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Yoshizawa Hemumu não era uma kunoichi-caçadora-de-recompensas famosa nem nada do tipo. Apesar de uma shinobi, não aparentava possuir mestre algum, atuando apenas como free-lancer até onde se sabia no momento. Não era especificamente experiente, mas após testemunharem alguma de suas lutas - e, consequentemente, o uso de seus poderes especiais - a história acabou se espalhando. Nada a ponto de transformá-la em uma celebridade, no entanto, por acaso os relatos acerca de uma garota de metal líquido acabaram chegando aos ouvidos de um certo alguém na Grand Line.

O contratante era bastante misterioso. Nem mesmo com suas perícias shinobi Hemumu conseguiu rastrear informações acerca dele. Porém, considerando que a contratação se dava através da Spades - talvez a organização mais conceituada no meio dos caçadores -, que o pagamento era bem acima dos padrões dela até então e que ainda forneceriam transporte até o lugar, o negócio pareceu atrativo o suficiente.

Após pegar dois trens, quatro ubers e três barcos, Yoshizawa finalmente pode ver a infame Hellquem no horizonte. Apesar de uma maravilha da engenharia improvisada, todo mundo sabia o quão problemático o interior de Devil's Eye poderia ser. Entretanto, seu contratante parecia extremamente atencioso quanto a isso. A embarcação com a qual havia atracado na ilha parecia bastante preparada para o clima perigoso da ilha. Quando fora chamada ao convés para o desembarque, imediatamente foi fornecida uma capa preta e uma máscara de de gás. Aparentemente - e infelizmente - aquelas eram vestimentas típicas do local. Mas a coisa não era só cultural. Era funcional também. Como bem sabia, as chuvas ácidas e o ar, por vezes carregado de partículas, podiam ser bastante nocivos ao corpo humano. Até então, por experiência própria, sabia que o ácido era capaz de interagir levemente com seu corpo mercurial. No entanto, a depender do pH da chuva em específico - não parecia ser capaz de causar nada além de queimaduras e irritações na pele. Já as partículas no ar pareciam lhe causar uma tosse chata, mas até então não havia experimentado qualquer efeito proveniente de radioatividade.

Ao descer nas docas, imediatamente foi recepcionada por um encarregado da Spades. Hemumu mal teve contato com o interior de Devil's Eye. Foi de carro blindado até o domo, transitou em seu interior e, próximo à saída que dava para Shadow Madness, acompanhou o guia até um carro mais blindado ainda. Aparentemente, tratavam-se de medidas contra a radiação extrema. Apesar dos chacoalhões por conta do terreno sinuoso, a viagem por Shadow Madness foi razoavelmente tranquila. Para ela, pelo menos sim. Afinal, foram os funcionários experientes que lidaram com as criaturas mutantes do lado de fora. A coisa pareceu exatamente do que se esperaria de um safari em Chernobyl.

Após finalmente chegarem a uma espécie de túnel escondido, Yoshizawa se viu descendo gradativamente até uma espécie de estacionamento. De lá os guias prontamente a levaram até uma luxuosa recepção. A coisa parecia um daqueles hotéis bem caros e modernos. Um dos guias indicou que esperasse em um dos vários sofás - em meio a alguns poucos caçadores de recompensa que também estavam por ali - e avisou à recepção que Yoshizawa Hemumu havia chegado.

A maioria dos caçadores possuíam visuais excêntricos, afinal, aquele era um estilo de vida bem excêntrico. No entanto, não demorou até que uma figura mais estranha ainda adentrasse o salão. O homem alto parecia um ciborgue, ou talvez um androide por completo, mas não dava para saber ao certo. Além disso, os visores e algumas reentrâncias em seu corpo emitiam um brilho verde ligeiramente suspeito, que davam um certo toque final no look. Com os braços cruzados atrás das costas, ele serenamente caminhou até a recepcionista. Ela nitidamente ficou com cara de confusa do tipo "quem é esse cara que eu nunca vi aqui?", mas, como tinha sido avisada da tal contratação, apenas apontou na direção de Hemumu.

- Ah, sim... Obrigado, senhorita Giselle - o homem retrucou, fazendo a secretária com um telefone em mãos estranhar mais ainda por ele saber seu nome. Sem demoras, voltou-se e seguiu até Hemumu - É a senhorita Yoshizawa, certo? Prazer, sou Wilhelm Röntgen! - ele prosseguiu animadamente, mas sem estender a mão para cumprimentar nem nada do tipo - Nos falamos por carta anteriormente, sou o contratante dessa missão - continuou, bastante explicativo - Ouvi falar de suas habilidades e soube imediatamente que você seria a pessoa certa para o trabalho. Fico feliz que tenha aceitado a proposta e vindo até aqui - ele parecia genuinamente empolgado e gentil, mas aparentemente prezava bastante por espaço pessoal - Temos só que esperar mais um colega e, então, podemos ir - finalizou firme, dessa vez explicativo de menos. Talvez porque animadamente supunha que ela já tinha entendido tudo por dedução.

Ainda de pé e com os braços cruzados atrás das costas, ele animadamente se pôs a vigiar os arredores. Estava visivelmente esperando identificar a chegada de alguém por alguma das portas. Entretanto, dessa vez deveria já conhecer a aparência do outro. Na realidade, apesar de ninguém fazer um pingo de ideia de quem Wilhelm era, ele por sua vez já parecia bastante familiarizado com tudo por ali.




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Após os eventos da operação Lex Talionis, da Marine Corps, em Vahlor Island, a vida não foi tão fácil quanto se esperaria para um caçador de recompensas supostamente bem-estabelecido como Kobayashi. Afinal, alguém como Nine não deixaria que seus atos de insubordinação saíssem impunes. Considerando a alta responsabilidade requerida pelo cargo em que ele estava… Bem, é como dizem: “Quanto mais alto, maior a queda”. O jovem representante de classe foi remanejado para uma detenção exemplar: até que se provasse confiável para cargos de responsabilidade novamente, estava encarregado da limpeza. A princípio, parecia tratar-se de uma tarefa simples. No entanto, considerando a capacidade da Ás em identificar e alocar habilidades para o serviço mais adequado, ela já havia se antecipado a isso. Afinal, seres sobre-humanos eram mais adequados a tarefas sobre-humanas.

Considerando a carona da frota Spades, Kobayashi não teve que enfrentar a perigosa travessia de Shadow Madness. Todavia, por mais que a base da Spades estivesse protegida da radiação externa, isso não fez sua estada ali nem um pouco agradável. Nem física e nem psicologicamente. Afinal, havia sido separado de Claire e Primrose em uma tacada só. Claire havia sido enviada para Golden Valley para sua reabilitação e, considerando as cartas que trocavam, Koba tinha certeza de que ela estava bem, apesar de cansada pela carga de trabalho. Já com Primrose acabou sendo um pouco mais complicado. Assim como no orfanato anos atrás, tinham perdido contato novamente. Koba nunca soube do paradeiro e nem do status da garota após Vahlor Island.

Acontece que a base subterrânea da organização está diretamente conectada a uma outra instalação de cunho sigiloso. Mais sigiloso ainda do que a própria base. Porque, apesar da existência de ambas as instalações serem de conhecimento geral, desde seu acidente décadas atrás, Xrhyl não é vista pelo público - e o Governo Mundial - como nada além de ruínas impossíveis de se visitar. Entretanto, como Kobayashi muito bem havia testemunhado, toda essa história não era mais do que uma fachada. Através de mecanismos que ainda lhe eram um mistério até nos dias de hoje, de alguma forma o local permanecia protegido de todos os perigos extremos da superfície.

Como não possuía qualquer conhecimento técnico acerca dos assuntos daquele laboratório, ele mesmo não tinha uma noção exata do que faziam ali. O que ele sabia por experiência própria é que lidavam com cobaias, reatores e um material brilhante e bastante perigoso. Não à toa, pois o representante sobre-humano era o responsável por se embrenhar nos mais variados tipos de tarefas perigosas: desde pendurar-se sobre quedas de centenas de metros para trocar peças, até mesmo limpar dejetos das jaulas das criaturas. Como a maior parte da estrutura subterrânea não era protegida da radiação - e Koba frequentemente tinha que rondar pelas ruínas não restauradas em busca de cobaias fujonas ou para resolver problemas estruturais -, o trabalho era especialmente insalubre. O Ás de Ouros jamais iria contra as ordens expressas da Ás de Paus, no entanto, considerando que um ticket só de ida para a quimioterapia daqui a alguns anos parecia um castigo pesado demais, ele mexeu alguns pauzinhos.

Tempos atrás, em seu primeiro dia na base de Hellquem, logo que conheceu seus aposentos, uma maleta e um bilhete já o esperavam:

Carta Timbrada da Spades escreveu:
Saudações, Kobayashi-dono o/

Faz um tempo que não nos vemos. Espero que esteja tudo bem com você. Recentemente chegou ao meu ouvido que a Nine-sama ficou… Meio pistola com você. Apesar de concordar com ela que o respeito à cadeia de comando é imprescindível - ainda mais considerando o contexto, né -, achei que ela acabou pegando pesado demais na sua detenção. Por questões éticas, não posso contrariar as ordens dela, mas nada me impede de mexer uns pauzinhos para te ajudar nas dificuldades que enfrentará nos próximos anos.

Considerando o quão desligado seu chefe pode ser, decidi fazer um upgrade no traje de segurança padrão. Atente-se que ele não é uma armadura e não tem nada de especial no quesito de proteção contra ataques físicos. No entanto, é bastante eficiente na proteção contra as condições extremas de Hellquem. Fiz algumas modificações para que ele tenha sinergia com seus poderes explosivos. Como não pude estudar seu corpo diretamente para as adequações, não posso garantir que ele durará mais do que 2 ou 3 explosões seguidas no mesmo lugar. Porém, se você tomar cuidado com seus booms e deixar o tecido descansar, não deve enfrentar problema algum.

Ah sim, como o traje foi feito com recursos da sede de Khórus, peço que devolva o item quando terminar de usar. É isso.

Desejando-lhe boa sorte,

Leonard von Reinhardt

Maleta de Aço :

Deitado em seu quarto na Base Spades subterrânea, Koabayashi esperava pelo próximo turno de trabalho. No entanto,  algo em torno de 2 horas antes do normal, o interfone ao lado de sua cama tocou. Algo com certeza incomum de acontecer. No entanto, considerando que ela o zelador e faz tudo mais qualificado ali - título conquistado com bastante sangue e suor ao longo de sua estada em Xrhyl -, Koba meio que soube que não tinha como simplesmente ignorar. Se fosse um problema que ninguém mais conseguisse resolver, a "bomba" com certeza estouraria para o seu lado. Após um longo suspiro, o agora mais responsável HOMEM DA ESCOLA atendeu o telefone.

- Moshi moshi, Kobayashi-kun? - o rapaz ouviu a voz familiar de uma das recepcionistas da Base Spades - Sei que está no meio da sua folga, mas... - a moça parecia um tanto receosa - Tem alguém aqui querendo te ver... Não sei ao certo, mas parece importante - finalizou, ainda preocupada.

Como o jovem rapa... Não. Como o jovem HOMEM reagiria ao chamado? Acataria? Ou ignoraria e voltaria dormir até a hora exata de seu turno? Cabia a ele decidir.




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Após misteriosamente ressurgir de uma suspeitíssima caverna numa das ilhas menos transparentes da Grand Line, Vaehaven, carregando um violino mais misterioso ainda, Kyrie acabou decidindo que queria cair no mar. Não no sentido literal, já que era um akumado, mas para viajar. Dessa vez, o Royal Catfish talvez pudesse parecer um pouco vazio, já que seria apenas ele e Lady Leopolda passando pelos perrengues típicos do alto mar.

Apesar da comida boa eventualmente ter acabado e ambos estarem tendo que se virar com o que Kyrie podia pescar ou arriscar cozinhando com os ingredientes que restavam no armazém, o log pose já havia se fixado e os ventos levavam a embarcação em boa velocidade em direção a Kinokino Ko.

Considerando o estômago delicado de Lady Leopolda - e também a dominância -, por vezes Kyrie acabava ficando com as piores partes. Sendo assim, não eram infrequentes as suas visitas até a beirada do convés para vomitar. Tanto que, se continuasse naquele ritmo, seus vômitos divinos acabariam tornando o mar da Grand Line em água benta.

No entanto, foi em uma de suas visitas noturnas à beirada do navio para a desintoxicação de seu estômago santificado que sentiu um súbito e forte solavanco na embarcação. A julgar pelo tempo de viagem, o jovem navegador sabia que deveriam estar para chegar na ilha. Graças à sua experiência em navegação, inclusive, conseguia detectar que aquele impacto específico era altamente sugestivo de encalhamento em algum tipo de superfície. Entretanto, ao julgar pelo som e a textura da coisa, não sabia dizer o que era. Apesar da ligeira diferença, para ele pareceu que o diagnóstico da situação era razoavelmente simples: encalharam em um banco de areia.

Para sua surpresa, no entanto, ao vislumbrar o horizonte - mesmo com uma luneta -, não conseguia identificar qualquer sinal de Kinokino Ko na direção do Log Pose. A ilha ainda estar fora do alcance de visão batia com seus cálculos, mas a distância mínima para não ser visível no horizonte também tornava aquele banco de areia algo bastante improvável.

Observando a água enquanto pensava, eventualmente Kyrie percebeu algo de estranho em seu tom. A água, em um formato circular adiante da proa, parecia ligeiramente mais escura do que todo o restante dentro do seu campo de visão.

- Miau miau? - também confusa com a súbita parada, Lady Leopolda surgiria no convés, miando na direção do garoto.




É isso galero. Foi dada a largada pra nossa campanhah~

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Desde que acordei com metade da cara afundada na areia da praia de uma ilha que eu nem lembro mais o nome, aceitei que aquela situação deveria fazer parte da próxima etapa do meu treinamento ninja: sobrevivência no mundo real. Não que eu tivesse ideia de qual deveria ser a próxima etapa, ela iniciaria um dia depois do que eu gosto de chamar de ÚLTIMO dia. Nada do que eu me lembro desse fatídico ÚLTIMO dia na ilha ninja faz muito sentido - barulheira imensa, fogo, explosões e puff, despertando em outro lugar. Por mais que sentisse muita saudade do chichiue-sama, não tinha muito porque ficar remoendo esse pesadelo até ver algum sentido oculto. Afinal, eu sou uma ninja, não uma vidente ou esfinge pra decifrar enigmas. Então, shuriken pra frente.

O primeiro passo era me aproximar de pessoas que pudessem pagar pelo meu trabalho - caçadora de recompensas acabou sendo um caminho natural para alguém com as minhas habilidades na arte ninja (uma kunoichi com corpo de mercúrio também precisa se alimentar). Com poucas missões, consegui chamar a atenção de alguém importante, e, modéstia parte, nem acredito que fiz trabalhos tão relevantes assim para alguém do outro lado da Grand Line notar. Mas trabalho é trabalho, segui bem ninjinha fofinha e felizinha pro próximo job.

O que diria o chichiue-sama se soubesse que eu estava indo pra uma das ilhas mais radioativas do mundo? Nem tomando muito saquê consegui ouvir um mísero conselho (ou ordem), então apenas apertava periodicamente a tantou com o brasão dos Yoshizawa cravado no cabo e concentrava minha energia em exercícios e lançamento de shurikens dentro de vários e vários transportes, em uma viagem que pareceu durar anos.

Os boatos daquele lugar eram terríveis, nem os contratantes poderiam ser 100% confiáveis. Ser paga para dar fim à própria vida naquele lugar parecia bem poético, mas eu ainda tinha todo um futuro ninja para traçar antes de botar o pequeno e leve pézinho na cova - começando por descobrir como terminar seu treinamento ninja secreto.

Já na recepção do ponto de encontro, depois de equipar um combo de capa+máscara e viajar por parte da ilha, não consegui formar uma opinião a respeito do lugar. Ainda assim, fiquei me perguntando que tipo de trabalho uma ninja faria por ali. Entrei andando na pontinha do pé, como a boa ninja de passos leves que sou, tentando absorver os arredores, até ser chamada por quem deveria ser meu chefe temporário. Não sou muito de julgar quem me paga, mas o contratante parecia ser um robozinho (não ninja, é importante comentar) que acabou de sair do núcleo de um reator de urânio misturado com césio 137 devido ao brilho fantasmagórico que emanava. O homem, pelo nome e forma que se portava, mantinha uma cortesia de uma família nobre. Ele pediu para esperar mais ainda, mas o que seria aguardar mais um pouco levando em conta os dias e horas que gastei pra chegar ali?

- NIN NIN DESU NE! - Apenas fiz uma reverência, me curvando levemente e fazendo um selo com a mão na frente do peito, como que agradecendo e concordando. Como deveria esperar, apenas abri o pergaminho com conhecimentos aleatórios que havia se mostrado bem imprevisível durante minha jornada. Abri e li qualquer frase que vi de primeira. Você é uma pessoa culta. Números da sorte: 2 - 10 - 22 - 50... Diabo é isso?

Fechei o pergaminho com uma cara de susto estampada no rosto e voltei minha atenção para o contratante. Ele investiu bastante para que eu chegasse até ali, então não iria considerar que ele desejava que eu cometesse um seppuku logo de cara. Eu já estava sentindo aquela animação de finalmente dar início a algo novo, então precisei fazer algo para lidar com aquela agitação: polichinelos.

- Mas por que eu, senhor Wilhelm? Só um shinobi consegue realizar esse trabalho? - Perguntei entre um pulo e outro. Eu lembrava muito pouco do conteúdo da carta, mas ela não parecia tão esclarecedora assim pro meu intelecto ninja, então poderia saber mais detalhes da missão enquanto a gente aguardava quem quer que fosse. Eu estava esperando um novo parceiro? Seria a nova pessoa uma mestre ninja? Então eu terminaria a minha formação na sua escola?

A animação começava a crescer, junto a intensidade e velocidade dos polichinelos.

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A calmaria do meu quarto era a maior recompensa que eu sempre recebia ao fim do meu expediente. A maciez da cama, o clima ameno do quarto e principalmente o fato de eu não precisar vestir nada de proteção naquele lugar o tornava simplesmente o meu refúgio físico e espiritual. Como eu não era mais uma espécie de prisioneiro, o lugar era extremamente confortável - digno de uma instalação da Spades. Assim que retirei todo o equipamento e me deitei na cama apenas de cueca box, comecei a refletir sobre tudo o que tinha acontecido naquele dia.

Naquele dia. Não hoje, não ontem, mas sim naquele dia 2 anos atrás.

Aquele dia foi a primeira vez que o medo de perder algo que eu tinha apenas confiança de que conseguia proteger me fizera agir errado e apenas piorar a situação. Naquele dia eu aprendi, da pior forma possível, que há certas coisas que não adianta apenas ter força para alcançar. Um deslize e eu fiz uma das minhas maiores inspirações na escola ficar extremamente decepcionada comigo. Um deslize e eu quase perdi todo o meu esforço dentro da escola ao longo de uns cinco anos. Um deslize e eu quase fiz uma companheira receber um destino fatal.

Mas mal sabia eu que o pior ainda estava por vir. Claire foi presa como se a própria Nine tivesse vindo arrancá-la de perto de mim. Eu, cabeça quente, apenas explodi e piorei a minha situação. Foi tanta merda feita de uma vez só que eu ainda me pergunto como que eu fui perdoado e recebi uma segunda chance. No fundo eu não queria ir contra a escola que me acolheu e me ajudou a crescer, então eu meio que, como posso dizer… “não levei a sério” durante o meu descontrole.

No fim, tudo isso resultou em muito trabalho para recuperar o que eu havia explodido.

Ao longo de dois anos eu fiz diversos trabalhos mais simples, desde levar o cachorro de um professor pra passear (e esquecer de catar o cocô na maioria das vezes) a recuperar uma escola infestada de delinquentes. Houveram diversas situações que afetaram mais a minha cabeça do que o meu corpo e, consequentemente, o lado Delinquente dentro de mim que me emprestava o seu Poder Negro acabou evoluindo também. KAH! Seu merdinha... Eu já falei mil vezes que esse é o NOSSO poder, eu não sou algo que foi enfiado nesse teu cu, porra! Às vezes eu até escuto ele como se fosse algo vivo dentro de mim… DESGRAÇADO! EU JURO QUE SE EU NÃO MORRESSE TAMBÉM, EU TE MATAVA! FILHO DA PUTA! Visitei alguns especialistas na área e fui informado ter desenvolvido uma espécie de “segunda personalidade” e, sinceramente, isso era a última coisa que eu queria. BEM FEITO!

Mas nem tudo foi só problema. A coisa principal que eu aprendi foi que eu era fraco. Claro, não no quesito força, isso eu ainda era o mais forte de todos, mas ao mesmo tempo isso também era a minha fraqueza já que, a força, era a única coisa que eu tinha. Descobri em algum ponto da minha redenção a Spades (ou mais especificamente a Nine) que existia uma ficha conhecida como “Currículo”. Basicamente, nela você escreve todos os seus pontos positivos e, naquela época, a única coisa que eu podia escrever era “EU SOU FORTE!”. Não era o suficiente. Eu não alcançaria o título de Rei das Escolas apenas sendo forte, eu precisava evoluir.

Então, pela primeira vez na vida, eu decidi que era a hora de ter uma profissão.

Dentre todas as opções existentes a que mais me chamou atenção foi a de navegador. O motivo? Não foi por nada extravagante como “nunca se perder no mar” ou “desenhar um mapa mundial” ou “dominar as águas dos mares”. Era algo bem mais simples, na verdade. Sendo um navegador, eu jamais iria perder a rota das escolas que eu salvei dos delinquentes e as que eu ainda iria salvar. GYAAAHHEHEHE!! VOCÊ?! SALVAR ESCOLAS?! MALDITO, ONDE FICA A SALVAÇÃO SE METADE DA ESCOLHA É EXPLODIDA NO PROCESSO?! GYAHHEHEHE E-Eu me tornei um cara mais r-responsável GYAHHEHEHEHE!!! e comecei a ter m-modos me-melhores GYAAAAAAAAHEHEHEHEHE!!!!!! t-tudo pelo bem de poder me chamar um HOMEM de verdade. Uma vez ADOLESCENTE DE MERDA, sempre ADOLESCENTE DE MERDA! MALDITO!

Como sempre, eu acredito muito nas provas que a vida me dá de que eu to seguindo o caminho certo. Argh. Troca de lugar aí rapidinho, eu preciso vomitar… Houve um encontro que fizera eu me tornar muito mais responsável do que antes. No começo não passava de um pequeno animal de quatro patas, filhote, abandonado em uma escola de delinquentes, hoje em dia é um dos motivos de eu não ter pirado de vez. PIRA! ENLOUQUEÇA! ENTREGUE-SE AO DESESPERO, KO-BA-YA-SHI! GYAAAHHEHEHEHE!! Lou. Uma filhote de… não sei se devo dizer “cachorro” pelo tamanho dela, que hoje é extremamente importante para mim. UEEEEEEEERG *sons de vômito*

Desde que comecei a trabalhar aqui eu tive que deixar ela tomando conta do navio… O navio! Eu agora tenho um navio! Que por sinal, não é qualquer navio! É SIMPLESMENTE O NAVIO FEITO PARA DESCER OS DELINQUENTES NA PORRADA! Umi wo–「LONGO! O NOME É MUITO LONGO! CHAMA SÓ DE KATANA, DESGRAÇADO!」 …Katana foi todo modificado pelo carpinteiro que eu contratei na época para simplesmente voar em cima dos outros navios com a sua armadura cortante impulsionada pelo poder da minha explosão. Ter estudado para ser navegador valeu a pena quando eu descobri que poderia pilotar um navio do meu jeito.

Mas, como se tratava de uma base da Spades e “relaxar” não era bem o meu trabalho ali, logo o telefone que usavam para se comunicar comigo tocou. Respirei fundo levantando preguiçosamente da cama indo em sua direção, atendendo sem dizer nada de imediato.

- … Tsc. Tô indo.

GYAHHAHA! CADÊ A EDUCAÇÃO, EEEEEIN, SENHOR ESTUDANTE EXEMPLAR?! aquilo ocorria quase sempre. Eu podia contar nos dedos os dias que eu realmente podia descansar por mais do que cinco horas sem que me chamassem para resolver algum problema, por menor que fosse. O problema dos funcionários daquela instituição da Spades era que ninguém queria ser responsável por nada além do que estava dentro das suas funções, já que sabe lá que tipo de punição a Nine poderia dar pra pessoa. A minha história lá dentro não demorou muito para voar de boca em boca, então eu era um belo exemplo de “não quebrar as regras”, de certa forma.

Me levantei de vez, voltando a me vestir novamente. Era uma pena aquele lugar ser tão tóxico, o meu novo uniforme de trabalho era simplesmente o mais foda de todos; mas, para a minha saúde, eu mal podia mostrá-lo direito já que precisava usar uma roupa especial de proteção. O lado bom disso, porém, era que a minha roupa era especial e tão foda quanto. Presente do Leo, eu gosto como ele sempre me entendeu e sabia lidar bem com o meu eu do passado; não que o atual tenha mudado muito. BAJULA ELE! ELE VAI NOS AJUDA A SUBIR DE HIERARQUIA DE NOVO! BAJULA ELE! BAJULA ELE! BAJULA ELE! GYAAAAAAHAHAHA! a roupa que ele preparou pra mim era simplesmente a mais pica de todas, um dos grandes motivos de eu fazer boa parte do meu trampo animado.

Assim que terminei de me vestir prontamente e conferir se tava tudo bem fechadinho, entrei no traje KINDA SUS, apertei os botões padrões básicos pra operá-lo sem mais problemas e retirei peguei um dos post-it em branco. Esse era o ponto final para o traje funcionar perfeitamente. .... Doente. Você é doente, cara. Todo mundo já sabe que é você nessa porra, quantos meses fazem que já tamo aqui? Precisa mesmo disso? puxando uma caneta do bolso ignorando o Delinquente completamente, escrevi em grandes letras K O B A Y A S H I ! e colei alguns centímetros acima da minha testa, sobre o traje, para que qualquer um pudesse ler e saber quem era.

- Hora de trabalhar.

Saindo do meu quarto, iria em direção a recepção onde alguém me esperava.

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Demônios infestavam aquelas águas. O gosto pútrido da pesca recém-vomitada não lhe deixava dúvidas. Seu arqui-inimigo, Lorde Zephyr, soubera da vitória recente conquistada por Kyrie no subterrâneo de Vaehaeven. O Senhor do Caos tinha ciência de que um de seus servos demoníacos havia sido convertido em ferramenta para o Caminho da Ordem. Consumido por raiva vingativa, ele usara os seus poderes nefastos para desviar a embarcação de Kyrie para aquelas águas hostis. Não satisfeito em fazer Kyrie sofrer por dias com a fome e a dor de barriga, agora as forças maléficas haviam feito seu barco parar no meio do mar.

Com as mãos firmes sobre a beirada do convés e os olhos estreitos de suspeita, Kyrie encarou o círculo escuro que manchava o mar adiante da proa.

— Miau miau. — A pequena divindade não era fluente em felino, mas isso não o impediu de responder a Lady Leopolda daquela maneira. Pelo tom de voz, parecia aconselhar cautela. Afinal de contas, estavam presos no meio de um mar endemoniado sem sinal de terra à vista.

Restava a Kyrie investigar a mancha, mas como? Não podia aproximar-se demais das águas e arriscar ser consumido pelos demônios. Talvez devesse tentar a sua Sapientia. A divindade fechou os olhos em oração a si mesma e concentrou o seu sexto sentido divino nas águas, tateando o espaço com mãos invisíveis, em busca de alguma presença.

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Em postura ereta, o contratante de Hemumu, então, descruzou uma das mãos das costas e levou-a até um bolso. Prontamente sacou o que parecia ser um relógio de bolso. No entanto, o conteúdo em sua tela certamente não eram ponteiros nem números. A shinobi não fazia a mínima ideia do que eram as informações em sua tela aparentemente digital. Wilhelm, por sua vez, estava absolutamente focado no mesmo, como se estivesse compilando uma grande quantidade de informações. Tamanha concentração, ele apenas balbuciou confirmando os dizeres do pseudo-biscoito da sorte que Hemumu carregava em pergaminho. Não era possível afirmar, no entanto, se ele sequer havia ouvido as falas apropriadamente. A única coisa capaz de tirá-lo de seu transe foi especificamente o “por que” da ninja. Conceito com o qual certamente era muito chegado e, aparentemente, gostava.

- O porquê? - ele pronta e simpaticamente voltou-se à caçadora - Bem, seu repertório de habilidades sem dúvidas é de fundamental importância para a tarefa que tenho para vocês - ele rapidamente fechou o tampo do suposto relógio - Quer dizer, como deve ter percebido pelo ambiente ao nosso redor, o trabalho em questão pode acabar sendo um tanto… Insalubre - Wilhelm momentaneamente abaixou o tom de voz sempre entusiasmado - Mas tudo ficará bem. Pessoas como nós possuem uma resistência acima da média contra o ambiente nocivo que Hellquem oferece, afinal - mais animado, voltou à sua postura de prontidão, vigiando as entradas.

Não demorou até que uma figura vermelha suspeita surgisse de um dos elevadores da recepção.

- Ah… - o doutor abriu mais uma vez seu relógio incompreensível - Bem em tempo - guardou-o, voltando-se para o astronauta esquisito - Kobayashi-san, estávamos a sua espera. Sinto muito por chamá-lo fora de seu expediente, assim. Entretanto, dadas as atuais circunstâncias, receio ser absolutamente necessário que alguém já acostumado às instalações acompanhe a funcionária terceirizada - ele voltou-se brevemente à ninja - Ah, sim, Yoshizawa-dono, este é o zelador de nossas instalações, Kobayashi-san - ele estendeu um de seus braços na direção do amongo suspeito. Apresentação esta, que talvez não fosse tão necessária, visto o chamativo post-it com nome colado em sua testa - Kobayashi-san, esta é Yoshizawa Hemumu-dono, a agente terceirizada que contratei para me ajudar em alguns assuntos do laboratório - ele estendeu o outro braço na direção dela, metodicamente cumprindo seu papel intermediário entre ambos.

Ele parecia ter notado o post-it, mas simplesmente acabou optando por não comentar nada. Era perceptível que aquele tipo de coisa estava anos-luz do comportamento de alguém tão sério quanto ele. Ao mesmo tempo, talvez por tamanha inocência, o homem parecia simplesmente simpático demais para comentar qualquer coisa acerca da escolha de como se apresentar ao mundo. Aparentava ser gentil demais para sequer cogitar julgar aquele tipo de ação.

- Infelizmente… - o doutor, no entanto, viu-se obrigado a interromper quaisquer introduções por parte de seus funcionários. Ele checava seu relógio misterioso mais uma vez - Nosso tempo é curto e devemos prosseguir imediatamente. Acompanhem-me, por favor - disse, prontamente voltando-se para a saída do lugar.

Ele dirigia-se a uma portinha um tanto suspeita localizada na antecâmara que precedia o saguão de recepção da base Spades. Como Kobayashi bem sabia, aquele era um dos meios de acesso às instalações de Xhryl, que também ficava no subsolo da ilha, mas a uma boa distância da base Spades. Pelo que se recordava das raras vezes que havia tomado aquele caminho, o doutor parecia estar indo à frente para liberar as travas biométricas da sigilosa base e garantir acesso ao pequeno maglev que os levaria até o Xhryl.




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A senhoria felina do navio também não demorou a perceber que havia algo de errado. Seu sentido felino imediatamente arrepiou seus pelos e, diante da resposta categórica de seu leal súdito primata, ela imediatamente percebeu que era mais prudente recuar. Mas não tanto, porque estava curiosa para ver o que estava acontecendo.

Também cauteloso, Kyrie imediatamente acabou optando por sondar a criatura à distância, utilizando seu Haki da Observação. Considerando que já sabia a posição aproximada do que quer que estivesse debaixo d’água, ao que sintonizou sua Sapientia pode sentir algo um tanto alarmante. Em seu olho da mente, era como se a presença dos tais demônios fossem um enorme canhão de luz ofuscando-o. Claro, não tinha como ser de fato ofuscado naquele espaço negro imaginário onde a presença de ambos flutuava. No entanto, considerando a “quantidade” de luz emitida, era perceptível que seu dono possuía proporções colossais.

Sua capacidade de concentração apenas ia até certo ponto. No entanto, enquanto agia como uma espécie de antena espiritual, algumas intuições involuntariamente surgiam na mente do jovem violinista. O que quer que fosse que estivesse debaixo d’água, sem dúvidas, estava sozinho. Não só isso, mas Kyrie também pode momentaneamente sentir o barulho mental da criatura em sua visualização. Estava sonhando, no entanto, como qualquer pessoa que fosse cutucada em seu sono, o choque da quilha do Royal Catfish contra seu corpo havia superficializado seu estado de consciência. O novo estímulo havia feito sua mente devanear em outro sentido. Ao mesmo tempo em que Kyrie sentiu como se fosse ele próprio tomando um sentido diferente naquela encruzilhada onírica, uma sensação real surgiu em seu corpo. Era vertigem. Assim que o estado mental da criatura se perturbou, foi como se a realidade ao seu redor também se perturbasse. Ou, pelo menos, foi essa a impressão que Kyrie teve a princípio.

Quando Kyrie abriu seus olhos, deixando seu estado meditativo, viu a si mesmo, o Royal Catfish e Lady Leopolda em queda livre em céus desconhecidos. Sabia disso porque o clima ensolarado havia inexplicavelmente mudado para nublado, bem como o cheiro do lugar era estranho. Diferentemente do cheiro da brisa marinha, a umidade do ambiente tinha um certo odor acre.

Considerando que havia optado não se aproximar das beiradas do navio, o primeiro local que Kyrie instintivamente alcançou para não se separar do navio foi o mastro. Agarrou-se nele com força, enquanto podia ver e ouvir Lady Leopolda fincando as garras no patente da porta para o interior do navio.

- MIIIIIIIIIAAAaaaUauaUAuUAuaUAuauaUAuaUA - a gata esganiçava sem entender o que diabos estava acontecendo.

Era seu jeitinho de dizer: “LACAIOOOO FAÇA ALGUMA COISAAAA!!!!!!!!”.

Afastado das bordas, num primeiro momento Kyrie não tinha visão da superfície para a qual eles e o navio certamente se dirigiam. Ademais, outro insight involuntário e originado de seu desespero dava-lhe a noção de que a criatura da aura ofuscante permanecia a uma distância constante em relação a ele.




Demorou, mais saiu :3

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「Pessoas como nós... Hmm...」Isso deveria se referir ao presente do deus shinobi que recebi, o que as pessoas gostavam de chamar de akuma no mi - considerando que ele possuía um corpo coberto ou composto de metal, não sei dizer ao certo. Se esta é uma missão que precisa de uma kunoichi de mercúrio, talvez seja a missão certa para mim. Após os polichinelos, fiz alguns alongamentos para estar na melhor forma para conhecer (e trabalhar) com um parceiro potencialmente ninja (ao menos era o que minha dedução afiada como uma kunai apontava).

A figura que apareceu no elevador criou duas sensações conflitantes dentro de mim. A primeira era de extrema satisfação, as vestes esquisitas do homem lembravam vagamente um traje ninja, óbvio que em uma versão modificada, modernizada e cheia de curvas, começando pelo adereço na cabeça que era vermelho e redondo como uma tomate. 「K-O-B-A-Y-A-S-H-I... ?」Já a segunda fez a cara de alegria murchar até uma evidente expressão de dúvida aparecer, uma vez que as cores e o post-it grudado não passavam bem a aura ninja que deveria, sem contar que o adereço na cabeça era, nada mais e nada menos, um capacete mesmo. Não havia armamento ninja visível, mas não daria certeza se não estavam escondidos em lugares diferentes. 「Pode ser um ninja com um disfarce para não ser um totalmente, ou pode ser alguém tentando se passar por um, sem de fato ser...」 Por hora, tiraria esses pensamentos da frente para neutralizar a expressão para destravar minha linha de raciocínio.

- Nin nin desu ne, Kobayashi-san! - fiz para o autodenominado Kobayashi a mesma reverência que havia feito para Wilhelm, um selo de mão e uma leve curvatura para frente. - Acredito que serei sua parceira ninja durante essa missão. Você por acaso não estudou em uma escola ninja, estudou?

O contratante tinha certa urgência em suas palavras, então o segui com passos leves e ritmados até o local suspeito.



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— Mas que espécie de demônio é este que toma a forma de uma criatura de luz? — Kyrie bradou, ainda agarrado ao mastro.

Pelo cheiro crescente de enxofre no ar, estava claro que a criatura, o que quer que fosse, arrastava-os cada vez mais próximo das profundezas do inferno a cada segundo que se passava. Fazia sentido. Lorde Kyrie havia crescido muito em poder nos últimos tempos. Era apenas natural que seu arqui-inimigo o evocasse à sua morada maldita, exigindo uma batalha.

— Não vos assusteis, criança — disse Kyrie à gata. — Este é o nosso destino. É chegada a hora do confronto, mas eu prevalescerei.

Após aquelas palavras, certamente tão sem sentido para Lady Leopolda quanto suas prévias tentativas de miado, a pequena divindade removeu uma das mãos do mastro e a estendeu em direção à porta aberta, bradando:

— Mglw'nafh Fhtagn! Despertai a vossa forma semi-bestial e vinde a mim!

Como se pudesse escutar a voz de seu mestre, o instrumento negro que repousava sobre a cama de Lady Leopolda expandiu e transformou-se. A madeira curiosamente esculpida ganhou uma textura escamosa como a pele de um monstro marinho. Um par de asas de morcego e diversos tentáculos brotaram do violino amaldiçoado. Sem perder tempo, a arma levantou vôo e foi até o seu dono.

— Muito bom, Mglw'nafh Fhtagn. Agora segurai-nos à nossa embarcação enquanto eu nos livro da queda!

Os tentáculos do violino enrolaram-se ao mastro. Kyrie segurou firme no instrumento e preparou-se para tocar uma melodia.

— Pelo meu glorioso poder, nós não cairemos! Gloria In Excelsis! — ele exclamou.

Quem lesse a partitura daquela composição a descreveria como inspiradora. Entretanto, o som produzido pelo violino demoníaco era como os gritos estridentes de uma criatura das profundezas. O contraste entre o timbre macabro do instrumento e o aspecto quase angelical do arranjo tornava o som extremamente perturbador. Onomatopéias com aspecto de nuvens negras flutuaram pelo ar e aglomeraram-se na parte de baixo do barco em uma tentativa de fazê-lo flutuar.

Técnica :


Arma :


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