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[ANTIGO] The Avengers

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The Avengers
Capítulo 14 – A Volta dos Poderes.

Seus cabelos negros refletiam os raios de sol. Sua pele era clara. Era um rapaz bonito de uns 18 anos e com olhos que me deixaram surpresa, eles eram portadores do byakugan, habilidade única e poderosa de um dos clãs de Falcão.
- Quem seria você portador do Byakugan? – Perguntou desconfiado Kakashi-san.
- Sou reconhecido graças a esses olhos, mas vejo que estão meio desconfiados. – Falou o rapaz.
- O que você quis dizer com “me ajudar”? – Perguntei.
- Ouvi que está com problemas com suas habilidades seladas, correto? – Disse o rapaz.
- Sim, minhas habilidades de shinobi, em especial meu chakra estão enfraquecidos graças ao selamento. – Falei ao rapaz.
- Conheço inúmeros jutsus que criam ou desfazem selamentos. Posso me considerar um perito. – Continou o rapaz.
- Mas, antes, nos diga seu nome. Precisamos saber exatamente quem você é. Não podemos abaixar a guarda. Se for um Imortal, considere-se morto! – Falou alto Kakashi-san.
- Primeiramente não sou um Imortal. Na verdade, não sou de pátria alguma. Apenas caminho onde o vento me leva. Meu nome é Hyuuga Neji.
- Hyuuga Neji? Você é de meu país? – Perguntei.
- Sim, mas fugi aos 9 anos. – Respondeu Hyuuga Neji.
- Sei quem você é. Me avô me contou sobre você. Conhecido como O Grande Hyuuga. Aos 5 anos se tornou jounin e se comparava a anciã, kage da vila. Teria um futuro brilhante, se não tivesse fugido.
- Sim fugi. Fugi da pressão e das expectativas que descarregavam em mim. Me tornei o andarilho que sou hoje, indo e vindo com o vento e ajudando pessoas com meus jutsus.
- Suponho que não seja um Imortal. Kakashi-san, acho que devemos confiar nele, afinal, ele era de minha vila. – Falei.
- Sim, realmente pelas histórias que conheço, é um bom sujeito. – Concordou Kakashi-san.
- Vamos ao que realmente importa. Vou desfazer o jutsu que selou suas habilidades de shinobi.
Em sua mão direi concentrou pequenas chamas de chakra em seus cinco dedos. Fechou os olhos e se concentrou. As pequenas chamas agora formaram uma grande única.
- A segure! – Ordenou Hyuuga Neji.
Kakashi meio inseguro segurou meus braços colocando os seus por debaixo dos meus.
- Estilo Hyuuga: Fúria do Fogo do Dragão Azul!
A chama azul atingiu em cheio minha barriga. Desacordei.
Ao acordar novamente, me senti leve e descansada por completo. Meu corpo parecia muito mais forte do que antes, podia sentir meu chakra 10x mais forte. Estava deitada novamente na cabana, levantei-me, e sai.
- Boa noite Malu. – Falou Hyuuga Neji.
Já era de noite, parecia bem tarde. Quando desacordei não era nem meio-dia.
- Está se sentindo bem? – Perguntou Kakashi-san.
- Melhor do que nunca! Mas não sinto nem o Byakugan ou o Sharingan. – Falei.
- Essas habilidades só são recebidas pelo sangue. Você não possui traços do Byakugan, e nunca despertou seu Sharigan. Talvez essas habilidades nunca apareçam, foi pura falta de sorte sua.
- Sim. Mas tenho meu chakra melhorado agora, tenho que treinar. Tenho que ficar forte, o mais forte possível, e derrotar aqueles Imortais desgraçados.
- Você encontrará suas respostas.
De repente, uma névoa se formou e apenas a voz de Hyuuga Neji se propagava no ar. Ele desaparecera novamente, com o vento.
- Vamos Kakashi-san, temos que treinar. – Falei.
- Treinar? Não será necessário, os dois morrerão agora!
Ao nosso redor, havia dezenas de Imortais armados e junto deles aquele mesmo líder de rosto cicatrizado.
- Matem eles! – Ordenou o homem.
- Sim, Capitão Ibiki! – Falou todos os Imortais.
- Malu, melhor você se afatar! – Ordenou Kakashi-san.
Muitos Imortais vinham em nossas direções. Kakashi-san combateu todos, atirando kunais, arremessando shurikens.
- Elemento Madeira: Árvores Carnívoras!
Do chão nasceu arvores imensas cheias de espinhos venosos que acertavam os Imortais provocando suas mortes.
Sem perceber senti o sangue na minha boca. Uma kunais perfurar um pouco abaixo da nuca. Estava morrendo.
- Malu! – Gritou Kakashi-san.
Uma nuvem escura preencheu meus olhos. Não escutava, nem sentia mais nada.

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The Avengers
Capitulo 15 – Despertar.

“Onde Estou?”
Abri os olhos lentamente e observei ao meu redor. Estava deitada sobre os campos de Falcão de baixo de um sol forte e a brisa suave tocava meu rosto.
Levantei-me, caminhei vagarosamente admirando aquela bela vista. Os campos verdes eram eternos e cheios de vida. Ouvi vozes:
- Vamos brincar! – Vozes de crianças.
Não muito longe, crianças brincavam felizes, elas me pareciam muito familiares. Aproximei-me delas, ao perceberem minha aparição recuaram.
- Não queremos brincar com você! – Disse uma menina.
Eu reconhecia aquela garotinha, era ninguém mais que Birô. Estava ao lado dela, fugindo de mim todos aqueles que hoje eram seus amigos.
Cada criança seguiu para uma casinha aonde os braços aconchegantes dos pais os recebiam. Eu me não entendia muito bem, mas reconhecia cada casa. A última era a minha, onde eu vivia solitariamente apenas com as fotos de meus pais. Caminhei até a pequena casa desgastada e feia. Abri a porta e sentei na dura cama. Ao lado direito a mais amada foto que eu possuía, meus pais me carregando quando bebê.
Alguém bateu na porta:
- Licença, Malu.
Era a anciã, ela sempre me fazia visitas, para ver se estava tudo bem.
- Você entrará pro time Sasuke e seguirá as ordens de meu neto. Creio que já se conhecem. – Continuou a anciã.
Não respondi, ouvir aquilo me fez recordar de como eu fui enganada por todos na vila.
A anciã havia ido embora. Uma vontade de voltar a deitar naqueles campos esverdeados veio a tona. Dei uma ultima olhada na foto de meus pais, e saí da casa.
No entanto ao sair da casa tudo havia desaparecido. Agora estava tudo negro, preso em trevas. Fiquei nervosa.
- Quero sair daqui! – Gritei.
Aos meus pés uma grande poça de sangue e ao meu lado os corpos de meus pais sujos. Entrei em desespero e saí correndo. De repente senti algo agarrando meu pé. Não era apenas um, mas todos os aldeões que morreram nas mãos dos Imortais meu puxavam para uma espécie de buraco.
- Me soltem! – Entrei em colapso.
Muitas mãos me puxavam e já estavam nas minhas costas até que vi uma luz branca forte. Estendia a mão para mim Kakashi-san:
- Agarre minha mão! Vou salvar você! – Gritou ele.
Agarrei com força sua mão e ao sentir a mão de Kakashi-san algo dentro de mim pulso forte. Jamais sentira algo com aquilo. Meu chakra havia sofrido alguma transformação e ficou mais poderoso. Tudo estava diferente em mim, tudo. Voltei a mim e abri rapidamente os olhos.
Os Imortais que antes nos atacaram estavam mortos no chão, porém o líder deles estava de joelhos no chão com a mão no coração, sangrava muito.
- Que ser anormal você é, hein pirralha?
Eu não entendi exatamente o que aconteceu ali, mas instantes depois o homem cicatrizado morreu por falta de sangue.
Procurei Kakashi-san, estava preocupada, onde ele estava?
- Malu.
Kakashi-san estava parado afastado atrás de uma rocha. Parecia muito surpreso, nunca vi aquela expressão em seu rosto, parecia até que estava com medo, e de mim.
- Você está bem? – Perguntou ele.
- Sim, o ferimento em minhas costas estancou. – Falei.
- Você não se lembra? – Continuou Kakashi-san.
- Lembrar do que? – Perguntei.
- Quando foi atingida pelas costas, caiu no chão. Estava sangrando muito e achei mesmo que ia morrer. Quando me aproximei de você e gritei seu nome, você levantou bruscamente e pegou minha kunai, você matou em 2 minutos, 60 Imortais.
- E-eu o que? – Perguntei com o coração disparando.
- É isso mesmo. Olhe para seus olhos neste espelho.
Kakashi-san retirou de seu bolso um espelho usado em batalhas ou em infiltrações e me deu.
Ao olhar o espelho meus olhos que eram tão negros estavam agora prateados que refletiam o luar e com uma espécie de Sharingam. Meus olhos estavam com um Sharingan Prateado.
- O que aconteceu comigo Kakashi-san? Eu matei todos esses homens barbaramente. Que tipo de monstro sou? – Falei em tom de agonia.
- Você despertou em ambos os olhos Sharingan e Byakugan, você até usava os dois estilos com técnicas super avançadas. E não fale besteiras, você acabou de salvar nossas vidas! Os Imortais não merecem compaixão, principalmente de você!
Nada daquilo me acalmava, estava me sentido uma assassina bárbara e agachei com as mãos na cabeça em desespero.
- Se acalme, você não deve ter medo ou vergonha de ser essa incrível shinobi, você acaba de despertar o Sharingan e Byakugan juntos!
Kakashi-san retirou as minhas mãos da minha cabeça e as segurou forte olhando em meus olhos.
- Mas posso dizer que você tem olhos negros lindos.
O Sharingan Prateado desapareceu e no lugar meus olhos negros e cheios de lágrimas apareceram.
- Temos que ir, logo muitos Imortais estarão aqui, e isso não será bom.
Kakashi-san me ajudou a levantar e então corremos para dentro da floresta.

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The Avengers
Capitulo 16 – Reencontro.

Na densa floresta a luz do luar pouco iluminava e eu e Kakashi-san corríamos para achar algum lugar para passar o resto da noite. Estava tudo muito escuro e dava um pouco de medo, mas eu estava atormentada com o fato de eu mesma ter matado todos aqueles Imortais.
- Por que se culpa tanto, Malu? – Perguntou Kakashi-san
- Eu olho para as minhas mãos e ainda sinto o cheiro de sangue. – Respondi.
Kakashi-san não entedia minha culpa.
- Mesmo aqueles homens sendo Imortais eles eram seres humanos, e nenhum ser vivo tem o direito de tirar a vida de outro. – Continuei.
- Seres humanos? Você considera aqueles monstros, seres humanos? Eles destruíram a sua e a minha vila também. Mataram nossos companheiros e amigos, meus pais morreram nas mãos deles, e você tem compaixão com tais animais?
Olhei perplexa para Kakashi-san que estava até um pouco irritado com as minhas idéias, mesmo assim eu não me conformava com os assassinatos que cometi.
- Olhe uma estrada! – Falei.
A nossa frente se estendia uma longa estrada de pedra e terra. Suas características mostravam que aquela era uma estrada movimentada, pois possuía marcas recentes de rodas de charretes e calçados.
Seguíamos ao norte seguindo aquela estrada, pensando que encontraríamos alguma vila ou cidade.
- Kakashi-san, uma placa. – Falei
Na placa dizia que a 4 km se encontra a capital de Kurosoira.
- Não é onde Sasuke e os demais de Falcão estão indo? – Lembrou-se Kakashi-san.
- Sim. Então mudaremos de rumo. – Falei.
- Não podemos. Ao Sul encontram-se os Imortais e Leste países sobre sua ditadura e a Oeste os países que estão sendo conquistados e dominados pelos Imortais. Resta-nos apenas o Norte onde os países são aliados e são contra as ameaças desses monstros.
- Sinto muito Kakashi-san, mas não pretendo ir aonde Uchiha Sasuke se encontra.
- Você terá que me perdoar. – Falou Kakashi-san.
Kakashi-san acertou minha nunca, num ponto onde desmaiei instantaneamente.


- Maçãs, uvas, bananas! Todos os tipos de frutas aqui!
- Carvão! Esquente se churrasco com Carvão Vegetal!
“De onde vem esse barulho ensurdecedor!?”
Como de costume, acordei numa cama, mas dessa vez estava muito macia e confortável. Ao meu lado, uma mesa com um copo de leite e alguns pães, a fome era maior que a etiqueta, comi tudo em alguns minutos.
- Acordou então?
Kakashi-san abriu a porta devagarzinho e me deu bom dia, fiquei com vergonha pois estava cheia de farelos de pão e com as mãos sujas de leite, pois derrubara quando ele entrou.
- Tome, tem um pano aqui na gaveta. – Continuou ele.
- Obrigada.
Me limpei rapidamente e começamos a conversar.
- Onde estamos Kakashi-san? – Perguntei.
- Estamos na capital de Kurosoira que também se chama Kurosoira. – Respondeu ele.
- Como sempre você me fez desmaiar. E novamente acordo em uma cama sem saber onde estou. – Falei ironicamente.
- Não exagere. Foi pro seu bem, ou estaríamos em uma discussão interminável. – Explicou-se Kakashi-san.
- Mas você não leva em consideração aquilo que eu acho ou quero. Não queria estar aqui, tem possibilidades de eu encontrar Sasuke. – Falei seriamente.
- Se o que você quer te leva a um perigo, não vou obedecer com certeza. Minha palavra. – Falou novamente Kakashi-san.
- Por que se importa tanto comigo? – Perguntei.
- Bem...
Quando Kakashi-san ia responder minha pergunta entrou no quarto esmurrando a porta, Cacau, Birô e Fran.
- Malu!!! – Gritaram eles.
Fiquei surpresa, eu sabia que provavelmente estariam aqui, mas vê-los a minha frente me deixou feliz.
- Birô, Cacau e Fran também! – Falou Kakashi-san também surpreso.
- Interrompemos algo? – Perguntou Cacau.
- Não. Podem falar. – Respondi.
Cacau e Birô pularam na minha cama e me deram um abraço. Esse abraço significou a vida para mim, pois demonstrava que eles realmente me consideravam uma amiga e querida. Fran era mais reservado e apenas sorriu quando me viu. Me senti mais feliz do que nunca.
- Você não sabe a falta que nos fez! – Falou novamente Cacau.
Cacau sempre foi minha melhor amiga, ela já me ajudou inúmeras vezes nos dávamos muito bem, mesmo quando pequenas, pois ela apenas seguia os outros, ela jamais me tratara mal.
- Por que você e Kakashi-san foram embora? – Perguntou Birô.
- Pensei que Sasuke tinha falado a vocês. – Falou Kakashi-san.
Novamente o rugir da porta. Com os dois pés dentro do quarto e a mão na maçaneta estava parado diante de mim, Uchiha Sasuke.
- Malu...
Eu não esperava por aquilo, um sentimento de ódio veio à tona. Algo dentro de mim pulsava novamente.
- Você terá que se retirar Uchiha Sasuke, você não é bem-vindo aqui. – Falou Kakashi-san.
- Só preciso falar com Malu.
- Você acha que eu quero ouvir alguma coisa vindo de você!? Você está me deixando irritada, muito irritada. Guardei um ódio profundo de você.
Os olhos de Sasuke pediam perdão e arrependimento. Mas o que ele fez não tinha como alguém perdoar.
- Você me fez passar por todo esse sofrimento. Minha infância perdida. – Continuei.
Cacau, Birô e Fran não entendiam nada, eles estavam parados feitos pedra, perplexos ao ouvirem minhas palavras frias.
Sasuke se aproximou da minha cama. Eu estava enfurecida eu já sentia novamente meu chakra fluindo poderosamente dentro de mim.
- Malu, se acalme! Se perder a calma, você saberá as conseqüências! – Gritou Kakashi-san.
Lembrei do acontecimento na floresta com os Imortais, mesmo se eu realmente quisesse matar Sasuke, eu certamente machucaria aqueles de quem eu gostava.
Sem pensar duas vezes, a janela ao lado da mesa estava aberta e como eu dormi de roupa, pulei para fora.
Ao chegar ao chão todos os vendedores e aldeões me encaravam um tantos surpresos e assustados. Olhei para cima Cacau, Birô e Fran me olhavam surpreendidos.
“Tenho que fugir daqui!” – Pensei.
A minha frente estava parado com os olhos profundos Sasuke que me pedia pra que o ouvisse.
- Vai embora! – Gritei bem alto.
A frente de Sasuke, Kakashi-san apareceu e me olhou penetrante.
- Não se preocupe com isso. – Falou Kakashi-san. – Genjutsu: Sombras Ocultas!
Kakashi-san e eu sumimos diante dos olhos de Sasuke e logo atrás vinham Cacau, Birô e Fran ainda com as faces surpresas e um tanto confusas.
- Sasuke-sama, o que está acontecendo? – Perguntou Fran.
- Sinto muito, mas prefiro não dizer nada a vocês.

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The Avengers
Capítulo 17 – Verdade por trás das lembranças.

- Pronto, Malu! Saímos do genjutsu, pode abrir os olhos. – Era a voz um tanto séria de Kakashi-san.
Estávamos aos arredores de Kurosoira, mas precisamente na parte sul. O grande movimento da cidade não era ouvido àquela distância. Uma longa e pouco utilizada estrada a nossa frente, por ser um caminho onde levaria ao covil de cobras, venenosas, traíras e perigosas, chamadas de Imortais.
- Vejo que encontraram problemas em seus caminhos. – Era uma voz fria e familiar.
- Nos espionando Hyuuga? – Falou intimadamente Kakashi-san.
Ao me virar, a minha frente sobre uma pedra e sentado na mais pura simplicidade e serenidade, Hyuuga Neji, meditava acompanhado de um incenso de aroma desconhecido.
- Você cara criança, acabou de despertar os mais sinistros e poderosos olhos existentes no mundo. Com o controle certo, será a portadora da arma e defesa mais potente que qualquer outro ser vivo poderia ter. Com estes olhos, superará os Kages. – A voz de Hyuuga Neji era um tanto fria e sedutora, me deixando com o coração palpitando rapidamente.
- Como sabe de tantas coisas, andarilho? – Debochou Kakashi-san.
- Assim como suas palavras disseram, sou um andarilho. Vejo o mundo em outro sentido e ouço muitas coisas em minha viagem. Das histórias que ouvi apenas uma mencionava tal poder que carrega criança. – Hyuuga Neji simplesmente me considerava uma criança. – apenas um shinobi nesta terra e planeta possuiu este poder. Seus olhos prateados eram tão ameaçadores que congelavam diamantes. Os corações daqueles que viam seus terríveis olhos era facilmente contorcidos de medo e agonia. No entanto, não consigo me lembrar o tal nome de tal pessoa, que foi um dia considerado o mais forte dos shinobis, e que hoje seu paradeiro é totalmente desonhecido.
- Olhos de prata. Olhos assustadores. – Repeti.
- Certamente conhece muitas coisas. – Relatou Kakashi-san que estavam com os olhos em direção à estrada provavelmente evitando os meus olhos pois se lembrara da noite com os Imortais.
- Não tenho controle de tais olhos. – Confessei abertamente à Hyuuga Neji.
- Hyuugas e Uchihas são peritos em tipos de técnicas oculares, mas nada comparados aos seus. O Sharingan de Prata vai além de minha compreensão. Entretanto...
Os olhos de Kakashi-san naquele momento brilharam, ele realmente queria que eu aperfeiçoasse tal poder, talvez, pensaria ele que assim eu controlaria e poderia me aproximar sem receios das pessoas novamente e esquecer totalmente a culpa, que na opnião dele, era ridícula.
- Nos de logo uma informação precisa! – Ordenou freneticamente Kakashi-san à Hyuuga Neji.
- Como sabem mais ao sul se encontra os esconderijos e bases dos Imortais, mas bem ao longo dessa estrada, há uma casa de palha com tijolos. Nesta casa, mora um velho e uma menina perita em armamentos, os dois poderão ajudar tanto em suas respostas como podem lhe fornecer armamentos de boa qualidade.
A essa altura o incenso de Neji já estava ao fim, e ele como parecia de seu costume, ao acabar um incenso se mudava, para onde o vento novamente o levaria. Quem sabe algum dia ele encontre, alguém, que vá ou que o segure por toda sua vida.
- Vou me retirar, boa sorte. – Novamente sedutoramente, a voz impregnou nos meus ouvidos, mas só quando ele realmente desapareceu de vista eu pude retomar a mim e prestar atenção aos meus interesses.
- Essas dicas dele, são particularmente, um pouco irritantes e aborrecedoras. – Kakashi-san por algum motivo estava mal-humorado e franzia o cenho.
Ainda de aparência carrancuda e irritada, Kakashi-san seguiu a frente e eu ainda me perguntava o motivo dele ainda me acompanhar em minhas viagens.
- Temos uma pergunta que ainda ficou aberta Kakashi-san. – Falei olhando-o andar duramente.
- É mesmo? Me esqueci completamente, qual seria esta pergunta? – Falou ele indiferente.
- Antes de meus outros companheiros invadirem meu quarto, você estava me explicando o motivo de você me acompanhar nesta viagem, que eu posso dizer pouco compreensível. – Falei com um tom um pouco irônico.
- Não faz a mínima idéia? – Perguntou ele com um sorriso de canto que podia ser visível mesmo com a mascara cobrindo boa parte do rosto pálido e claro como a neve branca.
- Realmente minha percepção é péssima, e afinal essa máscara...porque não a tira para eu ver seu rosto? – Perguntei com ousadia.
- Não retiro minha máscara, é em nome e respeito ao meu pai morto. – Respondeu ele com os olhos em direção ao céu de poucas nuvens, provavelmente lembrando-se de algum momento ou situação com seu querido pai.
- Desculpe-me fazer lembrá-lo de algo doloroso.
- Isso foi há anos, me conformei ha tempos, mesmo assim...
- Não consegue retirar esta máscara que é um símbolo fortíssimo para você. – Sorri para ele de maneira gentil para que soubesse que não estava sozinho.
- Você realmente sempre me surpreende. – Não entendi muito bem suas palavras, mas ele parecia feliz e retribui o sorriso de jeito gracioso.
- As vezes sonho com você Kakashi-san. – lembrei-me vagamente de um sonho que parecia mais real que qualquer outro.
- Deixe-me pensar, quando você era criança? – Perguntou ele que surpreendentemente era exatamente isso o que dissera.
- Lembro-me de campos verdes, sol brilhante lá em cima e muito longe e de um perfil que eu enxergava ao longe e que me observava curioso. – Nesse momento interessantemente os olhos de Kakashi-san fitavam curiosos os meus.
- Eu já tinha me conformado que havia esquecido, Malu. – falou estranha e friamente Kakashi-san.
- Não entendo...
- Não se lembra de me encontrar quando pequenos na floresta ao lado da cachoeira? – Falou em voz baixa Kakashi-san.
Um pequeno feixe de memória atingiu meu subconsciente. Concentrando-me mais nesta nova sensação lembrei-me de algo do meu passado, de minha infância.


“Nos densos e verdes reluzentes campos de Falcão, eu me divertia me expondo ao sol da primavera onde o calor não era nem muito quente e nem muito fraco. Ao atingir o rosto me fazia esquecer tudo e todos, me esquecia de quem eu realmente era de que eu realmente sou agora. A grama macia me deixava a desejando a noite inteira, eu era incrivelmente apaixonada por aquela sensação de liberdade e conforto, de uma longa paz. No entanto, uma súbita e impertinente sensação me fez sentir com uma vontade inquietante de me levantar e olhar ao meu redor. Percebi um perfil reluzente, impossível de se ver corretamente por causa do sol forte que já se punha. Lembro-me dos olhos brilhantes e uma negra máscara cobrindo nariz e lábios do individuo e ao se aproximar meus pensamentos e emoções giravam. Quando chegou perto de mim, a um palmo de meu rosto solene, ele me disse uma única palavra de apresentação em tom irresistivelmente frio e doce. Sem me perguntar ou dizer mais nada, a silhueta que agora eu já identificara era de um menino um pouco mais velho, que deitara com curiosidade ao meu lado, pensativo com a mente em devaneios.
Quando a noite finalmente alcançou os campos o garoto apenas me convidou para ir à cachoeira sem me questionar em nada mais, e eu apenas fiz o mesmo com sentimentos de interesse. No dia seguinte meu encontro a cachoeira, e la estava ele molhando os pés nus na água gélida e cristalina. Acenou com a mão e me chamou para me juntar a ele, sem dizer nada um ao outro refrescávamos naquela manha de sol que era um tanto absurdamente quente. Ao meio-dia o garoto se levantou e me ajudou a fazer o mesmo, em pé ele me fitou curioso e gentil, me dizendo adeus e que amanha o dia se repetiria, pois ele agora tinha de ir. Sem entender muito que aconteceu exatamente, no dia seguinte eu esperei por ele novamente naquele mesmo horário e lugar, no entanto nem sombra do meu novo amigo e companheiro. Esperei dias inteiros para a chegada do garoto, mas nunca apareceu novamente, com isso me esqueci completamente dessas lembranças que tinham sido tão inocentes e agradáveis.”

- Se lembrou de algo? – O rosto e voz de Kakashi-san eram esperançosos.
- Sim, você já foi a Falcão, mas quando muito criança. – Revelei a ele minha memória recente.
- Pensei que havia se esquecido para sempre. – disse ele satisfeito.
- Não é a toa que gosta de me perseguir, faz isso dês da primeira vez que nos vimos. – Falei em brincadeira.
Neste momento rimos de nossas lembranças incoerentes e um tanto inocentes.
- Veja, Malu! A Casa! Aquela que o Hyuuga nos disse de palha e tijolo!
Era de verdade a casa mencionada, era velha mas não muito suja, tinha aspecto de ter uns 60 anos de uso, entretanto exalava uma sensação de desconforto, seria prudente entrar?
O ranger da porta gigante fez meu coração pular, de dentro saiu um individuo de longos cabelos brancos e uma menina de coques em cada lado de sua cabeça.

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The Avengers.
Capítulo 18 – Os únicos amigos de Neji.

- Entrem, esperávamos por vocês. Sintam-se em casa! – Falou o homem de cabelos brancos que percebi iam até seu joelho.
- Como sempre antes de me dar especificações! – Brigou a menina com o velho.
Eu e Kakashi-san permanecíamos parados em frente á porta sem dizer nada com olhares curiosos para os dois indivíduos as nossas frentes.
- Não precisam temer nada, somos velhos amigos de Neji. – Falou novamente o homem.
Neste instante, a menina ao lado do velho se virou e foi em direção ao interior da casa com a expressão de ter recordado algo importante.
- Licença. – Kakashi-san entrava cautelosamente na casa do senhor, certamente ao ouvir que era amigo de Hyuuga Neji se sentiu um pouco mais confortável, mesmo assim permanecia alerta a qualquer sinal de perigo.
- Com sua licença senhor. – Entrei delicadamente na casa do velho.
A casa era rústica. Ao entrarmos nos deparamos com a sala, um sofá de três lugares marrom desgastado e outro sofá de dois lugares de mesma cor. No centro uma mesa pequena com quatro xícaras de chá, pelo cheiro era de chá verde que sem duvidas era o de melhor aroma e sabor. Ao lado esquerdo um balcão e a cozinha, velha a cozinha, mas bem cuidada e limpa. Logo mais a frente estava um corredor que dava pra dois quartos um na lateral direita e outro na esquerda provavelmente os quartos. Ao fim do corredor outra porta, imagino se não era o banheiro.
- Sentem-se. – Pediu o velho a nós e imediatamente nos sentamos no sofá de três lugares.
- Hyuuga Neji nos informou que poderia nos esclarecer algumas duvidas. – Iniciou Kakashi-san.
- Creio que ele também disse que conseguiriam armas de boa qualidade não é mesmo? – Vindo do corredor, a menina de coques veio em nossa direção, mais especificamente em Kakashi-san, e fitou-o diretamente.
- Não os culpe, TenTen. – Falou o homem.
- TenTen-chan, você seria a perita em armas? – Kakashi-san perguntou à garota de maneira ousada, eu o cutuquei sussurrando em seu ouvido que ela não poderia ser tão mais nova que a gente quanto ele pensava.
- Sim, perita em armas e de pavio curto. – Adiantou-se o velho, enquanto TenTen tinha seus olhos em chamas na direção de Kakashi-san.
- E como devo chamá-lo garoto de máscara? – Perguntou secamente TenTen.
- Pode me chamar de Kakashi. – Kakashi-san certamente não entendeu o motivo de eu telo cutucado.
- Kakashi-san, melhor começarmos a perguntar sobre o viemos perguntar, somos conhecidos pelos Imortais. – No momento em que pronunciei a ultima palavra tanto o velho quanto TenTen me encararam chocados.
- Imortais? – Perguntou TenTen.
- É muito perigoso para essa menina andar em território ou arredores de bases de inimigos tão frios e poderosos que são os Imortais. – Alertou aos sussurros o velho.
- Não se preocupe senhor, ela está acompanhada comigo, não há com o que se preocupar. – Falou Kakashi-san.
TenTen olhava dos pés a cabeça Kakashi-san, ela parecia apreciar sua eminente beleza e ele certamente tinha um físico invejável.
- Hmm, que garoto corajoso, estou certa que não passa de 14 anos. – TenTen graciosamente se aproximava de Kakashi-san até se sentar bem ao seu lado.
- Na verdade, tenho 16 anos. – Falou Kakashi-san. Assim que ele falou, me dei conta que não tinha a mínima idéia de quantos anos Kakashi-san tinha.
- Vocês são novinhos, a garota por exemplo não deve chegar aos 12 anos. – Ironicamente TenTen dirigia seu olhar brilhante e castanho em minha direção tendo aspecto de que aquilo me insultaria.
- Ela deve ser mais velha que você então. – Falou inocente Kakashi-san.
- Vocês são dois pihalhos irritantes! Mas o que mais me irrita é que os homens não conseguem distinguir minha idade! Até aquele Neji, apesar de eu ter a mesma idade que ele! – Furiosa, TenTen vai em direção ao corredor e bate uma das portas pesadas e feias, provavelmente um dos cômodos deveria ser seu quarto.
- Não liguem para ela, como disse é de temperamento difícil e tem um pavio muito curto se me permitem. – Falou o velho. – Ela realmente fica irritada quando a comparam com uma criança! Neji é o pior, sempre a esculachando.
Ficava difícil imaginar Hyuuga Neji sendo esculachando e ofendendo alguém e tinha a aparência muito serena e calma quase não tem sentimentos como ódio ou egoísmo ou até frustração.
- Não consigo imaginar Hyuuga Neji fazendo isso. – Estava dando som aos pensamentos.
- As pessoas de fora, Neji faz do tipo inteligente, calmo e ele realmente é uma pessoa serena. Mas acho que por estar envolvido fortemente com TenTen ele acaba se soltando um pouco, mas TenTen é exagerada. – O senhor explicava o que poderia ser as atitudes de sua...filha?
- Senhor, TenTen é sua filha? – Como poderia ser? ela parecia ser descendente de outra etnia.
- Não de forma alguma, e pode me chamar de Jiraya. TenTen é nada mais que minha amiga e companheira, posso me considerar pai dela, pois a criei dês que nasceu, porém ela não é minha filha de relações sangüíneas.
- Que bonita relação Jiraya. – Emocionou-se Kakashi-san.
- Mas afinal, não foi para discutirem relações que vieram aqui não é Malu e Kakashi? – Como ele poderia saber meu nome? Kakashi-san tudo bem, mas o meu também...
- Como sabe meu nome? – Novamente a minha boca dando voz aos pensamentos.
- Eu contei a Neji sobre você. Eu conheci seus pais Malu. – Por essa eu não esperava.
- Isso é uma ótima notícia! Você certamente deve saber as respostas para nossas perguntas! – Kakashi-san estava realmente animado com a noticia.
- Fique quieto moleque! Deixe Jiraya-sama falar! – Em instantes sentada ao lado de Kakashi-san, TenTen estava ansiosa, provavelmente ficou curiosa com as palavras de Jiraya.
- Certamente TenTen, você esperou muito tempo para saber essa incrível história. Vou iniciá-la. – Finalmente eu conheceria as respostas por trás desses olhos espectrais e medonhos. – apenas uma vez em 100 anos com a combinação de sangues de dois tipos diferentes de clã pode ser ter uma chance em um milhão de se criar uma única e poderosa habilidade que é o caso dos olhos impressionantes de Malu. – TenTen me fitava curiosa. – Seus pais Uchiha Madara e Hyuuga Hanabi eram de clãs diferentes e cada um deles possuía ao maximo o poder de seus olhos. Eles controlavam perfeitamente seus poderes, eram gênios. Mesmo antes de se apaixonarem eles não tinham conhecimento que se tivessem um filho talvez este seria poderosíssimo e que carregaria ambos os poderes. Quando Hanabi engravidou, eles foram até a minha residência pedindo conselhos e apoio. Eu disse a eles que havia uma possibilidade de a criança que iria nascer de ter ambos os olhos e habilidades, entretanto era perigosíssimo, pois tais habilidades eram muito procuradas e ambicionadas. Como todo ser humano normal, eles temiam por você e fizeram com que a gravidez de Hanabi passasse despercebida, assim, você estaria segura. Quando você nasceu, infelizmente, alguém descobriu, nem mesmo eu sem quem foi, e Uchiha Sasuke o maior gênio que Falcão já teve foi ordenado matar você Malu. Os seus pais foram mortos lutando contra Sasuke. Mesmo assim, envergonhado do que fez, Sasuke suplicou por sua vida e acabou que seu pedi aceito pela anciã que acabou selando suas habilidades e seu chakra ficou fraco impedindo quem sabe, que você despertasse seus poderes oculares e destruísse a vila. Vejo que você já passou por tal transformação.
- Sim... – minha voz era fraca, ouvindo pelo Jiraya parece que nasci com uma maldição. E era mesmo uma terrível maldição, sem consciência matei dezenas Imortais e se Kakashi-san não tivesse fugido provavelmente...
- Vejo que passaram por mal bocados, gostaria de ajudá-los nisso. – Jiraya estava realmente entusiasmado e interessado em me ajudar.
- Como? – Perguntei.
- Vocês estão perdidos. – Era TenTen falando. – Quando ele poe uma idéia na cabeça, há quem a tire...
Ela parecia realmente em lamentos por mim e Kakashi-san, tenho medo de descobrir o que nos aguardará.
- Eu e Malu estamos prontos, nos diga como resolver esse problema! – Kakashi-san se pois de pé e falava determinado, nunca o vi assim antes. Ah não me lembro, quando ele me seguiu depois da cachoeira foi realmente impossível de tirar aquela determinação dele.
- Pois bem, infelizmente Kakashi, esse treinamento será apenas para Malu, mas você poderá assistir. – Agora eu estava realmente interessada em um treinamento, queria por minhas habilidades em prática e quem sabe dominar meus olhos.

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Capitulo 19 – Treinamento.

Jiraiya seria meu sensei agora. Eu estava em uma agitação assustadora, pois nunca tive essa minha habilidade ocular, se eu conseguisse dominá-la, certamente os Imortais teriam algo a temer, depois de tantas broncas de Kakashi-san em relação a eu ter certa compaixão pelos Imortais, eu realmente entendi o que eles realmente são, monstros. Ou pior do que isso.
Jiraiya estava peculiarmente feliz, me parece que havia tempos que ele não ensinava algo a alguém. Ele saiu da cabana de sorriso aberto, e logo atrás dele vinha eu e Kakashi-san. Meu companheiro estava meio desconfiado de Jiraya-sensei – como isso soa legal! – ele parecia muito velho e experiente, mas podia ser também um vovô caduca e chato.
- Vamos andar por algumas horas, pois há um campo exclusivo de treinamento no meio da floresta, mas é bem dentro dela, assim estamos salvos e seguros de qualquer ataque de Imortais. – Ele mantinha um ar sábio o que aliviou a tensão de Kakashi-san.
- Jiraiya-sensei, parece estar tão contente em me dar aulas. – Afirmei.
- Estou realmente feliz, faz anos que não dou aulas a ninguém dom tamanha importância como a sua. Lembro-me da época que treinei o Hyuuga, foi espetacular, nunca vi tamanha habilidade que ele tem e tinha. – Ele parecia extremamente feliz em lembrar-se do treinamento.
- Você o treinou quando ele era criança? – Kakashi-san estava muito interessado na história de Jiraiya-sensei.
- Sim, ele veio a mim todo ferido, estava sangrando muito. Quando eu o encontrei desmaiado perto de uma rocha e esta estava suja de seu sangue. Eu o levei para minha casa, onde já morava Tenten, e ele acabou vivendo conosco até o 14 anos quando decidiu sair e viajar ao mundo. – Jiraiya-sensei não parecia gostar muito de falar daquele assunto.
- O que aconteceu? – Kakashi-san realmente não percebia a dor que causava a Jiraiya-sensei quando ele falava neste assunto.
- Eu fui atacado por um Imortal. – uma voz se propagou atrás de nós. Viramos para trás e estava ele parado com os cabelos lisos e brilhantes ao vento, a pele branca pálida e os olhos brancos como a neve olhavam para nós com ansiedade.
- Neji! – Jiraiya-sensei gritou e saiu ao encontro de Neji parando bem a sua frente.
- Como vai meu grande amigo? – Neji parecia estranhamente satisfeito em encontrar Jiraiya-sensei.
- Desculpem-me incomodá-los, mas minha curiosidade está me matando, o que aconteceu com você Hyuuga? – Kakashi-san simplesmente interrompeu aquele clima bem fraternal com uma pergunta que ele poderia guardar para outra ocasião sem deixar os dois que não se reencontravam por muito tempo permanecer com a harmonia do encontro e não fazer os lembrar de um fato tão doloroso.
- O shinobi chamado Deidara me atacou quando eu tinha meus seis anos de idade. Ele me deixou naquelas condições, esse que na época devia ter seus 14 anos me atacou com habilidades de longa distância, eu não tinha como enfrentá-lo. – Hyuuga Neji permanecia com sua mesma expressão de sempre, serena e sombria, no entanto Jiraiya parecia bem constrangido.
- Neji! Você está aqui, finalmente voltou! – Atrás de nós vinha Tenten que estava com um sorriso de mais extrema felicidade. Correndo na direção de Neji ele nos surpreendeu, virou os olhos e começou a observar o lado oposto que Tenten vinha, ela parecia triste ao ver a reação de Neji.
- Olá, Tenten. – Sua voz fria a fez congelar. Ela parou nas costas de Neji a alguns palmos de distância, podíamos ver suas lágrimas saindo de seus olhos e escorrendo pelo rosto, ela estava triste, muito triste.
- E-eu esperei anos para te ver novamente. – Ela continuava a falar. – Anos para ver seu rosto outra vez, anos para escutar sua voz. – Ao dizer a ultima palavra ela encostou a testa gentilmente nas costas de Neji e ficou lá por algum tempo.
Neji estava imóvel, não se mexia e estava com seus olhos fechados.
- Para mim, Tenten. É insuportável te ver de novo. – Ele retirou o rosto ainda com as lágrimas das costas de Neji e ficou surpresa, mas muito mais triste com aquelas frias palavras. – É insuportável ver você e ter que ir embora.
Neji manteu a palavra e foi em nossa direção novamente sem olhar para trás. Tenten ainda parecia surpresa mas continuava a ficar imóvel com suas lágrimas ainda escorridas no rosto.
Neji continuava a andar e entrou na floresta seguido por Jiraiya-sensei, Kakashi-san e a mim. Atrás de nós Tenten deu apenas um passo e Neji acabou dando uma ordem em baixo volume:
- Kakashi-san, por favor.
Kakashi-san entendeu exatamente aquilo que Neji quis dizer e ergueu imediatamente uma barreira de madeira, extremamente rígida.
- Jiraiya-sensei, por favor, sabe que isso não será o bastante para os ninjutsus pesadíssimos dela.
Jiraiya-sensei escutou sem questionar, ele entendia corretamente os sentimentos de Neji e abriu uma barreira de aparência impenetrável.
- Neji, Neji! – Do lado de fora das barreiras, Tenten gritava desesperadamente, eu me sentia culpada por deixar a garota que certamente era apaixonada por Neji, mas seus sentimentos eram um tanto, bloqueados.
O silencio governou o clima da nossa caminhada, os gritos de Tenten já não eram mais ouvidos, já caminhávamos por horas sem qualquer ruído.
- Estamos chegando à clareira. – Falou Jiraiya-sensei.
Alguns minutos de ele ter afirmado nossa chegada ao destino confuso, nos deparamos com a clareira que o sensei mencionara.
- É enorme, Jiraiya. – Kakashi-san emocionou-se com a imensidão e não era para menos, era absurdamente vasto e o sol era tão brilhante quanto em qualquer outro lugar.
- Este é um ótimo lugar para se treinar técnicas tão perigosas quanto oculares, e além disso os Imortais não tem conhecimento deste lugar. Mas para termos absoluta certeza, vamos colocar uma barreira protetora. – Hyuuga Neji ergueu uma barreira em volta da clareira, estávamos completamente seguros, eu e Kakashi-san não duvidávamos de suas habilidades.
- Malu, vamos ao centro da clareira. – O centro parecia muito distante mas acompanhei os passos largos de Jiraiya-sensei. Hyuuga Neji e Kakashi-san vinham atrás de nós.
Alguns minutos depois chegamos ao centro. Jiraiya-sensei me pediu para ficar imóvel e ele ficou a alguns metros de distancia de mim, e ao seu lado Kakashi-san e Neji.
- Retire este casaco, ele atrapalhará o treinamento. – Jiraiya-sensei me pediu algo que me deixou muito desconfortável, e Kakashi-san parecia um pouco desconfiado. Eu jamais tirava aquele meu casaco branco odiava aqueles que me vissem sem ele. Quando o retirei a expressão dos três não podia ser mais reveladora. Estavam eles parados abismados.
- Você é um tanto... – Jiraiya-sensei foi o mais corajoso dos três.
- Sim, como estão vendo, meu corpo é um tanto, frágil. – Coloquei as palavras mais inocentes possíveis, meu corpo sem duvida era de aparecia fraca, desajeitada e quebradiça.
Nenhum dos três mais falou, eles se conformaram com a minha afirmação, e claro já era obvia.
- Usarei um jutsu especial. Você sentirá como da primeira vez que despertou seus olhos, furiosa, forte, ágil e descontrolada. – Jiraiya-sensei conhecia bem os efeitos que os olhos me causavam. – Você perdeu a consciência e matou dezenas de Imortais, poderia ter até matado seu amigo.
Isso me abalou um pouco, me lembrei que se não tivesse acordado daquele transe que fiquei, poderia ter matado Kakashi-san, isso certamente me mataria de culpa e desespero.
- Não se preocupe, Malu-san. Estarei aqui caso algo aconteça. – Neji estava me confortando, mas porque agiu assim eu não entendi.
- Neji é especialista em controlar o chakra das pessoas, se seu chakra entrar em fúria e descontrole, ele a ajudara. – Jiraiya-sensei esclareceu.
- Posso não ser muito útil agora, mas lembre-se, eu estarei aqui. – Kakashi-san estava me fitando nos olhos e me senti calma, a excitação do treinamento me deixava ansiosa e nervosa, suas palavras foi como um calmante a minha alma.
- Vamos iniciar o treinamento, no instante em que perceber seu chakra poderoso fluindo rapidamente, tente com sua força de vontade, controlá-lo. – As instruções de Jiraiya-sensei pareciam fáceis, mas eu imagino na prática.
- Respire fundo e muito lentamente. Feche seus olhos, nada de ruim irá te acontecer. Relaxe por completo e apenas ouça sua respiração. – As palavras do sensei penetraram em fundo minha mente, ao fechar os olhos me esqueci de onde estava, do que fazia. A paz reinava em meu espírito.
A paz foi embora e senti um aperto de baixo do pescoço. Meu corpo estava quente, dentro dele senti novamente a força pulsando, minha circulação de chakra não poderia estar mais rápida e poderosa. Uma fúria brotou dentro de mim, uma frustração misturada com medo se acumulou ao processo. Era como uma fagulha perto de um pedaço de pergaminho que logo se torna uma chama grande acesa, virando uma tocha.
Abri meus olhos procurando ao redor o lugar onde estava, minha visão estava confusa, embaçada e mal direcionada. Ainda permanecia parada, mas meu corpo em chamas. Um forte desejo de sangue e morte penetrou em mim. Eu precisava arranhar, decepar, empurrar, socar, chutar, morder, perfurar e matar. No entanto vozes soavam ao meu redor.
- Malu, controle! Vença os desejos, os sentimentos! Pense em seus objetivos! - Não reconhecia esta voz rouca e velha.
- Controle a circulação de chakra! Veja através de seus olhos! - Desta vez a vós era jovem e fria.
- Você é uma excelente kunoichi Malu! Você conseguiu amigos! Estaremos com você até o final, estamos com você aqui! – Fechei os olhos. A ultima voz me chamou mais a atenção, eu queria lembrar quem era. Uma voz amigável e confortante. Alem de tudo uma voz confiável.
Eu conhecia aquela voz, acompanhou comigo em inúmeros desafios, era essa voz quem cuidava de mim, me acalmava em momentos desesperados era a voz de quem eu mais confiava. Era a voz de Kakashi-san!
Abri os olhos desesperadamente e estava tão claro quanto era antes, eu sentia o chakra fluindo ao meu controle, estava tudo ao meu alcance.
- Jamais vi olhos iguais aos seus. Eternos. – Esta não foi a primeira vez que Kakashi-san falava dos meus olhos.
- Esta é a primeira vez que vejo o Sharingan de Prata. Habilidades e chakras sinistros. – Neji estava surpreendentemente surpreso ao me fitar os olhos.
- Parabéns, você conseguiu atingir um nível de precisão e habilidade que durariam anos, você conseguiu em apenas um dia, nosso treinamento infelizmente durará pouco. – Jiraiya-sensei estava feliz pelo meu sucesso e progresso, mas estava triste em se separa da sua função de sensei.
Meu chakra ainda fluía, meus olhos ainda não voltaram ao normal.
- Malu-san, provou sua habilidade. Merece um descanso, suspenda a circulação de chakra por alguns segundos, seus olhos voltaram. – Neji estava casualmente preoucupado com meu estado físico, o estresse pode fazer eu levar alguns danos, provavelmente ele pensou neste fato. E claro ele estava certo, meu corpo estava um pouco cansado da quantidade de energia que eu tinha acumulado.
Concentrei-me novamente na circulação de meu chakra, e o suspendi por um ou dois segundos sem problemas. Abri meus olhos, a visão era de outra maneira. Quando estou com o Sharingan de Prata tudo parece 300x mais nítido.
- Sem ofender, está bem melhor agora. – Kakashi-san fitou-me novamente com um sorriso torto elegante. Fiquei um tanto avermelhada.
- Cuidado para não contrair uma febre. – o sensei estava tirando um sarro da minha vergonha e fiquei mais vermelha ainda.
- Está doente? – Kakashi-san felizmente não entendeu a brincadeira.
- Não estou bem. Obrigada. – Eu estava absurdamente vermelha e quente por dentro.
- Vamos voltar para a cabana, certo Neji? – A pergunta de Jiraiya-sensei não foi respondida, por Hyuuga Neji havia desaparecido, certamente, não queria voltar para a cabana.
A barreira em volta da clareira estava desfeita, e novamente andamos por algumas horas, já era pôr-do-sol quando chegamos à velha cabana, tinha velas acesas, e Tenten estava dormindo ao lado de fora, claro que esperando a chegada de Neji, que não iria aparecer até o dia seguinte para mais um dia de treinamento.
- Tenten? – Jiraiya-sensei a acordou delicadamente, ela se frustrou completamente ao nos ver sem Neji, no entanto nenhuma lágrima soltou.
Entramos na cabana e jantamos uma comida deliciosa prepara por Tenten, seus dons eram excelentes! Eu estava cansada de mais para conversar um pouco, e fui para o quarto de Tenten, onde ela colocou outra cama para a minha estadia em sua casa. Nem troquei de roupa, assim que deitei dormi sem ao menos me cobrir. Um tempo depois um frio insuportável entrou no quarto, meu cansaço me impedia de me ajeitar, desejei que alguém pudesse solucionar aquele meu problema, e sem dizer uma única palavra meu desejo foi atendido.
- Obrigada, Kakashi-san.

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Capitulo 20 – Despedidas dolorosas.

Aquela era uma manhã incrível. Conseguia sentir o cheiro das flores ao redor da casa que exalavam aquele perfume delicioso. Olhei ao redor, Tenten já havia acordado e sua cama feita. Outro cheiro eu sentia, um cheiro que abriu meu apetite, era Tenten preparando o café da manhã. Espreguicei-me lentamente, jamais me senti tão relaxada e descansada, minha alma e corpo estavam em completa paz. Troquei minhas roupas, por outras mais limpas, mas sem trocar de casaco, pois não vivia sem ele.
Ao abrir a porta o cheiro de comida veio mais forte e minha fome tinha aumentado. Ao passar pelo corredor estavam preparando a mesa.
- Bom dia Malu! Ou devo dizer Boa Tarde! – Tenten chegou perto e arrumou meu cabelo que estava um tanto embaralhado.
- Como assim Tenten-san? Que horas são? – Meu fuso horário estava perdido.
- Haha! São quase 15 horas! Estamos almoçando tarde para deixar você dormir mais um pouco, você parecia estar em um sono tão bom, não queríamos atrapalhá-la! – Kakashi-san parecia estar tirando uma com minha cara.
- Uchiha Sasuke veio aqui. – A brincadeira agora tomou o rumo errado, eu estava com meus nervos oscilando, eu ia ter um acesso de raiva e ódio.
- Vocês o deixaram entrar, Kakashi-san? O que ele queria? – Eu estava com uma raiva terrível, minhas palavras já estavam se tornando ásperas, e Kakashi-san nada tinha a ver com os meus problemas com Sasuke.
- Sasuke esteve aqui sim, mas para nos avisar... – Kakashi-san parecia evitar a verdade.
- Me diga Kakashi-san! Agora! – Ele parecia assustado ao me ouvir aos gritos, e ainda com ele.
- Se acalme! Você pode desp...
- Eu já tenho total controle das minhas habilidades oculares! – Eu estava irada, estava perdendo a noção do que eu falava. Eu não devia falar com o Kakashi-san daquela forma. – Desculpe. Por favor, continue.
- Ele veio nos avisar Malu, que Cacau está com problemas. Parece que ela foi atacada pelo irmão de Uchiha Sasuke, o Uchiha Itachi. Ele queria informações sobre você, ela estava sozinha quando ele a encontro, se os pequenos estivessem com ela, eles estariam certamente mortos, pois pelo o que eu conheço os boatos sobre a Cacau, ela não seria uma kunoichi que chegaria àquele estado tão facilmente.
Cacau estava com problemas, pelo tom e expressão de Kakashi-san, ela certamente estaria em condições criticas e sua vida por um fio.
- Ele nos pediu, ou melhor, nos implorou para que você fosse o quanto antes para o Norte, longe dos Imortais, eles querem sua cabeça. E pior, Itachi quer os seus poderes, já que são únicos. – Ele estava triste e preocupado, parecia agonizado.
- Malu-chan. – Tenten se dirigia a mim cautelosa. – Você ira para a casa de um de meus grandes e confiáveis amigos, eles vão nos ajudar com certeza, essa manha eu lhes mandei uma carta em um pombo extremamente veloz, a resposta positiva acabou de chegar. Ao anoitecer você partirá comigo.
Eu não entendia. Se eles queriam a mim, eu ficaria aqui e lutaria contra eles, com o Sharingan de Prata eu teria uma chance, por que tenho que ir embora?
- Kakashi...-san? Por que tenho que ir, eu quero ficar aqui com Tenten e Jiraiya, estou feliz aqui também com você. – Eu estava gaguejando, o choro entalava na minha garganta, eu que nunca tive família, estar naquela casa mesmo por um curto período me encheu de felicidade.
- Você estará mais protegida, Malu. Isso é o que importa. – Kakashi-san não me olhava nos olhos, ele evitava o encontro dos seus com os meus.
- Eu me recuso, lutarei ao lado de vocês! Venceremos se pensarmos em uma estratégia! Uma tática, o que fo...
- Não Malu! Você não pode ficar aqui, você tem que ir embora! – Kakashi-san falava alto pela primeira vez, nunca o vi tão sério, seus olhos fitavam os meus agora, angustiados, com um pouco de raiva mais ao fundo.
- Cansou de mim, sou um estorvo. Sei disso! Você teve que proteger todo o tempo, todos os dias! Não agüenta mais uma pedra em seu sapato, mas mesmo assim, lutarei contra os Imortais, protegerei aqueles que amo e admiro.
Kakashi-san parecia muito aborrecido e angustiado, estava com uma raiva no fundo de seus lindos olhos. Sua expressão era ameaçadora, senti um pouco de medo.
- Você não entende! Cacau-san foi ferida por sua causa! O boato já se espalhou pelo centro de Kurosoira, todos a conhecem! Acham você uma ameaça, pois Kurosoira nunca foi alvo dos Imortais, e agora que você os provocou, matando um de seus influentes lideres, eles estão destruindo Kurosoira, os aldeões te entregaram a qualquer momento!
Eu não havia pensado por esse lado, Cacau quase morrera por minha causa. Eles estavam me procurando e acabaram por cruzar com ela, eu realmente devia ir embora.
- Sim, você tem razão. Então venha comigo Kakashi-san. – Ele era meu amigo, ele tinha de vir comigo. Ele sempre esteve comigo, nunca me abandonou, por que me abandonaria agora?
- Não...tenho que ficar, tenho que ajudar Jiraiya-sama, eles atacarão a capital em sua procura, temos de ajudar a defender os moradores, a força militar de Kurosoira não é forte. E temos de convencer-los de que você foi para outro lugar. – Ele agora fitava o chão outra vez, evitando meus olhos confusos.
Eu estava chocada, ele me abandonaria em um lugar estranho, com pessoas estranhas. Por que agora, nesse momento crucial de minha vida, ele era importante para mim.
- Vá comigo...eu preciso de você. – gaguejei novamente, a voz falhando.
- Entenda. Logo nos encontraremos, eu lhe prometo. Você também é importante para mim, somos amigos afinal. – Ele agora me fitava cauteloso, analisando minhas feições indecifráveis.
- Chega desse papo de despedida! Kakashi-san, deixe-a comer, ela deve estar faminta! Não come por dois dias! – Tenten tentava amenizar a situação.
- Dois dias?
- Sim, Malu! Você dormiu por dois longos dias, parece bem melhor agora, Kakashi-san dava uma espiada de vez em quando, para ver se tinha acordado. – Tenten colocava uma enorme tigela de arroz deliciosamente cheiroso a minha frente, me sentei rapidamente, entretanto Kakashi-san olhava através da janela, procurando não olhar para mim.
Jiraiya-sensei, Tenten, Kakashi-san e eu nos sentamos a mesa, todos comiam calmamente, mas eu esfomeada, atacava rapidamente tudo à minha frente.
Já era mais de 16h quando terminei meu almoço satisfeita, estava na hora de me preparar para minha partida.
- Temos de nos preparar para a viagem Malu, será um tanto longa. – Tenten tirava a mesa e fitava-me ao mesmo tempo, provavelmente esperava minha reação.
- Tem certeza que não poderá ir comigo Kakashi-san? – Kakashi-san estava saindo, indo para à varanda evitando a conversa, entretanto ele se virou para mim, me olhou nos olhos e disse:
- Mesmo se eu não for com você, farei de tudo para que esses malditos Imortais não cheguem perto de você. – Ele sorria, mas era um sorriso triste, seus olhos estavam opacos, não parecia realmente que olhava para mim.
- Vamos, Malu. Se não será muito tarde. – Tenten se agilizava, e trazia consigo uma sacola que pendura sobre o ombro, era mito velha sem duvida, mas parecia resistente e espaçosa.
- Mas, e os Guardiões das Sombras e os resto das crianças de Falcão para onde eles vão? – Eu dirigia à minha pergunta para Jiraiya-sensei, ele me olhou curioso, como se não esperasse aquela pergunta.
- É claro que os Imortais estão atrás de você, e eles pensam que você está com os ex-habitantes de Falcão, e irão atrás das crianças também, sem deixar ninguém vivo, por isso você está indo embora. – Jiraiya-sensei não sorria estava olhando sério para mim e atrás dele olhando o chão Kakashi-san estava para enfrente a porta, devia estar ouvindo as palavras do sensei.
- Então, as crianças correm grande perigo! Não podemos deixar elas assim! – Eu estava desesperada, aquelas crianças eram o futuro dos Falcões, elas tinham que sobreviver.
- Se acalme, já tomamos as precauções necessárias, elas já partiram para o norte antes mesmo de Uchiha Sasuke vir aqui. Elas provavelmente chegarão amanha no final no dia, elas terão outro nome, mas jamais esquecerão de quem realmente são. Afinal os Falcões mesmo sendo esculachados pelos nórdicos, eles sabem que os adultos eram fracos mas que a crianças por menores que sejam, tinham a vontade de fogo, que representa os Falcões no mundo afora. – Ele agora olhava feliz para mim, seus olhos eram sinceros e verdadeiros, mas o que me chamou a atenção foi Kakashi-san ele agora parecia sorrir, mesmo com a mascara e olhando o chão pude ver os traços de suas feições, ele parecia satisfeito com as palavras de Jiraiya-sensei.
- Vamos você tem que pegar seus pertences agora mesmo, tenho uma bolsa aqui para você colocar, estou levando armas e comida para 2 semanas e meia, é o que precisamos para chegar ao nosso destino, que é um tanto demasiado longe, não pararemos por nada, no maximo 15 minutos de descanso, sem dormir. – Ela parecia chateada me dando as informações, não parecia gostar da viagem, eu a estava obrigando, mesmo que indiretamente.
- Tenten-san, não precisa vir, deve ser cansativo e você não precisa fazer isso, eu posso achar o caminho apenas com um bom mapa. – Estava frustrada pela Tenten-san, ela não merecia sair de sua casa, e viajar comigo.
- Não Malu, eu tenho que ir com você, o que me deixa chateada é que não verei Neji em nenhum momento, e é lógico que não me importo em ir com você, é preciso, tem que ser assim e alias tenho que entregar umas encomendas lá no norte, faz mais de 6 semanas que está atrasado, ainda bem que são meus amigos, se não já estariam me mandando pombos com reclamações. Eu tenho amigos ótimos lá, e faz tempo que não visito meu sobrinho.
- Sobrinho? – Eu estava satisfeita, não deveria, mas estava. Ela sentia falta de Neji ela devia amá-lo com todas as forças.
- Sim, meu irmão morreu na guerra entre o país Clay um dos países que fazem fronteira com Kurosoira, e os Imortais, o país foi devastado e levou meu irmão e cunhada com ele, entretanto na minha fuga, salvei meu sobrinho e o deixei nas mãos de adultos, na época eu tinha 11 anos, eu não o vejo dês de então.
Que trágico, sem duvidas. Perder o irmão na guerra, e tentou sobreviver com seu sobrinho, sorte que ela encontrou alguém que pudesse cuidar da criança.
- Aí eu vim para cá, em busca de trabalho, e encontrei Jiraiya, ele mesmo era amigo de meus pais, ele cuidava de mim mesmo quando meus pais estavam fora, ele cuidava de meu irmão também, ele era um pai para mim, pois mesmo o meu não me dava muita atenção.
- Não exagere Tenten, seu pai a amava assim como sua mãe, eles só eram um tanto ausentes. – Os olhos do sensei eram felizes, mas havia uma certa tristeza, ele devia estar triste pela magoa que Tenten carrega de seus pais. – Eu cuidei de você assim que nasceu, mas estive ausente quando a guerra aconteceu, e seu irmão acabou morrendo, não me perdoou disso.
- Você não tem culpa. – Tenten foi até ele, Jiraiya-sensei era alto comparado a ela, e ela acabou por dando o abraço mais fraternal que eu já tinha visto na vida, ele retribuiu sorrindo feliz e satisfeito.
- Está na hora de ir Tenten-san, Malu. – Kakashi-san fitava agora o horizonte a frente da porta em olhar para trás, fui ao quarto e peguei minhas poucas coisas e coloquei na sacola velha e a puis sobre o ombro.
- Estou pronta! – Eu gritava do quarto, mas ninguém me deu resposta, sai e fechei a porta do quarto, ao seguir o corredor, a casa estava toda arrumada, era hora de partir, me pergunto se algum dia voltarei àquela casa. Abri a porta da frente e dei uma ultima olhada no interior da casa, me sentido com saudades mesmo sem ainda ter partido.
Ao olhar para fora estavam todos me esperando, Tenten carregava três sacolas de ombro e jogou uma e fez um barulho estranho, devia estar com armas.
- Está na hora de ir. O caminho é longo. – Tenten dirigia as palavras à mim e em seguida foi em direção à Jiraiya-sensei, que lhe deu um abraço triste de despedida. – Vê se não morre velho!
Tenten e o sensei riam juntos, os sorrisos com saudades nas feições, as expressões tristes.
- Eu, Kakashi-san, Neji, e alguns dos Guerreiros das Sombras enfrentaremos os Imortais, junto aos poucos guerreiros de Kurosoira. As tropas inimigas são serão grandes, temos uma grande chance de ganhar e eles perceberão que estamos apenas nos defendendo e saberão que não está aqui Malu, eles irão embora à sua procura, mas para onde você vai, ele jamais encontrarão você. – Jiraiya-sensei me olhava, feliz. Satisfeito com a idéia precoce da vitória.
- Vamos nos encontrar novamente um dia, Malu. Espero que seja breve. – Kakashi-san se movia lentamente a mim, sem tirar seus olhos dos meus.
- Não morra, por favor. – Eu estava triste, iria deixa-lo. Meu amigo que me protegera de inúmeros desafios, estava a um triz de não vê-lo por muito tempo, quem sabe anos. Nunca se sabe o futuro que nos espera.
- Jamais morrei sem te ver outra vez. – Ele olhou sério para mim, como se quisesse me dizer algo entre as suas próprias palavras.
- Então já estão partindo. – A voz era fria e eu a reconheci imediatamente, era Neji vindo em nossa direção, mais precisamente em Tenten.
- Neji .. – Tentei gaguejava, estava feliz demais para pensar no que dizer.
- Vim lhe dizer adeus, mas espero que te veja em pouco tempo, não diga nada será melhor assim. – Ele se aproximava cada vez mais de Tenten, os olhos fixos e penetrantes nela, ela estava imóvel com a situação. Há uns 5 centímetros de Tenten, Neji segurou o queixo dela e fez com que eu e Kakashi-san ficássemos boquiabertos, Neji havia dado um beijo profundo nos lábio finos de Tenten. Ela ficara imóvel, ainda mais perplexa, mas lágrimas escorriam de seu rosto. E em segundos ele desaparecera. O vento ainda soprava seu doce cheiro, ele sem duvida tinha um jeito gentil.
- Vocês devem ir, se não nosso plano irá por água abaixo. – Jiraiya-sensei parecia feliz, muito feliz mesmo, mas não tocou na surpresa do beijo de Neji em Tenten, ela também parecia perplexa demais para dizer qualquer outra palavra.
Ela seguia pela estrada em direção ao norte e eu fiquei parada ali mesmo ainda fitando Kakashi-san e logo em seguida o sensei entrou na casa, provavelmente estava triste demais para ver sua amiga e companheira, que parecia mais a filha partir e demorar a voltar.
- Bem, então lhe darei um breve adeus, mas quero que cumpra sua promessa que estará vivo até eu voltar, ou você me encontrar novamente.
- Sem duvidas. – Ele seguia a mim calmamente, não deixando de olhar meus olhos, ele estava determinado e parou a minha frente.
- Que isso lhe de sorte em sua viagem. – Ele pegara minha mão delicadamente, sua pele era fria e macia, ele colocou um objeto estranho e fechou meu punho. – Apenas abra sua mão, assim que cruzar a cidade, por favor.
Kakashi-san estava com um olhar gracioso, sem retirar os seus dos meus olhos. Eu coloquei o objeto desconhecido no bolso de meu casaco.
- Eu lhe dou isso, pode ser simples, mas lhe trará forças para as batalhas. – Talvez foi ousadia de minha parte, mas lhe dei um beijo na testa, eu tive um pouco de dificuldade, mas ele percebeu minha intenção e se inclinou um pouco, eu transmiti a ele a saudade que eu já carregava, mas aquilo seria para ele assim com é e será para mim um símbolo de nossa ligação, e mesmo com a distancia e os problemas, estaríamos ligados.
Me virei em direção a estrada, e sai correndo atrás de Tenten, que estava demasiadamente longe, dei um olhar para trás e acenei a Kakashi-san e este retribuiu.
Talvez o que me esperasse à frente só era guerras e batalhas, quem sabe eu não morreria, mas a promessa de encontrar outra vez Kakashi-san fez com que eu não pensasse nisso e me recusasse a morrer antes de encontrá-lo novamente, este era meu objetivo.

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Capítulo 21 – Sentimentos Profundos e Desconhecidos.

Spoiler :



Ao pôr-do-sol os moradores de Kurosoira se retiravam para dormir, isso deixaria eu e Tenten seguir em frente sem maiores problemas. O vento estava gelado, não era forte mas nem muito fraco, atravessava meu rosto como se limpasse minha agonia e duvida. Estava tão calmo, a serenidade daquele lugar me tornou sensível, na minha mente as únicas coisas que eu conseguia pensar era em minhas lembranças. Algumas tão frias e dolorosas, outras tão confusas e algumas tinham aquele calor agradável como um raio de sol depois de uma noite fria. Não me lembrei de mais nada, a imagem de minha mente pertencia a Kakashi-san. Do seu sorriso, e de seus olhos tristes quando parti. Sua mão fria encostada na minha.
- O presente de Kakashi-san! – pensei.
Coloquei minha mão no bolso direito de meu casaco. Tentei decifrar o objeto antes de retirá-lo, era pequeno. Ao retirar o presente de Kakashi-san, abri a palma de minha mão e encontrei um pequeno cristal azul safira. Eu me perguntava o que seria aquele pequeno objeto.
Percebendo minhas expressões estranhas, Tenten virou-se para trás e esta estava a uns 40 cm de mim.
- Olhe Malu, ganhou um Cristal! São extremamente raros hoje em dia, são impossíveis de se achar na natureza, os únicos que as possuem são nobres nórdicos e Imortais. Cristais são feitos para se usar no centro da testa. Meus conhecimentos se limitam ai.
Tenten parecia impressionada e demasiadamente interessada em meu pequeno tesouro. Mas ainda não entendi qual era o propósito daquela pequena pedra. Se Kakashi-san me dera, eu a usaria. Não precisava de motivos para usá-la, se foi o desejo de meu precioso amigo eu a possuí-la, iria usá-la.
- Espere Malu, me lembrei de algo. Se você a colocá-la, ouvi boatos que jamais pode ser retirada. – Tenten parecia confusa, ela não entendia muito bem o Cristal tanto quanto eu gostaria. Ela parecia apreensiva.
- Não me importo, será uma ligação para o resto de minha vida. – Tenten não entendeu a suposta ligação que eu falara.
No meio de minha testa, aproximei meu pequeno Cristal e este ao tocar minha pele brilhou.
“Onde estou?”
Parece que afundei no mais profundo de minha mente, era como o vácuo, sem nada, eu não ouvia, sentia, via ou sequer movia. Em poucos segundos uma imagem começou a se formar em minha mente, e tomou a forma daquele a quem eu mais desejava ver, ninguém menos que Kakashi-san.
“Apesar dos tempos de trevas que estão por vir, não desistirei de você”
Sua voz era como uma benção a minha alma, eu mesma não entedia como eu sentia aquilo. Alguns diriam que era o fascínio, ou admiração. Mas eu compreendia de uma forma diferente, era muito mais que aquilo, era inexplicável.
Abri meus olhos bruscamente.
- É realmente muito bonito seu Cristal, fico perfeito em você. – Tenten não percebera minha alucinação. – Malu, agora entendi! Você teve alguma visão?
- Sim, sonhei com Kakashi-san. – O nome dele era difícil de se pronunciar, quanto menos imaginar seu rosto.
- Ele lhe dera este artefato mítico não? Eu me lembro de Jiraiya falar sobre isso, ele diz que quando Cristais são transmitidos fortemente, o ultimo desejo de quem o entregou é visto pelo que recebeu. – Ela parecia mais interessada em minha jóia.
- Se isso é verdade, só cabe a mim sentir felicidade.
- Então por que chora?
Com as pontas de meus dedos, senti as gotas de meus olhos escorrendo pelo meu rosto. Não eram lágrimas de tristeza, nem de felicidade. Eram da mais pura saudade que batia em meu peito, que transbordava para fora de meu corpo.
- Eu estou bem, temos que continuar a caminhada Tenten. – Sem responder, Tenten virou-se para a calçada, e em alguns minutos chegamos ao outro lado da capital de Kurosoira, e de lá, seguiríamos para nosso destino. O Norte.


A estrada agora a frente não era asfaltada. Havia apenas terra, e nada de árvores ou qualquer outro sinal de vida ao nosso redor, éramos apenas nós e a longa estrada que a ver da fronteira não tinha fim, ela seguia eternamente longe para o norte.
- Vamos, são oito dias até chegar ao outro lado da estrada. Ao chegarmos lá, estaremos no Norte, e de lá vamos para o mais afastado país, Uryuu. É onde meu sobrinho mora, estou ansiosa para vê-lo então vamos manter uma velocidade constante.
Após a última palavra de Tenten caminhamos e caminhamos, no longo caminho eu pensava mais precisamente em Sasuke, eu me proibira de pensar em tal pessoa, no entanto eu lembrava de nossos dias calorosos e felizes. Nossos treinos, das refeições que fazíamos, era tudo perfeito com ele, tudo. A morte de meus pais nem era tão dolorida, os insultos das crianças não me atingia, Uchiha Sasuke era minha luz, a luz de meus olhos que depois encheu de trevas e ódio. Eu ainda não me conformava com a traição. Eu apertava meus punhos fortemente, minhas unhas lascavam, sangue escorria de meus dedos com a força que eu fazia sobre os dedos.
Mas ai eu lembrei, que se eu não tivesse descobrindo tudo eu jamais ter a felicidade que tenho hoje. A felicidade de se ter uma pessoa confiável ao lado, ninguém mais que ele. Ele fechara minhas feridas, contornou minha insegurança e eliminou meu medo. Ele era tudo pra mim. Era uma luz maior que Uchiha Sasuke já fora.
- Vamos parar Malu, já caminhamos por dois dias. Está na hora de um descanso, se não morreremos antes de chegar. – Já fazia muito tempo que andávamos, apesar de minhas pernas estarem duras e doloridas, minha mente vagara para tão longe que eu nem senti nem presenciei nada ao meu redor nesses dois dias, até a presença de Tenten desaparecera.
As estrelas estavam longe no céu, cintilantes e belas. A noite vasta estava tão exuberante que só me concentrei naquilo. A brisa era leve e gélida, porém agradável a minha pele. Meu cabelo voava pelo meu rosto e tocava minhas bochechas devagar. A sensação de descanso, tanto da minha mente quanto de meu corpo era extremamente relaxante. A noite quieta de paz e serenidade. Mesmo longe de casa e de tantas outras coisas, me senti feliz apenas por deitar naquele chão, embora duro. Eu estava feliz, não era a mesma felicidade de se encontrar alguém querido ou ganhar aquilo que tanto desejava, era o sentimento de vida, eu estava viva, e contemplava aquele momento com simplicidade.
- Vamos, Malu. Temos mais seis dias de caminhada, e depois mais oito para chegar em Uryuu.
Tenten se levantava ainda com hesitação, ela também estava apaixonada pelo céu. Mas eu podia ver seus pensamentos serem tão mais confusos e desesperados quanto os meus próprios. Ela temia algo, provavelmente eu já imaginava. Temia perder aquilo que lhe era mais sagrado.
- Certo.
Levantei-me menos exausta, na verdade apenas aquela sensação já bastou para descansar meu corpo. Levantei minha mão delicadamente e com a ponta de meu indicador toquei no Cristal em minha testa. Eu imaginara que este precioso artefato era fria como pedra comum, fria como gelo ou a neve. Mas era quente como um abraço, como um olhar, como um raio de sol de verão. Senti-me agradável. Aquela sensação me lembrava ele, e onde ele estaria eu não saberia. Mas meu coração me dizia que ele estava bem, minha consciência dizia que ele jamais se machucaria. E movi meus pés novamente para o norte, debaixo daquele céu azul da noite, debaixo daquela imensidão estrelada e bela.

Seis dias se passaram.

O fim da estrada chegara, e árvores gélidas apareceram. Pinheiros altos, cobertos de neve e sem folhas em seus compridos e resistentes galhos. Adentramos na velha floresta, velha por causa de seu cheiro. Parecia ter anos de vida. Sim vida, embora feias por estarem sem folhas e só gelo em seus troncos e galhos, ao tocar a madeira você sentia. Sentia o verde, o puro verde que há muitos anos eu não sentia.
- Agora são mais oito dias até chegarmos a Uryuu. Seriam apenas quatro se passemos pelas capitais dos países nórdicos, mas arriscado de mais, pois deve haver espiões entre eles. Até mesmo os nórdicos sabem disso e as brigas por esse motivo já geraram muitos homicídios, e governo faz vários arrastões nas moradias, procurando tanto traidores quanto Imortais espiões. Mesmo com essa região tão má controlada, eles são a esperança contra os Imortais.
A floresta era igual aquela estrada, infinita, um mar de solidão nos absorveria mais e mais cada vez que entravamos mais.
- Creio que deve estar com medo dessa floresta. Mas ela é conhecida como Floresta dos Espíritos. Ela é chamada assim por causa dos vaga-lumes que aqui voam e se agrupam em milhares deles, assim, as pessoas já os confundiram como espíritos inúmeras vezes. O medo que dá é a o caminho infinito que ela deixa nos crer. Mas não se preocupe já andei por ela dezenas de vezes não há como eu me perder.
Eu confiei cegamente nas palavras determinantes de Tenten. E começamos nós nossa interminável caminhada.
Passou o quarto dia, ainda restam mais quatro, e na densa floresta os raios de sol nem o brilho da lua chegavam ao chão e tínhamos que pular alto para termos uma noção de quantas horas se passou e quantos dias já havíamos andado.
As árvores ainda gélidas por todos os lados me mantinham com uma pontada de remorso e medo a cada passo que eu andava, as vezes eu tocava meu Cristal para me acalmar. O silêncio era terrível e apenas o som dos nossos passos na neve gelada era tudo o que ouvíamos. Mesmo Tenten parecia incomodada com aquele silencio eterno, eu tinha que fazer alguma ou enlouqueceríamos.
- Tenten-san, o que você sente pelo Neji? – Era uma pergunta atrevida, eu me arrependeria pelo resto de minha vida.
- O mais profundo e puro dos sentimentos. Neji é minha vida, eu lhe entregaria minha alma. Viveria com ele para sempre, por toda a eternidade. – Tenten estava calma, e parecia satisfeita com minha pergunta, ela não devia falar muito com garotas nem da minha nem de sua idade, ela certamente vivera naquela casa com Jiraiya-sensei sem se preocupar com a vida lá fora, pois seu suposto pai e Neji eram tudo em sua vida.
- Você, então, o ama mais que a própria vida.
- Sim, exato. Sem ele, eu morreria, jurei a mim mesma, que enquanto eu soubesse que ele estava vivo eu viveria, caso contrário eu iria ao mesmo lugar que ele mesmo com sacrifícios próprios.
Eu estava impressionada. Esse sentimento era novo para mim, uma vida que depende desesperadamente de outra. O desejo de ambas era irrevogável.
- Você deve entender um pouco esse meu sentimento. – Ela fitava para frente caminhando, mas sua atenção à minha voz era grande. – Você o sente assim como eu, não igual completamente, mas uma parte.
Eu realmente não entendia suas palavras. O amor dela era intenso e forte como uma chama.
- Você não se sente fortemente ligada por uma corrente com outra pessoa? Que se ela quebrasse sua vida também sofreria o mesmo destino?
Ligação? Sim, era a ligação que eu tinha com Kakashi-san. Certamente eu definharia se eu o perdesse, ele era meu porto seguro.
- Sei que sabe de quem tem essa ligação com você. É a mesma coisa comigo e com Neji, não cem por cento, mas se eu o perdesse, não viveria. Isso seria doloroso de mais, e a vida seria pior que o mais sombrio dos infernos.
Paramos de falar, ela me deixara refletir sobre isso, em minha mente sem interrupções. Mas para falar a verdade, não tinha o que refletir, TenTen estava certa, eu dependera totalmente de Kakashi-san, sem duvidas, se ele desaparecesse meu destino seria o mesmo. Eu jamais viveria sem ele, confirmo isso com a distancia que está entre nós. A cada passo meu coração encolhe, entretanto eu não conseguia classificar esse sentimento. Era forte de mais para ser julgado.
Em minha mente eu vagava em busca de respostas e nesse tempo, as horas e minutos reais passavam depressão e os dias passavam despercebidos de minha vida.

Quatro dias depois.

Finalmente, nossa longa caminhada, que tantas vezes me dizia que era impossível e terrível demais para ser terminada. Meus pés e pernas tremiam de satisfação.
- Chegamos em Uryuu. Doce cidade, branca por inteira. A neve está por toda parte, cuidado por onde pisa, pode afundar, algumas vezes precisamos de grandes quantidades de pessoas para tirar os azarados que caíram nos buracos, por isso tome cuidado, sua presença deve ser notada o mínimo possível.
Mal acabamos de chegar àquela imensidão branca quando meu coração que algum tempo entraria em desespero, agora estava calmo como a água de um lago. Tão transparente como o ar. A figura estava serena também, fitava em meus olhos, como se dissesse algo. Algum que estava atrás de seu rosto cicatrizado. Os olhos negros que me inundavam de felicidade agora me traziam à um sentimento simples, como o desinteresse. Eu estava mais agradecida do que ofendida. Graças à ele encontrei minha razão de viver.

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Capitulo 22 – A Profecia.

Eu o olhava indiferente, mas não pude deixar de notar em suas mudanças excepcionais. Ele ficara mais alto, seus músculos tornearam, seu cabelo negro e brilhante à luz do sol cresceu um pouco. Seus olhos negros não eram aqueles penetrantes de quem eu tanto admirava. Agora eram opacos, para mim, seu olhar não era o que um dia já foi. Sua pele pálida no frio era tão gélida quanto o próprio gelo. Para adequar-se ao novo corpo, mudou as roupas que o deixavam ainda mais belo.
- Meu coração já me dizia que ia encontrá-lo aqui. Uchiha Sasuke. – Eu olhava de um jeito formal, eu o enxergava superficialmente.
Ele continuava imóvel ao pé da calçada, me fitando, talvez surpreso com a minha reação, afinal todas as vezes que ele me via, eu ficava nervosa e fugia como uma criança, mas agora o encaro de frente, indiferente à sua pessoa.
- Tenten-san, Elrik está te esperando na casa de carne. – Ele não movia seus olhos frios de mim, no momento em que pronunciou a ultima palavra, Tenten despediu-se com um aceno e andou ao caminho da calçada virando a direita em outra rua.
- Espero que meus pequenos companheiros estejam sãos e salvos. – Eu atrevi a falar outra vez.
- Você sabe como aquelas crianças e meus companheiros são importantes para mim. – Sem piscar, sua voz fria alcançou meus ouvidos e congelou meus pensamentos. Por que estava ali tão frio, sem piscar, apenas tentando penetrar em minha alma de novo, para que eu sinta o desespero de ter sido traída por ele.
- Não lhe peço o perdão nem sua compaixão. Eu desejo apenas sua compreensão. – Ele agora falava atrás de mim, sem que eu piscasse ele chegou perto de meu ouvido e novamente sua voz gélida tampou meus sentidos.
- Como alguém pode entender a razão de ter tido os pais mortos pela pessoa que ela mais amava? – Eu não me virei, sequer movi meus olhos, eu falava de frente com determinação. Eu não iria sair correndo de novo como uma desesperada em fúria.
- Eu quero te proteger de novo, viver junto com você outra vez. Sentir o calor da sua mão e tom da sua voz em meus ouvidos.
Ele voltara a minha frente, mais perto do que eu gostaria, ele olhava profundamente esperando uma resposta que lhe agradasse, mas para mim, jamais voltaria ao que era antes, eu e Sasuke havíamos terminado nossa história de maneira trágica, não ia voltar atrás.
- Um Cristal. Alguém realmente gosta de você para lhe dar um artefato tão misterioso e poderoso. – Continuava ele, mesmo falando de meu Cristal ele continuava a me fitar nos olhos, como se ele os retirasse sua vida iria embora.
- È alguém realmente se importa comigo. – Minha frieza o atingiu, pude ver seu rosto se contorcer aos poucos.
*BOOM*
Da rua onde Tenten foi houve uma grande explosão. Mesmo assim, Sasuke me fitava, e eu impossível ficar indiferente ao acontecimento, corri em direção ao ocorrido.
- O que aconteceu? Tenten-san, onde está? – Eu gritava em meio à fumaça na esquina.
- Relaxe, Malu-chan, está tudo bem! – Ela ria, mas o que me chamou a atenção foi o jovem em seu colo, ele era um tanto diferente.
- Malu-chan! – Do colo de Tenten, pulou um garoto de cabelo tigela, muito escuro e seboso, o brilho do seu cabelo ofuscava meus olhos e suas sobrancelhas eram enormes e grossas. Seu sorriso era bem largo. – A Tenshin dos Olhos de Prata! Finalmente está no norte, podemos agora nos organizar e formar nosso exercito para o fim dos Imortais! E a salvação de nosso mundo!
Seus olhos ainda brilhavam a mim, eu estava um tanto tímida, então não disse nada, apenas retribui com um sorriso satisfeito, o que apareceu o agradar.
- Bom, para de encher a cabeça da menina de problemas, se apresente primeiro! – Tenten repreendia o menino.
- Ah, sim! Meu nome é Lee, fui adotado pelos Rock, mas irmão legítimo de Tenten! Tenho 13 anos! – Seu sorriso novamente se estendeu pelo rosto.
- Muito prazer, Rock Lee. Me chame de Malu.
- Claro, Malu-sama!
Isso me constrangeu, era muita formalidade, e eu não merecia tal sufixo, eu não era digna, e parecia que ele não desistiria tão facilmente.
- Por favor, não me chame assim. Apenas pelo nome. Eu estarei agradecida se fazer isso.
- Sem problema, Malu-sama.
- Melhor você desistir, Malu. – Tenten olhava para mim irônica. – Terá que se acostumar, não apenas com ele, mas todos os nórdicos estão depositando expectativas e esperanças em você, este será um dos meios de eles lhe chamarem.
Ela parecia tão feliz rindo de minha vergonha que me deixava ainda mais sem graça.
- Vamos, temos que nos apresentar no escritório do kage, o ancião, chefe, mestre, líder como preferir chamá-lo. Resumindo, ele toma conta de Uryuu. – Tenten me puxava pelo braço em direção ao leste da cidade.
Não andamos muito, Uryuu parecia aquelas cidades nórdicas cobertas de neve minúscula, onde há mais montes de gelo que casas. Chegamos a uma casa amarela, cilíndrica, o teto era de tijolos, e era grande comparada as outras residências. Na frente da casa, uma placa em preto e branco “Escritório Minato”. Não entendi muito bem o significado, mas demonstrava importância o nome, entrei de cabeça baixa esperando alguém de extrema soberania.
- Bom dia Minato-sama! – Tenten abaixou a cabeça assim que entrou, eu a imitei olhando de canto para ver a figura.
- Olá Tenten-san! Quanto tempo não vem para Uryuu. A ultima vez que te vi foi quando deixou Lee. Ele se tornou um ótimo shinobi, é mestre em taijutsu, você já deve ter sido informada da falta de habilidade dele em ninjutsu, mas nada que possa superar com outro método! – O homem era alto, seus cabelos eram loiros intensos e espetados, os olhos azuis cor do céu, o sorriso branco e sincero. Ele transmitia segurança àqueles que estavam próximos a ele. – Mas vamos ao que realmente interessa. Cara Malu, estávamos ansiosos com a sua chegada, com o seu poder podemos finalmente destruir o poder maligno que os Imortais exercem. Hoje, os kages se reunirão no grande salão de Tenshin, um dos países de nossa fronteira. Lá decidiremos a estratégia para enfrentar os Imortais e acabar com eles e sua inevitável atuação.
Eu estava feliz por ele se referir a mim como alguém qualquer, entretanto eu estava pasma, eles realmente estavam querendo que eu acabasse com a guerra. A guerra que durou milênios contra o povo mais poderoso e obscuro de Sekai.
- Licença senhor. – Tenten agora me puxava para fora do escritório do kage de Uryuu, estávamos indo em direção à casa dos Rock. – Temos que nos aprontar imediatamente, meu arsenal de armas aqui é excelente, teremos os melhores dos melhores equipamente para aniquilar aqueles malditos, é claro que você não precisará de armas, tem seus mágicos e lendários olhos.
- Tenten-san... – Havíamos posto os pés na casa quando eu abaixei a cabeça e olhei o chão. - Não acho que sou capaz de vencer essa guerra. Não posso acabar como todos, sozinha.
Tenten agora me olhava incrédula, como se minhas palavras fossem algum tipo de piada da situação.
- Ora, vamos Malu. Está com medo? Você é a ultima que deveria estar assustada, afinal você está na profecia! – Ela me olhava com cara de espanto, eu demonstrei surpresa demasiada na minha expressão – Bom, vou lhe mostrar.
Saímos às pressas da casa, e seguimos até um rio congelado na parte norte de Uryuu onde era muito mais frio que no sul ou em qualquer outra região, lá uma grande pedra, enorme com seus oito metros de altura. Do inicio ao fim, rabisco aos meus olhos, palavras aos de Tenten e ela me traduzia a língua nativa da região de Uryuu.
“Nessa guerra onde só nos resta a dor, o nórdicos acreditam em uma única salvação. A cada milênio uma flor prateada nasce, e seu poder aumenta com os nossos gélidos ventos. Ao encontrar sua lua e esta desaparecer, a flor desabrocha e salva o mundo com sua dor. Satisfeita ficará quando desaparecer e com o mundo maligno que levará consigo deixando a paz novamente reinar pelas terras de Sekai. Seus olhos prateados herdados de um amor puro e proibido será a salvação de todas as almas, e com seu estilo fará o melhor do mundo.”
Ao terminar de ler, eu não entendi nada da profecia nórdica mas Tenten parecia cega ao falar que a pessoa de olhos prateados era eu e que salvará o mundo do mal. Mas, eu podia estar mais forte, entretanto salvar o mundo é muito mais difícil e requer uma força muito maior daquela que eu tinha.
- Parece meio confusa, Malu. – Atrás de nós como sempre, vindo pelas sombras, Uchiha Sasuke andava em nossa direção. – Mas sem dúvidas, você é a pessoa descrita na Profecia.
- Então, Sasuke, por isso mataram meus pais, por que eles poderiam e iriam prejudicar minha suposta atuação na guerra, e não me mataram por causa disso. Você me da repugnância.
- Eu cumpri ordens. Não há um dia na minha miserável vida que eu não me arrependa do crime que cometi, e ainda mais prolongá-lo com a minha horrível mentira.
- Às vezes eu me pego pensando, se você tivesse me contado assim que nos conhecemos, eu não teria o perdoado. – Eu que antes estava indiferente, fechava meus punhos novamente com muita força.
Mesmo com a mágoa de Sasuke senti uma sensação ruim no centro de minha testa, era uma dor aguda que pulsava na minha pedra, eu estava agonizando e pressentia algo ruim. Nesse instante um pombo branco, que Tenten identificara como de Jiraiya-sensei, pousou em seu ombro e com ele um notícia, aquela que traria o caos a tona.

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Capitulo 23 – Desespero em treino. PARTE 01

Na pata direita do pombo, vinha um pequeno pergaminho preso. Tenten sentia o mesmo que eu, pombos brancos significavam mensagens urgentes e aquele é o mais rápido de Jiraiya-sensei. Ela desenroscou a tampa do suporte e desenrolou o pergaminho, de tamanho médio. Ao abrir, seus olhos se arregalaram e brilharam, entretanto o brilho começou a formar lágrimas e no seu rosto escorreram. Ela olhou pra mim:
- Aconteceu algo terrível. – Ela soluçava.
- Por favor, leia a carta! Você está me deixando angustiada! – Eu não queria ter falado daquele jeito com ela, mas parecia extremamente grave e eu pressentia isso, eu tinha de saber imediatamente.
- Desculpe, vou começar.
“Kurosoira foi devastada, a milícia era fraca de mais, felizmente os Imortais soldados nem eram tão fortes e eu e Kakashi-san conseguimos derrotar todos sem o menor problema. Entretanto entrou na frente de batalha um general que me assombra apenas com seu nome. Irmão mais novo de Uchiha Sasuke, aquele a quem todos temem por seus poderes oculares sinistros. Os homens de Kurosoira, desesperados para defender seu país correram em sua direção. Ninguém sequer conseguiu olhar o ataque de Uchiha Itachi, ele não se moveu e os militares foram massacrados e seu sangue jorrado para todos os lados, deixando o ambiente de batalha com aquele cheiro e cor de morte. Fomos ao encontro do homem sem pensar, com desespero eu, Kakashi-san e Neji corremos juntos. Itachi preferiu atacar a mim, provavelmente por ser o mais velho e me lançou em seu mundo paralelo através de seu poder. Eu fiquei preso por dias naquele mundo, sendo esfaqueado com kunais por todo o meu corpo e a dor era real, eu tremo ainda escrevendo a carta, pode perceber pela minha caligrafia. Ainda não satisfeito com minha dor mental ele quis me matar usando uma lança que tinha presa em suas costas, e ao abrir os olhos, aquilo que não deveria ter acontecido estava diante de mim. Kakashi-san se atirou a mim e a lança perfurou-o. Neji desesperado foi lutar com Itachi me dando tempo para correr e levar Kakashi-san inconsciente para fora da batalha. Eu corri e entrei em uma casa destruída e o coloquei em uma cama, tive que usar uns ninjutsus médicos para melhorar o sangramento, se não ele morreria rapidamente. Invoquei o pombo mais rápido para dar notícias de nossa situação. Kurosoira está perdida, ninguém sobreviveu. Vamos ao Norte, não há mais esperanças no Sul. Estou levando Kakashi-san, certamente já terei partido quando o pombo chegar a você. Neji está bem, ele veio a casa e me contou que chegou um homem estranho de cabelos loiros e olhos azulados e parou a luta chamando Itachi, ele imediatamente foi ao seu encontro e curvou-se. Neji usou esse tempo para fugir, está com alguns machucados, mas todos superficiais. Estaremos em Tenshin em alguns dias, espere por nós e leve a melhor equipe médica que tiver, Kakashi-san está péssimo, se demorar muito, ele morrerá.”
Mesmo antes de Tenten terminar de ler, meus olhos já se encheram de minhas lágrimas. Eu gritava, falava o nome dele alto, talvez para acalmar meu coração perturbado. Ajoelhei-me e coloquei a testa no chão, minhas mãos nos meus olhos. Eu gritava histericamente.
- Malu, pare com isso! Não vai trazer o Kakashi-san de volta curado! – Tenten gritava comigo mesmo com suas lágrimas ainda escorrendo no rosto agora ao mesmo tempo triste e bravo.
Eu me levantei vagarosamente, ainda soluçando e com os olhos doendo de tantas lágrimas e da pressão com as mãos que neles o fiz. Tenten agarrou minha mão e fomos em direção a fronteira leste de Uryuu.
- Malu, se eu morrer, chorará como chorou por ele? – A voz de Sasuke vinha ao fundo.
- Não seja tolo, você sabe minha resposta. – As palavras embora soluçadas eram verdadeiras. Mesmo que eu odiasse Sasuke, vê-lo morrer seria trágico ao meu fraco coração.
Meu passo e de Tenten era rápido. Não demoramos muito para chegar à fronteira. A nossa frente um rio congelado. E na margem uma placa. “Tenshin à frente”. Corremos em direção ao portão de Tenshin, que era muito grande e pesado.
- Tenshin é o país mais próspero do Norte, você sabe que os primeiros que se opuseram aos Imortais foram os Tenshins. Por isso que todos que se oponham a eles se chamam Tenshins. – Tenten me contava enquanto atravessávamos o rio correndo.
No portão, nos esperava Minato. Ele nos guiou até a grande mansão onde estavam se reunindo os líderes nórdicos. A cidade de Tenshin, chamada Yushin, estava lotada e muito movimentada. Havia ferreiros preparando armas, escudos e outras utilidades para a batalha. Alquimistas preparavam novas maneiras de matar Imortais em maiores quantidades. Artesões confeccionavam as roupas dos guerreiros nórdicos com o emblema do dragão nórdico.
Na mansão, não entramos no grande salão, pois ali seriam discutidas questões políticas e militares, então minha presença não podia ser apresentada. Minato nos levou a uma escadaria de pedra de dentro da mansão subimos e encontramos um vasto corredor. Havia vários quartos e um dos primeiros era destinado a Tenten para ela desenhar com calma novas armas a serem construídas. O último quarto era o meu.
- Malu, se acalme e descanse. Eu farei um treinamento para melhorar suas habilidades e será um pouco árduo, você precisa tanto da mente quanto o corpo descansados para esse treinamento. Há uma roupa especial para você em cima de sua cama. Ela lhe dará mais mobilidade. Você usará quando a batalha começar.
Minato fechou a porta. Eu não me interessei pela roupa embrulhada e a coloquei em uma gaveta perto da cama. Deitei na cama, macia e confortável, fechei os olhos ainda machucados de minhas lágrimas e adormeci. Não sei por quanto tempo dormi, mas senti como se fosse uma eternidade sufocante.

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Capitulo 23 - Desespero em Treino PARTE 02

- Acorde Malu! Os Imortais não esperarão por você!
Era a voz de Minato no meu lado esquerdo, acordei brutamente suando.
- Eles já estão atacando? – Perguntei demasiadamente alto.
- Eles ainda não estão. Mas vão. Por isso vamos iniciar nosso treinamento.
Levantei-me, ainda tropeçando pelo sono. A lua brilhava lá fora. A noite caíra serenamente em Yushin como se a guerra estivesse muito longe, entretanto o movimento não cessava, todos continuavam a trabalhar.
- Na Floresta da Luz, a mais bonita e isolada de Yushin será o nosso campo de treinamento.
Minato me guiava para fora de Yushin, o barulho já diminuía e chegamos à entrada. A floresta exalava um cheiro de verde vivo, de vida. O ar era tão puro, que me deixava tonta.
- Vamos adentrar mais na floresta, Malu. Há um ótimo local para treinarmos.
Minato entrava mais fundo na floresta, e eu o seguia logo atrás. Não havia nem o som de nossos passos no chão verde. As arvores eram gigantescas, jamais vira tão grandes e belas.
- Chegamos.
Minato me trouxe a um lugar incomum. Havia um amplo espaço sem árvores. A grama vista de longe macia e muito verde. Libélulas de todas as cores sobrevoavam junto com outros insetos brilhantes e desconhecidos. Era uma paisagem exuberante, eu não conseguia retirar meus olhos de tamanha elegância.
- O treinamento é perigoso, mas ele foi criado há muito tempo para o portador dos olhos prateados. Ele é perfeito para você. Mas exige sua extrema cautela e concentração. Você aprenderá o estilo Shin. O estilo mais poderoso de todo o mundo. Te tornará a kunoichi que vencerá qualquer outro ninja. Vamos começar, está pronta? – Minato me olhava esperançoso, como se todas as suas expectativas estivessem depositadas em mim, não só as dele, como as de todo o povo nórdico pelo o que sei o único sobrevivente em Sekai.
- Pronta.
- Feche os olhos. Esqueça tudo. Não pense nas lutas, no desespero, na perda, no futuro. Concentre-se no agora, no momento, no instante, no milésimo do presente segundo. Armazene todo o seu medo e dúvida dentro de seu coração e comprima-o até o destruir. Ao abri os olhos deixará de ser Malu, e passará a ser a esperança e a revolução do mundo. Com seus poderes purificará tudo e todos. Tornará o mundo, aquilo que ele devia ser. Expulse o medo de todas as almas, elimine o sofrimento das dolorosas vidas que aqui vagam. - Sim, fiz aquilo que Minato falou. Eu estava pura, não vazia. Nada de corrompido vinha a mente e corpo. Minha alma na mais inocente fase. – Agora, acumule chakra em sua mão direita.
Assim que ele o disse, obedeci. Acumulei uma quantidade correta de chakra para cobrir a palma de minha mão, o resultado não poderia ter sido mais satisfatório tanto para mim quanto para Minato, a cor de meu chakra era de um lilás incandescente, que ao ver apenas um sentimento de harmonia penetrava no corpo.
- Exelente, esse é o chakra da profecia. Você realmente é a Tenshin dos Olhos de Prata! Nosso futuro está a salvo! – Seus olhos brilhavam ao ver o acumulo de chakra.- Esse é o lendário chakra Shin.
- Alma? – Perguntei baseando-me no nome.
- Sim, a alma dos vivos! – Ele parecia cada vez mais entusiasmado, somente seus olhos demonstravam isso, ele queria manter-se sério.
- Bom, vamos iniciar o estilo Shin, esse nome por causa do chakra. Enfim, esse treinamento consiste em força mental, física e espiritual. Você terá que ter esses três fatores em total sintonia para ter o máximo de força possível. Seus olhos já estão prateados, faça com que eles voltem ao normal.
Fiz o que Minato me pediu e voltei aos meus olhos normais. O chakra acumulado em minha mão direita voltou ao estado normal, igual a qualquer outro shinobi, aquele azul intenso.
- Sim, realmente o chakra Shin só pode ser usado com seus olhos de prata, sem eles a técnica não funciona o que nos mostra mais uma vez que você é a pessoa certa.
- Realmente, é um chakra impressionante. – Falei chocada.
- Com esse chakra, você purificará o seus inimigos. Simplismente, retirando suas almas de seus corpos com o simples toque de sua mão.
Eu fiquei assustada, Imortais eram sem duvida nossos piores inimigos, eles que aniquilaram centenas de civis indefesos, não merecerem o perdão. Entretanto, retirar a alma de alguém era algo assustador.
- Está com medo, Malu?
- Sem duvidas. – Minha mão direita tremia um pouco.
- Quando eu disse que seu ataque seria retirar a alma do inimigo é exatamente isso. Porém você a purificará eliminando todos os pecados e alma irá para o outro mundo livre de seus pecados cometidos em vida. Você retirará a vida dos Imortais, retirará. Mas dará a eles uma morte limpa.
- Então, eu purificarei as almas? – Mesmo eu ter entendido, eu necessitava de uma confirmação.
- Exatamente, por isso o nome de seu estilo é Shin.
- Não podemos perder tempo, sensei! Preciso aprender o estilo hoje mesmo, os Imortais podem vir amanhã!
- Com essa sua determinação, creio que conseguirá hoje mesmo! – Minato abria um largo sorriso no rosto. – Se distancie de mim em 100 metros.
Fiz o que ele mandou. Me distanciei em alguns segundos. Fiquei encarando o sensei esperando uma nova ordem ou ensinamento.
- O treinamento tem que ser sincronizado com sua habilidade ocular. Agora, desperte os olhos de prata.
E assim eu fiz. Fechei meus olhos e no momento seguinte eu os abri com meu Sharingan de Prata. Senti novamente aquele poder espetacular no meu corpo.
- Acumule agora seu chakra em suas mãos preenchendo cada espaço delas.
Novamente obedeci com êxito.
- Agora use o taijutsu. O melhor que tiver.
Sempre achei meu taijutsu ruim, mas agora com esse poder todo transbordando de mim eu acreditava que eu poderia fazer qualquer coisa. Iniciei com chutes e com combos de socos rápidos.
- Impressionante. – Ao fundo reconheci sua doce voz. Entrando no lugar de treinamento caminhava em direção ao Minato-sensei, ninguém menos que Sasuke. – Você está incrível, maravilhosa.
Eu parei naquele momento e o encarei. Sem dizer nada apenas ouvia seus elogios.
- Por favor, me deixe treinar com você.
Abri um pequeno sorriso, eu iria lutar com Sasuke. Mostraria pra ele o quanto amadureci.
- Vamos lá então, Uchiha Sasuke.
- Espere, Malu! – Gritava ao longe, Minato-sensei, enquanto Sasuke se aproximava de mim. – Não use o Chakra Shin, sabe o efeito dele.
- Eu não pretendo purificá-lo.
- Então vamos começar. – Sasuke começou com chutes.
- Ainda...
Eu estava acompanhando Sasuke em seus movimentos, ele parecia surpreendido e sempre aumentava sua velocidade. Eu defendia todos os ataques dele, até mesmo quando ele vinha em minhas costas com kunais ou shurikens.
- Eu estou em minha velocidade de ataque máxima. Estou realmente surpreso com esse seu desenvolvimento.
- Espere, eu ainda tenho muito que mostrar. – Eu estava feliz, muito feliz pelo momento. Nunca fiquei de igual para igual com Sasuke. Lembro-me de nossos treinamentos em que saia esgotada e machucada de seus punhos.
- Malu, tem um jeito de você não usar o Chakra Shin! – Gritava novamente Minato-sensei – Com o chakra normal, que estará elevado junto com seus olhos de prata, em vez de purificar e retirar imediatamente a alma do oponente, você ira feri-lo. Imagine a forma de seu chakra e o manipule com as mãos!
Não entendi na teoria o que ele me ensinava. Mas era difícil me concentrar no chakra comum em meio da batalha. Me concentrava ao máximo.
- Estou tentando sensei!
- Identifique o chakra comum dentro de você!
Eu estava agora conseguindo, eu sentia aquele chakra comum e tão conhecido por mim preenchendo-me exatamente igual ao chakra Shin, agora era só utilizar da maneira como eu quisesse.
- Vejo que está conseguindo, Malu! Ótimo, agora o manipule e transforme, faça-o tomar uma forma!
Eu não tinha imaginação, ou criatividade suficiente para criar tal transformação.
- Isso é... – Sasuke sibilava.
- Meu arco! Nossa, sinto o poder na flecha!
Eu tinha feito um arco e flecha com meu chakra comum. O arco era estável, só que a ponta da flecha emitia raios de poder e força.
- Prepare-se! – Eu iria atirar em Sasuke sem hesitar.
Eu não estava medindo o que eu estava prestes a fazer.
- Malu, você irá me matar? – Sasuke falava com seus olhos encarando os meus. – Certamente desviar ou se proteger desse ataque é impossível e ficarei mesmo ferido, poderei morrer se atirar.
- Malu, pare com isso! Não exagere, é um treinamento! – Minato-sensei estava desesperado e corria ao nosso encontro, suando.
Eu imediatamente fiz desaparecer o arco e a flecha, e o poder que fazia as árvores ao redor mexerem-se brutalmente cessou.
- Sasuke vai embora, está atrapalhando meus ensinamentos. – Minato parecia preocupado com Sasuke, ele pensava que eu poderia matá-lo.
Sasuke imediatamente se foi.
- Agora que ele não nos atrapalhará mais. Chegou a etapa final de nosso treinamento. Esta pode ser a parte cruel do treinamento.
- Estou com medo, fale logo.
- Atrás daquela árvore. – Ele apontava para uma arvore atrás dele. – Há um homem que roubou o kage de Tenshin, apenas o que lhe resta é a morte como julgamento.
Eu não acreditava naquelas palavras. O sensei queria que eu matasse alguém que não fosse um Imortal? Eu pensei que meu destino fosse apenas purificar Imortais.
- E-eu...
- Quando fizer isto, usando o ensinamento que lhe darei, estará pronta para a batalha e a vitória será do norte, não apenas do norte como de Sekai inteira. Vou trazer imediatamente o condenado.
Em um instante Minato-sensei trouxe o homem.
- Antes, vou lhe dar a teoria. Ainda está com seus olhos prateados, vejo que consegue mantê-los por longas horas. Agora na palma de suas duas mãos acumule o chakra Shin e na pontas de seus dedos a mesma coisa.
- S-sim. – Imediatamente eu cumpri o ordenado.
- Agora apenas toque em qualquer parte do corpo do oponente, que terá sua alma arrancada e purificada. Faça isso no condenado.
- S-sim.
Me aproximei lentamente do homem. Ele estava com o a cabeça abaixada e olhos fechados, esperando seu julgamento. Mas, isso era errado. Meu destino era purificar os Imortais de Sekai e não servir de julgamento para as pessoas, estas deviam ser punidas de acordo com as leis do sistema, que não aceitava a morte de condenados com punição. Meu objetivo é livrar Sekai da carnificina não fazer justiça com casos desse gênero.
- Não vou fazer isso, Sensei. Eu apenas nasci para combater Imortais, não humanos.
- Eu sabia, que você era a pessoa que eu pensava....

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The Avengers
Capítulo 24 – A Lendária Kunoichi.

O vento soprava calmamente enquanto ele entrava no campo de treinamento. Jiraiya-sensei embora com algumas bandagens no rosto, abria seu sorriso contagiante e sincero para mim e Minato-sensei.
- Jiraiya-sensei! – Gritei animada.
- Malu, você ficou realmente forte. É sem duvidas a esperança de Sekai! – Ele não tirava o sorriso do rosto, parecia orgulhoso.
- Sensei, não é hora para isso! – Lembrei-me de algo assustador. – Como está Kakashi-san?
Ele agora franziu o cenho e suspirou profundamente.
- Ele teve um ferimento gravíssimo. Estava prestes a morrer no meio do caminho para Tenshin. Sorte que encontramos uma pessoa maravilhosamente bela e inteligente sem falar de experiente. – De seu suspiro, virou os olhos para cima lembrando-se de algo. – Ela é a ninja médica mais inteligente e habilidosa de toda Sekai, seu nome virou lenda.
- Sinceramente sensei. – Eu me acalmei, se eles encontraram uma pessoa dessas, era certo que Kakashi-san estava bem. – Não sei de quem está falando.
- Com poderes equivalentes à de um kage, Sté é a mais forte kunoichi do Norte. Ela salvou a vida de nosso estimado amigo, Kakashi-san. – Com a mão em meu ombro, ele sorriu satisfeito e muito feliz. – Não precisa se emocionar, Malu.
Eu estava com lágrimas de felicidade e alivio não canto dos olhos. Dessa vez, eu irei protegê-lo agora que estou forte. Não vou deixar ele se machucar mais.
- E-ele está bem? Como está se recuperando?
- Ele está no hospital de Yushin. Sté está cuidando de seus ferimentos. Não há com que se preocupar, tenho uma boa intuição de que ele estará ao nosso lado, lutando conosco em breve.
- Minato-sensei e Jiraiya-sensei, licença.
Saí correndo para fora da área de treinamento e adentrei na floresta para voltar à Yushin. Eu não sabia exatamente onde era o hospital, mas a vila não era tão grande certamente eu não teria problemas em achar.
Minutos se passaram e com minha velocidade em alta cheguei à entrada da floresta e pouco tempo depois cheguei à vila movimentada. Já era de manhã, eu passei a noite passada toda treinando um estilo cansativo, eu estava exausta. Entretanto não iria desistir.
Todos ainda estavam trabalhando cansados, eles estavam determinados a aniquilar todos os Imortais existentes e não cessavam seus trabalhos por esse sonho e desejo.
Suando e com uma expressão frágil, uma criança aparentemente se interessou pela minha pressa e caminhou até mim.
- Malu-sama, está procurando algo? – A menina me olhava feliz e esperançosa. Ser chamada com tal respeito me fez ver que eu precisava seguir em frente com meu destino.
- S-sim. Pode me dizer onde fica o hospital? – Com um sorriso afobado perguntei.
- É no final dessa longa rua. É uma grande mansão branca. Verá o símbolo de Yushin ao lado de uma grande cruz vermelha. Não tem erro.
- Obrigada! – Agora com essa informação precisa eu avancei um passo rapidamente, mas a menina segurou meu casaco.
- Malu-sama, você vencerá não é mesmo? Não posso perdoá-los por matarem meus pais e meu irmão mais velho. – Seu olhar era triste, ela estava ressentida amargamente com os Imortais. – Promete?
Eu me agachei para me igualar à sua pequena estatura. Sorri encorajadamente e levemente toquei o seu rosto um pouco sujo.
- Não se preocupe, não vou deixarei eles machucarem mais ninguém. Entretanto, seus familiares não gostariam que você vivesse nesse pensamento vingativo. Eles querem que você seja feliz, por isso siga em frente e não olhe para trás. Ajude os outros como você que sofreram nas mãos daqueles seres. Viva bem.
- Você é um anjo que chegou nessas frias terras. Obrigada, Malu-sama! Vou voltar a ajudar os ferreiros. – Ela sorriu graciosamente, seus olhos verdes penetrantes nos meus castanhos.
- Dê tudo de si! Sekai precisa de sua força, você é a próxima geração que tomará conta desse mundo!
A menina saiu correndo com lágrimas nos olhos, mas um sorriso feliz e gentil em sua expressão.
Novamente com uma velocidade alta, voltei ao meu caminho de encontrar Kakashi-san. A rua era demasiadamente grande e minha ansiedade aumentava. Mas não demorou muito para eu encontrar o grande hospital.
Entrei afobada e na recepção havia um homem de jaleco branco e com identificação de assistente médico.
- Seja Bem-Vinda Malu-sama! – O homem parecia emocionado em me ver. – Como posso ajudá-la?
- Por favor, onde está Kakashi-san!
- S-sim sim! Ele está com Sté no quarto 324 no terceiro andar. – Ele parecia surpreso com a minha pressa.
- Obrigada!
Sem olhar novamente para o homem subi as escadas próximas do balcão de recepção. De mármore o corrimão era frio conseqüentemente os degraus deviam estar da mesma maneira.
Ao subir três andares e chegar ao andar desejado, feito de paredes brancas e limpas, segui em frente procurando o quarto de Kakashi-san. Sem demorar muito, encontrei.
A porta feita de madeira, não estava trancada. Para não fazer barulho, abri a porta delicadamente para que apenas meu rosto se colocasse para dentro. Na cama branca e aconchegante, Kakashi-san dormia profundamente. Eu podia ver as bandagens pelo seu corpo, havia muitas. Senti que não devia incomodá-lo para que pudesse dormir sem preocupações então fechei a porta novamente.
Parei em frente à porta imóvel. Feliz que ele estava vivo. Não pude conter-me e chorei. Eu realmente era uma chorona.
- Malu? – Uma voz não muito longe me chamava.
Olhe para o lado de aonde vinha a voz e me deparei com uma adolescente. Devia ter a mesma idade de Kakashi-san. Seus cabelos eram longos e castanhos e seus olhos brilhantes.
- S-sim?
- Realmente é você. A Tenshin dos Olhos de Prata. Estou feliz de encontrar você, seus poderes são uma lenda aqui em Yushin.
- Como se chama?
- Sou Sté, a médica do Kakashi-san.
Era ela, a mulher lendária que salvara a vida de meu precioso amigo. As descrições de Jiraiya-sensei estavam certas, ela era muito bonita. Não me contive, eu devia minha vida a ela. Sem hesitar abracei-a.
- Obrigada! Mil vezes obrigada!
Sté entendera meus sentimentos e apenas me deixou abraçá-la. Envolvendo seus braços ao meu redor ela me aconchegou como ninguém mais o fez.
- Não precisa, sou uma médica. É meu dever salvar vidas quando possível. Vejo que este rapaz é importante para você. Sinto-me feliz por ajudá-los.
Eu estava tão agradecida e feliz, se ela não tivesse aparecido. Eu certamente veria Kakashi-san novamente apenas em seu funeral. Ou no outro mundo.
Afastei-me dela e me curvei.
- Por favor, cuide dele!
- Eu vou curá-lo certamente, e logo você vai encontrá-lo sorrindo para você de novo. Dê o seu melhor em seu treinamento! Sekai precisa de você!
Despedi-me e saí do hospital muito aliviada e feliz. Olhei para o céu e agradeci por ter aparecido uma pessoa no meu e no caminho de Kakashi-san. Eu devia muito a ela.


Ao andar alguns passos, encontrei no caminho Neji.
- Neji-san! Você está com curativos e bandagens também. Espero que se cure logo deles.
- Sinto-me lisonjeado por suas palavras. Entretanto precisamos encontra Jiraiya e Uchiha Sasuke.
- Algo importante? – Me incomodou o fato de eu ter que me encontrar com Sasuke.
- Sim, precisamos chegar ao destino combinado para tratarmos de assuntos sérios e urgentes. – Ele parecia terrivelmente sério. Ele absolutamente não estava brincando e não me restava escolha a não ser acompanhá-lo.
Caminhando juntos, reparei de como a atmosfera ao redor dele era misteriosa. Imagino se ele se encontrou com Tenten-san, mas me limitei a apenas ficar em minhas intuições.
- Chegamos, aqui é a nova residência que eu e Jiraiya ficaremos para repormos energias e ficamos submetidos a criar táticas e planos para derrotar Imortais e mais precisamente seus fortes generais.
- Como Uchiha Itachi?
- Sim, nós temos que derrotá-lo de algum jeito.
Adentramos na casa, aconchegante com uma sala, dois quartos, cozinha e jardim que estava repleto de neve por causa do inverno em Yushin. A casa era fria. Certamente Jiraya-sensei e Neji não se importariam apesar de sempre viverem em lugares mais amenos.
- Chegamos, Jiraiya, Sasuke-kun. – Falou Neji.
- Bem-vindos, mas temos que nos apressar em desenvolver o contra-ataque de Itachi. – Respondeu Jiraiya-sensei
Na sala, Sasuke e Jiraiya-sensei estavam sentados em sofás opostos.
Neji lembrando-se de minha desavença com Sasuke sentou ao seu lado enquanto eu sentava ao lado do sensei.
- Desculpem o atraso. - Entrava na residência Minato-sensei, ele se juntaria a reunião.
- Bom, estamos todos os presentes. Vamos discutir o que aconteceu em Kurosoira, nossa derrota não pode ser em vão, temos que usar as informações que temos para contra-atacar e dessa vez matar de vês o maldito do Itachi. – Jiraiya parecia irritado com o fato de ter perdido a batalha e Kakashi-san ter se ferido drasticamente.
- Eu acho conveniente primeiro pensar no motivo de ele não ter nos matado. – Neji parecia o mais sério. – Nada teria o impedido de me estraçalhar. Estou me perguntando quem seria aquele ninja loiro e olhos azulados. Ele certamente impediu Itachi de me matar e este se curvou em sua chegada repentina.
- Ele deve ser alguém superior à Itachi. Ele não é uma pessoa que se curvaria a qualquer um. – Sasuke impõe sua teoria.
- A propósito Minato-san. O shinobi se parecia extremamente com você, suas características são muito parecidas. – Neji olhava desconfiado para Minato-sensei.
- O que você está sugerindo Neji? – Jiraiya parecia intrigado com a colocação de Neji.
- Creio que tenho uma simples resposta, entretanto ela pode chocá-los. – Começou Minato-sensei.
Todos estavam olhando diretamente para Minato-sensei que se sentara em uma poltrona próximo à Sasuke.
- Este de quem Neji viu, certamente é meu Filho.
Todos agora pareciam perplexos. Eu estava incrivelmente chocada. O filho de Minato-sensei se juntara aos Imortais definitivamente.
- Sua ambição pelo controle do mundo e pelo poder o levaram a se juntar aos Imortais quando ele tinha apenas seus 12 anos. Hoje nos seus 16 creio que para levar Itachi a curvar-se diante dele ele deve ser o líder dos Imortais.
As expressões de todos estavam chocadas, até Neji que sempre queria manter-se firme e indiferente aos seus sentimentos. Não posso culpá-lo, essa era uma informação inesperada e séria.
- Não me olhem assim. Já superei a traição de meu filho para com Uryuu e a todo o povo nórdico.
- Imagino o quanto deve ser difícil para você Minato. Temo que teremos que matá-lo. – Jiraiya foi o primeiro a falar. – Qual é o nome do traidor?
- Naruto – Quem falou não foi Minato, mas sim Sasuke. – Eu o enfrentei uma vez. Ele é incrivelmente forte, usuário do Fuuton e pelo que eu ouvi é mestre dos eremitas.
- Quando você o enfrentou? – Eu estava curiosa e deixei escapar a pergunta.
- Assim que ele desertou sua vila, recebi a missão de matá-lo dos conselheiros e da kage da nossa vila. – Ele me olhava esperando uma reação minha.
- Foi impedido de matá-lo? Creio que naquela época Naruto não era tão forte. – Jiraiya interrompendo o clima de meu ódio contra Sasuke.
- Eu o impedi.
Não acreditei quando ouvi Minato. Ele impedira um traidor de ser morto. Mas temo que na época, o ressentimento de ter tido o filho traidor foi maior que sua razão.
- Como ele era o kage de Uryuu, eu não poderia mais me intrometer. Naruto foi considerado uma ameaça maior que qualquer Imortal para Falcão. Entretanto deixei nas mãos de Minato já que era seu filho. Agora vejo que eu mesmo devia ter o matado.
- Eu quis reparar os erros de meu filho, mas vi que foi em vão. Agora eu mesmo quero matá-lo. – Minato parecia arrependido e determinado em matar seu próprio filho.
- Não sabemos as habilidades de Naruto, devemos armar um plano com informações que temos em mãos. Vamos nos concentrar em matar Itachi nosso maior inimigo. – Jiraiya parecia querer dar um fim naquele assunto desagradável.
- Eu sei de algumas habilidades de Itachi, afinal ele é meu irmão. – Começou Sasuke, isso me lembrou daquela vez em eu os vi se enfrentando. – Ele é um exímio usuário do Sharigan e despertou seu Mangekyo Sharigan assim como eu, por isso ele consegue aprisionar por tanto tempo pessoas com Jiraiya-san em seu mundo paralelo e particular. Ele também é capaz de atacar com genjutsu apenas apontando um único dedo.
- Ele realmente é forte. – Interrompi.
- Sem dúvida, por isso peço para que vocês o deixem aos meus cuidados. Eu tenho contas passadas para tratar com ele. – Sasuke parecia ter fogo no olhar ao falar de seu irmão.
- Então está decidido. – Minato se levantou. – Naruto está destinado a morrer em minhas mãos assim com Itachi nas mãos de Sasuke.
- Então este será o destino de vocês, por favor, o façam com êxito. Eu e Jiraiya assim como a milícia de Tenshin que é muito boa vamos enfrentar o restante dos capitães e soldados Imortais e dar um fim em suas destruições e maldades. – Neji falava.
- Eu também irei ajudar. – Falei alto. – Eu certamente vou ajudar.
- Sim, seus poderes são necessários. Você nasceu para exterminá-los e purificá-los. Ninguém conseguirá matar tantos Imortais quanto você, Malu. A guerra estará perdida sem sua atuação. Temo que os Imortais tenham quatro vezes mais soldados que o povo nórdico. – Minato olhava para mim esperançoso ao mesmo tempo preocupado com a minha participação nessa guerra. Afinal com tantos Imortais apenas teríamos uma minúscula chance de ganhar essa batalha sem fim. – Use seu estilo para derrotá-los tenho certeza que não perderá.
Essa confiança, essa esperança. Me moverá para enfrentá-los e destruí-los para que com sua maldade não façam sofrer crianças, homens e mulheres. Não vou dar às costas a esse destino. Vou fazer jus a profecia e eliminar o mal de Sekai.
*TUM TUM*
- Há alguém na porta. – Falou Neji. – Vou ver quem é.
- Neji-sama!
Já era noite. E no escuro não identifiquei quem era, mas a voz parecia extremamente nervosa. Mas ao trovejar com a luz do relâmpago pudermos ver o que estava acontecendo.
Dois homens ensangüentados e aparentemente feridos estavam parados à porta com uma pessoa nas costas de um deles. Tenten estava desmaiada e gravemente ferida no rosto e em seu corpo todo, sangrando muito.
- N-neji. – Tenten abria um pouco os olhos.

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The Avengers
Capitulo 25 – Impotência.

Isso era terrivelmente assustador. A atmosfera comprimiu o espaço onde nos encontrávamos. Ver Tenten daquela forma despertara um sentimento de remorso, duvida, raiva e ressentimento em Neji e em todos os presentes.
Neji estava imóvel, chocado com a imagem que via diante de si. Sua amada que tampouco soube sobre seus verdadeiros sentimentos, agora ensangüentada e quase morta.
Felizmente alguém com consciência mais estruturada avançou a frente de Neji. Jiraiya-sensei corria para socorrer sua amada filha derrotada.
- Tenten! Calma, vou te ajudar! Sasuke-kun chame Sté no hospital o mais rápido possível! Nessas circunstâncias não podemos levá-la ao hospital se não teremos conseqüências sérias. – Parecia haver um duplo sentido quando Jiraiya-sensei destacou a palavra circunstâncias.
Neji ainda imóvel de choque não piscava, muito menos respirava.
- Neji o que está fazendo? Não fique aí parado pegue algumas toalhas e um colchão! – Gritava Jiraiya-sensei com seu querido aluno, entretanto este não se movera apenas moveu os olhos na direção de sua voz.
Sem perder tempo fiz aquilo que Jiraiya mandara. Em instantes, mas com um pouco de trabalho em achar os objetos pedidos entreguei-os à Jiraiya-sensei. Este colocou Tenten sobre a cama que logo ficou encoberta com seu sangue. Molhando as toalhas em um balde de água quente preparada por um dos homens que acompanhavam a ferida, Jiraiya-sensei limpava as feridas de Tenten que gemia ao ser tocada.
- Onde está a ferida? – Batendo a porta com força, Sté seguida por Lee e Sasuke vinha com uma grande maleta de alumínio, onde abrira no chão rapidamente pedindo espaço para agrupar seus bisturis, agulhas, algodões e de mais equipamentos médicos.
- Você aí! – Gritava Sté novamente, apontando para Sasuke. – Pegue um balde vazio e vá até o hospital e peça esses medicamentos sem demora ou esta jovem não resistirá!
Imediatamente Sté entrega a Sasuke uma pequena lista de medicamentos invisíveis aos meus olhos, pois sua letra era miúda. Entretanto, numa fração de segundo, Neji rouba de Sasuke a lista e sem dizer nada some da vista de todos batendo a porta da frente ruidosamente.
Sté enquanto esperava os medicamentos, certa de que eles seriam entregues pelo Neji, com o sangue de Tenten fez símbolos no corpo dela e em volta dele. Em seguida com selos seguidos de frases em uma língua totalmente desconhecida por mim e pelo que percebi pelos a minha volta, pois suas expressões eram surpresas e desconfiadas.
Sem parar ela falava palavras estranhas:
- Sangue de dragões, saliva de anjos, lágrimas de humanos.
Em seguida de suas palavras as palmas de suas duas mãos estavam concentrando chakra e ela erguia seus braços junto com seu corpo sobre as feridas profundas de Tenten. A carne das feridas, a pele rasgada e manchada se reconstruía vagarosamente.
Sté suava pelo rosto seus olhos faiscantes e penetrantes, concentrados no trabalho de suas mãos. Ofegante mas determinada curava as feridas de Tenten. Por um longo tempo ela continuou com o processo e nada de Neji chegar com os remédios, ou seja lá o que ele estaria trazendo. O chakra das mãos já começavam a perder o efeito por ser tanto tempo usado e a força do ninjustu de cura enfraquecia com o passar vagaroso e problemático do tempo.
- Aqui está o que me pediu! – Neji voltara ofegante, cansado e preocupado. Com ele uma bolsa de alça de cetim e couro.
- Muito bem, por favor, me passe o chifre de besouro! – Sté ordenava um dos homens acompanhantes de Tenten.
- Sim senhora! – Rapidamente um dos homens passava para a médica algo que seria similar a um galho longo de três pontas marrom escuro.
- Onde está o balde? – Sté parecia nervosa ao mesmo tempo aflita pela vida da paciente.
- Desculpe, está aqui senhora! – Mesmo nesse tempo de estresse me pergunto se ela gostava de ser chamada de senhora, ela não era tão mais velha que eu.
No balde ela reduziu a pó com apenas uma mão o chifre de besouro que me parecia fria e dura como granito.
- Me passe as orelhas de coelho macho e molhe na água fria as de fêmea! – Rapidamente os dois homens faziam aquilo que a experiente Sté mandava sem retirar os olhos do jutsu que fazia em Tenten.
Muitos ingredientes esquisitos e diferentes foram postos no balde de alumínio velho e sujo.
Ao completar a mistura Sté parou seu jutsu de cura em Tenten, Neji apreensivo observava cauteloso as manobras e olhares de Sté com angustia e medo no olhar.
Com as duas mãos, novamente o chakra percorreu na palma da mão de Sté que amassou e modelou os ingredientes de dentro do balde agilmente formando uma esfera perfeita de várias cores escuras e duvidosas.
Com uma das mãos Sté levantou devagar e cautelosamente a cabeça ainda ferida de Tenten e abriu a boca da menina com um dedo da outra mão colocando no fundo de sua garganta a esfera de remédios.
Sté parou e analisou o corpo de Tenten por completo com os olhos preocupados, Neji percebendo sua reação pergunta:
- Médica, qual é o a analise?
Apreensiva e os olhos vagando no olhar de Neji, Sté da um suspiro e novamente olha para Tenten gemendo no chão com os olhos apertados e sujos de seu sangue.
- Creio que está menina seja algum tipo de Ferreira, ou até mesmo uma Shinobi que luta com armas pesadas.
- Sim, está com a razão. Ela faz os dois tipos de trabalho. – Respondeu Neji sem retirar os olhos dos lábios contorcidos de Sté.
- Sinto informá-los de uma notícia. – Os olhos de todos pendurados nas feições de Sté – Durante o processo de cura da paciente descobri uma doença genealógica em seu sistema que leva a vários sintomas, doenças e provável morte.
- O que está me dizendo? Tenten irá morrer de uma doença e não dos ferimentos que desconheço de onde os tenha conseguido apesar de ser óbvio de onde os tenha conseguido? – Neji estava enfurecido, mas nos seus olhos, profundos e brancos, via a preocupação e o medo de perder sua preciosidade.
- Não há muitas chances de sobrevivência, mas não quer dizer que elas não existam. Com repouso e alguns limites ela viverá a vida sem problemas caso os sintomas não se agravem por causa desses ferimentos assustadores. – Eu podia ver a tristeza, mas também a esperança nas gesticulações e expressões de Sté que lutava para não olhar aos olhos de Neji.
- Eu farei de tudo para que ela não morra! Por favor, me dê explicações e informações precisas sobre o estado de Tenten nesse momento. – Sté não evitou os olhos aflitos de Neji e os olhou motivada.
- Certo. Ela sofre de uma doença no coração e no pulmão. Como eu disse muito difíceis de serem tratados, mas não impossível. – Ela fitava Tenten novamente – Com esforço e a inalação de metais nas construções de armas e no uso excessivo destes mesmo o coração e o pulmão enfraqueceram. Ela não poderá a voltar nem a ser ferreira e muito menos uma shinobi.
Quando Sté terminou de falar, Neji agachou-se perto de Tenten, olhando no rosto dela com uma expressão que doeu meu coração. Segurando a mão dela, algumas lágrimas escorreram de seu rosto pálido e gélido.
- Não vou deixar nada mais lhe acontecer. – Sussurrava ele perto do rosto de Tenten.
- Eu te amo. – Os lábios de Tenten se mexiam devagar e a voz era fraca. Ela tocou-lhe o rosto do Neji com a mão direita ainda ensangüentada e assim acariciou as maçãs do rosto de seu amado e herói.
Emocionado, Neji fecha seus olhos e pressiona a mão de Tenten no seu rosto molhado com suas lágrimas de tristeza escorrendo por toda sua face e chegando ao seu pescoço.
- Vamos, ela precisa descansar. – Jiraiya-sensei conduzia os dois outros homens, Sasuke, Lee e a mim para fora da casa.
- Vamos. – Sté deixara um balde de água quente para que Neji cuidasse pessoalmente de Tenten, certamente era o que ele mais desejava no momento.
Saindo da casa e deixando Tenten aos cuidados de seu amado, veio a minha cabeça uma pergunta um pouco repentina e óbvia.
- Eu vou curá-la. – Os olhos de Sté eram desafiantes e determinados.
- Você é a melhor pessoa que temos para fazer isto. – Sasuke olhava para Sté imaginando se ele a admirava.
- Vou voltar ao hospital, Kakashi-san deverá estar precisando de alguns remédios que eu mesma os prepare, pois são muito complexos e difíceis de manipular.
- Dê o seu melhor. – Sté sorriu para mim e sumiu da vista de todos, que kunoichi incrível.
- Jiraiya-sensei, por que não levamos Tenten ao Hospital? Ela se recuperará mais rápido. – Eu olhava Jiraiya e só senti um aperto grande no coração ao ver seu rosto abalado e cheio de dor e tristeza.
- Não está claro Malu? – Quem se atrevera a falar foi Sasuke me olhando de costas enquanto eu olhava para frente sem se quer mover um músculo para vê-lo. – Não podemos levá-la ao Hospital, pois a noticia de que uma guerreira do calibre de Tenten-san foi ferida por Imortais fará com que os outros entrem em pânico o que prejudicará a organização e certamente haverá mais mortes quando enfim os Imortais chegarem.
Mesmo eu não querendo admitir, Sasuke estava certo. Seria um caos se uma noticia dessas se espalhasse por Yushin, ou melhor, pelo Norte inteiro.
- Mas tem uma coisa que ficou pendente. Quem atacou Tenten? - Minha pergunta pairou no ar por uns instantes antes que alguém respondesse.
- Ela foi atacada por Imortais sim, sem duvidas. – Jiraiya-sensei falava agora alto, fitando à frente sem olhar para trás nem para os lados. - As marcas e ferimentos no seu corpo não nos deixam duvidas. E, além disso, eu vejo nossos únicos inimigos os Imortais, um aldeão ou um simples assassino ou bandido não teria chance contra Tenten. Ela deve ter sido encurralada por centenas deles, comparando a mim, eles não eram muito fortes. Mesmo assim deviam ser muitos deles para deixarem-na naquele estado.
- Deve ter sido a doença. – Sasuke encarava Jiraiya como se o real motivo foi a fragilidade no corpo de Tenten.
- Ela não seria derrotada por uma mera doença! – Jiraiya gritava olhando para Sasuke, jamais o vira mostrar raiva ou ódio em todo o tempo que fiquei com ele.
- Não podemos negar Jiraiya-dono. Tenten-san certamente não deve estar bem. Você viu a expressão da médica, a garota não tem uma doença qualquer.
Parecia que Jiraiya-sensei estava sendo apunhalado pelas palavras de Neji. Ver sua tão amada companheira, amiga e acima de tudo filha deitada numa cama gemendo de dor e sofrimento por uma coisa que ele não pode ajudá-la.
- Não. – Respirei fundo e fitei Jiraiya-sensei segurando suas trêmulas mãos. – Tenten-san certamente ficará bem, temos que acreditar nisso. Estou certa que Sté a curará!
Um pouco de alivio acumulou-se nos olhos de Jiraiya-sensei, entretanto ainda aparentavam a mais profunda tristeza.
- Obrigado, Malu. – Jiraiya embora entristecido colocara uma de suas mãos no meu ombro e me olhou sinceramente agradecido. Minhas palavras o fizeram aliviar-se pelo menos um pouco. A satisfação encheu-me.
Caminhamos mais um pouco para adentro da cidade, observando o trabalho árduo e continuo do povo de Yushin.
- Malu-sama!
A mesma garotinha que encontrei mais cedo, aquela que perdera seus pais e seu irmão para os Imortais sorria diante de mim embora seus olhos me mostrassem que o sofrimento e a solidão ainda estavam profundamente presentes em seu cotidiano.
- Venha ver o que eu fiz à senhorita! – Sua formalidade e mesmo assim sua simplicidade me comoviam.
- Certamente.
Sozinha, segui a pequena nórdica e seus cabelos louros e lisos voavam por toda parte e na sua nuca eu consegui ver marcas e mais marcas de machucados, provavelmente feitos no dia em que perdera seus pais.
Andamos por alguns minutos, e o que aparentou chegamos a uma estreita rua em uma das travessas da avenida principal.
- Espere, tenho que contar os tijolos. – Disse a menininha cutucando devagar a parede de pedra. Ela me pareceu preocupa por um instante.
- Achei! Eu estava começando a achar que havia perdido. – Ela suspirava enquanto deslocava uma mediana pedra da parede e retirara um pequeno objeto que não pude ver com clareza, pois a menina escondera fechando um dos punhos.
- Para você. – Com o sorriso aberto contagiante as bochechas um tanto avermelhadas e os olhos fechado evitando os meus, a menina me entregara um símbolo, para mim um símbolo de sua confiança e esperança.
- Obrigada, é realmente lindo. – Agachei-me para alcançar sua altura e abracei-a com a felicidade no rosto.
- Bom, eu vou indo. Tenho que ajudar os adultos, boa sorte, Malu-sama! – A menina já ia embora para fora da rua e entrando novamente na movimentada avenida, desaparecendo de vista.
Ao abrir a palma da minha mão, com aquela pequena pulseira colorida e com o símbolo do norte empregado nela, coloquei-a em meu punho direito. Desejando, não, implorando ao meu destino para que eu o cumpra corretamente.

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Capítulo 26 – Decisão do Destino.

Enquanto voltava para a grande e principal avenida, Jiraiya-sensei junto de Minato, Sasuke e Lee conversavam aos sussurros perto da calçada a uns 300 metros de distancia.
- Aí está ela! Malu-sama! – Lee corria ao meu encontro seu cabelo tigela voando ao vento e suas sobrancelhas grossas intactas perto de seus olhos.
- Sim, Lee-kun? – Perguntei olhando-o ofegar.
- Eles chegarão logo à fronteira de Gondun, um dos primeiros países do Norte! Estamos discutindo nosso plano de ataque, junte-se a nós! – Enquanto Lee me contava senti um calafrio na espinha, mas olhei ao redor. Pensei que quando os Imortais se aproximassem, Yushin entraria em pânico, mas nenhum dos trabalhadores à minha volta mexeu ou fez algum ruído demonstrando terror ou desespero.
Segurando minha mão, Lee me conduzia rapidamente aonde se encontravam os outros.
- Malu, por favor, não fale nada sobre o assunto agora. – Ordenou Minato-sensei. – Vamos para a sala de reuniões dos Kages.
Caminhávamos em silencio. A única coisa que ouvíamos era o trabalho dos moradores de Yushin que dês quando cheguei à cidade me olhavam com expressões de esperanças e jamais paravam seu trabalho, apenas trocando de turnos para não morrerem de exaustão.
Demorou um pouco para chegarmos ao grande casarão onde se realizavam as reuniões, pois nosso passo era um tanto lento, talvez porque estivéssemos pensando e planejando.
- Chegamos. Lee você espera aqui e, por favor, não diga besteiras ok? – Jiraiya-sensei parecia preocupado em deixar Lee sozinho com tamanha informação que ele carregava. – Malu, Minato e Sasuke me acompanhem.
Seguíamos Jiraiya-sensei rapidamente, pressenti que estaríamos atrasados para a reunião.
- Abrem as portas imediatamente! – Mandava Jiraiya-sensei para homens armados em frente a um portão pintado com o símbolo do Norte.
Ao entrarmos, homens com chapeis de diferentes cores olhavam para nós curiosos e surpresos.
- Minato-dono! – Falou um dos homens com um chapéu cor azul-marinho com um peixe em branco em volta de gotas desenhado no centro. – O que os trazem aqui?
- E você ainda está acompanhada da menina dos olhos de prata, Malu-sama. – Era desconfortável ser chamada daquela maneira por um superior daquele calibre. O homem era mediano e seu chapéu laranja amarelado com uma pomba cinza desenhada em volta de nuvens.
- Sim, não temos tempo para apresentações! – Embora Minato pedisse ao senhor Kage de chapéu laranja este viera me cumprimentar erguendo sua mão enrugada para mim e retribui com gentileza.
- Por favor, Minato-dono. – Continuava o homem a falar e apertar docemente minha mão. – Sou Kiryu, Kage e protetor de Gondun.
Fiquei paralisada ao ouvir de onde ele era responsável. Gondun era o país em que os Imortais chegariam logo. Sua expressão doce e gentil ficaria amargurada e desesperada em instantes. Eu temia inutilmente o futuro.
- Desculpe-nos a intromissão em sua reunião senhores Kages, mas tenho uma informação um tanto quanto delicada. – Jiraiya-sensei olhava apreensivo a todos ao seu redor. Os Kages pareciam espantados e preocupados.
- Recebi uma informação que mexerá drasticamente com nosso futuro. Dezenas de milhares de Imortais estão chegando a fronteira de Gondun ou temo que já estejam lá, destruindo e matando tudo e todos.
- Como é?! – O Kage Kiryu gritou com os olhos fulminantes em Jiraya.
- Espere, temos que tratar disso com cuidado! – Falou alto Minato na frente de Kiryu.
- Sim, temos que mandar o exército agora mesmo para Gondun ou tudo estará perdido. – Sasuke se postava a frente com sua irritante e linda voz.
- General, você está encarregado dos procedimentos. – Por essa eu não esperava. Sasuke general?
- Sim, Kiryu-sama. – Respondeu curvando-se.
- Não podemos perder tempo com reuniões! – Falava alto Minato – Vamos mandar as tropas para Gondun imediatamente! A Batalha final e decisiva é lá!
Todos pareciam um tanto nervosos com a decisão e iniciativa de Minato. Imediatamente todos olharam para mim.
- Tenshin dos Olhos de Prata, Malu-sama? –Perguntou Kiryu-sama.
- Bom, não acho que minha opinião valha alguma coisa. Mas vamos seguir o conselho de Minato-sama.
Todos me olharam curiosos e se levantaram em sincronia como se houvessem combinado alguma coisa.
- Agora o que nos falta é contar aos cidadãos e soldados. – Jiraiya-sensei explicava-me, mas parecia nervoso em notificar o povo de Yushin.
- Não se preocupe, eu mesmo farei isso. – Um homem alto e bonito. Jovem e elegante se dirigiu a porta atrás de mim e Jiraiya-sensei.
- Quem é aquele? – Perguntei aos sussurros para Jiraiya-sensei.
- Aquele é o Kage de Tenshin. Shikamaru-sama. Ele é muito sábio e inteligente. Ele saberá lidar com o povo.
Mesmo ele me informando sobre o Kage de Tenshin, não senti firmeza em sua voz.
Saindo do grande casarão. Andamos todos os Kages juntos para o meio da avenida há uns 2km de distancia.


- Meu amado povo! – Shikamaru-sama se dirigiu à uma longa torre móvel por rodas de pedra, e no meio da avenida principal começou seu discurso.
- Shikamaru-sama! Kage-sama! – Gritavam os trabalhadores que pela primeira cessaram seu trabalho.
- Fico orgulhoso do quanto meu povo é esforçado e trabalhador! Trabalharam por dias! O suor de vocês, o cansaço de vocês, fará com que ganhemos essa guerra!
- Shikamaru-sama! – Continuavam a gritar com os sorrisos estampados no rosto.
- Esse dia chegou e vamos à luta sem medo! Amanha os soldados, capitães e generais assim como eu partiremos para a luta final e decisiva de nossas vidas e futuros!
- Kage-sama! Os monstros chegaram!? – Perguntou um jovem shinobi soldado. Ele parecia ter medo de pronunciar o nome dos Imortais.
- Sim! Vamos vencer amanha! Que Deus nos guie em nossa vitória!
O que Jiraiya-sensei temia não aconteceu. Os Tenshins pareciam felizes em finalmente travar a luta com os Imortais e saudavam o Kage de seu país.
- Shikamaru-sama! Skikamaru-sama! A Vitória é nossa! – Gritavam sincronizados todos os trabalhadores, soldados shinobis, crianças, mulheres, idosos e até os outros kages ali presentes.
Com toda aquela motivação para a batalha eu tremia de ansiedade. Uma ansiedade que me sufocava a garganta e peito. Uma ansiedade inútil, pois nada poderia ser evitado. A solução e resolução eram simples. A Morte de todos os Imortais.
Minha ansiedade deu lugar a fascinação e curiosidade. Em questões de apenas alguns minutos os soldados shinobis já estavam postos em seus cavalos, com suas armaduras, armas e vestimentas apropriadas.
- Vamos, Malu. – Sasuke colocava a palma de sua mão no meu ombro.
- Sim, agora é a hora de partirmos para o nosso destino irrecusável e inevitável. – Virei olhando para ele, obrigando-o a retirar sua mão.
- Sasuke apronte o exército, você é o encarregado. – Jiraiya-sensei virava-se para nós. – Vou avisar a Lee que vamos partir, sei que ele já tem conhecimento mas só para afirmar que ele não vai para a batalha.
- E Neji sensei? – Perguntei cautelosamente.
- Ele virá para a Batalha. Kakashi-san e Tenten ficaram com Sté até estiverem curados o que pode demorar um pouco, mesmo para Kakashi-san.
- Certo. – Respondi desanimada. Eu não podia estar. Ele estava ferido. No entanto queria que ele estivesse do meu lado no momento decisivo.
Jiraiya-sensei e Sasuke dirigiam-se aos seus destinos e eu fui me preparar no quarto que me reservaram anteriormente.
Com o capuz me cobrindo o rosto, segui pela avenida abarrotada. Tudo estava um caos, mas também frenético. Estavam entusiasmados por estar indo em direção à guerra, à possível dor.
Chegando novamente ao casarão, fui para o quarto em que anteriormente eu dormira.
Na gaveta peguei o embrulho que Minato me dera e o desembrulhei.
- L-lindo... – Gaguejei para mim mesma admirando a peça de roupa que ganhara. Bela sem duvida. Confortável também ao experimentá-la. Com meus ombros e braços nus eu poderia ter grande mobilidade. E nada atrapalhava minhas mãos. Magnífica e prática.
No espelho da penteadora a esquerda da porta, sentei e penteei meu longo cabelo negro e liso com algumas ondas que realçavam os meus olhos negros feitos o escuro da noite com algumas estrelas faiscantes.
Desci escada a baixo e me deparei com Sasuke segurando dois cavalos lindíssimos. Não eram cavalos comuns. Os dois possuíam asas. Um deles era de um preto azulado, mais azul marinho que preto, com asas gigantescas, descansadas sobre o corpo preto musculoso e perfeito. O outro possuía um chifre pontudo no meio da branca rosada testa. O corpo também musculoso, mas um pouco mais fino era de um branco intenso e brilhante assim como a longa e lisa cauda. Suas asas tão belas quanto as de um anjo.
- Você cavalgará comigo. Eu permanecerei com você não só no caminho como também na hora da luta. – Me incomodava ouvir aquilo embora sua voz fosse uma melodia aos meus ouvidos. Mas minha mente e alma desejavam outra pessoa em seu lugar.
- Temo que não possa negar. – Olhei para os lindos cavalos em vez para Sasuke.
Montei sem dificuldade apesar de nunca ter montado em uma criatura divina como aquela.
Caminhamos na avenida vazia. Estava perplexa. Todo aquele movimento em apenas um curto período se fora e deu lugar a um silencio irritante.
Passando em frente ao hospital, olhei para a janela que se encontrava o quarto de Kakashi-san. Fechei os olhos e orei para que nos encontrássemos de novo.
- Estamos chegando, prepare seu coração.
Sasuke estava certo. Ao sairmos e chegarmos aos limites dos portões de Yushin meus olhos se perderam na grande quantidade de shinobis que havia. Era impressionante. Senti o frenesi em meu corpo e a ansiedade novamente.
Assim como eu e Sasuke, todos os kages, Jiraiya e Neji montavam cavalos com asas enormes, mas nenhum possuía asas maiores como os do cavalo que eu estava montando.
- Vamos à vitória! – Shikamaru-sama deu o sinal do inicio de nossa viagem até Gondun.
Marchávamos rapidamente por uma campina imensa e verde gelada. Eu já perdia o portão de Yushin de vista. Olhei pela ultima vez para traz e só pensava em uma coisa:
- Kakashi-san. – Sussurrei.

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Capítulo 27 - Rumo à Batalha


O vento soprava em nossos rostos gelados pela brisa e distribuía o cheiro de uma batalha terrível que estava cada vez mais se aproximava. O som do marchar dos shinobis soldados e os cascos dos grandes cavalos com asas eram os únicos ruídos. Suas feições não mostravam medo ou duvida. Eram determinadas. A vontade da luta e da liberdade eram o que moviam ferozmente aqueles dois mil soldados. Eles lutariam para proteger o que restava dos seres humanos livres em Sekai e libertariam aqueles que estavam acorrentados pelos seus inimigos.
Diferente deles, meu coração voava longe nas nuvens, longe de uma determinação ou vontade de uma luta. Meus olhos, mesmo fortes como eram, pareciam frágeis ao olhar o vasto céu azulado. A atmosfera comprimia meus pensamentos que só focavam-se em minhas lembranças, sejam elas as mais terríveis ou tristes. Eu não queria admitir mesmo que me fosse obrigada. Aceitar o fato de que aquelas mãos que eu possuía iriam purificar vidas de uma maneira anormal. Entretanto, em meio a minha particular confusão, veio o soar de centenas de esperanças. Esperanças as quais me acorrentavam a um destino que eu já aceitara e jamais voltaria atrás.
Embora minha inquietação e hesitação perante o futuro incerto, eu deveria honrar a vida daqueles que foram mortos cruelmente e inocentemente nas mãos de meus inimigos aos quais marcham sem parar em nossa direção. Meus olhos pensativos voltaram-se para novamente os soldados que marchavam atrás de mim e de seus outros superiores. Eles não piscavam ou eu certamente mal notava. O olhar de guerreiros preparados para a morte. Era fascinante observá-los. Eles não sentiam a hesitação que eu intensamente sentia. Para eles, a morte dos inimigos era tão importante quanto o obedecer de ordens ou o amor a um ente querido. Era a meta e objetivo total de cada individuo a quem eu observava. Eles eram os vingadores.
Esta era a classificação deles assim como a minha. Eu não estava aqui pelo que a profecia dizia. “Proteger o Futuro”. Não passava de uma idéia hipócrita que faria ao portador dos olhos de prata poderosos a lutar pela humanidade se não pelo Norte e não por si próprio ou por seus ideais e desejos. Eu estava indo a luta para vingar o passado e o presente. O planejar de um futuro era algo sem propósito. Nessa era em que vivemos se não se concentrar no presente, jamais terá um futuro. O passado carregava as mágoas para o presente que se arrastariam para o futuro e este ciclo se repetiria pela eternidade sem a existência, de nós, vingadores.
Sim, os vingadores eram aqueles que interromperiam este vicioso ciclo. Matando os causadores de sofrimento no passado, tornaríamos o presente e assim o futuro melhor e mais adequado de se viver.
Eu não estava presente e galopava para a guerra por ideais ou ordens de alguma entidade superior e soberana, denominadas de kages. Eu não lutaria para proteger o futuro. Eu lutaria para vingar o passado e a morte de meus amigos e familiares. Eu lutava por Falcão e não pelo Norte. Embora egoísta esse pensamento, era minha verdade mais profunda. Entretanto, eu faria dessa vingança pela destruição e morte de minha vila uma oportunidade de futuro e vida as outras vilas e pessoas.
Essa era a razão de marcharmos. Todos ali presentes compreendiam. Mesmo que não falassem, nossos corações sentiam e entre eles se entendiam.
Ao crepúsculo nos aproximávamos de Gondun e à batalha. Os passos cada vez ficavam mais pesados e irregulares como se os soldados ansiavam em rasgar a carne do inimigo. Em meio ao enorme espaço amplo e sem árvores, apenas com grama ainda molhada pelo gelo pisávamos e paramos ao sinal de Minato.
Nossos sentidos e corações chacoalhavam. A sensação e presença do inimigo estavam muito próximas. Estávamos começando a nos desorganizar, o caos estava se formando, não por causa de um medo súbito de morte, mas a ansiedade pela destruição dos Imortais.
- Acalmem-se! Fiquem em suas posições, logo eles aparecerão! – A voz de superior de Minato acalmou a todos e estes voltaram as suas posições originais.
Ao longe, mas não muito, podíamos enxergar árvores de densas folhagens. Atrás daquelas árvores se encontrava Gondun. Demos alguns passos quando paramos feitos estátuas. Surgiam das árvores os temíveis Imortais. Um após o outro foram aparecendo. Centenas se agrupavam em cinco grupos afastados um pouco um dos outros analisando nossas reações. Havia ali pelo menos uns oito mil Imortais preparados fortemente para a guerra. Armaduras grossas e resistentes, impenetráveis aos nossos olhos. Meu coração e sentidos borbulhavam. Eles eram muito numerosos, e os perdia de vista. Jamais conseguiria contá-los.
Embora o gigantesco número de Imortais, os shinobis nórdicos assim como Sasuke e eu não hesitamos ou recuamos um instante, até mesmo os próprios Imortais pareciam preocupados com nossas posições.
Eles avançaram um pouco adiante. Deixando todos os soldados Imortais para fora inteiramente da floresta de coníferas. Posicionados e assustadoramente determinados e preparados olhavam-nos com desprezo assim como nós retribuíamos de mesma forma. Nosso rancor seria o sentimento que os levaria a aniquilação.
- Vejo que eles estão um pouco hesitantes na batalha. – Sasuke sussurrava ao meu lado, certamente eu era a única a ouvi-lo.
- O que quer dizer? – Olhei para ele sem hesitar.
-Eles estão preocupados com a batalha, estão desconfiados de uma possível derrota. Vê que Naruto, o líder deles assim como C o traidor e Uchiha Itachi meu irmão estão postos a frente. Eles entrarão na batalha antes do exército. Provavelmente eles virão atrás de você, eles conhecem a profecia melhor do que qualquer nórdico.
- Não me dê respostas ambíguas. – Eu estava começando a ficar irritada.
- Não se preocupem. Eu protegerei você. – Ele sorriu ao olhar a minha irritação.
- Não é você quem eu quero. – Minha resposta o fez o calar e voltar o olhar para os Imortais.
Com seu majestoso cavalos, Minato cavalgo em frente de todos os guerreiros nórdicos dizendo palavras gloriosas que encorajavam a todos.
- Guerreiros, amigos e companheiros! Hoje será o dia que marcará não apenas nossas honráveis vidas, mas o destino e história da humanidade. Nossas crianças dependem de nós para a salvação. Marcharemos rumo a vitória!
- Sim! Honra ao Norte! Honra a Sekai! Honra à Tenshin de Olhos Prateados! – Estavam todos gritando com os sorrisos abertos, mesmo minha aparente vergonha, não podia deixar de me sentir satisfeita e feliz pela determinação de todos.
O chão começou a tremer. Os Imortais agora marchavam em ataque à nossa posição. Naruto, C e Itachi vinham na frente de todos, o olhar de C em alguma figura perto de mim, enquanto Itachi focava Sasuke. Ao meu lado senti o toque de uma mão no meu pé direito. Olhei para baixo e me deparei com uma pessoa a quem minha saudade sufocava o coração.
- Olá, Malu.
O sorriso dela invadiu em cheio dentro de mim. Cacau, parada ao meu lado com a feição simpática como sempre. Sua armadura tinha o emblema da nossa vila. O Grande Falcão. A felicidade preencheu-me.
- Você não tem idéia da felicidade em te ver antes da batalha final e decisiva. Tenho que te dizer, que é minha melhor amiga!
Cacau olhou-me satisfeita. Seu sorriso embora escondido podia se notar no canto de sua boca.
- Isso é para você da Mah e de mim.
Erguendo-se para mim com a mão fechada em punho, depositou na palma de minha mão um pequeno falcão de prata com os olhos em cristal. Não sabia descrever minha felicidade. O presente foi fechado em minha mão pelos dedos de Cacau que continuava a sorrir escondida.
- Deixe C comigo ok? Não precisa se esforçar com ele, eu acabarei com a raça do maldito. Traidor sem vergonha. Vou fazer sangue jorrar de sua boca. – Depois de suas palavras alteradas saiu em meio aos outros guerreiros e podia ver o olhar de C a seguindo aonde quer que ela fosse.
Lembrando as palavras de Cacau, não puder conter um pouco do meu riso. Era hilário ver uma pessoa tão quieta e tímida falar daquela maneira. Ela devia ter alguma coisa no passado com C, para ter uma relação como essa.
Os Imortais começavam a marchar. Seguindo de Minato todos os nórdicos e guerreiros acompanhavam o começar do galope de seu cavalo castanho de asas brancas e belas. O andar e logo após o galope de meu cavalo, denominado de Yuki, neve em outras palavras, fazia meu coração pular. O som das armaduras e armas se movendo davam ainda mais frenesi à batalha a cada passo mais inevitável. Estávamos a caminho da morte ou da vida. Certamente purificarei quantos eu conseguir para dar uma chance às crianças ainda vivas e honrar a morte daqueles que já se foram por eles. Mas a falta dele ainda cutucava meu coração. Queria que estivesse ali caso eu morresse. Sentir novamente o som de sua voz e o toque de sua mão e a intensidade de seu olhar. Será que algum dia veria o que estaria atrás daquela máscara a qual esconde seus verdadeiros sentimentos e pensamentos. Mas não devia pensar naquilo agora. Eu embora não quisesse agradecia por não estar presente, caso ele morresse eu despedaçaria junto. Mesmo que eu não admitisse ou evitava admitir, eu sentia algo mais, mesmo que eu não falasse, sabia que ele entenderia. A razão de minha existência era a existência dele.
- Me deseje sorte, Kakashi-san.

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Capítulo 28 - Morte e Guerra.

A batalha final e decisiva chegara. Em Yuki, meu dócil e majestoso eqüino, conseguia sentir as vibrações dos pesados pés dos soldados shinobis atrás de nós. A cada passo uma vida se dirigia para a provável morte mais não a impossível vitória. Eles preparavam suas armas já que estávamos a menos de 200 metros dos inimigos odiosos. Chocaríamos com eles por uma chance de liberdade e vingança. Eu certamente, não desejava meu fim e nem o de ninguém.
- Vamos acabar com eles! – Gritava Minato à frente de todos.
- Sim! – Gritavam todos os soldados inclusive os próprios kages.
Estávamos agora a menos de 100 metros, se não 50. A esse ponto não temia a minha nem a morte de meus inimigos. Mas não queria que nenhum companheiro a quem eu estimasse tanto morresse diante de meus olhos. Eu não apenas lutaria por mim, mas por todos.
- Agora! – Mais uma vez grita Minato.
No instante em que a palavra de Minato alcançou meus ouvidos, o estrondo como de um trovão surgira. O choque de Imortais, todos absolutamente oito mil indivíduos, contra os nossos dois mil soldados foi ensurdecedor.
Em cima de Yuki, eu consegui ter uma visão melhor do que estava acontecendo. Mesmo numerosos, os Imortais não eram habilidosos. Eu pude ver alguns Nórdicos matarem inúmeros imortais em questões de minutos. Sem dúvida, nossos inimigos não poderiam ter sido chamados de poderosos e sim de infinitos. Quando mais se matava, mais apareciam para nos atacar. Doía ver os nórdicos sendo atacados pelos Imortais, era algo abominável.
Tirando meus olhos dos soldados a quem eu nunca conhecera, olhei para Sasuke que estava a uns cem metros longe de mim. Em cima de seu negro cavalo, e com sua lança e espadas, matava em alguns instantes, centenas de Imortais. Pude ver seu rosto, contorcido e olhos opacos. Eu talvez não compreendesse direito, mas matar os Imortais para ele também era difícil.
Quanto a mim em cima de Yuki, era estranho porque nenhum Imortal se aproximava. Eles me evitavam. Talvez tivessem medo de meus poderes. Não tinha uma explicação plausível. Eu pensava que seria a primeira a quem eles atacariam. Isto não estava acontecendo, eles mantinham uma distancia considerável de mim.
- Eles estão vindo. – Ao lado de nós, ensangüentado dos pés até a cabeça, Minato com o rosto completamente manchado de sangue por suas vitimas inimigas, olhava para frente de nós com os olhos em chamas.
Ao virar para onde Minato olhava, eu e Sasuke percebemos Naruto, C e Itachi caminhando em grandes cavalos espectrais de olhos vermelhos e patas pesadas.
- Nossa batalha particular está chegando. – Ao meu lado esquerdo, parada e com os olhos iguais a de Minato, Cacau falava. – Vamos acabar com eles.
- Sim. – Sussurrou Sasuke olhando seu irmão sem compaixão.
Eles continuavam a caminhar em nossa direção. Com os olhos presos em seus adversários.
- Malu. – Novamente Sasuke. – Apenas observe, creio que nenhum Imortal vai vir atrás de você, então melhor você mesma ir atrás deles.
- Sim, não vou ficar de fora. – Deixei os três esperando seus adversários e saí a galope rápido com Yuki. Uma ultima olhada para trás percebi a luta começando, Minato e Naruto foram os primeiros. Devia ser difícil para Minato encarar e provavelmente matar seu próprio filho.
Ainda em galope rápido percebi o quão longe os Imortais e Nórdicos assim como Jiraiya, Neji e meus antigos amigos de Falcão estavam.
- Yuki. – Ao pronunciar seu nome, o gracioso cavalo levantou suas orelhas e seus grandes olhos e intensos viraram-se para mim. – Quando chegarmos perto deles, por favor, me deixe e volte para Yushin. Com você, não conseguirei usar meu poderes.
Relinchando baixo entendi sua resposta afirmativa e aumentou o passo de seu galope, era inacreditável sua velocidade.
Há apenas alguns metros Yuki parou e desci de suas costas e ele partiu a um galope rápido em direção de volta à Yushin. Virando-me para minha batalha, preparei meu chakra Shin. E ele se apoderou de meu corpo. Pude sentir o poder fluindo. Meus olhos despertaram.
- Vamos, está na hora da aniquilação de vocês. – falei ao vento.
Percebendo minha presença, um Imortal chamara mais dezenas consigo. Eles vinham em minha direção com suas armas ensangüentadas.
- Chegou a hora de honrar o destino a quem me foi reservado.
Depois de minhas ultimas palavras, acumulei em minhas duas mãos o chakra Shin. Eu não os temia assim como não temia minha morte. Este era meu destino.
Parecia mais uma dança e eu era a protagonista. Os Imortais, meus ajudantes. Era surpreendente a facilidade que eu sentia em purificá-los. Uma após a outra suas almas saiam de seus corpos como nuvens brancas que infestavam a atmosfera gélida. Eles não me tocavam. Eu não os dava tempo. Era como se eu controlasse seus movimentos rudes e abertos. Mas a infinidade de Imortais me assustava. Meus pés não paravam de se mover e minhas mãos tocavam inúmeros corpos sem parar, até as nuvens brancas começavam a embaçar de tantas.
A grama estava gelada e com meus pés descalços, sentia o frio percorrendo meu corpo. Era gostoso. O calor dos meus movimentos eram refrescados ao toque de meus pés ao solo. Eu não parava. Sem hesitar purificava todos aqueles seres grotescos de feridas no rosto e cheiro ruim. Cada um carregava uma arma diferente e armadura iguais. Usavam capacetes que só cobriam a cabeça e o contorno nos olhos e com o emblema deles, o emblema de uma mão. A Mão Imortal. Era para eles como um Falcão ou um Dragão para o Norte. Abaixo do pesado e preto capacete eram descobertos o nariz e a boca finos e estranhos com varias diferentes cicatrizes cada um. O pescoço também não era protegido, talvez para deixar com que os Imortais respirassem melhor. O peito assim como a barriga, braços e pernas inteiras eram cobertas por espessas e pesadas armaduras de aço ou quem sabe titânio. Tirando as mãos e os pés aos quais permaneciam nus sem a presença de qualquer proteção. O jeito mais fácil de eu matá-los era tocando o pescoço.
No meio de minha suposta dança ouvi o som da batalha de pessoas conhecidas próximas a mim. Minato e Naruto estavam a menos de cem metros perto de mim e lutavam. Minato aparentava mais ferido e canssado que seu filho, o qual as manchas de sangue eram muitas, mais provavelmente eram as de seu pai.
- Desista. Você não tem a força para me matar. – Dizia calmamente Naruto que matinha o olhar e feições sérias e calmas.
- Eu não morrerei até lhe tirar a vida. Assim como a lhe dei, tirarei de você! – Arfando, Minato encontrava dificuldade nas palavras.
- Preste atenção bruxa de olhos de prata! – Um Imortal atrás de mim vinha com um lança com um machado na ponta com grande velocidade. Apenas olhei-o sem diferença.
- Pensei que estaria com aquele imbecil do Kakashi. Soube que ele saiu quase morto pelo meu general, Itachi. Disseram que era de cão guarda-costas. Hahaha, fracote!
- Pode-me xingar de tudo. Mas não ouse pronunciar ou se referir a ele desse jeito! – Eu fiquei irada com a colocação do maldito Imortal. Sem usar meu estilo Shin, retirei de meu bolso que ficava na minha coxa direita, uma longa e fina faca que estava fechada por uma bainha com o emblema de minha vila. Retirando-a, com muita força enfiei a faca no pescoço do inimigo. O sangue acabou jorrando em meu rosto. Ele caíra duro no chão. Imóvel, apenas seus lábios moveram-se.
- Vejo que gosta de jorrar sangue. Pensei que a pessoa da profecia era alguém extremamente pura, que se negava a utilização de armas e o derramamento de sangue. Você é uma farsa! – cuspiu ele que quase me atingiu.
- Fale o que quiser. Mas não ache que eu deixarei impune alguém que fala de mais como você. – Retirando a faca, ele parara de falar e morreu no solo ensangüentado.
Sai de cima de seu nojento corpo. Voltei meu olhar para a luta de Minato e Naruto que ainda continuava. Minato parecia ainda mais prejudicado, cuspia sangue de sua boca. Perguntava-me se deveria ajudá-lo, mas hesitava por achar que feriria seu orgulho.
- Desista. Não me faça matá-lo. Prefiro que alguém o faça. – Afirmou Naruto que não apresentava cansaço.
- Não quer você mesmo matar seu pai? – Sorriu um pouco Minato, com sangue nos dentes.
- Eu queria matar alguém forte, digno de ser chamado de meu pai. Mais você é um fraco, merece ser chamado de lixo. Mas você é pior que isso.
O ódio e desprezo me controlaram, eu estava prestes a ir ao pescoço de Naruto e arrancar-lhe a cabeça. Mas fui impedida.
- Não me segure, Jiraiya-sensei! Ele merece algo pior que a morte! – Eu gritava com Jiraiya que estava à minha frente.
- Ele matará o Naruto, espere para ver, afinal ele também foi um de meus pupilos. – Falando baixo, ele virou-se para ver seu antigo aluno.
Na luta entre pai e filho, Minato parou e olhou para o céu naquele instante azulado e negro. As estrelas iluminavam o campo de batalha e seu rosto. Ensangüentado, mas o sorriso aberto. Fechou os olhos. Gotas de chuva agora faziam o cenário. As finas mas infinitas gotas tocavam não só o meu e o corpo de Jiraiya, mas fez com que o rosto de Minato, parecesse chorar sangue. Pingando em todo seu corpo ele continuava a sorrir para céu, embora chovendo, não estava nublado.
- Desculpe-me Kushima, minha falecida esposa. – Saindo de sua pose e parando o sorriso ele tornou suas feições sérias. Olhou profunda e intensamente para Naruto, seu único e próprio filho.
Em grande velocidade, que mais parecia um trovão no solo, Minato correra em direção ao Naruto.
- Ele vai usar aquilo. – Afirmou ao meu lado Jiraiya.
Eu não conseguia tirar meus olhos daquela velocidade toda. Era inacreditável e impossível. Assim como sua velocidade, o ataque de Minato também fora ensurdecedor e tinha a forma de um trovão. Uma fumaça surgira diante de nós. Era formidável.
- Ele conseguiu. – Afirmou novamente Jiraiya.
A fumaça ainda era densa, não conseguíamos ver nada, mas aos poucos foi se dispersando.
- Não vejo nada. – Afirmei para mim mesma.
Aos poucos conseguíamos ver o resultado do ataque, mas foi o pior possível.
- Eu disse, você é fraco. – A voz de Naruto planou no ar.
- Como pude ter criado um filho assim? Eu merecia apenas a morte mesmo, por ser pai de uma existência tão desprezível. Fico feliz por Kushima não ver isso.
A mão de Naruto perfurara o peito na altura do coração de Minato. Eu conseguia ouvir o sangue caindo pesadamente. Os olhos de Minato já haviam se fechado quando eu olhei. Morto, pelo seu filho.
- Você é a próxima, Tenshin dos Olhos de Prata. – Seus olhos tão azuis quanto os de Minato me fitavam ferozmente.
Não me movi diante da situação assim como Jiraiya. Estávamos perplexos de mais para compreender ou admitir. Aos poucos caminhei até o ocorrido. Jiraiya agora segurava o corpo de seu antigo pupilo. Embora escondido pela chuva ele também chorava, assim como eu.
- Por favor, não venha. – Orava por ele na minha mente, aquele a quem eu mais temia a vida.

Última edição por Malu em 13/1/2009, 18:12, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : ops, muitas sign! xD)

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The Avengers
Capítulo 29 - Através do Amor.

Seu sangue não parava de escorrer pelos braços fortes de Jiraiya. Nossas lágrimas não cessavam. Perder Minato foi muito forte.
- Vou levá-lo para longe do campo de batalha. – Soluçava Jiraiya levantando com seu pupilo nos braços.
- Sim, quando a guerra acabar, vamos realizar um funeral digno. – Enxugava as lágrimas misturadas com as poucas gotas que ainda caiam. O céu parara de chorar.
Com o corpo erguido e ainda o sangue de Minato pingando no chão agora molhado e ensangüentado, Jiraiya seguia para longe.
Os Imortais lutavam distantes com os Nórdicos. Pisando forte e rapidamente, mas sem correr, segui para onde se matavam.
- Não vai ser agora que vou parar. – Falava novamente para o vento gelado.
Já estava perto deles. Novamente comecei meu ritual de purificação. Novamente a nuvem de fumaças brancas tomou conta da paisagem, foi quando percebi um desastre.
- O-oque está acontecendo? – perguntei a mim mesma.
No meu horizonte, vi uma paisagem drástica. Centenas de Nórdicos, mortos e ensangüentados no chão ensopado.
- T-tenshin...
Uma voz vinha ao fundo. Ao me virar para onde ouvia a voz, me deparei com um soldado caído com vários cortes em todo o corpo.
- Espere, vou ajudá-lo! – Me dirigi rapidamente para o homem. Ele segurou uma de minhas mãos com seus dedos manchados.
- Por favor, salve nosso mundo! – Sua voz falhava e seus dedos relaxaram. Embora seus olhos ainda estivessem abertos notei que falecera.
- Vou fazer qualquer coisa para não trazer mais sofrimento a todos nós. – Após minhas ultimas palavras fechei os olhos do falecido homem com minha mão.
Levantei e olhei para todos aqueles corpos dos homens que lutavam não só pela sua própria liberdade como a de todos. E avancei para continuar a purificação desse seres nojentos e odiosos.
Eu seguia sem parar aonde quer que apareçam Imortais, e assim os purificava. Não sei por quanto tempo ou quantos purifiquei, mas parecia que o inimigo e a guerra estariam longe de acabar totalmente.
- Vamos Itachi, pensei que era mais durão! – Ouvi uma voz as minhas costas.
- Hahaha, se enxergue aniki. Sua morte está próxima! – Ao me virar, notei Sasuke e seu irmão mais novo, Itachi lutarem entre si.
Eles estavam a uns 200 metros mas podia ouvir claramente o que falavam, pois gritavam aos ventos com insultos de um para o outro.
- Não morrerei até acabar com você! – Sasuke gritava.
- Acabei de receber um sinal. Parece que meu rei matou o kage Minato.
Sasuke parou ao ouvir a tragédia. Não piscou ou se quer falou ou se moveu.
- Mais um motivo para acabar com você e com todos os outros merdas dos Imortais! – Sasuke gritava com muita força.
Itachi ria de suas palavras. Ria com deboche. Com desprezo. Isso não era coisa que se faça em uma luta como aquela.
- Eu vou acabar com sua raça veado! – Sasuke ficara irado, e descontava nas palavras.
- Pode vir, Sasuke Da Lamina D’água! Hahahaa! Nome ridículo! – Itachi não perdoava nos deboches.
Enquanto isso mais Imortais apareciam atrás ou diante de mim. Eu não retirava meus olhos daquela batalha Eu realmente temia por Sasuke, não podia ignorar isso.
- Não enche o saco! – Falava para um Imortal enquanto ele aparecia no meu lado esquerdo com o que parecia um arpão. Sem dificuldades, retirei e purifiquei sua alma miserável.
Eu assistia a luta deles mesmo de longe. Eles pareciam empatados, mas o estado de Sasuke parecia um pouco melhor do que o de Itachi.
- Já cansei de você! Sempre o centro das atenções dês de que éramos pequenos! Todos em Falcão te idolatravam e diziam que eu seria apenas sua eterna sombra! – Agora Itachi começava a justificar sua vontade de matar seu irmão mais velho. Ele mais parecia querer afirmar para si próprio.
- Pare com essa merda toda! Você é tão fraco que preciso abandonar a vila para mostrar que era forte! Sua existência é fraca, e nunca vai admitir isso!
Itachi não se conteve. Partiu numa velocidade impressionante. Pude notar uma sutil diferença em seu Sharigan que igualmente ao de Sasuke já estava no nível três.
- Vou usar minha técnica suprema para acabar com você de vez! – Anunciava ferozmente Itachi que já estava de cara a um palmo de distancia de Sasuke.
- Use o que quiser! – Respondia em mesmo tom para Sasuke.
Das ultimas palavras de Sasuke aconteceu um estrondo, assim como uma bomba. Muita fumaça, não enxerguei nada. Não podia dizer se Sasuke estava vivo ou morto, mas certamente algo não estava certo.
- Olhe atentamente com esses seus malditos olhos! – A voz era de Itachi, fria e flamejante ao mesmo tempo.
A fumaça se dispersara. Pude ver algo inédito. Sasuke estava paralisado, se não congelado com seu sharigan preso em mim.
- Pare! – Gritava ele. Apenas seus lábios e olhos se moviam.
Senti um ar gelado e áspero atrás de mim, mais precisamente em minha diagonal. Parado sentia uma respiração calma, profunda e pesada. O frio toque de sua mão em meu ombro direito. Não me virei por estar paralisada de um grande e insuportável susto.
- Morra de uma vez! Vamos ver o desespero de meu irmão! – A voz de Itachi soava em meus ouvidos.
Senti novamente uma longa brisa gelada aonde se encontrava Itachi, ele acabara de retirar sua lança presa em suas costas. Sentia-a dirigindo-se a mim. Meus olhos ainda estavam presos no sharingan e rosto de Sasuke. Eu não conseguiria me fugir. Eu morreria ali, assustada.
Agora uma brisa muito mais rápida e cortante. Deu-me calafrios.
- Feche os olhos. – Uma mão gentilmente fechara meus olhos rapidamente.
- Sasuke...
- Eu realmente, amei você. Ainda amo. Espero que possa me perdoar algum dia. – Sua voz era confortante e gentil. Pude ouvir seu rosto contrair um sorriso largo e satisfeito.
- Mas o que...? – A voz de Itachi estava fraca e surpreendida.
- Vamos embora, irmãozinho... – A voz de Sasuke foi se afastando e sua mão desencostou rápida e gentilmente de meu rosto. Não pude entender rapidamente o que aconteceu. O vento atrás de mim era longo e denso. Os dois se afastaram rapidamente de mim e muito longe. Ao virar meu rosto por instinto, mas ainda com os olhos fechados, senti uma grande luz, forte e muito intensa igual a um Sol reluzente. Entretanto, a ausência do som me inquietou e atrevi a abrir os olhos diante daquela luz.
Ao abrir os olhos, a claridade predominou no cenário do meu horizonte. Com dificuldade tentava abrir mais um pouco e notei uma fita se não um lenço flutuando. A claridade terminava e consegui ver o que realmente era. Planando e caindo levemente no chão queimado e com a forma como o de uma cratera, a bandana de Falcão, com seu grande Falcão predominando em todo o aço da bandana era de ninguém mais que de Sasuke, com suas manchas de sangue de sua longa batalha com seu irmão.
- S-sasuke...
Eu caminhei até o centro da cratera que estava fria embora queimada e encontrei-me apenas com a bandana. Não havia sinal nem de Sasuke nem de Itachi. Eles simplesmente desapareceram. Eles absolutamente estavam mortos. Sasuke se matou usando uma de suas técnicas, para silenciar e destruir para sempre o rancor e ódio que tinha com seu irmão.
Eu chorava silenciosamente. Chorava, pois nunca me esquecera dele. Era difícil vê-lo desaparecer para sempre e eu não poder fazer nada. Era frustrante. Meu rancor contra ele não tinha mais sentido naquele momento. Eu desejava que ele ainda estivesse vivo para dizer-lhe:
- Sasuke ... Eu te perdôo.
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