Eu sofri muito bullying por ser pequeno e indefeso, isso nos Jardins II e III, famoso pré escolar e pós maternal num colégio particular. Um gordo era sempre o praticante, e eu voltava pra casa com marcas da violência. Minha mãe foi à escola e fizeram corpo mole, dizendo que ele era problemático mesmo, que tomava remédio e não sei oq. Vendo que não ia resolver, ela falou pra eu me defender com o que tivesse em mãos, de preferência coisas que cortassem ou perfurassem. Um dia ele me beliscou, eu levantei pra arrancar-lhe os olhos e ele correu pra fora da sala até o parquinho, onde a diretora do colégio estava com outra turma, não pensei duas vezes e peguei minha mochila (que tinha aqueles puxadores de alumínio) e joguei na cara dele, xingando-o de palavrões que uma criança de 7 anos sequer deveria conhecer. Isso tudo, claro, enquanto chorava bastante. Eu saí com uma marca de beliscão e ele com o nariz sangrando. Prometi ainda matá-lo da próxima vez, e mataria mesmo.
Resultado: fui pra diretoria e não levei bronca, minha mãe foi chamada e disse que mandou eu fazer mesmo, e no fim deu feijoada. Esse gordo nunca mais mexeu comigo e hoje treina na mesma academia que eu. Não nos falamos, obviamente.
Depois que fui pra escola pública, já na quinta série, passei a ser protegido pelos zé droguinhas. Uns pirralho já até marcaram de me "ripar" uma vez, como se fala em surrar por aqui, mas metade da gangue me conhecia, então desistiram, e quem marcou ficou com cara de cu.
Desde então, nunca mais tive o menor risco de entrar em qualquer briga, até porque sempre fujo disso. Melhor ter paz do que estar certo, e sou bastante medroso.