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[Lex Talionis] An eye for an eye

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Concentrar-se naquelas esferas ligadas por um cordão umbilical provou-se muito mais difícil do que a teoria que criou em sua cabeça. Quanto mais o tempo passava escutando o grito, menos ela conseguia fazer aquele plano funcionar e mais o barulho estridente se aproximava de uma música gospel - sinal de que logo logo estaria pertinho do céu. Mesmo com o grito sendo interrompido pelas explosões de Kobayashi, seus ouvidos pareciam estar com uma espécie de abafador de som.

Novamente, aquela sensação prazerosa voltou a brotar na expressão de Primrose ao ver a vice-almirante sufocando. Naquele rápido momento de desespero 'cru', ela não parecia tão forte, por mais que resistisse ao amordaçamento e mercúrio sobre sua boca e nariz. A luta por sua sobrevivência lançou a caçadora em um torpor, que novamente foi interrompido por um novo soco de Kobayashi.

- Tsc... Você matou ela? - a pergunta poderia até soar como se Prim se preocupasse com o bem-estar de Gaius, mas na verdade ela só pensava nas possíveis informações que poderia obter com alguém de alta hierarquia na marinha. A sua voz saiu mais alta do que deveria, levando em conta o problema na audição. Não que necessariamente fosse um problema, já que só alguém com o ouvido não danificado iria perceber.

"Será que essa desgraçada tá morta?"

- Nós? O que será que a cachorrinha da marinha quis dizer com nós? - questionaria de volta, uma vez que a pergunta de Claire tirou a pistoleira momentaneamente dos seus pensamentos. Encará-la ali por alguns minutos daria uma cena maravilhosa e com muita tensão... seus olhos frios contra aquela expressão de peixe morto da traidora, qual das duas entregaria o jogo primeiro? Infelizmente, por mais que quisesse e maior fosse o alvo na cabeça dela, teria que lidar com Claire depois. Naquele momento, existia apenas a urgência em descobrir o paradeiro de Gaius. Kobayashi, Claire, o barco danificado, a guerra lá fora, as suas anotações... tudo isso teria que esperar.

A caçadora seguiria com urgência para onde Gaius estivesse, pegando uma das seringas pelo caminho para investigação, desviando de escombros, buracos e das bombas de Kobayashi. A vice-almirante era a melhor alternativa para conseguir qualquer informação sobre o seu passado, caso contrário, teria perdido muito tempo ali. Encontrando-a viva, tentaria arrancar alguma resposta sobre a ilha das crianças-escravas sequestradas, os responsáveis por aquilo e a parceria com os piratas. Buscava por nomes, organizações, datas e números, e também estaria pronta para interromper qualquer coisa que fugisse disso e se aproximasse de uma habilidade com sua voz.

Estando ela definitivamente morta, restaria aliviar sua frustração atualizando seu caderninho, enquanto decidiria seus próximos passos. Sacaria até uma das pistolas para recarregá-la, dando um disparo aleatório para descarregar a raiva. Aproveitaria a bala disparada para atualizar sua trajetória e direcioná-la para uma das pernas de Claire, já que um de seus próximos passos envolvia neutralizar a CP.

Afinal, lembraria Primrose, também poderia conseguir algo com a tal da Clarinha.


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Com uma explosão tudo começou, assim como com uma explosão tudo terminou. Gaia, uma oficial dos delinquentes da Marinha havia sido derrotada por nós, oficiais da escola Spades. Mais uma vez a minha convicção e o caminho que eu seguia se provavam corretos, aumentando ainda mais a minha confiança própria e no colégio. Traição era algo que mais uma vez passava longe da minha cabeça. Por mais que eu, de alguma forma, tivesse herdado o Poder do Delinquente, isso não significava que eu seria um algum dia.

O poder simplesmente achou digno de ser usado por mim, um estudante exemplar.

A primeira coisa que eu ouvi após meus ouvidos começarem a voltar ao normal fora a voz surpresa de Claire, a qual eu encarei seriamente por alguns segundos. Talvez a culpa da traição dela, no fim, fosse minha também. Por mais tempo que tivéssemos passado um tempo juntos, apenas ter derrotado ela não era prova o suficiente da minha força. Que eu poderia protegê-la, que a escola da Spades havia aceitado a sua redenção de delinquente para uma estudante normal.

Suspirei fundo percebendo Rose chegar e, claramente, não estar nada feliz com a presença de Claire ali; ainda mais falando no plural, se aliando a gente. Enquanto pensava na melhor forma de lidar com aquela situação, por hora procurei desativar minhas minas terrestres pra ninguém mais sair explodindo ali. Apesar de eu ainda confiar na Claire, impedir que a Rose a atacasse seria outra história.

- Só vou dizer uma coisa para ambas: Não quero ver vocês brigando agora. Entendido? - Disse com a voz séria, quase como um decreto.

Parecia que a dor de cabeça que aquela “traição” me daria futuramente já estava me afetando naquele exato momento. Ter assinado um contrato com a Nine foi pior ainda porque além do esporro, a desgraçada ainda vai arrancar meu dinheiro. E o pior de tudo; com razão.

Mas ainda havia uma forma disso não acontecer.

Afinal de contas, ninguém precisava saber que isso aconteceu.

- Claire, apesar do que cê fez, eu não a considero minha inimiga. Eu não a considero mais uma desde que eu te derrotei pela primeira vez e te trouxe pra escola comigo, então, pelo menos pra mim, cê pode abaixar essa coisa aí. — Apontei pra sua lança, virando então pra Rose. — Já a senhorita metal, a gente tem problemas maiores pra agora lidar. Não sei se te ensinaram isso na escola, mas usuários de Akuma no Mi não podem nadar; e olha só! Estamos ironicamente na porra do meio do mar em uma embarcação que claramente vai virar casinha de peixe em breve! Foda, não acha?!

A pergunta final só não foi num tom triste porque eu não tinha tempo nem pra esboçar muitos sentimentos por hora. Depois de tudo o que rolou eu ainda tinha um certo sentimento de culpa pairando sobre a minha cabeça devido ao perceber o que aconteceu com a Gaius. Bullying na escola, se tornou delinquente, tinha certamente problemas mentais e ainda recorria ao uso de drogas. Tudo isso poderia ter sido evitado se ela estivesse na mesma escola que eu estava. Uma escola com um Representante de Classe de verdade, que zelaria pelos alunos e os arredores da escola.

Aquele mundo precisava ser mudado para que menos vítimas-escolares como a Gaius aparecessem, e eu faria isso.

A cabeça de Gaius permaneceria ali no corpo dela. Para alguém que sofreu tanto com o seu corpo, arrancar um membro seu estava fora de cogitação pra mim. Ela jamais seria capaz de descansar em paz sem seu corpo inteiro, por mais que ela tivesse sofrido por conta dele. Em troca, assim como Rose fizera, eu pegaria uma das seringas e guardaria dentro da minha mochila para levar pra Nine. Que ela se contentasse com isso, porque o corpo daquela mulher, por mais que ela fosse uma delinquente, eu não iria violar.

- Já que cê tem conhecimento das coisas por aqui, Claire, guia a gente. Se ter derrotado a Gaius não foi o suficiente pra você confiar em mim, pode me levar pra outro “vice-almirante” como cê se referiu a ela mais cedo ou até mesmo pra’quela magrela do holograma que falava como se me conhecesse. Eu vou explodir todos os delinquentes que ainda acham ter algum tipo de controle sobre você após eu ter dito que te tirei desse caminho, maldita.

Dito isso, aguardaria pela decisão da mulher. Como eu já imaginava que Rose não iria acreditar nela independente do que ela dissesse, eu ficaria de olho na mesma para evitar qualquer tipo de ataque dela contra Claire; ter as duas batalhando agora não era algo que eu iria ter paciência pra presenciar sem explodir as duas durante o processo. Revestiria meus braços/pernas com o PdD e bloquearia as habilidades dela se fosse o caso, esperando não ter que fazer mais do que isso.




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An eye for an eye



20º Turno




?????????????????????? - ??:?? PM
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Clima: Nevoeiro Intenso
Temperatura: 1 ºC

Apesar da troca de olhares gélidos, era praticamente possível ver faíscas saltando entre Claire e Primrose. Duas mulheres prontas para voarem uma no pescoço da outra poderia - e deveria - ser bastante intimidador, mas Kobayashi nem sempre parecia curtir ter noção do perigo. Aliás, muitas vezes parecia querer se jogar na cara dele.

- Vocês realmente não entenderam? - ela retrucou para Prim, incrédula e irritada - O motivo de, em um país inteiro, só vocês terem sido poupados do Buster Call? - prosseguiu, alternando o olhar entre ambos os caçadores - O porquê esse interesse de alguém tão importante quanto uma Almirante em um criminoso da Spades como Kobayashi? - ela finalizou, voltada para o representante de classe.

Ela estava absolutamente atenta às expressões dos dois caçadores, em busca de algum sinal de que tinham entendido o que estava acontecendo. Entretanto, talvez fosse tentar se enganar esperar que eles, que discutiram algo como o estado do cabelo da inimiga durante uma luta perigosa, tivessem parado para pensar naquilo. Apesar das falas de Kobayashi confirmarem que eles ainda não tinham entendido o que estava acontecendo, sem dúvidas teria sido pega de surpresa.

- Não me considera… Inimiga... - cabisbaixa e confusa, a mulher abaixou o braço - Mesmo depois de tudo? De ter te espionado? De ter te entregado para a Almirante Mugen? - ela disse em um tom quase triste. Seus olhos pareciam ligeiramente úmidos.

Com a face voltada para baixo, ela procurou ao máximo esconder suas expressões sob as sombras. Conforme Kobayashi prosseguiu falando, ela lentamente avançou em sua direção. Escutou tudo que ele tinha a dizer de perto e, após alguns instantes, algo pareceu transbordar de seu interior.


- Anta Baka?!?! - ela gritou com olhos molhados, pela primeira vez demonstrando algum sentimento - Nem tudo se resolve na porrada! E não é na base do murro que se conquista a confiança de alguém! Baka-mono!! - gritou mais uma vez, imbuindo seu punho com HdO e dando um mega cascudo em Kobayashi.

A mulher, desde sempre inexpressiva, começou a praticamente soluçar. Parecia ao mesmo tempo aliviada e extremamente nervosa com o Representante de Classe. Ela momentaneamente havia deixado transparecer seus sentimentos e parecia como uma criança recém salva de algo perigoso. Todavia, terem feito sua máscara inexpressiva cair daquela forma também a deixava furiosa. Ela certamente não parecia ser do tipo que tolerava que os outros vissem qualquer fraqueza sua.

- Te levar pra Almirante Mugen?!?! - ela prosseguiu, aparentemente ainda mais putaça - Você quer morrer e matar a gente junto?!?!?!?! - aproveitando-se da brecha criada pelo acerto crítico que tinha feito no coco de Koba, imbuiu sua canela com HdO e acertou direto no saco do rapaz - Você acha que só porque ela supõe te conhecer de algum momento do passado que alguém como ela vai poupar a sua vida?!?! - ela continuou, com a pele pálida agora avermelhada e os olhos ainda marejados - Cai na real, Kobayashi!! - ela finalizou, ofegante e agora duplamente nervosa com ele. Apesar disso, ela não parecia estar dando bronca simplesmente porque o desprezava.

Enquanto o chororô acontecia, Primrose afastou-se para investigar o corpo do alvo que deveriam coletar. Ao aproximar-se e ver o estado da mulher, Rose não teve dúvidas de que estava morta. Assim que se aproximou do corpo dela, pode perceber que ela realmente não tinha nada no corpo, exceto as seringas. Ela realmente parecia levar aquele papo religioso a sério, visto que claramente abdicava de posses mundanas. Ao que tateou o interior do manto da vice-almirante e puxou um objeto que parecia ser a tal seringa, junto veio uma espécie de cinto - solto agora pelos danos da luta - cheio de cópias dela.

Considerando sua falta de confiança em Claire, Primrose acabou optando por tentar aleijar a outra para interrogações. Apesar do galo enorme na cabeça e da dor nas partes, Kobayashi reagiu ao som do disparo, bloqueando a bala com seu armamento negro. Claire, que limpava as lágrimas no momento, mostrou-se inicialmente confusa. Todavia, não demorou a perceber o óbvio.

- Hey!! - ela praticamente rosnou agitando os braços - Quer brigar?!?! - sacando novamente seu cajado, começou a caminhar em direção a Rose, batendo os pés com força no chão.

Enquanto isso, os tremores e a angulação do piso do barco pareciam se intensificar. Os rangidos da madeira estavam começando a ficar bem feitos. Os akumados, principalmente, deviam agilizar se não quisessem correr risco de afundar junto com o barco. Em uma embarcação tão luxuosa e daquele tamanho, certamente poderiam encontrar algo que os ajudasse a voltar à costa de Sôhmirs.





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Primrose deu um grande suspiro e não precisou olhar para trás para saber que Kobayashi havia defendido Claire do tiro. Para derrubar Claire, teria que derrubar aquele trouxa também, o que não seria uma situação tão simples na atual circunstância - ainda mais que não pretendia explodir o barco de um lado até o outro pra cair na água do mar. Claire ainda era um alvo, mas Prim deveria planejar melhor o momento. Esse movimento de cessar fogo deveria deixar claro para Kobayashi que ela iria dar um tempo, por enquanto.

Com a audição ativada para qualquer fofoca, Rose não conseguiu deixar de pegar fragmentos da conversa que os companheiros de transporte estavam tendo momentos antes. Processando aquelas informações, a caçadora voltou rapidamente sua atenção para Gaius, pois faltava uma última coisa, a mais crucial de todas. Levando em conta que a marine já tinha ido para o beleléu, muito provavelmente ela não se importaria com o que estava por vir. Removendo os adereços da cabeça da vice-almirante, Primrose estava pronta pra saber se ela era ou não verdadeiramente careca. Após fazer isso, andaria na direção dos dois, pronta para partir.

- Almirante Mugen? O rapaz do holograma? Por que ela conhece você de algum momento do passado, maldito? - a caçadora falaria, apontando para o peito de Kobayashi. Na cabeça dela, a sujeira já começava a acumular pro lado de Koba. Primeiro esse envolvimento com a CP e agora isso? Porém, com a situação se acalmando e a adrenalina chegando ao fim, a garota começou a sentir a dor no ventre com mais intensidade. - Aproveita que você é conivente com a marinha e bota logo o seu pet pra trabalhar. O Barman ainda vai me dar um prato de sopa!

"Ainda mais depois de saber os detalhes que eu vou contar." Com esse pensamento, seus olhos faiscaram malignamente para Claire.

A bem da verdade, só havia uma coisa que Primrose queria mais do que o prato de sopa ou estragar a vida de Claire: afastar-se daqueles dois. Aquela dupla complicada já estava começando a cansar a sua paciência.



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A resposta de Claire não demorou para ser dada; muito pelo contrário, ela foi bem rápida e certeira, como um soco decisivo em uma luta que estava prestes a acabar. Ela certamente sabia de coisas que eu ainda não havia entendido ali, comentando sobre o interesse da Mugen em mim. Deixando isso de lado, ter sido chamado de criminoso foi algo que me chamou mais a atenção e me deixou levemente puto na hora — mas antes que eu pudesse fazer qualquer reclamação sobre, pela primeira vez após todo aquele tempo juntos, eu pude ver Claire explodir.

Não como as explosões massivas que eu causava, mas sim como algo mais interno, vindo de dentro dela. Diferente de mim que inflo meu corpo para explodir, Claire apenas precisou puxar um pouco de ar pra dentro do seu peito para realizar o mesmo feito de uma forma muito mais potente que a minha. A resposta anterior que eu tinha visto como um soco realmente tornou-se um, só que em forma de bronca.

A princípio eu não entendi o motivo de ser golpeado, mas lembrei que em casos antigos haviam disciplinadores que golpeavam seus alunos quando eles erravam em algo; e, pela forma que Claire falava, eu realmente havia errado em algo importante pra ela. Naquele ponto eu não tinha o direito de contra-atacar aquele golpe que eu normalmente entenderia como um pedido para cair na porrada por 5 minutos sem perder a amizade e já o havia aceitado, só não esperava que o pior ainda estava por vir.

Um chute. Um único chute preciso e eu, Kobayashi, havia aprendido que abaixar a guarda diante dos companheiros poderia ser mais perigoso do que na presença de inimigos reais.

Enquanto minha alma pendia entre ficar no meu corpo ou sair, Rose fez algo que chamou minha atenção e me reviveu quase que de imediato. A desgraçada foi mexer novamente no corpo de Gaius, mas dessa vez foi direto na cabeça dela e eu pude entender na hora o que ela queria. Naquela altura eu não duvidava que ela realmente careca, mas não pude negar que tinha uma certa curiosidade também. E se ela não fosse? E se ela havia me enganado apesar de todas aquelas provas da sua história? Não tinha como eu não querer saber sobre.

- Es-... Espera a-aí, mald–ita. Ela n-não vai te… Atacar mais… - Disse segurando Claire pelo seu ombro direito, impedindo que ela avançasse mais.

Assim que a confirmação fosse feita, eu poderia voltar a me preocupar com a dor mortal que eu sentia naquele momento. O golpe na cabeça eu havia entendido, mas o chute no saco era algo que eu iria me lembrar com todos os detalhes de devolver pra Claire futuramente durante um treinamento especial. Guardar rancor nunca foi algo que eu pensei que faria um dia, mas é como dizem; há sempre uma primeira vez pra tudo.

Não demorou muito para que Rose terminasse de checar e então, dessa vez sem intenções de causar, vir claramente me cobrar informações; conseguindo, mais uma vez, me deixar puto com aquela atitude.

- Hãn? E porque diabos você acha que eu sei de algo sobre essa merda? Quem começou com esse papo todo foi a própria Mugen que eu nem sabia que existia até hoje. - A respondi de imediato, devolvendo o mesmo olhar puto que ela direcionava a mim.

Ouvi-la chamar Claire de “meu pet” era algo que eu não teria deixado passar, mas de nada ia adiantar falar com ela agora. Se a marinha tava envolvida, dificilmente a Rose daria ouvidos para a razão etc etc. Iria apenas ignorar aquele evento para que a gente não virasse ração de peixe por hora. Depois de enfim por tudo pra fora e demonstrar de uma forma torta que finalmente confiava em mim, Claire parecia uma nova pessoa. E isso, de certa forma pra mim, era uma vitória e tanto.

- É por isso que os detalhes são um saco, Claire. Se eu disse que você não é minha inimiga, você não é. Se eu disse que você é minha companheira, você é e ponto final. Eu não vou te abandonar nem te forçar a fazer algo por medo. Eu confio na minha força o suficiente para dizer que você pode confiar nela também e eu vou te mostrar isso quantas vezes forem necessárias. No fim eu sou um homem simples: Meu objetivo é me tornar o Rei das Escolas, uma existência maior que a própria Diretora. Se há algo no meu caminho me impedindo de alcançar isso então a resposta é simples! - Com um sorriso confiante no rosto, abri a palma da minha mão esquerda e a soquei com a direita, causando uma mini explosão. - Eu a explodo! - A respondi, esperando que ela entendesse de uma vez por todas que coisas complicadas não são a minha praia.

- Agora vamos sair daqui. Antes que a fofoqueira aqui morra de curiosidade… - Apontei com a cabeça para Rose. - Desembucha esse papo aí da Mugen me conhecer do passado. Em que escola foi isso? Ela era alguma professora ou algo do tipo? Meu passado se resumiu a sair do orfanato e conquistar escolas até conhecer a da Spades. Não lembro de ter trombado com essa mulher não.

Apesar da minha memória não ser das melhores, eu também tinha certeza de que não havia esquecido o rosto de pessoas importantes. No entanto, era estranho pensar naquela mulher, na Mugen. Ela parecia como uma peça que se encaixa na minha história, mas esse espaço ao mesmo tempo não existe em lugar nenhum da minha história; como se eu tivesse esquecido…

Como se tivesse sido… apagado?

Agora que Claire havia se aberto pra mim, contaria com a ajuda dela pra entender essa história melhor... E já começaria a me preparar mentalmente para proteger ela, novamente, dos outros alunos e professores da Spade. Foi um saco fazer com que parassem de pegar no pé dela na primeira vez que eu a trouxe comigo, agora parecia que eu iria ter que repetir esse processo duas vezes pior. Se a Rose que havia entrado hoje na Spades já estava agindo daquela forma comigo, eu não queria nem pensar no resto… Na Nine…

A tempestade, de certa forma, havia apenas começado e eu estava bem no centro dela.




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An eye for an eye



21º Turno




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Clima: Nevoeiro Intenso
Temperatura: 0 ºC

Considerando que não haviam coisas mais importantes do que saber se Gaius era calva ou não, tipo se salvar do afogamento iminente que o emborcamento da capitânia marine representava, a atiradora debruçou-se mais uma vez sobre o corpo de Gaius. Ao retirar seu véu pode perceber que a resposta para a pergunta era “meio a meio”. Meio calva. Meio cabeluda. A mulher tinha o cabelo raspado até um pouco além da metade do crânio, de forma a aumentar insanamente o tamanho de sua testa. Parecia quase aquelas pinturas medievais com as mulheres todas testudas.

Satisfeitas suas curiosidades, Rose pode voltar a dar atenção à vela que estava segurando ali. Dado o recente tiro, Claire estava quase espumando para ir pra cima da logia com seu Haki. O comentário de Prim, que praticamente insinuou que ela era uma cadela - do governo -, aliás, não ajudou nem um pouco nisso. No entanto, Kobayashi, cujos ovos haviam sido recém esmagados, ainda conseguiu dar conta de intervir no conflito. Talvez não fosse proposital, mas sem dúvidas uma escolha bastante pertinente, visto que se lutassem ali, provavelmente acabariam afundando junto com o navio.

Os olhos dela voltaram-se para Kobayashi quando ele começou com todo aquele discurso de companheirismo. Ela começava a se acalmar e, talvez, quase se emocionar novamente. Mas, só quase. Porque, quando Koba começou novamente a tocar naquele papo de “rei das escolas” e de explodir obstáculos, ela não pode evitar tiltar de novo. Era aquele lado de Koba que a irritava.

- rEi DAs EScoLaS - ela tentou engrossar a voz para imitá-lo, ainda bem putaça - Anta Baka?!?!?  - indagou Koba novamente, contraindo sua expressão em um misto de estranhamento e irritação - Será que você vai precisar se fuder um monte na vida para entender que nem tudo se resolve na força bruta??? - ela elevou e afinou o tom, ainda nervosa - Ah… Foda-se essa merda - finalmente, expirou, deixando seu estado de “putaralhaça” para meramente um estado de “irritada. Sem paciência, ela guardou a arma e empurrou a mão de Kobayashi de seu ombro - E a gente também tem que sair logo dessa joça, antes que ela afunde e vocês dois Akumadinhos de merda se afoguem - ela saiu andando pelo salão batendo os pés com força.

Momentaneamente, ela observou Prim, que havia se afastado de Gaius e estava caminhando voltada para a saída do lugar. Então, voltou-se para Gaius. Ela não era caçadora de recompensas, mas não demorou a fazer as contas.

- Não é possível que nenhum de vocês dois, depois dessa merda toda, vão esquecer de levar a recompensa, né?!?- ela disse em alto tom, aproximando-se e agachando para pegar o corpo de Gaius - Papo da Mugen te conhecer? - ela indagou, um tanto mais calma após levantar-se carregando a vice-almirante no lombo - Ah, verdade, tem isso - ela revirou os olhos, começando a caminhar em direção à porta - Não sei de todos os detalhes. Mas, enquanto você retornava daquela bagunça enorme envolvendo a Althea e Gardênia, restabeleci contato com o QG da Marinha - mais próxima do rapaz, ela parou momentaneamente, em expressão pensativa - Eles não sabiam exatamente o que fazer comigo, já que de onde eu estava não dava para me prender. Só que, assim que a Mugen voltou de Gardênia, soube da minha situação e, principalmente, que estava andando com você, imediatamente fez questão de abafar o caso e me recrutar diretamente para uma operação enorme e altamente secreta na Cipher Pol - ela ergueu as sobrancelhas, em expressão de surpresa - A princípio achei que ela só estava se aproveitando da coincidência da situação para se vingar diretamente de você, já que esteve em Gardênia. Sabe: olho por olho, dente por dente? Mas conforme fui me afundando mais no negócio, pude perceber que havia toda uma operação focada em localizar e capturar certos candidatos que batiam mais ou menos com a sua aparência ao redor do globo. Ela definitivamente não parecia se comportar como a Mugen de sempre, mas apenas segui minhas ordens e fui reportando cada passo seu - Claire contraiu os ombros, em expressão de conformação - Ela estava absolutamente cautelosa no começo. Demorou um monte até que ela me desse as ordens para levar você. Na real, conforme os dias passavam, parecia que ela estava ligando só para ouvir mais sobre você. Foi aí que eu percebi que os tais candidatos espionados por todos aqueles CPs tinham importância pessoal para a Almirante - ela voltou-se para as feições do caçador, analisando-as com curiosidade - No entanto, foi só quando começaram a me pedir para enviar amostras genéticas que a suspeita de ser algum parente da Almirante surgiu - ela desviou o olhar, com as sobrancelhas elevadas - Só que a apatia dela acabou quando soube que estávamos indo para Sôhmirs. Ela, do nada, começou a mover meio mundo só para poder apagar todos os Spades daqui da face da terra. Exceto por você, claro. Pelo visto, nem mesmo Gaius estava sabendo da operação até que eu apareci agora com vocês nos braços. Todos pareceram bem convencidos de que toda aquela obstinação em atacar Vahlor Island era só raiva pelo que vocês e o Ás de Ouros tinham feito em Gardênia - ela voltou a elevar as sobrancelhas em expressão de surpresa - Os comentários dela parecem confirmar minhas suspeitas, mas não sei ao certo se é você mesmo ou não. Aparentemente há muitos garotos cujos perfis batem com quem ela está procurando - Claire contraiu os ombros, voltando a caminhar em direção à saída - Então? Vai ficar babando aí e afundar junto com o navio? - finalizou, saindo por uma das portas do salão.

Koba eventualmente a seguiu e, após avançarem por um corredor um tanto escuro, o caos do lado de fora ficou cada vez mais audível. Aparentemente a maioria dos marinheiros já tinham abandonado o navio. Alguns haviam saltado com boias, outros estavam em botes. Dado o tamanho da embarcação, não foi difícil para Claire e Kobayashi identificarem um bote para sua fuga. Entretanto, ainda assim, a situação dos mares era bastante caótica. O nevoeiro ainda estava bem denso, mas graças à posição das proas dos navios da marines, dava para supor para qual direção a praia ficava. O maior desafio, no entanto, parecia ser a bagunça criada pela troca de tiros entre as frotas. Não apenas haviam destroços em chamas flutuando por todos os lados, como também tiros da marinha ou da Spades caiam eventualmente em alguns locais aleatórios. Ser atingido em um bote ou uma boia por um daqueles poderia ser bastante problemático.




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Primrose saiu da sala em que estava ainda pensando em uma palavra pra descrever a situação de Gaius em relação aos cabelos, de certa forma a garota tentava se recuperar do choque da expectativa x realidade, uma vez que esperava ver UMA coisa e se deparou com nada menos do que DUAS. "Como eu descrevo isso?" Uma ruga de preocupação vincou sua testa. Felizmente ela conseguiu abafar essa preocupação para se concentrar nas palavras de Claire, que entregavam o contexto que ela precisava para se situar do problema.

- Hmmm... Mugen não foi a almirante que esteve em Gardênia também? Saiu no jornal que ela matou uma pirata lá um tempo atrás. - falaria Prim quando os dois se aproximassem, enquanto revia as anotações do seu caderninho e mordia os cantos da boca, já que a curiosidade vencia o incômodo de tratar Claire como algo humano. - Então você esteve em Gardênia também? - dessa vez ela se dirigiu a Kobayashi.

A caçadora lembrava vagamente do artigo, mas tinha anotado os pontos principais: o nome de Mugen, o golpe final na adversária (que não foi dado por ela, mas por um tal de G) e a última frase do texto - Spades, a antiga parceira do Governo Mundial - que foi o motivo dela negar todos os convites pra entrar oficialmente na organização e se manter como uma caçadora de recompensas freelancer.

Rose esperava encontrar alguém perambulando por ali até dar de cara com o transporte que serviria para sua rota de fuga. A garota sacou suas armas, uma vez que poderia ter algum engraçadinho, e se aproximou do bote, não gostando muito do que viu. Atravessar o olho do furacão com aquela embarcação que não era lá grande coisa parecia uma péssima ideia, mas naquele momento o frágil bote parecia melhor do que o fundo do mar. Verificando se não havia ninguém por ali, começaria a liberar a pequena embarcação para uso.

- Algum de vocês sabe alguma coisa de navegação? - a pergunta obviamente era direcionada para Claire, uma vez que estava claro que Kobayashi não se preocupou em aprender absolutamente nada. - Tsc... O Rei das Escolas que não consegue encontrar escola alguma. Não era pra você saber um pouquinho de navegação para ao menos saber pra onde ir? Ou nesse caso, como voltar pra escola que você estava? Me ajuda logo a colocar esse bote no mar.

Uma vez que se enfiassem no bote sem maiores problemas, Primrose iria fazer uma espécie de blindagem com uma fina camada de mercúrio envolvendo a embarcação, a mesma utilizada ao que parecia anos atrás para cobrir o carro que o Barman dirigia. Procuraria os remos também, e caso não encontrasse, faria dois com mercúrio para entregá-los a pessoa mais capaz de realizar a pesada tarefa de remar: Kobayashi.

- Dificilmente isso vai salvar a gente dos tiros dos canhões, mas ao menos ajuda contra o resto. Imagino que você consiga perfurar as balas de canhão com seus disparos de laser? Explodir essas coisas antes de fazer contato com a gente seria de uma ajuda imensa, apesar de denunciar nossa posição. - novamente a pistoleira teria que se dirigir a Claire e a leve tremedeira na lateral da sua boca denunciava o seu incômodo. - O ideal é aproveitar o nevoeiro para se afastar daqui e desembarcar em outro ponto de Sôhmirs... Mas sem um navegador, isso poderia levar muito tempo e podemos dar de cara com pessoas que só estão esperando a poeira baixar pra pegar os espólios. Então vamos rumo a praia, rezando pra não tomar uma bazucada na fuça.

Primrose se concentraria para transformar os braços em uma uma espécie de ventilador grande pra dar mais velocidade ao movimento do barquinho. Iria permanecer atenta para cair fora do barco, em cima do que pudesse criar com mercúrio, caso uma possível bala de canhão perdida acabasse atingindo-os.



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Mulheres eram criaturas que sabiam ser bem assustadoras independente de seu tamanho e força. A forma com que Claire me dava uma bronca enquanto explicava tudo era algo que mesmo eu, o homem que a derrotou, não tinha como não respeitar e escutar calado. Naquele ponto eu sabia que se eu dissesse mais um A torto fora de hora, ela com certeza iria esquecer tudo e uma luta iria começar ali; naquele barco afundando. Sendo assim, peguei o corpo de Gaius pondo-o sobre meus ombros permanecendo calado apenas ouvindo ela e Rose meio que “conversarem”, ficando mais assustado ainda.

Duas mulheres que queriam se matar a alguns segundos atrás estavam agora, na minha frente, trocando informações e conversando como se nada tivesse acontecido.

Assustador.

Mulheres eram criaturas assustadoras.

Enquanto checava o bote e me arrumava para o trabalho braçal pondo o “prêmio” num canto onde não fosse virar comida de peixe, enfim pude processar toda a história envolvendo a Mugen desde Gardênia. Ao que tudo indicava, eu e essa mulher tínhamos algum parentesco que naquela altura, com tantas provas e "ações" dela mesma, não tinha como eu dúvidar ser real. Para alguém que cresceu em um orfanato sozinho desde que se entende por gente saber que na real existe sim uma família viva em algum canto é… A princípio, estranho. Eu não sabia muito bem o que dizer naquele momento, tinha muito o que pensar e tentar entender, principalmente a parte em branco do meu passado que eu nunca liguei muito em descobrir.

Era isso o que estava faltando então? Mas porque eu não lembro? Como ela descobriu que era eu? E o mais importante…

- Ela não é... minha mãe, né? Tipo, ela com certeza deve ser no máximo uns dois ou três anos mais velha apenas. Não tem como aquela maldita ser isso. O que resta ser… Minha irmã? - Indaguei tanto a Claire quanto a Rose, que por sua vez também tinha suas dúvidas quanto aquilo tudo.

Concordei com a cabeça sobre Gardênia tentando lembrar de tudo o que aconteceu lá, mas memória forte nunca foi a minha especialidade. Principalmente sobre história. O que eu lembro de lá era da Daisy e seu gato, da escola de areia que eu montei pros caranguejos na praia e depois da vingança que eu realizei contra os marines que destruíram a escola de areia deles. Logo… Mesmo que tivesse existido uma Mugen lá, eu não cheguei a ver ou interagir para lembrar.

O comentário a seguir da Rose, no entanto, foi o suficiente pra me tirar daquela onda de pensamentos sobre Mugen e família da melhor forma possível; me deixando puto. Por mais puto que eu tenha ficado, ela tinha um ponto. Independente de ser um navegador ou não eu já havia encontrado diversas escolas sim, mas não tinha como retrucar o fato de nunca ter estudado nenhuma profissão.

- Cala boca, porra! Eu sempre estive ocupado demais defendendo as escolas para sentar a bunda na cadeira e estudar uma profissão, beleza? - A respondi quase que de imediato, escondendo um pouco a minha frustração por ela estar certa. - Eu… Vou ver isso. Quando tiver tempo. - Disse por fim pegando os remos para tirar a gente dali.

Aguardaria então os últimos preparativos de Rose sobre o bote e, assim que tudo estivesse pronto, começaria a remar em direção ao que deveria ser a praia da ilha onde toda essa confusão começou. A névoa densa não ajudava, fora que ainda estava rolando briga contra os marines… Então havia apenas uma coisa que eu poderia fazer: Remar no modo turbo.

Abrindo um sorriso confiante no rosto, eu pegaria nos remos de uma forma mais firme e, após respirar fundo, realizaria o movimento de remar com mais força que antes. Meu objetivo era bem simples: Atravessar o mar o mais rápido possível, o que eu acreditava que daria certo em junção ao ventilador gigante que Rose havia criado. Se algo desse errado e precisássemos fazer um movimento ainda mais brusco, então eu assumiria a posição da mulher-metal, inflaria meus braços e socaria a ponta do barco na direção que eu gostaria que o impacto da explosão nos lançasse.




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An eye for an eye



22º Turno




Não demorou muito até que os três estivessem navegando em seu barco revestido por mercúrio. Não era um líquido exatamente leve, o que desfavorecia a capacidade de avançar do veículo. No entanto, a criação e uso de Remos por alguém como Kobayashi, combinado à propulsão criada por Primrose pareceu mais do que compensar a situação. Nenhum dos presentes parecia entender de navegação, mas mesmo diante da névoa, dava pra inferir mais ou menos a direção da ilha a partir dos navios da marinha. Considerando a proximidade das terras, tamanho era o alvo, que nem mesmo os três zeros à esquerda em navegação conseguiriam errar.

A situação era bastante caótica. Explosões e gritos aconteciam para todos os lados em seus arredores. Entretanto, a mesma névoa que lhes servia como venda, também servia como véu. Apesar de ninguém tê-los notado e, consequentemente tentado alvejá-los, o pequeno barquinho foi jogado para lá e para cá diversas vezes pelas ondas de água causada pela batalha. Sem dúvidas, desesperador - principalmente para os akumados -, mas nada que parecia ser capaz de impedi-los de chegar até a praia.

O caos de luzes e explosões atrás dele foi ficando gradativamente distante. A névoa ainda estava bastante espessa, no entanto não demoraram a perceber que haviam atingido a praia. O barquinho de súbito foi freado pelo impacto da proa, arrastando-a contra a areia. O barulho marcou a quebra da embarcação, ainda assim era claramente aliviador: haviam definitivamente escapado. Finalmente abandonada a tensão do campo de batalha, puderam conversar melhor acerca do que havia acontecido.

- Não sei ao certo qual o grau de parentesco - Claire finalmente respondeu, aliviada por terem saído daquele inferno sobre as águas - Mas é… Acho que ela é nova demais para ser sua mãe - ela levou a mão ao queixo, pensativa - O parentesco de irmãos parece ser o chute mais provável mesmo - ela finalizou, expirando o ar um tanto cansada.

Dali, a distância do epicentro do combate fazia com que a névoa ficasse menos concentrada e, consequentemente, suas visões melhorassem. O caminho era longo, mas àquela altura a Spades já parecia ter retomado o controle da costa norte de Sôhmirs. Demoraram um pouco, mas não tiveram quaisquer problemas ao voltarem para a cidade de onde haviam saído. Era nítido que os habitantes ainda estavam em choque, já que o combate em alto mar, apesar de dar sinais de estar esfriando, ainda acontecia. Todos sabiam o que um Burster Call significava. E um bloqueio daqueles a tal tipo de ataque ainda era inédito. Parecia que as coisas só iriam acalmar quando o conflito de fato acabasse.

Tomando o mesmo túnel de onde haviam saído com o caminhão mais cedo, após longas horas de caminhada desde a praia, os três finalmente atingiram a sala de briefing usada mais cedo. Reagindo aos movimentos dos três, os computadores subitamente se inicializaram, realizando uma espécie de ligação. Quando o outro lado finalmente atendeu, Nine apareceu em um dos grandes telões do lugar. Ela cerrou os olhos, observando os três como se pudesse ver nitidamente através deles. A Ás de Paus rapidamente percebeu quem era o indivíduo no lombo de Claire. No entanto, nitidamente gastou mais tempo na Cipher Pol.

- Então… Parece que vocês completaram a missão. Capturaram o alvo e destruíram a cadeia de comando no front norte da ilha - fria como aço, a mulher continuou a lançar-lhes um olhar fulminante - Quanto a isso, vocês têm meus parabéns - a tensão brevemente pareceu aliviar - No entanto… - ela voltou a fuzilá-los com os olhos - Ainda me devem seus relatórios - Nine finalizou, visivelmente nada contente.

Obviamente, Claire apenas ficou de cabeça baixa. Sendo uma agente dupla, ela não era um membro legítimo da Spades para dar seu relatório. Considerando as expressões da Ás de Paus, muito menos ousaria fingir que seu disfarce ainda estava intacto. Àquela altura já supunha que tinha sido pega pelo alto escalão. Restava aos dois caçadores tentar consertar aquela situação um tanto preocupante. Nine geralmente era fria, mas quando brava poderia ser bastante assustador, mesmo que estivesse a milhares de quilômetros de distância.





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A navegação ocorreu de uma forma mais tranquila do que eu esperava. Apesar de toda a turbulência não foi necessário nenhum movimento mais arriscado, e por mais que meu cu estivesse na mão de cair na água do mar, rapidamente isso foi deixado pra trás quando alcançamos a praia. Um suspiro de alívio escapou da minha boca enquanto eu secava o suor da testa, observando uma última vez o campo de batalha marítimo que ficaria para trás. Isso é algo que eu deveria pensar melhor e me adaptar pro futuro; uma forma de não ter que se preocupar com navegação e muito menos em morrer afogado por causa de um poder de explodir.

A confirmação de Claire ao que eu havia deduzido anteriormente apenas serviu para afirmar mais o único grau de parentesco possível entre eu e a Mugen, o que novamente mexia comigo de uma forma estranha. A princípio pra mim era indiferente ter algo assim com ela, principalmente porque ela era uma espécie de Diretora dos marines, mas agora com a cabeça mais fria…

- Eu tenho uma irmã…?

As horas que passamos caminhando foi o momento mais estranho da minha vida. Eu normalmente teria utilizado aquele tempo pra conversar sobre tudo o que tinha acontecido até então, teria brincado com Rose e principalmente com a Claire pra vê se conseguia fazer ela ficar puta — lembrando de usar o PdD no meu saco —, mas no fim eu não fiz nada. Apenas mantive uma expressão séria pensando no meu passado e em que ponto eu “esqueci” que tinha uma irmã.

Quando dei por mim, havíamos chegado na sala tecnológica onde tudo havia começado. Conforme as máquinas iam ligando e as imagens iam aparecendo, logo a expressão fria de Nine apareceu na tela. A forma que ela olhou para todos foi o suficiente para me trazer de volta antes mesmo que ela dissesse algo. Eu logo lembrei dos problemas que eu estava tentando esquecer um tempo atrás, ouvindo-a nos parabenizar meio que contra sua vontade e então exigir um relatório como se tivéssemos feito algo errado.


E eu meio que já tinha notado o “erro” ali: A mulher que estava viva do meu lado.

- Relatório? O que você espera ouvir da gente enquanto nos olha com esse olhar de quem já sabe tudo, maldita? - A indaguei devolvendo o mesmo olhar de quem comeu e não gostou pra ela. - Acho que a única coisa que cê não deve ter ouvido é que a Diretora dos Marines é aparentemente minha irmã. Segundo os esforços da Claire, temos todos os detalhes das ações dela que não foram poucas e eu sinceramente acredito que realmente temos esse parentesco. Afinal, pra ela ter feito isso tudo, não tem como ser por um “engano”.

Após dar o meu relatório, ergui o corpo morto de Gaius com uma das mãos na direção de Nine, forçando-a a olhar para a mulher sem vida como uma forma de “chamar sua atenção”. O jeito que ela olhava pra Claire a fazendo ficar de cabeça baixa me irritou mais do que eu imaginava.

- Essa era a cabeça careca que você queria, não é? Tá aqui. Agora cê já pode parar de olhar pra Claire desse jeito, como se não fosse uma de nós. Eu lembro de ter te dito que ela estava sobre os meus cuidados, cheguei até a assinar aquela desgraça de indenização caso ela fizesse alguma merda, então cê pode pegar meu dinheiro e enfiar no–. - Antes de completar a frase eu mesmo me interrompi, evitando faltar muito respeito com a Nine. Apesar de tudo, ela ainda era a Diretora da Spades e eu admirava ela por isso. - Tsc. Só me dá alguma punição de merda aí que eu faço, beleza? Só não pense em querer punir ela. A punição dela já foi dada e eu como seu responsável irei assumir o resto.

Assim que finalizei, desfiz o olhar feio de emputecido para apenas um sério. Por mais que me exaltar fosse mais fácil, às vezes manter a cabeça fria era a melhor opção; mesmo que fugisse do meu personagem. A Nine tinha o poder de expulsar a Claire da Spades e isso era o que eu estava tentando evitar ao máximo ali. Se as coisas chegassem a esse ponto… Nem mesmo eu saberia o que iria fazer.

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Com Kobayashi remando como se participasse de uma maratona da escola e após momentos tensos de sacudidas no bote, Primrose se viu aliviada por abandonar o transporte e colocar os pés em terra firme, ainda que um tempinho antes ela duvidasse do caminho que estavam tomando. Levando em conta que a ilha ainda existia, a Spades decididamente tinha encontrado uma forma de responder ao ataque, então Sôhmirs ainda tinha chances de ver outro dia raiar.

Durante o longo e silencioso caminho até o estabelecimento da Spades, a pistoleira colocava o tico e teco pra funcionar repassando os acontecimentos e as informações que tinha, já que conhecendo o governo mundial, a história desse embate seria contada de uma forma bem diferente. As intenções de Mugen ainda não estavam tão claras para ela: a prioridade era descobrir o paradeiro do parente ou reduzir as forças da Spades?

Mesmo com o longo relato de Claire, a almirante parecia mais interessada em eliminar o familiar do que recuperar um possível laço com o tal irmão, o que levava Primrose a acreditar que Mugen na verdade estava tentando proteger a sua reputação. Na cabeça da almirante, caso isso viesse a público, a descoberta da relação sanguínea de alguém importante na marinha com um notório membro de uma organização de foras da lei poderia ferir o seu prestígio e autoridade, desestabilizando a sua posição. Era uma teoria que a caçadora precisava dividir com alguém, e esse alguém não poderia ser Kobayashi por razões óbvias - já que a resposta máxima que receberia dele seria um "Hmm... Beleza".

- Se o foco era raptar Kobayashi, por que você se deu o trabalho de me levar junto? - Rose não conseguia chegar em uma conclusão lógica para a decisão de Claire. Afinal, se o alvo dela sempre foi o marginalzinho, por que a CP apenas não a abandonou no meio dos escombros do bunker? Era uma coisa que Prim faria sem lugar.

Agora sendo encarada por Nine, que mesmo parabenizando pelo resultado da missão não demonstrava nenhum traço de orgulho ou alívio, Primrose se viu cobrada por um relatório. Pelo que pôde ver, Claire apenas murchou e manteve a cabeça baixa, então ela mesma já tinha algum conhecimento do que estava por vir, ainda que não enxergasse ainda o desespero nela. Restava acreditar que os membros da Spades não fossem tão inconsequentes e obtusos como Kobayashi. Aguardando o rapaz falar primeiro, a menção dos "esforços de Claire", a quantidade de informações que ele deixou de fora e a firmeza para continuar acobertando o petzinho a fez trocar uma leve expressão de surpresa para uma de "É sério isso?".

- Pela preocupação de Mugen em colocar os olhos em Kobayashi e depois apenas tentar eliminá-lo, acredito que ela estava mais preocupada em abafar um possível boato de relação sanguínea entre ambos para não prejudicar a sua reputação. Se vocês não se importarem muito com a vida de Kobayashi, espalhar essa informação poderia desestabilizar momentaneamente a pessoa em questão... - ainda que fria e séria, Nine parecia ser a pessoa certa para dividir suas teorias e preocupações, já que precisava de alguém com um olhar crítico o suficiente para ler as entrelinhas daquela situação. A caçadora agora mantinha os braços cruzados, tamborilando os dedos na lateral do próprio braço, enquanto raciocinava. - Um ponto preocupante é entender por quais meios Claire manteve contato com a marinha, uma vez que ela estava na mira de vocês, imagino eu. Afinal, como ela mesma arquitetou uma forma de sequestrar Kobayashi e levá-lo até a vice-almirante e almirante, foi assim que chegamos até o comando. Imagino que o Governo Mundial tenha bastante interesse em traidores da própria organização? Se por acaso eles descobrissem que uma CP ajudou a Spades a matar uma vice-almirante e salvar diversos criminosos, qual seria a recompensa pela cabeça dela? - um sorrisinho afetado brotou da boca de Primrose, que começava a ficar extasiada pela possível resolução da última ponta solta. Se a Spades se movimentasse direitinho, a morte de Claire poderia beneficiá-los financeiramente também.

Rose ficaria bem emputecida se Claire conseguisse escapar dessa com vida, teria apenas cuidado para se distanciar caso o descontrole emocional de Kobayashi surgisse. Terminando a etapa do relatório, sem uma despedida e muito menos um aceno de mão, ela se distanciaria daqueles dois e iria atrás de um prato de comida. Possivelmente um médico também, já que não faria mal dar uma olhada no seu novo ferimento.




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An eye for an eye



Turno Final




- É, muito provável que sim… - Claire respondeu Kobayashi um tanto pensativa - Quer dizer, você não se lembra de ter uma irmã? - ela ressurgiu de seus pensamentos, com uma cara confusa - Bom, como você já parecia conhecer o Koba do passado, imaginei que seria adequado te entregar também. Eu só tentei me antecipar em agradar a Almirante para que ela não cortasse minha cabeça ou coisa do tipo… - Claire finalizou, contraindo os ombros em uma certa indiferença.

Tão ou mais fria e calculista que Claire normalmente, Nine então começou a ouvir a resposta de Kobayashi com uma face um tanto quanto indiferente. Ela pareceu cerrar brevemente os olhso quando ele mencionou algo sobre a Almirante Mugen poder ser sua irmã. Todavia, quaisquer que fossem suas expressões, a mulher pareceu tentar ocultá-las com a sombra da aba de seu quepe. A partir dali, ela escutou e assistiu pacientemente tudo que o Representante de Classe disse e fez.

Claire ficou bastante assustada com a forma que Kobayashi respondeu a Ás de Paus. Ela até abriu a boca para tentar dizer alguma coisa que pudesse consertar a situação, mas Primrose foi mais rápida. Após elas, ela pareceu apenas abaixar a cabeça, pensando que a casa já tinha caído. Considerando as informações quentíssimas que Rose tinha para dar, Nine, que estava de braços cruzados, subitamente começou a tamborilar os dedos sobre um dos braços. Apesar de fria, ela parecia um tanto impaciente.

- Entendo, Primrose-san - ela surgiu, após um silêncio sepulcral tomar a sala - Mandarei investigarem mais a fundo essa situação e as intenções de Mugen. Sem dúvidas deve haver alguma informação que nos seria útil - ainda com as expressões ocultas nas sombras, ela levantou-se, andando alguns metros na direção de Kobayashi - Quanto ao senhor, acho que esqueceu completamente qual é o seu lugar - Nine elevou seu rosto, recuando as sombras e revelando expressões de uma fúria gélida nunca antes vista na mulher - Ainda que eu soubesse de todos os detalhes e implicações dessa sua… Aventurazinha em busca da redenção alheia, o mínimo que o senhor deve à Spades é a sua total sinceridade e lealdade - ela prosseguiu, olhando de cima para o Rei de Espadas - Não confunda o lugar e nem a patente em que se encontra, Kurasu Iinchou. Apesar da impressão que o senso comum tem do estilo de vida de um caçador de recompensas, ainda fazemos parte de uma organização hierarquizada, e a cadeia de comando deve ser respeitada - foi então que, apesar da frieza absoluta em sua expressão, seus olhos pareceram faiscar - Se o senhor não estiver interessado em seguir ordens, assumir responsabilidades e cooperar ordenadamente com os demais membros, sugiro que se retire e passe a trabalhar independentemente. Ou então, sugiro que inicie sua própria tripulação pirata. Como capitão, em sua embarcação poderá falar e agir como bem entender - Nine parecia crescer, como um grande monstro irado, apesar de suas expressões perfeitamente limpas e, aparentemente, apáticas - Aqui, não - a voz firme dela retumbou, ainda em absoluto controle e frieza - Para sua sorte, sua companheira que parece ser bastante sensata lembrou-se dos detalhes que o senhor esqueceu de compartilhar antes que mais confusões pudessem ser criadas. Porque se eu descobrisse por outros meios aquilo que você omitiu, teria que lidar com o senhor pessoalmente - aquela era uma Nine mais assustadora do que o normal. Isso porque ela ao mesmo tempo parecia e não parecia absolutamente furiosa - Além do mais, caro Rei de Espadas, lembre-se que quem decide aqui quem será punido ou absolvido sou eu ou então o Ás de Espadas. Não se iluda de que tem qualquer palavra nesse assunto - novamente ela retumbou em voz firme. A tensão no ambiente era grande, ainda que estivessem apenas comunicando via hologramas - Não me importa se a Cipher Pol efetivamente se arrependeu ou não por seus atos. Fato é que, pelo que parece, ela tem pelo menos uma parcela de culpa em todo esse caos. E, lembre-se, o senhor também tem - ela elevaria o indicador, aparentemente calma, mas prontamente cortando caso algum dos subordinados tentassem retrucar - Afinal, por mais que ela queira fazer parte da organização agora, foi o senhor quem a trouxe até aqui para começo de conversa - ela descruzaria o braço, aparentemente longe de terminar aquele sermão - Pelo que percebo, o problema em sua conduta parece ter origem em sua atual patente. Você não parece agir com a responsabilidade necessária para o cargo e ainda confunde quem é seu superior ou não - a mulher prosseguiu, fazendo surgir um teclado holográfico à sua direita - Por isso, o senhor está efetivamente rebaixado para o cargo de Royal Hearts. Além disso, assim que possível, deverá partir junto com a frota Spades para onde for designado. Lá, o senhor receberá ordens disciplinares que deverão ser cumpridas à risca - ela disse, digitando rapidamente no display, efetivamente registrando suas decisões no banco de dados da Spades - Quanto à senhorita Claire, ela deverá ser entregue sob a nossa custódia. Ela deverá responder a uma série de inquéritos antes que quaisquer outros veredictos sejam tomados. Até lá, ela aguarda em prisão preventiva - ela prosseguiu, ainda digitando e alternando o olhar entre os dois - Acredito que o senhor Kobayashi já tenha idade, experiência e patente suficientes para tomar todas as medidas ordenadas por si só. Por isso, não enviarei ninguém para certificar de que as ordens foram cumpridas - Nine parou de digitar e fez o display sumir. Ela então, aproximou ligeiramente seu rosto de Kobayashi, olhando profundamente em seus olhos - Entretanto, quero que entenda que o não cumprimento das ordens será interpretado como deserção e alta traição. Em outras palavras, se chegarmos a esse extremo lamentável, sua licença será revogada e uma recompensa será emitida por sua cabeça. É só isso. - Nine recuou, virando-se de costas e afastando-se dos caçadores.

Ela não se deu ao trabalho de se despedir e nem de ouvir as despedidas. Não era visível em suas expressões, mas pela forma de agir era possível dizer que ela não estava nada contente. Após ela tomar alguma distância, a ligação apenas finalizaria e o holograma sumiria. Os três, por sua vez, estariam livres para procederem como bem entendessem.




[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] é isso galero, acabou. Em breve posto as avaliações. Depois a gente conversa para ver se vocês vão ter acatado as ordens da Nine ou não. Ai eu mestro tudo q faltar no primeiro turno da próxima aventura, recapitulando o timeskip.

Caso vocês optem por seguir na linha e n serem expulsos da Spades, sobre a próxima parada: quem vai escolher é a Nine (vulgo eu). Ainda estou decidindo qual ponto da GL. Vou aproveitar a frota voltando pro NW pra deixar vcs em algum lugar no meio do caminho.

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