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descriptionCaverna Florestal de Pthumeru EmptyCaverna Florestal de Pthumeru

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Caverna Florestal de Pthumeru
Caverna Florestal de Pthumeru Bg0VpFA

Teoricamente formada há eras atrás pela câmara magmática de um vulcão ancião, graças à supostos cristais brilhantes no teto e uma abundante quantidade de minerais deixados pelo magma no passado, boatos dizem haver uma enorme caverna coberta por uma espessa floresta no subterrâneo do palácio. Apesar destes boatos inferirem que a caverna em si é muito mais extensa do que a própria capital, a maioria dos civis acredita que a câmara desabou há eras, antes sequer dos Pthumerianos existirem e habitarem a ilha. Outros acreditam que, graças à sua profundidade, nenhum humano jamais teria conseguido perfurar tamanha camada de rochas e, por isso, o boato apenas seria apenas uma teoria da conspiração com raízes em descobertas científicas pouco verificáveis. No entanto, o que apenas seletos membros da corte e família real sabem é que, apesar da segunda teoria estar parcialmente correta, devido à conformação concêntrica com que a lava se depositou ao longo de eras, um túnel viável pode ser mais facilmente construído no exato centro da capital. Informação esta que permanece literalmente enterrada sob os domínios do palácio real, que foi construído exatamente nesse ponto central. Dentre as teorias conspiratórias, uma em específico, tida como a mais insensata de todas pelas autoridades reais, diz que no centro dessa floresta jaz uma enorme bola de sangue. Algo que nada mais seria do que a proteção do embrião de uma criatura horrenda, que seria a responsável não apenas por fornecer energia a todos os vulcões, mas também - por consequência, para a ilha toda.

descriptionCaverna Florestal de Pthumeru EmptyRe: Caverna Florestal de Pthumeru

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Dentro de uma estrutura temporária construída em meio a uma espessa floresta, os chefes daquela operação conversavam. Estavam próximos do fim do décimo sexto mês, mais especificamente da septuagésima semana de gestação. Fora um longo caminho até ali. O equipamento necessário era tão específico e tão escasso que qualquer movimentação a seu respeito certamente teria chamado a atenção do mundo mais cedo. Por isso, tiveram que se limitar a comprar o básico e construir tudo do zero. No entanto, os recursos praticamente ilimitados fornecidos pelo Imperador certamente haviam facilitado em muito a empreitada. Por mais que tivessem que montar os mais delicados equipamentos a mão, mão-de-obra cibernética era o que não faltava naquele lugar. Todo o trabalho braçal fora eliminado, permitindo que apenas uma pequena equipe ficasse em campo.

O monarca nem sequer poderia imaginar de onde o golpe havia vindo. Afinal, do seu ponto de vista nenhum dos indivíduos ali deixava aquela câmara florestal há meses. Tendo chegado apenas com a roupa do corpo, tudo que tinham ali havia sido minuciosamente revistado e aprovado por suas autoridades mais fiéis. Inclusive, também eram monitorados 24h por dia pelos trabalhadores mecânicos fornecidos para anular a carga pesada do trabalho. Robôs gigantes eram necessários, afinal gestar uma criatura muito maior do que um Rei do Mar não era uma tarefa nada fácil. Até mesmo os nutrientes mais básicos, que normalmente seriam fornecidos pela alimentação da mãe, tinham que ser transportados constantemente através de locomotivas. Vias subterrâneas inteiras já haviam sido montadas somente para aquele fim. Não fosse pelo consumo de energia elétrica praticamente zero, alguém certamente teria notado que, no mínimo, deveria haver uma literal indústria nos terrenos do castelo. No entanto, as empresas envolvidas no fornecimento apenas acabaram acreditando tratar-se de uma das medidas econômicas decretadas pelo monarca, que visavam elevar os preços no mercado externo através da compra de toneladas de recursos internamente.

Até as árvores tinham ouvidos, todos sabiam muito bem disso. No entanto, há tantos meses ali, todos já pareciam muito bem acostumados. Além disso, considerando o pagamento e suas origens pthumerianas comprovadamente idôneas, não tinham porque esconder qualquer coisa. Todos eles eram, de fato, de completa confiança do Imperador.

Bebendo café em canecas, Raven e Ophelia Volcanost aproveitavam sua folga de forma descontraída em sua tenda pessoal. Pareciam felizes por um trabalho quase finalizado, ansiosos para poderem ver o “parto”. No entanto, havia coisas que nem mesmo os milhares de olhos e ouvidos eletrônicos do Imperador poderiam captar. Por exemplo, de alguma forma aqueles corpos já haviam sido tomados por alguém há tempos antes da contratação. E, também, de tempos em tempos era como se Ophelia fosse discretamente substituída por outra pessoa disfarçada de forma muito convincente. As trocas eram poucas, mas considerando que todos já estavam infectados pelos esporos dela, não poderiam detectar.

Cardinalis Diligentiae Liberatores
Cardeal da Diligência dos Liberatores
Caverna Florestal de Pthumeru YfGToD4
Cardeal Vesper Arcebus
Mephistopheles

A Inimiga da Luz

“Já adquiriu a amostra genética real como te pedi?” - um pensamento surgiu na mente de Ophelia, agora encarnada por Arcebus.

“Ainda não…” - Raven ouviu a voz em sua mente em retorno. Dado o teatro arquitetado do lado de fora, não era possível analisar o aspecto não-verbal da comunicação. No entanto, Pristine conhecia sua ex-aluna bem demais para não perceber.

Não era possível que ela tivesse também conseguido sua amostra genética, era? Cercada por vassalos vermelhos, em uma escura ponte de comando, uma humanoide de carne viva riu. Paralelamente, dentro do que parecia ser uma tenda quase cônica no topo de uma espécie de enorme esfera de carne pulsante, uma outra silhueta um tanto apagada - mas, presa a ela pelo umbigo -, acariciou a enorme esfera. Arcebus era boa. Boa até demais. No entanto, Pristine ainda era a pessoa que havia ensinado a ela todas aquelas coisas. Não tinha ensinado tudo que sabia para a garota, era claro. Ela mesma já tinha sua amostra há tempos e havia erguido um corpo inteiro especificamente com o código do imperador. Pelos seus cálculos, a Cardeal da Paciência sabia que pouco importava se ela também tinha o código ou não. Havia feito modificações no seu código genético para amplificar o seu controle sobre os demais.

Cardinalis Patientiae Liberatores
Cardeal da Paciência dos Liberatores
Caverna Florestal de Pthumeru MbhkhjP
Cardeal Pristine
肉と血の母・Niku to Chi no Haha

A Mãe de Carne e Sangue

“Pois apresse-se” - Ophelia ouviria a resposta austera - “Não há espaço para falhas. Se deixarmos passar qualquer coisa que seja, o status quo apenas mudará da vontade dos malditos nobres mundiais para a vontade de um único nobre ainda mais desprezível” - a Arcebus de aparência alterada por Pristine se viu bastante ansiosa. Podia ter se tornado adulta, mas aquela velha irritante ainda lhe tratava como uma garota tonta - “E dessa vez não teremos apenas um almirantezinho de frota de araque e suas forças em nosso caminho. Essa arma é MUITO mais perigosa do que parece. Dificilmente aquele monarca estúpido ou qualquer um de seus súditos ou seus antepassados teriam cacife para montar qualquer coisa minimamente próxima disso…” - mantendo a face calma, enquanto bebia café como se nada estivesse acontecendo, Vesper sentiu seu estomago se revirar - “Isso certamente tem a ver com aqueles que deixaram os poneglyphs para trás. A mesma supremacia tecnológica que explicam aqueles malditos monólitos indestrutíveis também explicaria essa coisa temível que inventaram. Agora, é simplesmente absurdo que aqueles humanos ineptos que relaxam há gerações em Paradis tenham conseguido derrotar quem criou isso. Para mim, roubo é a única explicação para  o fato dessa coisa ter vindo parar aqui, sob o jugo da assinatura genética dessa dinastia patética” - exausta do tom de nojo com que Pristine reclamava em sua mente, Ophelia terminou seu café e se levantou.

“Um de meus lacaios fará a coleta essa noite. O palácio já está todo infectado por meus esporos. Nem Kasper e nem ninguém poderão ver ou sentir qualquer coisa… - na mente de Raven surgiram o que mais pareciam justificativas vindas de uma chorona.

“Pare de enrolar e faça direito” - enquanto levantava-se da mesa do café da tarde do suposto casal que formavam, controlava-se para não perder a calma com a velha.

- Ceeeerto, querido, temos muito trabalho ainda pela frente - Ophelia alegremente sorriria em direção a Raven com as duas mãos na mesa - Vou checar o estado da Infusora Umbilical, ver se os nutrientes e minerais estão fluindo adequadamente. Lembre-se que pediram para que você analisasse o ritmo cardíaco dele, pois acham que talvez haja algo a ser otimizado - elevaria a sobrancelha, encenando uma esposa que pedia para que seu marido fosse menos esquecido.

- Certo… - monossilábico, Raven responderia com a caneca na boca. Logo levantou-se.

“Estimo que mais alguns dias e a criatura já deva nascer. Esteja preparada” - conforme assistiu Raven também se levantar calmo, Ophelia pode ouvir em sua mente.




Dias depois…

Um androide havia sido enviado ao Imperador com um chamado urgente. Ansioso, mesmo o monarca não fez com que os doutores esperassem. Junto de seus fiéis cavaleiros, atravessou a densa mata em direção ao seu centro. Ao que os golpes de espadas de seus lacaios revelaram uma bola de sangue absurdamente maior, seus olhos lacrimejaram

- Ohh… Ele é… - esfregando as mãos, ele aproximou-se de olhos fixos na enorme estrutura - Ele é lindo! Hahahaha! - quase saltando para comemorar, o Imperador estava muito, muito ansioso para presenciar o parto.

Guiando-se pelo barulho, Ophelia e Raven apareceram por entre as folhas. Trocavam olhares de sobrancelhas elevadas diante do comportamento do nobre. Por dentro, Raven-Pristine estava bastante satisfeito. Em breve esmagaria aquela formiga e utilizaria a arma pelo bem de sua revolução. Um homem patético como aquele não era digno de uma arma como aquela.

Apesar de bastante convincente, Ophelia, naquele momento, não passava de uma marionete. Pristine não tinha necessidade de sair, podia controlar Raven a distâncias graças à assimilação. No entanto, o caso da Cardeal da Diligência era um pouco diferente. Tinha que recorrer às suas sósias e, por mais que todos no castelo já estivessem sujeitos às suas ilusões, vez ou outra ainda precisava justificar sua ausência. Para essa vez, em específico, Pristine não conhecia a razão. Mas, também não tinha feito questão de saber. Afina, já deduzia o que Arcebus deveria estar tentando, e também queria que a Diligente soubesse que ela também sempre tivera sua própria agenda revolucionária.


(modere o volume)

~ The Dark Colossus ~
Caverna Florestal de Pthumeru DgJRXiU
[Antiga canção intraduzível passada de geração em geração pela família real pthumeriana]

- Vossa Majestade Imperial! - o casal reverenciou o nobre.

- Ele já está pronto para nascer - Raven tomou a frente na explicação - Já iniciamos com o processo de contrações. Em breve poderemos abrir o ventre artificial e vossa majestade imperial poderá conhecê-lo - finalizou, surpreendido por tremores dentro da enorme caverna.

- Hahahaha! Como é poderoso! - segurando sua coroa, Kasper não parecia tão assustado com o tamanho poder da criatura - Mas não parece um pouco pequeno? Ele deveria ser capaz de achatar o mundo em meu nome… - tremendo a pálpebra, voltaria-se sério para os dois cientistas.

Ela sequer havia tocado o chão, mas todo o subterrâneo já parecia responder aos seus reflexos no interior do útero artificial. O homem sequer parecia conhecer o potencial daquela máquina. De dentro da ponte de comando, Pristine torceu a boca em desprezo. Ele não era digno daquela arma, não era digno de suas posses. A Cardeal mal conseguia achá-lo digno sequer do dom da viva.

- Não se preocupe, majestade imperial - a marionete Ophelia acalmaria o rei após o suposto susto por parte de Raven - Ele deve crescer rapidamente após se alimentar dos vulcões - ela sorriria, buscando ser o mais educada possível - Não queríamos que ele simplesmente destruísse a capital, por isso tomamos sua capacidade de comer até que estivesse do lado de fora - o casal mais uma vez reverenciou o monarca.

- Brilhante! Como esperado de meus grandes cientistas! - animado com as atividades que deveria se encarregar logo que ele despertasse, voltaria a encarar a gigantesca bolsa de líquido que mantinha a arma suspensa em posição fetal.

Os tremores só aumentaram, no entanto. Quando pedaços de rocha pesados demais para as copas da floresta começaram a cair, o Imperador sentiu um pouco de desconfiança. Com sinais de mão, dois de seus cavaleiros posicionaram seus escudos acima de sua cabeça, como um guarda-chuvas. Ativando alguma espécie de mecanismo, ergueram uma proteção para seu monarca. Outros dois, no entanto, começaram a checar um painel em seus braços.

Os tremores aumentaram e aumentaram, ao ponto de ser difícil ficar em pé. O Imperador parecia um pouco desesperado. Ainda coberto por sua guarda, agarrou uma das árvores próximas. Um tanto desesperado, observou seus outros guardas como quem demandava uma resposta.

- Vossa Majestade Imperial, nossos sensores acusam uma atividade vulcânica anormal na região central da ilha - um deles elevaria a voz, operando o display em seu antebraço coberto por uma armadura aparentemente medieval.

- Impossível, toda a rede vulcânica central está inativada há eras, não há como… - em tom de urgência, chacoalhando preso a árvore, o monarca esbravejou contra seu subordinado. No entanto, subitamente interrompeu-se ao ver a criatura que se esticava no interior da esfera - É você, minha bela cria?! Hohoho!! É muito mais poderoso do que pensei! - comemorou, observando a máquina viva com enorme cobiça.

Impotentes, o casal também apenas agarrou-se a uma das árvores daquele local. Trocavam olhares de confusão. Um ato, em partes, já que o protocolo passado consistia em manualmente abrir a bolsa para que a criatura nascesse diante do próprio Imperador. No entanto, o corpo da cardeal que estava na ponte de um dos submarinos não parecia sorrir.

- Ele quer nascer sozinho… - com vasta experiência no assunto maternidade, a Mãe de Carne e Sangue no interior do submarino concluiu, de acordo com as sensações passadas por seu corpo que dava origem ao útero gigantesco - Todos apostos para submergir, a criatura em breve deve… - se ela tivesse olhos, teria os arregalado.

Após encolher-se em posição fetal uma última vez, a criatura bruscamente se esticou, desencadeando uma enorme explosão de calor no interior da caverna. Os dois outros cavaleiros prontamente ativaram seu escudo e formaram uma cúpula protetora ao redor do monarca, que estava muito assustado. Ophelia e Raven não tiveram a mesma sorte, porém. Todas as árvores haviam sido arrancadas em um raio que ia centenas de metros além da posição do monarca e seus guardas.

Ao que a poeira baixou, revelou um monstro caído de joelhos no chão. Diante do deserto deixado para trás pela explosão, sob ordens do monarca, os cavaleiros baixaram a cúpula e deixaram que seu Imperador visse sua posse com seus próprios olhos. Aparentava estar cansado e, por isso, o monarca imediatamente associou à fala anterior dos cientistas que, àquela altura, não se tinha notícia. Mas, também, pouco importava ao Imperador seu bem-estar. Já tinha o que desejava deles.

Graças à explosão, toda iluminação, artificial ou natural, havia sido destruída. Em meio a escuridão, porém, ainda era possível distinguir duas coisas. A primeira era o monstro recém-nascido, que graças a alguma incandescência que lhe escapava por entre os ossos de aspecto obsidiano, fazia-se bem visível. A segunda eram quatro rios de lava, que fluíam diretamente de tubos de lava recém-revelados pela explosão, e fundiam-se ao corpo do humanoide, lentamente aumentando o seu brilho interior.

- Hahahah! Minha amada criança! Olhe para o tamanho dela! Já deve estar do tamanho do palácio - o imperador abriria os braços, bradando em direção ao monstro - Venha, alimentar-lhe-ei! Ttragamos nós a morte e a ruína a todos meus inimigos!! - alucinado pela vingança e poder, firmemente exibiu a face posterior de sua mão à besta, que àquela altura ainda o ignorava - Empowered by ancient decree, engraved by fire in my genes and those of my ancestors, I do, as true emperror of the phtumerians, use my royal prerogative to claim absolute authority over the great weapon, Kagutsuchi! - cerrando seus dentes pela dor, o homem recitou as frases decoradas, enquanto um brilho incandescente marcava a face de sua mão com o antigo signo da família real Pthumeriana a fogo.

O corpo de carne exposta, que antes acariciava a enorme esfera presa ao seu ventre, observava toda a cena do ápice da caverna. Estava aos pedaços, restando apenas a cabeça, um pedaço do tórax e a mão esquerda. Naturalmente, o mesmo símbolo gravado a fogo também estava em sua mão. Consequentemente, Pristine já havia enunciado as palavras antes mesmo do Imperador. No entanto, apesar disso obviamente significar seu sucesso, a Pristine à distância, no submarino, não sorria. Algo estava errado. Ela parecia ter vontade própria e, visivelmente, só o selo não era suficiente para suprimir sua personalidade.

- Vamos criatura estúpida! ME OBEDEÇA! - o nobre gritaria, debatendo-se absolutamente descontrolado ao ver que a criatura não parecia escutar nada do que ele falava mesmo com a marca em mãos.

Foi então que ele percebeu que estava redondamente enganado: ele estava sendo ouvido. Após alguns instantes se recuperando do mal estar, certamente causado pelas alterações das Cardeais, com os joelhos e as mãos ainda no chão, a besta levantou o rosto. Dois fachos de luz, que eram emitidos pelos olhos da criatura, subitamente caíram sobre o monarca e seus quatro guardas absolutamente aterrorizados. Ao que rachaduras brilhantes formaram-se na região de sua boca, o imperador ficou maravilhado e sem palavras. Ela estava obedecendo agora, não?

Então, a criatura abriu a boca e um brilho intenso pode ser identificado emergindo do fundo de sua garganta. O sorriso arrogante do imperador imediatamente se desfez. Uma rajada de lava cuspida pelo monstro atingiu os cinco, não deixando quaisquer resquícios de sua existência.

Os tremores, àquela altura, puderam ser sentidos por todos num raio de centenas de quilômetros do centro da ilha. O chão da imensa caverna, que antes fora o estômago do poderoso vulcão que formou aquela ilha, começou a ceder. Se Ophelia, Raven ou os demais cientistas tivessem sobrevivido à primeira explosão, certamente não seria o caso naquele desabamento, que revelou uma enorme e escaldante piscina de lava abaixo de tudo. Naturalmente, não caíram sozinhos: a criatura também foi um dos que acabaram dentro do mar de lava. No entanto, da sua parte, aquilo parecia bem intencional.




Continua em: Pthumeru
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