora de antes, estranhamente nada pode ser ouvido.

O som nitidamente não estava nem perto da magnitude anterior, quando produzida por
Satomi. Mas, ao somar-se a rachadura deixada por Benjamin, a barreira simplesmente cedeu. Como se liberasse o som acumulado em sua estrutura, a parede ruiu sob sons agudos agonizantes. Foi a deixa para a espadachim-musicista.

壇ノ浦・八艘跳 !!
Dan-no-ura - Hassō Tobi!!

Acelerando sua corrida ainda mais, Satomi e seus clones drasticamente começaram a curvar o caminho de sua rota, como se relacionassem rumo ao centro. Claro, a ruína da barreira e o fato de que haviam se tornado muito mais chamativas do que os clones era um status bem mais perigoso. No entanto, algo na técnica parecia empoderar suas capacidades físicas e reflexos. Era como se ela fosse capaz de saltar quaisquer obstáculos, por mais instáveis que fossem, e ainda assim chegar ao inimigo sem dificuldades. As três, então, começaram a correr em velocidades diferentes, convenientemente cercando o inimigo. Quando ele se deu por conta, era tarde demais.

Um potente som de corte triplo ecoou pelo anfiteatro. Cada uma das três Satomis havia tangenciando o inimigo como num flash e ressurgido do outro lado. O golpe foi vigoroso a ponto do efeito diapasão do corpo inimigo voltar a se fazer presente. Então, antes que pudesse cair no chão, seu corpo começou a queimar como se fosse o foco de uma intensa e enorme fogueira.

- OOOOOOHHH!! - a voz dentro da espada urrava, enlouquecida.

As chamas cessaram. A espada caiu ereta sobre o púlpito do maestro, fincando-se exatamente no buraco previamente existente. Era como se ela fosse atraída para aquela posição por alguma força misteriosa. No entanto, para o alívio - mesmo que momentâneo -  de todos, a coisa parecia desacordada.

Mesmo após tudo aquilo, ao pôr os olhos em sua aparência ainda intacta, Benjamin pode intuir que não conseguiriam simplesmente quebrar o item embebido em chakra amaldiçoado. Entretanto, enquanto uma das ninfas comunicava-se de forma muda, indicando que iria iniciar alguma técnica curativa sob seu corte aberto, algo mais chamou sua atenção. Mesmo que a música tivesse cessado totalmente, sua audição aguçada foi capaz de captar apenas um pequeno barulho estranho bem ao longe. Dezenas vozes ininteligíveis pareciam tentar alcançá-lo, mas estavam muito distantes para isso. Até que, subitamente o cabo da espada acendeu em chamas amaldiçoadas, concentrando-se em um único, mas baixo, “Ajude-nos!”.




Benjamin Benzaiten: HP - 200 (-50) (-10 por turno devido sangramento) = 140; Chakra - 200 (-75) (-15) = 110; Sanidade - 200;
Satomi Sagisu: HP - ???; Chakra - ??? (-120) (-45) (-90); Sanidade - ???;
Musa das Chamas #1: HP - ???; Chakra - ??? (-30) (-40); Sanidade - ???;
Musa das Chamas #2: HP - ???; Chakra - ??? (-30) (-40); Sanidade - ???;
Musa das Chamas #3: HP - ???; Chakra - ??? (-30) (-40); Sanidade - ???;
Musa das Chamas #4: HP - ???; Chakra - ??? (-30) (-45) (-45); Sanidade - ???;

Vs.

?????????: HP - ??? (-75) (-120 -120) (-120) (-90 -45); Chakra - ????? (-???) (-????); Sanidade - ??? (-??) = ?




Ação Livre para @Ben Ikneg

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Huh? — Dou uma leve grunhida ao perceber que a espada tinha supostamente parado de se mover.

Aceito a cura que poderia ocorrer, mas meu foco era tentar entender o pedido de ajuda que vinha da espada, então assim que os acontecimentos se passavam, eu tentaria me mover lentamente em direção da espada, pensando efetivamente em como parar a tal maldição ou técnica estranha que afetava aquela arma. Observo atentamente o cabo da arma e a lamina, tentaria ouvir qualquer som ou indicação do que eu pudesse fazer. Minha voz iria tremer, um pouco:

Como p-posso ajudá-los?

Observo Satomi de relance, por fim volto a olhar diretamente para a arma e tento ver a reação estranha que iria acontecer ao tentar puxar a arma daquele local que estava. Eu estava visivelmente querendo destruir aquela arma, ainda mais se “almas” humanas estivessem presas nela como eu estava pensando naquele exato momento. Caso ela ative enlouquecidamente novamente e tente me atacar, eu apenas tentaria desviar do ataque e repelir a arma violentamente com a Técnica da Onda do Som e quem sabe destabilizar o som produzida pelo mesmo.
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