Arredores de Amegakure no Sato
Por volta das 8 horas.
Hanya e Nemu simplesmente se curvaram para aquele indivíduo numa pose de respeito, enquanto Myato tentava tranquilizar o pequeno macaco que estava tremendo em seu lado, Kaguya Rena levantou seus braços perante o indivíduo com aqueles olhos tão terríveis e tentou iniciar um diálogo, porém aquele sujeito pouco se importou inicialmente com as palavra dela, ao notar que ela não era de fato um shinobi de Amegakure no Sato. Ele ergueu seu braço em direção de Myato:
— Eu não me importo em quem são vocês. Me entregue a aberração do reino dos macacos, Otonin.
O trio sentiu seus corpos perderem peso por um momento antes de serem brutalmente repelidos em direções diferentes, chocando-se com canos de aço bruto. A dor alucinante percorreu seus corpos ao baterem com tudo em objetos tão duros. O homem possuía uma habilidade incomum, um campo de força que repeliria tudo que estivesse próximo dele. A força do impacto arrancou gritos de dor de cada um deles, enquanto tentavam recuperar o fôlego e se situar. Porém, o pequeno macaco continuava tão firme no corpo de Myato, que nem mesmo aquele estranho ninjutsu tinha feito ele se separar dele.
Antes que o indivíduo com aqueles temíveis olhos canalizasse seu chakra para impulsionar o grupo contra os estilhaços de vidro espalhados pela região, um sujeito mascarado emergiu das sombras. O ar ao redor deles parecia congelar, e uma tensão opressiva tomou conta do lugar. O mascarado segurou firme o pulso daquele indivíduo com cabelos alaranjados, com uma força tão opressiva que facilmente teria deslocado seu pulso de lugar. Ambos membros da Akatsuki iria se encarar naquele momento:
— Nagato, não se precipite! — a voz de Madara ecoou, fria e imponente, enquanto ele segurava firmemente o pulso do homem, cujos olhos estavam cegos de um ódio fervilhante. — Eles não têm nenhuma relação com sua campanha de vingança. De certa forma, eles são apenas "estagiários" em nossa pequena organização, eles ainda serão muito uteis tanto para você, quanto para mim. Não seria legal você machucá-los sem nenhum bom motivo.
Não era possível observar o rosto daquele homem graças a máscara, sua presença parecia engolir a luz ao seu redor. O olhar de Nagato oscilava entre a raiva e a confusão, seus olhos queimando com uma fúria que ameaçava consumir tudo ao redor. Porém, o Uchiha continuava a falar:
— Eu entendo o seu sentimento vingativo, já fui assim no passado… Destruindo tudo que estivesse na minha frente, sem conseguir canalizar meu ódio, para você deve ser até mesmo pior, já que o Rinnegan intensifica o seu descontrole e raiva numa intensidade ainda maior que uma pessoa normal. — continuou Madara, seu tom tornando-se quase sussurrante, um veneno sedutor em cada palavra. — Porém, sejamos racionais. O que você vai ganhar massacrando um bando de crianças e um macaco que não têm nada a ver com Hanzou? Apenas se controle, homem.
Os olhos de Nagato se fixaram no mascarado, carregando um ódio intenso, como se cada palavra de Madara fosse um combustível para sua fúria.
— Um deus não precisa se controlar na hora de aplicar a sua punição, Madara... E me toque dessa forma mais uma vez, que nem mesmo você será poupado da minha ira, ouviu bem?
Madara riu baixinho, uma risada fria que ressoava como o estalo de um galho seco sob os pés.
— Agora você se acha um deus? Faça-me rir! — perguntou Madara, seu tom cheio de escárnio. — Cuidado, Nagato. A hybris é o prelúdio da queda. Mesmo um deus pode ser derrubado se não souber medir suas ações. Seja infantil na minha frente novamente, e vou te mostrar isso na prática.
Por fim, Madara largou o punho de Nagato, que apenas ficou quieto, sem nenhuma ação imediata, apenas fitando as costas do homem cabeludo de forma assustadora. O silêncio era pesado, carregado de uma tensão latente. Madara, no entanto, ignorou o ambiente carregado e caminhou casualmente em direção ao trio que havia se chocado violentamente com uma casa da região. Com um gesto quase cavalheiresco, ele ofereceu a mão para Kaguya Rena se levantar. Quando todos estavam de pé, ele comentou de forma respeitosa, mas com uma frieza calculada:
— Suponho que vocês estejam aqui para visitar o jovem Kimimaro, certo? O procedimento médico que realizei em conjunto com Uchiha Hanako foi um sucesso. Substituímos os órgãos prejudicados pela tuberculose em estado terminal por órgãos artificiais, feitos a partir do corpo do Zetsu Branco. Graças aos seus atributos corporais excepcionais, ele poderá voltar para Otogakure no Sato muito em breve.
Madara fez uma pausa, avaliando a reação do grupo antes de continuar, sua voz tomando um tom mais sombrio.
— Porém, aquele Kaguya é tão volátil quanto um urso faminto. Ele só pensa em "Orochimaru" 24 horas por dia. Se ele não repousar por alguns dias, há grandes chances das células de Senju Hashirama se destabilizarem, e ele simplesmente se transformará em uma árvore graças a dificuldade de controlar o poder do Mokuton presente em seu corpo.
O olhar de Madara era intenso, suas palavras carregavam uma mistura de conhecimento médico e uma ameaça velada. Ele estava testando a determinação do grupo, desafiando-os a compreenderem as complexidades e os perigos que cercavam Kimimaro.
— Se querem ajudar seu amigo, precisam convencê-lo a descansar. Caso contrário, todo o esforço terá sido em vão, e ele se tornará apenas mais um sacrifício no altar da ambição de Orochimaru. Alías... Itachi está repousando com Kimimaro numa das bases aqui por perto, que tomamos não faz muito tempo, caso queiram vê-los, apenas me sigam.
Por fim, Madara daria as costas para aqueles indivíduos, como se esperasse que eles o seguissem. Ficava a cargo do grupo, Myato em especial notaria que o macaco que estava preso em seu corpo parecia carregar um grande pergaminho em suas costas que parecia carregar uma estranha energia. Valeria a pena interagir com o pequeno primata?
Ação livre para @Nie @ZeddaSilva @Zatrys no seguinte tópico:
https://www.forumnsanimes.com/t106025-central-medica-de-amegakure-no-sato-pais-da-chuva#1816128