Ilhas da Região 2

Outrora uma terra fértil com suas criaturas únicas e flora misteriosa, Ithil'thol já é muito diferente do que era. A ilha é conhecida pela misteriosa segunda Lua, uma esfera rochosa misteriosa que paira acima da ilha. Embora chamativa, a ilha não havia despertado o interesse de ninguém até que alguns rumores sobre uma riqueza escondida chegassem aos ouvidos da Marinha. Dizem que quem teria descoberto essa riqueza teria sido o sr. Ultred, o homem mais rico da ilha, que agora é repleta de construções tecnológicas, laboratórios de pesquisa e marinheiros. Ninguém sabe dizer, no entanto, qual é o segredo e porque o sr. Ultred não ficou com a riqueza toda, apesar de parecer que não dá para ter mais dinheiro do que ele tem (porque isso ele não faz questão nenhuma de esconder).

As tentativas de descobrir se há algo - e, nesse caso, o quê -, dentro da segunda Lua, foram inúmeras. Um campo de força impede qualquer ser vivo ou não vivo de sequer tocar o local, e alguns que já tentaram dizem que até o ar não chega muito perto da segunda Lua. Os nativos ou simplesmente mais experientes da ilha acham bem divertido ver as pessoas tentando e caírem inclusive, e riem à beça. No entanto, o maior show mesmo é à noite, quando a esfera exibe um brilho pálido sobre toda a ilha.

Antes da ocupação da Marinha, ela era completamente coberta pela Floresta da Lua, que é conhecidíssima por exibir espécies de plantas e animais únicas do local. O centro da ilha, logo abaixo da segunda Lua, atualmente, é ocupado pela Cidade da Lua, com comércio rico e várias ocupações da Marinha. Há um pequeno porto em expansão no local, protegido pela Marinha.

Os humanos nativos da ilha são conhecidos como Filhos da Lua e ninguém sabe há quanto tempo eles estão na ilha, assim como ninguém sabe o que é a segunda Lua. O melhor que conseguiram foi um pacto de não agressão porque, embora em menor número, os Filhos são conhecedores da Floresta, versados no uso de arco e venenos, e abateram muitos soldados da Marinha. Existe, ainda, uma antiga lenda que diz que: "Quando a última gota de sangue nativo for derramada, a lua cairá sobre o mundo, trazendo a completa destruição". A Marinha preferiu nunca arriscar, pois ela mesma e os Filhos da Lua sabem muito bem, que foi o líder tribo quem colocou a segunda lua no céu, e que esse poder vem passando de geração pra geração. Atualmente não são vistos desde que fizeram o acordo com a Marinha. No entanto, muitas mortes na floresta são atribuídas a eles.

Logo que se chega em Beast World, é nítido que se trata da maior ilha conhecida. Os métodos mais avançados de cartografia e navegação já constataram que em termos de área de terra contínua, Beast World perde apenas para a própria Red Line. Ainda assim, a ilha não chega a se estender por todo o Novo Mundo e nem a atravessar o Calm Belt. Entretanto, ao que se adentra o território dessa terra monstruosa, percebe-se aos poucos que as medições externas não parecem nada precisas. Por algum motivo incompreensível, a ilha aparenta ser dezenas ou talvez até centenas de vezes maior do que aquilo que se observa do lado de fora. E este tamanho extremo, obviamente também se reflete em sua fauna, flora e demais elementos. Sabe-se que esta é a terra de origem da espécie dos gigantes, porém pouquíssimo se tem catalogado sobre as outras espécies existentes aqui. O pouco que se sabe advém das antigas lendas repassadas de geração em geração pelos gigantes que aqui habitam. Ainda que não pareça - devido à extensão de terra ser significante -, até mesmo os próprios gigantes vivem espalhados por somente o litoral mais externo. As terras mais profundas, que se estendem do interior do novo mundo em sentido ao calm belt, abrigam seres das qualidades e características mais exóticas possíveis. As lendas retratam até mesmo algumas bestas de capacidades supostamente místicas e de tamanhos tão exagerados que até mesmo os próprios gigantes parecem pequenos perto delas. Um absoluto terror diante do desconhecido é a única coisa que os poucos sobreviventes  conseguem descrever.

Entretanto, ainda que o interior soe como um outro mundo, a vida no litoral de Beast World pode se mostrar razoavelmente pacífica. No limite do possível para uma terra povoada por gigantes, claro, que constantemente parecem passar por conflitos entre as tribos e reinos distribuídas pelo território. Por um lado delimitado pelo mar e pelo outro por uma gigantesca cadeia de montanhas, essa faixa litorânea é compostas por cadeias de montanhas menores - mas que, ainda assim, são consideradas obstáculos mesmo pelos gigantes - intercaladas com longas planícies. A maior parte dessa faixa de terra, que começa nos limites do mar do novo mundo com o calm belt e circunda a ilha até o limite semelhante do outro lado, é povoada pelas mais diversas tribos de guerreiros gigantes. Entretanto, em meio a tantos grupos de gigantes, existem conjuntos que conseguiram atingir a categoria de reino durante os séculos. Os dois reinos de gigantes mais significantes são os Reino Taiyō e Reino Lleuad. O Reino Taiyō é governado pela Rainha Sol, Ōhirume, e como é de se esperar, toda sua cultura é baseada em torno do sol: desde a filosofia até a religião. Buscam o calor e a luz que o sol pode projetar sobre as sombras, eliminando as dúvidas e mentiras do oculto. Já o Reino Lleuad é governado pela Rainha Lua, Arianrhod, e também tem sua cultura baseada em torno da Lua. Aspiram pela pureza e o misticismo emanado pela luz lunar. Diferentemente de seus contrapartes, os Lleuad acreditam que a escuridão e o mistério são uma parte natural da vida e que a luz em excesso pode cegar. Devido às suas filosofias e religiões opostas, ambos os reinos tem guerreado há tanto tempo que os registros do inicio do conflito já foram basicamente perdidos.

Entretanto, em artefatos anciões de ambas as culturas, encontra-se descrito que desastres assolaram ambos os reinos e todas as tribos todas as vezes que aventureiros tentaram adentrar muito a fundo nas terras de Beast World. Por isso, mesmo que inimigas mortais, ambas as rainhas gigantas - em uma rara concordância - estabeleceram por decretos reais há mais de 300 anos, que explorações são terminantemente proibidas. Contudo, como mencionado, ao longo dos séculos houveram algumas pouquíssimas expedições que obtiveram relativo sucesso, retornando com alguns poucos sobreviventes e, supostamente, descobertas perturbadoras. É em busca de tais expedições mortais, tentando repetir os feitos lendários daqueles que voltaram, que o Yonkou Agostinho rapidamente anexou esta ilha ao seu território.

À princípio, Dafne aparenta ser apenas uma árvore surgindo do oceano, sem nenhum solo onde se recostar. Aproximando-se, é possível ver que a primeira impressão estava praticamente correta. Há um pouquinho sim, de sol, mas bem pouco, e é questionável de onde a árvore - que dá nome a ilha - tira os seus nutrientes. Afinal, uma árvore desse tamanho deve precisar de bastantes nutrientes, não é mesmo? A ilha em si é pacífica, mas o acesso é bastante difícil e até perigoso. Dafne é uma árvore bem grande e bem alta e, como todos sabem, ela é frutífera. Os frutos de Dafne são belíssimos de ver, possuem uma coloração de amarelo a vermelho, passando por belíssimos tons alaranjados, um formato arredondado, e um tamanhos extra grande. As menores frutas são do tamanho de casas pequenas. Não se sabe exatamente a altura da árvore, porque é bem difícil ver o seu fim - quem dirá escalar até lá - então definiu-se que as frutas caem de bem alto. Bem alto. Dessa forma, não é incomum que uma fruta derrube seu navio caso você esteja tentando chegar em Dafne. Apesar desse problema com as frutas, ao chegar na ilha tudo torna-se tranquilo. É raro que as frutas caiam por lá. Atribui-se a esse fenômeno a existência de alguns galhos maiores onde, em tese, as frutas bateriam, poupando a região próxima à árvore.

Há outros perigos para se chegar em Dafne, também. Seu navio, por exemplo, pode bater nas raízes da árvore. Algumas situam-se bem próximas da superfície do mar, mesmo a quilômetros de distância da ilha propriamente dita. O lugar é governado por Jack Spriggins, que responde apenas à pequena população do local e à Victoria Greywind.