Ichibi Hotel - Vilarejo Nekomaru

Um refúgio sereno em um pequeno vilarejo ninja que funciona como se fosse uma espécie de extensão de Sunagakure no Sato. Com uma fachada modesta e arquitetura tradicional, esse hotel harmoniza perfeitamente com o ambiente humilde e confortável ao seu redor e geralmente abriga diversos turistas e ninjas externos que precisam pernoitar dentro do País do Vento. Plantas ornamentais em tons verdejantes adornam a entrada, proporcionando uma atmosfera acolhedora. Seu hall de entrada é iluminado por suaves lanternas de papel e possui uma decoração simples, porém elegante.

Chegando no vilarejo, noto sua pujança econômica e demográfica, apesar de sua escala não ser das mais impressionantes.

Nem faz muito tempo que estive aqui, mas não deixo de me impressionar em como essa vila é literalmente um oásis no deserto. Como nos sete mares funciona a economia desse lugar? Acho que ficamos devendo investigar isso também. Sei lá, talvez muito mais esteja oculto do que só os anarquistas ou aquele museu maligno...


Após nos hospedarmos no hotel, despeço-me dos demais e sigo com Ikhor e Hyoumi para o quarto. Cabisbaixo, não escondo meus sentimentos quanto às falas de Komori ou à péssima sensação que é estar de volta ao lugar que quase me levou à perdição.

- Não acho, até porque ela é suspeita e alguém precisa protegê-la. Acho estranho é todo mundo dessa secura chamada País do Vento ter algo contra nós... sinto que só preciso vingar o Anubis-sensei e depois dar adeus de vez a essa nação, especialmente aos membros do clã Zinzoku. Sobre as camas, tudo bem, desde que eu fique longe do menstruado-san... não quero o Jashin puxando o meu pé à noite, hehe. - Digo, respondendo ao Hyoumi.

Sigo com o papo descontraído até pegarmos de vez no sono, tentando me livrar daquela aura sinistra que pairava desde que chegamos.



- NÃÃOOO!

Que merda de sonho foi esse?

- Ah, sim, perdão, Arima-chan. - Respondo, enquanto coço os olhos e tento recuperar um pouco do fôlego. Após isso, comento: - A Mizukage-sama também não vai ficar pagando hotel por muito tempo, afinal, é algo caro, especialmente numa região turística como essa... e sem tantos ninjas à disposição, os poucos que ela ainda tem disponível não podem acabar virando gastos...

Em seguida, olho ao meu redor, para Hyoumi e Ikhor, e noto seus semblantes também abatidos após a agonia noturna.

- Obrigado por nos acordar, Arima-chan, pode ir falar com os outros que já vamos... - Finalizo e encaro a garota, aguardando-a deixar o quarto para finalmente falar sobre o pesadelo.

- E eu achando que o pesadelo só viria quando entrássemos no museu... tem algo de muito errado acontecendo nessa vila. Se foi a Faber-san, eu não sei, os batimentos dela estavam normais, assim como os do Zinzoku. Talvez ela seja uma patife bem dissimulada, ou simplesmente tenha sua relação com o Shi no Kaze de forma semelhante à Arthemis-chan quando a encontramos, consagrando itens de forma meio inconsciente. De todo modo, é interessante que apenas nós somos o alvo, a menos que os outros da Scylla também tenham sonhado com isso... vou perguntar depois. Posso dizer que, mesmo tendo quase me churrascado por influência das obras do museu, eu nunca tinha visto ou sentido nada que se assemelhasse a isso... sei nem se há uma relação ainda.

Por fim, faço minhas coisas e vou ao encontro dos demais membros da Scylla para prosseguirmos com a missão. Comento brevemente, sem detalhar muito: - E aí? Como foi a noite de vocês? Eu achei o hotel bem aconchegante, apesar de bizarro. Também não tive um sonho bom...

Após as respostas, seguiria com o time ao encontro de Rubi e Kin. Caso as encontrasse, cumprimentaria de maneira fria e formal.

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@Ben Ikneg

Ao despertar, Chinoike Ikhor se encontrava surpreso e possivelmente assustado. Com a testa franzida, sua primeira ação foi tentar se comunicar com Jashin, a entidade que habitava dentro dele. Porém, Jashin só acordava naquele momento e, de forma involuntária, movia o braço do jovem homem, fazendo-o coçar os próprios olhos. Em seguida, a criatura que emanava caos começou a explicar, fixando seu olhar na parede luxuosa do quarto.

— Este lugar está impregnado de energia amaldiçoada, isso deve afetar indiretamente suas mentes, fazendo-os ter pesadelos. Não acredito que tenham sido vítimas de um ataque consciente, e também não creio que o sonho que tiveram tenha sido causado pela mulher fedida que encontramos anteriormente, mas também acho que ela esteja mentindo ao dizer que não sabe o que está acontecendo aqui. — Jashin faria Ikhor bocejar contra sua vontade, era um tanto irritante, o controle que ele tinha sobre seu corpo. — Eu poderia ter me intrometido no seu sonho, mas sempre é engraçado ver você se ferrando e correndo de um combate que não pode vencer, nem que seja um simples sonho. E por fim... Seja lá o que você sonhou, levante-se logo... Ficar num quarto apertado com aqueles dois machos me incomoda!

Apesar dos comentários de Jashin serem úteis, Ikhor sentia que não podia confiar plenamente no que ele dizia. O fato de terem um sonho compartilhado ainda era um pouco assustador e não poderia ser coincidência. Quando Chinoike iria se mover para fora de sua cama, ele notaria um quadro que estava anteriormente fixado na parede, havia caído no chão de uma forma um tanto rítmica com os movimentos dele com Hyoumi. Sua capacidade sensitiva não sentia absolutamente nada, o que deixava tudo mais estranho.


Ao olhar mais de perto, notariam que era um quadro um tanto antigo produzido por Kei Montag, um quadro que mostrava um sujeito fugindo de uma espécie de criatura com apenas um olho. Não existia chakra naquela pintura, mas havia uma pequena descrição no quadro que chamaria atenção. Existiam letras anteriormente ali, mas foram riscadas por uma caneta. Talvez o dono do hotel tenha gostado daquela pintura, mas não gostava das informações que estavam contidas em cada tipo de réplica daquele tipo de obra de arte. Talvez fosse interessante pesquisar mais sobre tal quadro.


Arima, que estava atrás da porta do quarto deles, apenas assentiria com sua cabeça e falaria:

— Bom... Espero que tenham dormido bem e bem... creio que a Mizukage quer que resolvamos os problemas que afligem essa vila em pelo menos 1 mês... Então acredito que ela já espera que fiquemos um certo tempo aqui, mas bem... Você está certo, Haikotsu-kun... Quanto mais cedo terminarmos, melhor, né? — Diria a garota com vestimentas negras, que iria assentir com sua cabeça e se locomoveria em direção do restaurante do Ichibi Hotel, onde provavelmente o resto da Scylla se encontrava.



A organização Scylla se encontrava nesse momento em um restaurante um tanto simples, mas com bastante variedade em sua alimentação. Eles apenas se reuniram para comer alguma coisa rapidamente, já que iriam precisar de energia para passar o dia. Hoshigaki Dogma parecia se alimentar de forma tão animalesca que, provavelmente, ele sozinho teria comido mais do que todas as pessoas que estavam naquele restaurante naquele momento. Mirian encarava Yoya de forma um tanto incomoda, enquanto a Kaguya parecia simplesmente encarar seu celular, procurando notícias atuais que falassem sobre aquela região, mas não parecia ter acontecido nada muito relevante.


Quando Haikotsu perguntasse para os membros da Scylla como haviam passado a madrugada, a maioria diria que as camas daquele hotel eram ótimas e que tiveram uma ótima noite de sono. Mas Mirian parece fitar o teto enquanto pensava alguma coisa, não demorou muito para ele falar depois:

— Acho que tive um sonho meio medonho hoje, alguma coisa me arrastava por um corredor infinito que nunca acabava... Mas bem... Não é a primeira vez que tive esse sonho e já até conversei sobre ele com minha ex-namorada, ela vivia dizendo que isso podia ser uma premonição... Vai lá saber... Sonhos não precisam fazer sentido, né? — Falaria Mirian enquanto parecia saborear uma tigela de cereal natural.

— Você já teve namorada, Mirian-kun? — Falaria Arima, colocando sua mão sobre a boca com uma expressão genuína de surpresa. — Coitada...

— Arima-chan... Isso foi desnecessário... Pensei que fossemos amigos...

Fora Mirian, nenhum outro membro da Scylla parecia ter tido nenhum tipo de sonho. Sakuya não gostava daquele tipo de conversa e apenas observava quieta, imaginando que alguma coisa muito estranha estava acontecendo naquele vilarejo para que o Kaguya tivesse feito uma pergunta aleatória daquelas.



Após finalmente se alimentarem, o grupo finalmente partiu em busca de Zinzoku Kin e Nomari Rubi. O grupo tinha uma leve sensação de que o tempo passava a correr um tanto rápido durante o tempo que procuravam se organizar. Durante o trajeto, graças à sua incrível capacidade de reter informações, Ikhor parecia lembrar o odor de uma pessoa que ele teria visto uma única vez na vida e não demorou muito para adivinhar sua posição atual dentro daquele pequeno vilarejo. Curiosamente, encontrariam tanto Kin quanto Rubi, que estavam sentadas em uma mesa de uma cafeteria do pequeno vilarejo, elas dividiam uma mesa, mas não pareciam amigas ou coisa do tipo. Kin parecia estar ouvindo uma música um tanto alta que estava tocando no jukebox presente no estabelecimento, enquanto Rubi apenas fitava a loira com certo desgosto pelo gosto musical dela:



Ao chegar naquela região, o grupo da Scylla parecia cumprimentar aquelas duas. Kin parecia levantar seu braço fazendo um pequeno "olá" nada muito chamativo, enquanto Rubi parecia ter alguma dificuldade em reconhecer quem aqueles indivíduos eram, mas iria fazer um sorriso um tanto discreto ao notar que provavelmente seriam os ninjas que Mei teria enviado. Com as perguntas de Ikhor, ambas iriam franzir um pouco a testa, Rubi seria a primeira a responder suas dúvidas:

— Bom... Essa corrida é uma forma amigável de competição entre ninjas que gostam de desafiar seus corpos e habilidades táticas. Pessoalmente, acho uma baboseira sem tamanho, mas como os prêmios dessa maratona envolvem um item que me interessa, indiretamente tenho que participar e, desde que me entreguem a tal lupa depois, não irei me opor que vocês a usem por um certo tempo. Sobre a carroça, ela é construída com um material semelhante ao ferro criado por chakra, esse material deve aguentar a pressão de um ataque destrutivo do nível Rank S sem grandes problemas. No entanto, provavelmente seria bom ter alguém em vosso time que possa improvisar um concerto, nunca se sabe, correto? Existem algumas carroças menores e algumas mais pesadas... A carroça mais pesada é a mais resistente, mas em compensação, exige um pouco mais da força e da resistência de quem vai puxá-la. A carroça mais leve, naturalmente, garante uma velocidade melhor e um esforço bem reduzido, mas... Parece ser um alvo um tanto frágil para vários ataques seguintes. E por fim... Existe uma rota um tanto segura que consegui traçar no mapa que pode fazer vocês economizarem algumas horas no meio da maratona, pode parecer estranho, mas esse caminho que traçei possui "menos obstáculos" e tenho certeza que vocês vão acabar despistando diversos participantes se seguirem esse tipo de rota... Não acho que vocês vão possuir tantos problemas se seguirem esse tipo de rota, a não ser claro, que alguém siga vocês...


A mulher de cabelos brancos apenas entregaria uma espécie de mapa para a organização Scylla, parecia uma espécie de mapa do local conhecido como "Deserto de Aço" e existia um caminho vermelho traçado, supostamente alegando que se eles seguissem tal caminho, a corrida seria um tanto mais fácil.


— Corrida... Do que raios vocês estão falando? Está rolando suicídios em massa e vocês estão preocupados com uma corrida... Isso é sério? - Falaria Kin, que sempre estranhava o comportamento de Rubi. Após isso, ela responderia Ikhor. - Sobre a Tanuki Anarchy, eles são alguns ninjas rebeldes que vieram de Sunagakure no Sato. Ao contrário dos famosos "nukenins" que simplesmente metem o louco pelo mundo, eles nunca cometeram nenhum crime grave e sempre tiveram um bom líder que sabia conversar com o Kazekage, chegando até mesmo a negociar seus serviços que sempre foram úteis para o Clã Zinzoku e para Sunagakure no Sato... Eles se mudaram para o Vilarejo Nekomaru e conseguiram alguma independência com um acordo especial com o Senhor Feudal do País do Vento... Mas... Eles pessoalmente nunca gostaram de como o Kazekage se intromete nos assuntos envolvendo seu território, mesmo que isso beneficiasse eles, e talvez estejam lunáticos ao ponto de achar que Horus tenha algum tipo de inveja por conseguirem alguma independência, já que recentemente existiram algumas brigas um tanto infantis entre shinobis de Suna e essa vila não faz muito tempo... E pessoalmente sim... Eu acho que o suicídio de Uta tem a ver com aquele museu, mas... Tem alguns problemas nessa história... Uta era um sujeito um tanto peculiar, ele era um escritor um tanto famoso que vivia escrevendo seus pensamentos e publicando livros sobre sua vida e suas aventuras, e nossa investigação não achou nenhum relato escrito de Uta, não achamos NADA que indicasse que ele iria se matar..., Além disso, Uta tinha uma rivalidade um tanto extensa com Ginko, o sujeito que é o dono do museu... Acho que talvez... Não seja um simples suicídio... Algumas informações da morte do Uta-san estão confusas...

Ação livre para @Heimdall @Gaius e @Yagi no seguinte tópico:
https://www.forumnsanimes.com/t102812-vilarejo-nekomaru-pais-do-vento#1779465