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Era um começo de tarde animado naquela taverna localizada numa pequena cidade na parte sul das costas de uma tartaruga quase continental. Detalhes à parte, o clima dentro do local era bem animado. Havia música local sendo tocada por tritões peludos, alguns humanos com caracteristicas animais já bebados dançando pra lá e pra cá, garçonetes animalescas e algumas até mesmo sem característica humana nenhuma servindo diversos tipos de pratos e bebidas. O som de diversas conversas e confraternizações diferentes sendo realizadas no interior daquele estabelecimento era quase como a de um episódio de anime pós-derrota do boss final, onde agora todos comemoravam com fartura.

Mas, para exatos dois personagens daquela história, o clima animado poderia não ser exatamente tão animado assim.

Sentados em uma mesa menor, com espaço para cerca de cinco pessoas, estavam Yumi Suzume e Kamui. Os dois estavam frente a frente, ambos com uma carta vermelha em mãos, sendo observados por um homem que trajava um uniforme quase-militar todo preto, escondido atrás de um par de óculos escuros que quase escondia para onde ele estava olhando, que também estava sentado na mesa de frente para os dois. Seu semblante era completamente sério e o assunto da conversa dele também.
Spoiler :

- Yumi Suzume e Kamui. O que ambos possuem em mãos é uma Carta de Silêncio especialmente enviada pela Spades para aqueles que, por N motivos, decidam sair da organização. Como ambos sabem, não somos uma escolinha de futebol onde você pode, a qualquer momento, deixar de comparecer que está tudo bem. Temos regras a seguir, e a qual estou propondo para ambos, agora, é a menos mortal, digamos assim. - Seu tom frio e ríspido de falar quase lembrava a de Nine, mas ele parecia mais aberto a conversar do que a líder da Spades. - A Carta de Silêncio funciona de uma forma bem simples: Vocês irão jurar perante a ela que nunca, em hipótese alguma, irão vazar qualquer informação já obtida da Spades para ninguém, nem sobre tortura. Precisam jurar que serão dois túmulos, como se nunca tivessem participado da organização. Para selar o juramento, então, ambos precisarão cortar suas línguas e depositar dentro do envelope, fechando-a com o seu próprio sangue. Ah, não se preocupem, eu sou médico especializado em estancamento de sangue e cirurgia. Irei impedir que sangrem até a morte em menos de dois minutos. - Ele finalizou cruzando os dedos sobre a mesa, apoiando seu queixo sobre as mãos juntas logo em seguida.

Yumi podia sentir que nada do que aquele homem havia dito era uma mentira. Apesar daquele procedimento absurdo, ele realmente era um médico especializado no que havia dito e realmente queria que ambos fizessem aquele juramento para pode sair dali sem que nada “pior” acontecesse. A conversa dos três, devido ao local escolhido, dificilmente seria ouvida por outras pessoas, salvo garçonetes que pudessem chegar perto o suficiente para anotar algum pedido. Kamui, por outro lado, podia sentir um certo cheiro de sangue vindo das mãos daquele homem, por mais que estivessem cobertas por uma luva negra de couro.

Cabia a eles, no momento, decidirem como iriam sair daquela situação. Ambos haviam chegado em August Kingdom em menos de cinco dias, se encontraram sem querer enquanto caminhavam pelas ruas e foram rapidamente encontrados por um membro da Spades infiltrado que já estava ciente da vontade de deserdar de ambos e foi enviado justamente para evitar que isso realmente acontecesse. A partir daquela tarde, daquela conversa, ambos os destinos dos quase-ex-spades seria reescrito e uma nova era iria começar – caso fossem capazes de mostrar que eram capazes disso.






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- Evitei fazer um post muito longo e colocar ambos direto na taverna onde o plot da aventura começa, mas isso não impede ambos de realizarem um post com os acontecimentos até esse ponto atual. Eu até acho melhor que façam algo assim para se situarem melhor desde a última vez que jogaram, considerem que fizeram uma pequena férias. Como eu disse na mestragem, ambos chegaram a cinco dias na ilha, então podem postar o que fizeram durante esses dias até combinarem de se encontrar nessa taverna, algo assim. De resto, a aventura já começou e de um modo sério!!! Tomem cuidado!!!
- Qualquer dúvida é só me procurarem no discord!

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Para variar Yumi se perguntava como estava naquela situação... Em um bar animado com várias pessoas, minks, tritões e se duvidar até mesmo outras raças. Lá estava ela em uma mesa com de frente para Kamui um de seus companheiros dos spades e um homem sério todo de preto e uma carta vermelha em cima da mesa de frente para ela e Kamui. A pouco tempo atras a garota só estava passeando pela ilha e agora já se encontrava com um membro dos spades atormentando a vida dela.

Recapitulando um pouco antes de se encontrar naquela situação. Depois de vários acontecimentos na vida de Yumi a mesma decidiu tirar umas férias por um período um pouco quanto longo. Nesses dois anos que a mesma havia ficado afastada das confusões que a os spades acabavam por coloca-la, a mesma acabou por passar um tempo descansando e treinando suas habilidades com sua akuma no mi e suas habilidades como cantora até mesmo fazendo pequenas apresentações por onde passava além de ter dado uma repaginada em seu visual.

Atualmente a garota se encontrava em um reino nas costas de uma tartaruga gigante no Novo Mundo. – Uau! Quem diria que uma ilha inteira está nas costas de uma tartaruga. A ilha por si vendo de longe já é gigante imagina o tamanho dessa tartaruga. – Se maravilhava vendo toda aquela paisagem. A ilha em si foi um tanto quanto difícil de se encontrar já que era uma ilha móvel que não possuía um local fixo, e além disso a ilha era o território do próprio Younko Agostinho.

Enquanto passeava pela ilha a mesma acabou por encontrar um velho companheiro de missões dos spades o Cachorro Aquático, Kamui. – Kamui! A quanto tempo! Vamos comer juntos e colocar a conversa em dia. – Cumprimentava o amigo toda alegre e ansiosa para comer alguma coisa daquela ilha, mas o que ela não esperava era que logo quando tinha reencontrado seu amigo uma pessoa totalmente de preto apareceu perante os mesmos e lá se encontravam os dois no cenário atual.

- Será que eles deduziram isso pelo fato de eu não querer subir de cargo nos spades depois de tantos anos nela. Afinal alguém de um cargo tão baixo como eu participou de tantas missões importantes. Apesar que não é mentira, mas era por esse tipo de motivo e outros que eu continuei nos spades e não quis subir de cargo. – pensava com sigo mesma depois de ouvir a proposta do homem havia feito para ambos. Cortar a própria língua para que não vazassem nenhuma informação dos spades, isso parece algo que nem piratas ou a marinha faria, mas aquilo era algo que se podia esperar dos spades.

Depois de pensar um pouco Yumi negou com a cabeça empurrando delicadamente a carta para longe. - Me recuso a fazer isso, eu sou uma cantora sem minha língua não poderei mais cantar. Cortar a língua para provar que não iremos vazar nenhuma informação é totalmente inútil e outra mesmo se é verdade ou não que eu queira sair dos spades esse não é algo que vocês podem decidir, afinal vocês podem querer me silencia mesmo eu ainda continuando nos spades e mais uma coisa eu não sou como o Edwin não sou louca e forte o bastante para me revoltar contra os spades. – disse seria para o homem de preto. A mesma sabia muito bem que ou ele iria acabar por silencia-la de uma vez ou talvez ele poderia ter outra proposta para ela. – E como eu disse vocês podem estar preocupados conosco sobre isso, mas vocês muito bem sabem que o Joker é doido e faz o que bem entende e se o mesmo vazasse alguma informação que garantia vocês teriam em não suspeitar dá gente, só seriamos praticamente os primeiros e vocês irem atrás ao invés dele. – continuou seria e ainda por cima olhou para o cão aquático para ver se o mesmo iria dizer algo sobre tudo aquilo ou iria concordar em cortar a própria língua. Como a garota kemono havia negado a proposta do homem a mesma já por via das duvidas se manteve atenta a qualquer coisa que ele poderia fazer naquela hora contra ela para assim se proteger.

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A diversidade de espécies na ilha tartaruga do imperador do mar era algo que me chamava bastante atenção, pela primeira vez em muito tempo vi não humanos em tanta quantidade, alguns pareciam ate seres híbridos, como eu, pela primeira vez em bastante tempo, posso dizer que me senti um pouco em casa, arrisco a dizer que eu poderia morar aqui nessa ilha. Apesar do local agradável e animado, eu vi aqui atrás de outra coisa. O yokou agostinho é conhecido por ser mais amigável que os outros imperadores do mar, se eu conseguir falar com ele, talvez ate eu ate possa conseguir um treinamento, como ele gosta de seres exóticos em suas ilhas, eu tenho uma chance. Tenho que melhorar muito se quiser descobrir o paradeiro do senpai, só sei que ele foi capturado pela marinha, nada mais do que isso. Obviamente não posso revelar o seu parentesco com a almirante Mugen, isso traria consequências bem graves.

Minha amiga Yumi decidiu tomar o mesmo rumo que eu, sair da spades, se bem me lembro, ela foi enganada para ingressar na organização, logo, teve a mesma linha de pensamento ou ao menos parecida, "Não pretendo morrer por uma causa que nem é minha/não tenho interesse". Seu sonho agora é ser uma cantora, ao meu ver, é um bom sonho, ser pirata significa muito mais liberdade do que qualquer outra coisa, não precisamos ser criminosos altamente procurados, cada um pode seguir seu caminho em busca dos sonhos.

- Quanto tempo Yumi, muito bom te ver novamente, muita coisa aconteceu desde a arma ancestral... Temos muito a conversar. - Comentei para a garota kemono com um ar mais sombrio, não quero falar logo de cara o que aconteceu em minha ultima missão. Quanto a conversa ia tomando seu inicio, um agente da spades resolve dar as caras e sua proposta era nada menos do que absurda, onde já se viu uma pessoa abrir mão da língua assim, sem mais nem menos, por sorte, Yumi teve o mesmo pensamento que eu, de recusar o acordo. Conheço bem a tecelã das bestas e afirmo uma coisa, se as coisas não forem resolvidas na diplomacia, não é qualquer um que consegue lutar com nós dois ao mesmo tempo, isso me tranquiliza um pouco, mas em todo caso, não quero iniciar uma briga de bar em ambiente tão legal, prefiro resolver na conversa.

-Quais são as outras opções? Não vou abrir mão da minha capacidade de fala, fora que, ate onde me consta, os maiores inimigos da spades são a marinha e os wildcards e veja só, eu também odeio eles! Se a preocupação for de eu espalhar informações confidenciais tenho uma boa noticia, eu não sei quase nada sobre a spades, fora que, não tem motivo nenhum para eu fazer isso - Falei para o homem de preto. em todo caso vou me manter alerta para caso ele tente alguma coisa, não posso confiar em alguém que eu não conheço, ainda mais um agente que veio atrás de cortar minha língua e de Yumi.

- Mais uma coisa amigo, saímos da spades por livre e espontânea vontade, você acha mesmo que alguém acreditaria em informações que nos déssemos? Poderia ser uma armadilha ou algo falso... Só queremos seguir nossa jornada, eu não tenho intenção de prejudicar a organização que eu dia fiz parte
- Conclui para o agente preto. Espero realmente que ele não fique nessa ilha atrás da gente, não consegui nem conversar com Yumi direito e já me aparece isso...

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O baque da proposta do Homem de Preto de fato agiu como era de se esperar. Os dois ex-spades, ou quase isso, imediatamente negaram a proposta que lhes fora oferecida, aproveitando para apresentar argumentos válidos que eram ouvido pelo agente silenciosamente. Assim como não demonstrava emoções perante ao que ouvia, Yumi também podia notar que ele também não reagia de outras formas - ou seja, ele não tinha intenções de atacar ninguém naquela taverna. Ao término do argumento de ambos, o homem cuidadosamente moveu suas mãos em direção aos envelopes vermelhos, os arrastando até o término do seu lado da mesa para então, num jogo rápido de mãos, fazê-los desaparecer – truque esse que ambos puderam notar que fora apenas uma rápida jogada para lançar os envelopes pela manga do seu uniforme.

- Boa tarde! Os senhores já sabem o que irão pedir? - Uma garçonete metade gato e metade humana, quase como se tivesse saído de um episódio de anime, surgiu, cortando o silêncio que ficou após aquela pequena movimentação do agente. Ela sorria alegremente, esbanjando energia e positividade; um total oposto do homem todo de preto. - Aqui está o nosso cardápio! Eu me chamo Sella! Assim que decidirem, por favor, me chamem! E preparem uma boa gorjeta! - Dissera um alto tom de brincadeira, piscando em seguida para Kamui, e então correndo para uma mesa mais próxima para atender um grupo de anões que a chamava.

Observando o cardápio entregue, a dupla veria uma boa variedade de pratos com nomes exóticos que iam dos salgados aos doces, incluindo as bebidas. Para que o coitado do mestre não precise por um menu do masterchef, qualquer coisa que os dois quisessem comer naquela hora existiria naquele cardápio. Assim como Kamui e Yumi, o agente da spades também recebeu o seu cardápio, e agora, silenciosamente, lia quais eram as opções. Não se demorou muito, no entanto, pondo o cardápio de volta sobre a mesa logo em seguida.

- Entendi. Yumi Suzume, Kamui. Como um médico, é o meu dever ser especialista em áreas que não envolvam apenas fazer um curativo. Eu preciso também estar pronto para tratar a mente de um paciente que, após uma sequência de eventos traumáticos, acabou acreditando que algo estava errado com ele; que ele não pertencia mais àquele lugar, que suas ações não valiam de nada comparada as dos outros, que ele é insuficiente ou que até mesmo não valha a pena ser “silenciado” por saber de certas coisas. - Durante a última frase, seu tom de voz ficou um pouco mais pesado, sombrio, mas após uma leve pigarreada, ele continuou. - O que eu quero dizer é que ambos estão tomando essa decisão prematuramente. Independente do que tenham feito ou passado, acreditem quando eu digo que ambos são valiosos e muito importantes para a Spades. Até mesmo um novato que não ficou por muito tempo tem o seu valor. Quem dirá uma bela moça que tem seu nome em diversos momentos importantes da trajetória da organização. A Carta do Silêncio, é claro, não foi ideia minha. Acreditem quando eu digo que, nessa organização, no topo dela, existe todo tipo de gente doida que nem mesmo um médico experiente como eu é capaz de tratar. A Senhorita Yumi, por exemplo, deve entender bem o que eu digo já que conhece o Joker. - Erguendo a sua mão direita, o homem fizera um simples gesto que rapidamente fora captado por Sella.

A garçonete, ao notar o chamado, logo respondeu um sonoro “JÁ VOOOOOOOU!!!” enquanto terminava de entregar o prato de alguma outra mesa. Em questão de menos de um minuto, ela estaria de volta, pronta para anotar o pedido dos três. O comportamento do agente não mudou nada, desde o momento em que ele se sentou naquela mesa, até atualmente. Para Yumi, parecia que o homem era só uma casca vazia por dentro, como se fosse um robô, pronto para dar respostas longas e cheias de informações. Para Kamui, por outro lado, parecia que aquele agente apenas havia vivenciado coisas até demais para, no estado atual da vida dele, se importar com tudo o que acontece ao seu redor. Independente do que ambos entendessem em relação a personalidade daquele homem, era certo que, durante aquela saga de sair da Spades, ambos ainda iriam vê-lo com uma boa frequência.

- Há sim outras opções, Kamui. Uma delas se chama “A Caça”. - Ele respondeu tardio, continuando a conversa. - Independente do que vocês digam, a organização não irá aceitar a saída de vocês com apenas um “eu prometo não dizer nada!!” ou um “não tem porque eu vazar informações!!”. Se fosse fácil assim, a Spades não seria grande como é hoje. Peço que compreendam que, ao se juntarem a Spades, ambos concordaram arcar com todas as consequências que isso traz; seja falhar em uma missão, entregar um relatório, derrotar os alvos da organização ou querer sair dela. - Ele novamente pausou ao perceber a garçonete se aproximando.

- HAI HAI, SELLA AQUI! Então! O que vão querer?! - Ela perguntou levemente eufórica, com um caderninho rosa na mão pronta para anotar.

- Um café preto, sem açúcar, e um croissant com chocolate triplo.

- Sim, senhor! E Vocês dois?! Em em?!

- Além do que eles pedirem, adicione também um N1N3-1745 e um J0K3R-2202, por favor.

Quase que instantaneamente ao término da sua fala, toda a estrutura da garçonete mudou. Seus pêlos lisos e fofos imediatamente ficaram ouriçados, quase eretos, e a expressão dela tornou-se tão afiada quanto seus olhos de gato observando sua presa. Yumi e Kamui puderam notar sem esforço algum que Sella havia se tornado completamente hostil quanto a presença dos dois, porém, ainda mantendo sua imagem, ela não demonstrava sinais de que os atacaria.

- Eeeh… Entendido! E então, escórias insignificantes traidores desprezíveis, já decidiram o que irão pedir? - Ela dissera tentando falhamente falar baixo os insultos, chegando a quebrar a caneta que segurava para anotar o pedido, claramente demonstrando uma nova personalidade em relação aos dois.

O clima festeiro da taverna continuava tranquilamente. Ainda haviam diversas outras garçonetes indo de lá pra cá, música rolando, pessoas cantando; era como se naquela mesa, naquela específica mesa, nada além dos três - agora quatro - existiam. Ninguém iria se intrometer naquele assunto, até porque ninguém sabia do que se tratava. Apesar de estarem em uma situação única, em momento algum Yumi ou Kamui notaram estarem presos ou sendo vigiados - naquela taberna, atualmente, o único agente da Spades, com certeza, era o homem de preto.

Então lhes restava a dúvida,
porque Sella mudou tão drasticamente ao ouvir aquele pedido?
Cabia a ambos se preparar e descobrir o que estava por vir.


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Depois de ouvir o que ambos os possíveis ex-spades tinham a dizer da proposta que o mesmo havia feito, o homem acaba pegando de volta os cartões vermelhos fazendo-os sumirem como num passe de magica até que então uma garçonete meio humana e meio gato apareceu oferecendo o cardápio para o trio. – Nossa! O que vamos comer? Tem tentas coisas que parecem serem boa. – a garota rapidamente mudou para um semblante alegre, divertida e educada pegando o menu e vendo as variedades de comidas e bebidas que aquele local oferecia para os clientes.

Após a mulher gato ter partido para outra mesa o homem começou novamente a falar com a dubla. Conforme o médico das sombras falava suas palavras ficavam cada vez mais sombrias e Yumi entendia perfeitamente tudo o que ele estava dizendo. – Não sei se é prematuramente, mas estou cansada sempre estou me envolvendo nessas missões complicadas mesmo sendo uma Lower Spade e o Kamui um 3 de copas. Você deve saber muito bem que desde que eu entrei nunca me interessei por cargos se eu realmente tivesse interesse nisso eu poderia estar em um cargo tão alto quanto o seu, mas nunca quis isso justamente por causas dessas missões e ainda sim continuam me mandando para elas. – respondeu para o homem colocando o cardápio em cima da mesa após decidir o pedido que ela iria fazer e o rapaz ter chamado a garçonete.

- Eu sei muito bem das consequências, só acho engraçada uma coisa... Não é porque eu não estou na ativa nos spades nos últimos tempos que eu pretendo sair deles. Como eu disse estou cansada disso tudo e mesmo sendo uma Lowe Spade ainda faço missões que envolvem até mesmo os Aces e isso não é diferente de não estar mais nos spades. – continuou até a garçonete aparecer toda alegre e o rapaz fazer o pedido dele, porem o mesmo acrescentou algo que pelo nome e pela mudança de atitude da garçonete foi bem evidente que ser referia a ela e Kamui.

- Olá, Sella... Bem eu vou querer um suco de maracujá com abacaxi limão e hortelã, um curry risoto omurice e um parfait de morango. – pediu sorrindo para a garçonete que havia mudado um pouco o temperamento. – Ah... E eu gostaria de saber o que é esse N1N3-1745 e J0K3R-2202 não vi no cardápio então não sei se é algo doce, salgado, a mistura dos dois ou até mesmo uma bebida e pra ele ter pedido para acrescentar um de cada parece ser interessante ainda mais por esses nomes. – continuou sorrindo ao pedir para que a garçonete dissesse o que seria esses dois pedido. Seu sorriso era tão sincero e insistente que poderia até mesmo colocar uma certa pressão na moça porque a garota kemono sabia que para ter aqueles nomes de Nine e Joker e a mesma ter mudado de reação aquele não era um simples pedido e ainda tendo o nome de Joker tem algo relacionado a traição. Com isso a mesma esperou a resposta da mulher e dito aquilo com a mudança de atitude da mesma Yumi continuou com sua guarda levantada pronta para se proteger com seu haki da observação e sua lã.

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- Yare yare daze - Falei enquanto dava um longo suspiro, a conversa não está indo para lugar nenhum, já está mais do que claro que isso não vai terminar bem e digo mais, quanto mais tempo ficarmos aqui pior. Uma alternativa com o nome "A Caça" não me parece uma recisão nada amigavel.

Yumi estava agindo naturalmente com a conversa, se isso demorar mais um pouco vou inventar alguma desculpa pra gente dar o fora daqui com ela, de cortesia vamos deixar a conta para o funcionário da spades pagar, mas não sem antes ver melhor o que se passa nessa taverna, tudo está normal demais por aqui, acho muito estranho que a spades tenha mandado apenas uma pessoa vir "conversar".

A atitude da garçonete foi com muito boa vontade, suspeita, assim que o homem de preto citou os nomes de Nine e Edwin sua atitude mudou completamente, só não sei dizer se ele é meio burro ou esse código é falho, porque isso está obvio demais para ser o que parece, Joker saiu da spades e a atitude da hibrida foi estranha, ela é uma aliada do medico.

- Por enquanto não quero nada, obrigado - Falei para a garçonete - Mas assim como Yumi fiquei com uma duvida, que pedido é esse como o nome de uma ás e do Edwin? Fiquei bem curioso - Completei. Realmente fiquei surpreso com esses nomes em especifico e quanto a garçonete vou respirar fundo e usar meu olfato apurado para ver se sinto algum odor estranho vindo de Sella, o medico estava com cheiro de sangue, pode ser que ela tenha algum cheiro estranho tambem.

- Na verdade... Fico até com vergonha de dizer isso, mas onde fica o banheiro? Estou um pouco apertado - Perguntei para Sella, assim que ela indicar o local, vou usar meu haki da observação e ver bem os arredores do bar, especialmente onde fica a saída.




Spoiler :

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Conforme Yumi rebatia o que lhe fora dito, o médico da Spades continuava em silêncio, quase imóvel, apenas ouvindo tudo o que lhe era dito. Por sua falta de reação básica, era quase impossível notar o que ele estava realmente achando daquilo tudo, mas ao mesmo tempo o seu silêncio também servia como resposta - nada do que ela dissera, naquela altura do campeonato, fazia sentido para ele. Era como se ela estivesse falando com um robô sem sentimentos, que está ali apenas para cumprir a missão que lhe fora passada.

Ao ouvir a pergunta de Yumi, porém, a garçonete que era bem fiel às suas emoções, abaixou a guarda por alguns segundos. Sella não tankou o sorriso que Yumi lhe dava e corou levemente, escondendo brevemente seu rosto atrás do seu bloco de notas. Porém, ao notar que o médico a encarava, ela rapidamente saiu daquele “estado” retornando a ser agressiva.

- V-Você irá descobrir quando eu trouxer, b-baka! - Ela respondeu meio irritada, terminando de anotar o pedido da tecelã das bestas.

O próximo a agir fora Kamui, que não gostando nada do rumo que aquela conversa estava tomando, logo optou por agir mais sorrateiramente procurando por um plano de fuga caso fosse necessário. Ao usar o seu olfato na garçonete, porém, ele não sentiu nenhum cheiro perigoso - apenas de diversos pratos e bebidas que ela constantemente servia para os clientes diários que ela atendia.

- O banheiro fica láááá no fundo da taverna… - Sella respondeu sem muita vontade, apontando sua mão para o fundo do estabelecimento.

Assim que aquele “primeiro encontro” enfim terminou, a garçonete voltou a observar ambos os ex-spades com olhos de pura raiva e vontade de atacar. Pela forma que a humana-felina se comportava, aqueles dois “códigos” – apesar de serem bem óbvios – de fato tinham um significado em especial que ambos descobririam eventualmente. Sem mais o que fazer ali, a felina se dirigiu em direção a cozinha, sumindo no meio da multidão.

Novamente apenas os três envolvidos com a Spades ficaram sozinhos novamente. Podendo observar bem o lugar agora, Kamui pode notar que a taverna estava realmente cheia aquela tarde. Todas as mesas estavam quase 100% ocupadas e havia sempre mais gente entrando e saindo do local. A saída, seu atual objetivo, ficava logo após o palco onde um pequeno show ocorria. Conforme os dois observavam os arredores, mais podiam notar a variedade de espécies ali e principalmente o quão todos estavam felizes. August Kingdom era realmente um ótimo local para se viver, se fossem ver por esse aspecto que a taverna passava.

- “A Caça”. - O médico falou, chamando a atenção de ambos para ele novamente. - Três membros da Spades que falharam com a organização terão a chance de se reconciliar com seus respectivos superiores realizando a tarefa de caçar desertores. O objetivo deles é simples: Encontrar os “fugitivos” e impedir que ambos vazem informações confidenciais da Spades. Já que não aceitaram a Carta do Silêncio e também não possuem intenções de retornar a Spades, temo que essa é a única opção que restou. - Ele finalizou ao notar Sella retornando da cozinha carregando duas bandejas.

Assim que a garçonete se aproximou da mesa, ela entregou a bandeja do médico que possuía uma xícara de café quentinho e um croissant que vazava de chocolate por suas bordas. Na bandeja de Yumi, um suco com os três elementos que ela havia pedido, um parfait de morango e um prato de curry risotto omurice quentinho também. Kamui pode perceber imediatamente pelo seu olfato apurado que em nenhuma das comidas ali servidas, incluindo a do próprio médico, havia um cheiro estranho ou diferente do que deveria ter. Apesar da situação onde se encontravam, a taverna era uma taverna que servia comida de verdade e de qualidade.

Assim que terminou de servir os pratos, Sella recolheu as bandejas e parou ao lado do médico, observando a dupla com uma expressão séria e raivosa.

- A partir de amanhã, esses três agentes especiais irão fazer de tudo para derrotá-los e trazê-los com ou sem vida de volta para a Spades. Assim como eu, eles já estão infiltrados aqui em August Kingdom, mas não se preocupem, eles não estão aqui nessa taverna. O pedido que eu fiz com esse “código secreto” não é nada além da confirmação que os três precisavam para começarem seus preparativos para a caça. Nossa querida Sella aqui é uma ótima felina-correio, digamos assim. Ela apenas os alertou de que os dois planos iniciais deram errado e eles podem prosseguir com o último. Ah, mas ela não é uma membro da Spades, é apenas uma pobre criança que já foi cuidada por mim após ser salva pelo Jok– - Porém, antes que o médico terminasse a sua fala, Sella “agiu” amassando as bandejas que segurava na base da força pura. Seus olhos, agora cheio de lágrimas, transbordavam suas emoções.

- ONDE O JOKER FOI PARAR?! O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE?! Ele… Ele pode não lembrar de mim, mas eu vou sempre me lembrar do meu salvador! Como vocês podem querer sair da Spades assim?! Quando eu, que queria estar na organização ao lado dele, nunca pude?! - Ela bradou entre as lágrimas que derramava. O som da confraternização dos outros usuários da taverna praticamente abafou todo o desabafo dela, e assim, como também foi no começo, ninguém reparou naquela cena.

- Bom, de mim, isso é tudo. Se tiverem alguma dúvida, peço que não temam e me perguntem qualquer coisa. Como ex-colegas de organização, isso é o máximo que eu posso fazer. - Ele finalizou trazendo a xícara de café para perto da sua boca, dando um pequeno gole nela. Sella, por outro lado, logo enxugou as lágrimas e partiu em direção a cozinha novamente. Talvez a dupla não a visse mais por hoje, talvez ela retornasse caso fosse necessário. Tudo iria depender de como os dois iriam agir a partir de agora sabendo que a caça iria começar no dia seguinte.


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- Eh...  – ficou um pouco sem reação da garçonete ter lhe chamado de idiota e fugido apenas porque ela perguntou o que se tratava aqueles dois pedidos a mais que o homem de preto havia feito. Depois de um tempo e da garçonete ter dito par ao cachorro aquático onde era o hidrante para ele a mesa ficou em um silencio estranho, mas a farra que acontecia dentro do bar ainda continuava.

- Então vocês preferem dar mais uma oportunidade com gente que falhou com spades do que deixar duas pessoas que fizeram de tudo por eles irem embora sem nenhum problema... – comentou logo a opôs o homem dar a explicação sobre o que se tratava a tal de ‘’A Caça’’. – Depois nós que estamos errados, depois esses tais ‘’caçadores’’ acabam fazendo informações dos spades aí a culpa vai ser de quem... Claro de gente como nós... Nem vão suspeitar do Joker. – Continuava desapontada com aquela situação, que era algo de se esperar, mas que para Yumi era tão mais fácil deixar eles irem embora sem todo esse drama, para depois ficarem falando sobre confiança na organização e essas coisas.

- Como posso dizer... A nossa situação e a do Joke é quase a mesma a única diferença é que a gente não fez mal pra ninguém e não estamos traindo os spades. – respondeu à pergunta a jovem garçonete gata da forma mais fácil que se daria para explicar, afinal era simplesmente um fato aquilo, ambos fizeram tanto pelos spades e agora que querem sair e viver a própria vida estão sendo taxados de traidores.

- Ok... Depois disso tudo se eu quiser renunciar a minha saída dos spades... Antes você tinha dado a opção de tirarmos a nossa própria língua caso a gente saísse. Depois disso se eu renunciar e decidir continuar, não quero ser caçada pelos spades até o final da minha vida... Melhor continuar a sofrer nessa organização do que ser caçada por ela. – perguntou ao homem de preto esperando pela resposta do mesmo. A garota kemono queria era apenas continuar viva se para isso ela precisar continuar naquela organização malvada ela teria que abrir mão da liberdade para poder continuar viva. Independente da resposta do homem a mesma usaria seu haki da observação para ‘’ver’’ melhor a resposta dele e ao redor enquanto começava a degustar o suco que a mesma havia pedido e olhava para Kamui para ver o que o mesmo falaria.


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Ao que tudo indica fiquei desconfiado demais atoa, como dizem "Gato escaldado tem medo de água fria", enfim, já sei onde fica o banheiro e aparentemente Sella é apenas uma funcionaria terceirizada da spades, não uma agente propriamente dita, apesar de suas atitudes suspeitas, ela de fato trabalha nessa taverna, que pelo jeito, é apenas uma taverna normal, sendo assim, um otimo lugar para iniciar uma nova aventura.

- Deixa eu ver se entendi, essas três pessoas vão caçar a gente, ate ai ok, mas e se elas falharem? Vocês vão nos deixar em paz? Porque não faz sentido nenhum a gente ter "Sucesso" nessa missão para na próxima ilha mais três pessoas virem atrás da gente de novo... - Falei para o sensei da spades, ficar nesse looping eterno seria um saco para falar a verdade.

O ponto de Yumi ate faz sentido porque realmente é melhor ficar empurrando com a barriga o trabalho na spades do que ficar sempre com essa dor de cabeça de ter gente nos caçando.

- Se você gosta do joker me surpreende muito que você aceite trabalhar para a spades, uma das prioridades da organização é acabar com ele - Falei para Sella, é igual você gostar de uma pessoa e ajudar as pessoas que querem matar ela, só se a garçonete não for muito inteligente para perceber isso, se bem que vindo da spades, não duvido de nada.

Não posso esquecer do plano original apesar de todas as distrações, preciso encontrar o yonkou e pedir para que ele me treine um pouco, pelo pouco tempo nessa ilha já pude notar que ele não tem problemas com raças híbridas ou coisas assim, teoricamente ele vai ser dar bem comigo, só não posso sair perguntando onde está agostinho com um membro da spades bem na minha frente, isso seria praticamente entregar nossa posição para os caçadores de recompensas. Por hora, vou apenas me levantar e ir ao banheiro, se Sella quiser perguntar algo sobre o joker fora de vista do membro da spades, vou falar com ela.

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O desapontamento de Yumi Suzume e Kamui com a organização para qual trabalharam era tão clara quanto a espuma da cerveja de pale ale que as garçonetes serviam, mas nada disso iria mudar o destino que ambos teriam que enfrentar a partir daquele ponto. Apesar das perguntas feitas, o humor do homem de preto já não parecia mais dos melhores. Desde que o Joker foi introduzido naquela conversa, para ser mais exato. Ao usar o seu Haki um pouco melhor, Yumi pode perceber que o médico da Spades tinha emoções bem negativas quanto ao Joker – mas nada que ele deixasse escapar pela superfície.

Sella, por outro lado, era o total oposto dela. Yumi pode perceber que os sentimentos da mulher-gato pelo homem era de pura gratidão e preocupação, tanto que, ao ouvir as informações ditas por ela e Kamui, a mesma entrou em um estado de choque visível por ambos os ex-spades. Ela imediatamente se virou na direção do homem de preto pronta para fazer mil e uma perguntas, porém, ele agiu primeiro.


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Um estalar de dedos. (Sem o coração!!). Para Yumi, aquele estalar de dedos não tivera som algum, apenas houve o movimento. No entanto, para Kamui, o som daquele estalar de dedos fora tão forte quando alguém dar um tapa em seus ouvidos. Não chegou a feri-lo, mas com certeza foi algo que ele pode ouvir em alto e bom som. Em Sella, por fim, agiu de uma forma completamente diferente. A mulher ficou parada por alguns segundos, com a cabeça cabisbaixa, retornando-a a ergui-la logo em seguida. Meio desnorteada, ela olhou em volta, como se estivesse tentando entender onde estava – caindo na real logo rapidamente.

- B-Bem vindos a La Family Taverna!! E-Eu já anotei o pedido de vocês??? Eu me chamo Sella, é um prazer recebê-los!!! - A mulher bradou fazendo uma leve reverência a mesa dos três, tratando-os como se aquela fosse a primeira vez os vendo.

- Já fomos atendidos, senhorita. Pode de retirar. - O homem de preto a respondeu enquanto dava mais um gole em seu café.

Com mais uma reverência, Sella, ainda meio sem jeito, partiu, correndo em direção a cozinha para retornar aos seus afazeres.

- Não entendam a Spades de forma errada. Da mesma forma que esses três “caçadores” receberam uma chance de se redimir com a organização, é claro que vocês também receberam a sua. Pensei que não seria necessário dizer, mas caso a vitória seja de vocês, a Spades irá acreditar que nenhuma informação será vazada de ex-agentes capazes de se defenderem de agentes ainda ativos. É claro que, para uma organização como a Spades, mantê-los sobre nossas asas ou então silenciá-los para sempre seria a melhor forma de impedir que informações vazem, por isso “A Caça” é sempre a última opção que dão. As palavras “liberdade e confiança”, nos dias de hoje, não são tão facilmente aceitas assim. - Ele finalizou pegando um pequeno garfo e espetando o seu croissant que imediatamente começou a vazar chocolate.

Conforme se alimentava, Yumi pode ter certeza novamente das palavras daquele homem. Nada do que ele havia dito até então parecia errado ou com segundas intenções, então, de certa forma, ela podia confiar no que ele havia dito. Havia uma forma de ambos se tornarem livres como queriam, mas, com aquela conversa, havia também ficado claro que não seria tão fácil assim – por mais que a condição de “derrotar três caçadores” possa parecer fácil dita assim. Após Kamui levantar para ir ao banheiro, apenas ela e o médico continuaram na mesa, então, caso ela quisesse falar mais com ele, até de uma forma mais particular, essa era a hora.

Kamui, por outro lado, ao começar a se dirigir ao banheiro pode notar novamente o quão bem movimentado estava a caverna naquela noite que enfim havia se iniciado. Ao olhar de relance para uma janela, o rapaz pode notar que já havia escurecido por completo do lado de fora. As luzes que brilhavam tanto do lado de fora quanto do lado de dentro davam início a atividade noturna daquela região. Apesar da quantidade de gente, chegar até o banheiro não foi nenhum problema, tendo apenas que desviar de alguns bêbados e moças que o convidaram para beber juntos a elas; nada que um homem bonito já não estivesse acostumado a fazer. Ao chegar na entrada do banheiro masculino, ele pode ouvir mais sons de conversa vindo lá de dentro - o que indicava que ele teria companhia para o que quer que fosse fazer lá.

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- Será que ele está se incomodando com tantas perguntas? – pensou consigo mesma vendo que aos poucos o semblante do homem de preto estava mudando do que era para algo um pouco mais nervoso, ainda mais que a garçonete não para de perguntar sobre o Joker depois deles terem tocado no nome do mesmo. Como a moça parecia atormentar o homem o mesmo acabou por estalar os dedo que ao ver a garota kemono não ouviu nenhum som, mas percebeu que Kamui e a garçonete pode ouvir e muito bom ele.

- Lavagem cerebral... – deduziu vendo que a garçonete havia voltado para o estado de quando ela e cachorro d’agua havia entrado no bar e que rapidamente foi dispensada pelo homem de terno preto. – Humm... Eu entendo... o que eu não entendo é porque eles precisam disso, não seria tão mais fácil deixar a gente em paz mesmo ficando na organização sendo que já deixamos claro isso. – disse apoiando a cabeça na mão enquanto balançava a colher do seu curry para cima com a outra mão.

- Mas que seja... Só tenho mais umas três perguntinhas... A caça vai ser feita nessa ilha... na ilha de um dos Yonkou? E a caça vai começar quando amanhã ou hoje mesmo e ela só vai terminar quando um dos lados for totalmente derrotado certo, mas ela vai durar apenas nessa ilha ou durante o resto das nossas vidas enquanto esses 3 não forem derrotados? – perguntou começando a provar o parfait. – Umai!!! – sorriu alegremente ao colocar uma colherada da deliciosa sobremesa gelada na boca. – Ah... a ultima pergunta... Você não é um desses três que querem se redimir e está na caça né? – fez a ultima pergunta com olhos felinos logo em seguida provando novamente o parfait.

Como a mesma não sabia como o spade iria responder suas perguntas Yumi estava preparada para usar sua lã para prender o homem e se proteger ao mesmo tempo que usava seu haki da observação para possivelmente tentar prever algum ataque e fugir daquele local deixando um pequeno ratinho de lã que iria até o banheiro seguindo Kamui.


Spoiler :

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A reação da mulher ao joker me deixou com a pulga atrás da orelha desde o principio, não fez sentido ela ser aliada do Edwin e trabalhar para a spades, sem chances disso ser aceitável, os dois sem odeiam com todas a forças.

O estalo usado foi apenas o gatilho para tudo se confirmar, Sella estava apenas sendo manipulada e o sensei de preto era mais sagaz do que eu pensei, ninguém pareceu notar o barulho, ele deve ter alguma frequência que humanos não escutam eu acho, sei que em min, o som incomodou bastante e em Sella, nem preciso dizer o efeito causado, bastava apenas escutar o que ela falou.

Esse papo furado para min não importa mais, esse homem vem aqui com essa fala mansa, oferecendo ajuda, mas no fundo ele só quer se livrar da gente, já saquei qual a dele, a primeira opção era o absurdo de arrancar nossas línguas e agora isso da caça, não quero mais saber o que ele tem a dizer.

O bar estava bem cheio e o tempo pareceu voar nesse meio tempo, já estava escuro do lado de fora, bem, seguir noite a dentro sempre é mais arriscado, mas as recompensas podem ser maiores... Acabei chamando a atenção de algumas pessoas aleatórias, mas nada demais por enquanto, vou apenas me direcionar entrar no banheiro e ver se escuto algo sobre a spades, o agostinho ou os wildcards, focarei em tentar descobrir sobre esses assuntos por enquanto, não vi sinais da marinha aqui, então vou deixa-los de lado por ora.

Entrando no banheiro vou entrar em uma das cabines e vou fingir estar urinando para disfarçar, vamos ver se esses homens bêbados falam algo de interessante, se nada acontecer, vou voltar para o salão e ir em direção a Sella, essa historia do estalo está muito mal contada e quero ver isso de perto, sem o medico por perto, se ela intervir, bom, vamos ver se ele é bom de briga, poucos lugares são melhores para se iniciar uma confusão do que um bar.




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Conforme iam chegando em suas próprias conclusões, a dupla que teria que enfrentar o desafio da sua ex-organização podia enfim “relaxar” um pouco antes da tempestade. Apesar de já terem percebido que o homem de preto não era qualquer um, já havia passado também do tempo de terem notado que ele não era um perigo para ambos – pelo menos não naquela aventura. Por mais que suas vidas estivessem em jogo ali, por enquanto, e só por enquanto, não haviam problema os dois abaixarem um pouco a guarda e curtirem a animação da taverna.

Assim que Kamui se dirigiu para o banheiro deixando Yumi a sós com o médico, a mulher rapidamente fizera mais algumas perguntas que o agente da Spades apenas ouviu a princípio enquanto comia um pequeno pedaço do seu croissant de chocolate. Assim que ela terminou, o homem educadamente retirou um lenço de um bolso interno da sua jaqueta, limpando sua boca antes de respondê-la.

- Sim, a caça irá ocorrer aqui. É claro, o Agostinho não possui ideia de que estamos infiltrados na ilha dele com essa missão e eu não acho que ele receberia bem nossos agentes aqui… Como eu já disse mais cedo, Senhorita Yumi, a caça irá começar amanhã. A partir das 6h da manhã, para ser mais exato. Recomendo que durma cedo hoje, inclusive. Irá fazer bem para o seu corpo estar bem descansada. Quanto a duração… Irei ser sincero com a senhorita, Yumi Suzume. Mesmo que vocês consigam derrotar os três agentes, seus nomes estarão para sempre marcados na Spades como desertores da organização. Então, mesmo que não seja mais realizada missões para caçá-los, nada irá impedir que agentes atuais não gostem da atitude de vocês dois e decida fazer “justiça com as próprias mãos”. A Spades não irá achar isso ruim, já que, a longo prazo, se livrar de vocês irá se tornar benéfico para ela. Resumindo, a missão “A Caça” irá terminar, mas, aos olhos da Spades… - Ele evitou terminar a frase, acreditando que Yumi tivesse entendido por si só.

Antes que ele pudesse responder a última pergunta, um som horrível chamou a atenção de ambos. Vinha da direção do palco onde, agora, uma nova banda se apresentava. Ou melhor, tentavam se apresentar. O baterista usava as mãos para tentar realizar os sons básicos de uma bateria, o guitarrista só queria saber de bater com a guitarra no chão do palco, o baixista não havia notado que não tinha ligado o seu instrumento na caixa de som e o vocalista apenas berrava algo que parecia ser um rock. A apresentação deles estava um completo caos e, é claro, a plateia não demorou para demonstrar a insatisfação com aquela música ruim. Começaram a vaiar e a tacar garrafas vazias na direção da pequena banda que, meio acuada, tentavam consertar seus erros, mas sem muito sucesso. Estava claro que faltava certo profissionalismo ali entre eles.

- Quanto à última pergunta, senhorita Yumi Suzume. - O médico dissera retornando a olhar pra ela após, como de praxe, não demonstrar sentimento algum quanto ao que via acabado de presenciar. - Eu sou apenas um médico da Spades, a minha missão era apenas impedir que ambos morressem caso aceitassem entregar suas línguas. Como não foi uma proposta bem aceita por ambos, fiquei encarregado de explicar como aconteceria o plano B e esse então fora o meu papel até aqui. Assim que ambos se retirarem dessa taverna, receio que não iremos nos reencontrar novamente. - Ele finalizou, voltando a focar em seu croissant que já estava quase todo comido.

Enquanto terminava o seu lanche, a banda ruim que ainda tentava se apresentar, de alguma forma, conseguiram piorar ainda mais a situação ligando seus instrumentos em um amplificador emitindo assim um som ainda pior do que antes. Yumi pode perceber que a plateia que antes apenas vaiva, começava aos poucos a trocar de sentimento para algo mais agressivo e de alto defesa – indicando que, em questão de alguns minutos, aquela banda ruim iria conhecer a fúria deles de uma forma nada agradável.



Assim que chegou no banheiro, guiado por seus pensamentos e decisões que fizera durante o percurso, Kamui tratou de logo entrar em uma das cabines desocupadas com a intenção de ouvir melhor a conversa que rolava no interior dela. Não tivera nenhum problema em fazer isso, sequer fora notado pelo pequeno grupo de três bêbados que urinavam um ao lado do outro nos mictórios que tinham espalhados na parede. Assim que fechou a porta e se manteve em silêncio, ele pode ouvir o que falavam.

- Eeeeeeeh?! *HIC* O Agostinho se ausentou da ilha dele?! BUAHAHAHA! *HIC* Você só pode ter bebido demais, cara… *HIC*

- É sério… *HIC* Aparentemente… *HIC* Ele foi chamado… *HIC* Pela marinha… *HIC* Para depor… *HIC* Sobre alguma treta aí… *HIC* Gyehehe… *HIC*

- *Sons de ronco*

- Tsc… *HIC*Como esse desgraçado consegue dormir e mijar ao mesmo tempo?! É o supoer poder dele?! *HIC*

- Esquece ele! *HIC* Mais importante… *HIC* Que isso… *HIC* Então August Kingdom… *HIC* Agora… *HIC* Tá sem… *HIC* O governante dela…?! *HIC* Isso… *HIC* Não é ruim…? *HIC*

- Hãaaaah?! Claro que não, idiota! *HIC* Quem vai ser maluco o suficiente de fazer alguma besteira aqui sendo que a—

Porém, antes que o bêbado 2 continuasse a falar, um som extremamente ruim começou a tocar do lado de fora do bar. A atenção de Kamui, claro, também fora chamada por essa mistura de sons que, a princípio, devido a sua percepção, ele pode notar que era só uma banda ruim tentando tocar uma música. Porém, alguns segundos depois, o som veio dez vezes pior para suas orelhas não-humanas, causando certo desconforto e até uma leve dor de cabeça.

- *HIC* É aquela banda ruim outra vez… Da última vez expulsaram eles daqui na base da porrada, será que vai rolar pancadaria de novo?! *HIC*

- Bora… *HIC* Lá ver… *HIC*

- E esse mano aí? Deixamos ele pra trás? *HIC*

- Claro… *HIC* Eu não sei nem… *HIC* O nome dele…

- Verdade, nem eu… Bora lá então! *HIC*

O som de passos rápidos fora a última coisa que Kamui ouviu antes do silêncio tomar conta daquele banheiro novamente. Ter entrado no banheiro foi uma ótima decisão que gerou frutos de informações que até então ele não tinha, porém, como iria usá-las e se iria acreditar ou não nelas era outra história – afinal de contas, ainda havia a chance daquilo não passar de uma conversa de bêbados. Por fim, assim que saísse do banheiro, notaria que o terceiro bêbado continuava em pé, de frente pro mictório, não mais mijando. Ele apenas dormia, roncando. Mas isso não era a única coisa que chamava sua atenção nele - afinal, nas costas da sua camisa, estava bem clara a marca da Marinha nela – algo que, naquela ilha, era algo raro de se ver.
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