Central Médica de Amegakure no Sato - País da Chuva

Central Médica de Amegakure no Sato é um lugar de serenidade e dedicação, um santuário de cura para shinobi e civis que servem a Amegakure no Sato. Situada em meio à constante chuva e aos altos edifícios que caracterizam a aldeia, esta central médica oferece tratamentos que, embora menos avançados que os das Cinco Grandes Nações, ainda são eficazes e profundamente cuidados. O ambiente da central médica é acolhedor, com salas bem equipadas que mantêm um toque de tradição. A arquitetura, influenciada pelo estilo industrial de Amegakure, mistura aço e vidro com elementos naturais e calmantes. As luzes suaves e o som constante da chuva criam uma atmosfera de tranquilidade.

— Ai, seu desgraçado, isso doeu muito! — Pensou Hanya, olhando para a cara apática de Nagato. — Nemu, está tudo bem com você? Verifique se não quebrou nada. É melhor ir se acostumando, é assim o cotidiano de um ninja. Depois que Hanya se estabilizou novamente com sua parceira, a Uchiha atendeu aos pedidos de Rena para vasculhar e gravar as memórias de Myato. — Que os deuses me ajudem, e que eu só veja as lembranças necessárias de Myato. Ei garoto, vamos ser rápidos por aqui, relaxe como se estivesse vendo uma paisagem muito bonita.

Aproximando-se de seu companheiro, Hanya usou seu Genjutsu Sharingan, vasculhando cada informação sobre Orochimaru que estava preservada no consciente do shinobi. Não seria difícil para Hanya, especialmente com a autorização da vítima. Após receber as memórias de Myato, Hanya jurou manter tudo em segredo absoluto, compartilhando apenas com o alvo certo. Depois da conclusão, Hanya e Nemu decidiram seguir Madara. Hanya, em especial, estava um pouco ansiosa para reencontrar seu santo sagrado. — Ei, Madara-sama, quando poderemos vestir o manto da Akatsuki e usar esses anéis engraçados? Não tenho mais para onde ir, e essa bandana do som não representa mais nada para mim. Por favor, deixe-me ficar aqui até eu ter forças suficientes para fazer Danzo pagar por tudo que ele me fez!

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Durante o ataque desferido pelo sujeito que Uchiha Madara havia identificado como Nagato, a jovem, que era literalmente uma escrava de Uchiha Hanya, pareceu sucumbir ao estranho impacto gravitacional, desmaiando instantaneamente. Era evidente que sua resistência física mal se equiparava à de um genin, o que tornava sua sobrevivência após um golpe tão devastador uma terrível sorte. Percebendo a preocupação de Hanya, Juugo, com sua habilidade peculiar, expandiu sua mão direita de forma grotesca e ergueu o corpo inerte da garota, posicionando-a sobre seu ombro com a intenção clara de transportá-la para a base récem-dominada pela Akatsuki.


Por fim, Juugo comentou de forma um tanto casual para Hanya:

— Ela quebrou alguns ossos, mas acho que vai ficar bem se descansar por algum tempo. — O sujeito com seus cabelos ruivos parece pensar por alguns segundos e por fim, resolve comentar. — Acho que ela não vai ter uma vida longa, caso continue te acompanhando, sua vida parece um tanto "perigosa". Acho melhor... Bom, você que sabe o que vai fazer com ela, no final.


Após os intensos confrontos, o pequeno macaco executa um salto quase etéreo em direção ao solo, sua expressão imersa em uma melancolia ancestral. Enquanto desce, seus olhos cintilam com o peso de lembranças sombrias, a perda de sua antiga dona, cruelmente ceifada por aquele homem estranho, ainda reverbera em sua alma. Contudo, seus pensamentos, fragmentados e dispersos, são abruptamente interrompidos pela presença do Otonin, que se aproxima. O olhar do macaco fixa-se no pergaminho que Myato segura, e um calafrio percorre sua espinha ao reconhecer seu significado.

— Este pergaminho. — começa a murmurar o macaco, sua voz tremendo com uma mistura de reverência e medo. — Contém o contrato de invocação com os formidáveis macacos do Reino Suirendo. Apenas aqueles cujas almas ressoam com o chakra dos antigos podem assiná-lo, adquirindo o poder de chamar as criaturas mais poderosas que habitam o reino animal. E mais, ganham acesso ao próprio Reino dos Deuses Macacos, onde reside o poder insondável e arcano. Minha missão... — ele hesita, um pressentimento terrível tomando conta de sua mente — É assegurar que este pergaminho não caia em mãos profanas, indignas da essência que ele guarda...

De repente, o pequeno macaco congela, seus olhos se arregalando em terror e descrença ao observar mais atentamente o rosto de Myato.

— Você... — sua voz se torna um sussurro ofegante, quase inaudível — Você é o garoto da profecia do Saru no Yogensha... Não... Isso não pode ser... Você é idêntico a ele... Isto... não é possível...


O macaco sacaria o pergaminho e saltaria sobre o ombro de Myato:

— Você se importaria de colocar seu nome nesse pergaminho? Se você for o herói predestinado, o seu chakra vai ser compatível com as exigências do pergaminho e você deverá ser capaz de invocar futuramente o poderoso Sun Wukong e lutar ao seu lado, contra a maior ameaça que esse mundo já viu. Sei que é muita informação para absorver, porém... Você não será prejudicado, caso coloque seu nome nesse pergaminho.


Ao adentrar de certa forma, furtivamente no hospital, o grupo foi imediatamente envolvido por uma atmosfera opressiva. O ar estava impregnado de uma estranha mistura de cheiros—o odor estéril do desinfetante misturado ao cheiro metálico de sangue coagulado e ao mofo que brotava nas paredes rachadas. O silêncio opressivo do lugar era quebrado apenas por gemidos esparsos que ecoavam pelos corredores vazios, criando um ambiente de inquietude que parecia se enroscar em torno de seus corpos, como se o próprio hospital fosse uma entidade viva e sofredora.

A estrutura estava em estado de abandono, com paredes desbotadas e teto caindo aos pedaços, mas ainda assim, um fluxo constante de iryoninjas deslizava pelas sombras, suas figuras espectrais se movendo com precisão mecânica. Eles pareciam alheios à decadência ao seu redor, concentrados em uma missão silenciosa e sem nome. Seus olhos, no entanto, não estavam tão vazios; havia algo nas expressões daqueles que cruzavam o caminho de Madara. Um lampejo de reconhecimento, um sussurro de medo e reverência, como se estivessem diante de um espectro do passado, um fantasma que retornava para assombrar suas memórias mais enterradas.


Ao adentrar num quarto mais sombrio da região, Madara iria se encostar na parede da região e movimentaria sua mão em direção do quarto onde Kimimaro estava. Ele também responderia a duvida de Uchiha Hanya sobre o manto da Akatsuki:

— Eu posso oficializar a atuação de vocês na organização da Akatsuki, desde que façam uma pequena missão para mim. Caso queiram, é claro. De qualquer forma, Itachi e Kimimaro estão naquele quarto, que tal conversar com eles primeiramente?


O grupo adentrou naquela região e sentiu uma atmosfera opreesiva atingir seus peitos. Kaguya Kimimaro estava acorrentado em uma cama relativamente confortável, algumas fudas restritivas cobriam seu corpo e seu olhar parecia um tanto opaco. O chão em sua volta parecia coberta de raizes de alguma árvore antiga, porém era notável que elas estavam estranhamente calcificadas e afiadas. Myato sentiu um leve sentimento estranho ao notar aquele padrão de madeira, não parecia algo que ele veria numa simples manipulação de Mokuton, parecia uma verdadeira anomalia da natureza.

Ao notar a presença de Kaguya Rena e Juugo, Kimimaro imediatamente falou, ele parecia um pouco alterado, visivelmente sua personalidade parecia um pouco diferente do que o grupo lembrava, talvez suas emoções e sentimentos estivessem sendo afetados graças ao novo chakra que seu corpo tinha que suportar:

— Rena e Juugo, me ajudem a sair desse lugar, se eu ficar por mais um maldito mês, meus músculos vão simplesmente atrofiar. Além disso, preciso... Saber como Orochimaru-sama está, não consegui ajudá-lo na invasão contra Konoha que ele planejava desde sempre. Eu preciso de notícias sobre seu atual estado, preciso saber se... Ele continua vivo!


Um tanto distante daquela cama onde Kimimaro estava, um homem se encontrava sentado numa cama próxima de uma grande janela daquela região. Hanya reconheceu imediatamente, o sujeito parecia estar suando de forma severa e ele parecia estar um tanto incomodado com a voz do Kaguya, como se ele não tivesse parado de falar por nenhum segundo, faz um certo tempo.

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"Pobre Nemu, ela não merece passar por esse tipo de situação... Acho que Juugo e Rena-chan têm razão", concluiu Hanya em seus pensamentos.

— Parece que vocês dois têm razão, Rena e Juugo. Nemu não possui as qualidades necessárias para se tornar uma ninja. E, sinceramente, acho muito difícil que ela consiga. Hmm, então, Madara, será que você permitiria que essa mulher ficasse aqui? Creio que, se ela se esforçar e estudar, talvez possa se destacar no ramo da alquimia. Quem sabe, no futuro, ela consiga criar poções de cura ou até mesmo antídotos que possam ser úteis para nós. Enfim, caso passemos na missão de recrutamento da Akatsuki, por favor, permita que essa mulher permaneça em meus aposentos. E se ela gerar algum custo financeiro para a organização, eu me comprometo a ajudar a custeá-los.

Depois de fazer seu pedido a Madara, Hanya curvou-se em sinal de respeito e saiu discretamente, dirigindo-se à sala onde Uchiha Itachi se encontrava, pois tinha assuntos a resolver com o ninja.

Ao chegar na sala, Hanya notou imediatamente que Itachi não estava bem. Algo no seu olhar e postura indicava que ele havia passado por grandes dificuldades, possivelmente em um confronto com Kimimaro.

— Há quanto tempo, Mestre Itachi. Faz muito tempo desde o nosso último reencontro. O que aconteceu com você? Parece que não está bem, tanto física quanto mentalmente. Enfim, tenho muitas coisas para te contar. Sobre minha última missão e o encontro com seu irmão mais novo. Ele é bem esquentadinho, viu? Tivemos uma luta, e eu quase morri. No entanto, pude aprender várias coisas com Sasuke. Também descobri um pouco mais sobre o meu passado. Bom, queria lhe dizer que me desvinculei de Orochimaru e que agora tenho um novo objetivo: vingar-me de Danzo. Descobri que ele é a causa de todo o sofrimento da minha família e o responsável pelo assassinato dos meus pais. Quando você estiver com mais tempo e a cabeça no lugar, eu te contarei todos os detalhes. Mas, por hora, é só isso mesmo.

Hanya, ao terminar seu resumo, olhou para Itachi com mais atenção, percebendo o quanto ele estava debilitado. Decidiu então tentar ajudá-lo de alguma forma.

— Kimimaro é um ninja extremamente obstinado em realizar seus ideais, e isso o torna volátil e determinado. Creio que ele tenha te dado bastante trabalho, Itachi. Acho que o que você precisa agora é de um bom descanso. Mas, existe algo que eu possa fazer para ajudar na sua recuperação? Alguma pendência que você tenha deixado para trás? Se precisar da minha ajuda, farei tudo o que estiver ao meu alcance.

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Antes de adentrar no aposento sombrio, Kaguya Rena lançou um olhar perscrutador a Madara, sua presença austera contrastando com a decrepitude daquele hospital abandonado, cuja estrutura moribunda parecia segredar os horrores de uma guerra travada nas sombras. As paredes desbotadas, cobertas por manchas de umidade, refletiam a lenta agonia de um lugar outrora dedicado à cura, agora um palco de conspirações silenciosas. A vila ao redor, enlutada pelo silêncio da guerra não declarada, permanecia como um espectro do que um dia foi.


Madara, envolto em uma aura de poder ancestral, deixou seus olhos descansarem brevemente sobre a figura da mulher, enquanto seus longos cabelos negros pareciam fluir como um rio de sombras. A pergunta de Rena sobre a inclusão de Kimimaro e Juugo na Akatsuki fez com que ele repousasse a mão sobre a vasta cabeleira, os dedos movimentando-se como se buscassem respostas nas profundezas de sua mente estratégica. Após um silêncio que pesou no ar, ele proferiu, com um tom impregnado de uma certeza quase cruel:

— Kaguya Kimimaro... Um potencial imenso reside nele, o suficiente para um dia se erguer contra Bijuus e mesmo contra os cinco Kages. Contudo, ele está preso, acorrentado ao afeto que nutre por Orochimaru. Enquanto não se libertar dessa figura paterna que idolatra, estará condenado a uma morte insignificante, às mãos de alguém que não lhe atribui valor algum. Mas afinal, não são todos os shinobi assim? Presos a suas ilusões, fadados a serem esmagados por elas? — Seus olhos se fixaram na porta à sua frente, como se suas palavras evocassem uma memória enterrada ou um destino já selado, depois ele se virou para Hanya. — Essa garota que você chama de Nemu me parece tão útil quanto um peso de papel, porém, talvez Nagato e Konan tenham alguma compaixão, ela deve conseguir ser abrigada e treinada por Amegakure no Sato após ela ser completamente tomada por aqueles dois. Por enquanto, apenas deixe que ela seja tratada por esse hospital.

Com um último olhar, Madara finalizou, sua voz ressoando com a gravidade de um oráculo:

— Quando estiverem prontos para provar seu valor e oficializar sua entrada na Akatsuki, procurem-me. Tenho um interesse particular no que se desenrola num pequeno conflito comercial entre o País do Vento e País da Terra. Acredito que, unidos a outros membros, vocês serão capazes de enfrentar o desafio que aguarda.

Com isso, Madara se moveu, seu manto escuro esvoaçando como as sombras que dominavam aquele lugar. Dirigiu-se para o coração do hospital, rumo à sala de administração, como se buscasse no epicentro daquela ruína as respostas para seus próprios desígnios sombrios. Juugo ficou encarando suas costas, sem entender muito o que Kaguya Rena havia mencionado sobre ele ser o indivíduo que poderia controlar seus impulsos violentos.

Pedido de missão não-obrigatória: Investigue os estranhos resquícios de chakra entre as minas de minérios entre o País da Terra e o País do Vento.
Para mais informações, consultar Uchiha Madara.

A menina, de apenas 9 anos, apareceu subitamente diante de Itachi, cuja expressão carregava um peso sombrio, mais denso do que de costume. A doença que corroía seu corpo, talvez agravada pelo confronto com Samekyodai, manifestava-se de forma evidente, com sinais claros de tuberculose que marcavam sua condição. Entretanto, apesar do estado debilitado, Itachi permanecia impassível, uma fortaleza de frieza impenetrável, deixando Hanya, com seus olhos jovens e inquisitivos, diante de um enigma. Por mais que se esforçasse, ela não conseguia penetrar as camadas de silêncio e mistério que envolviam aquele homem. A presença de Itachi, mesmo enfraquecida, era como uma sombra profunda e enigmática, deixando Hanya com a sensação de estar à beira de um abismo insondável.


Itachi, com os olhos semicerrados, comentou de maneira casual, sua voz ressoando como se estivesse longe, perdida em pensamentos profundos:

— “Mestre Itachi?” — repetiu ele, como se a ideia lhe fosse estranha, quase uma novidade. Contudo, sua expressão mudou levemente quando o nome "Danzou" foi mencionado, assim como as informações trazidas por Myato. Após uma pausa, ele respondeu, sua voz tingida por uma amargura contida: — Isso soa como uma ironia do destino, mas... Saiba que Danzou não é alguém que possa ser derrotado tão facilmente quanto imagina. E Sarutobi Hiruzen... Sua vida foi ceifada durante a invasão de Orochimaru? Isso é... compreensível, suponho. Konoha sofreu danos significativos, mas permaneceu de pé, mostrando que a competência de Orochimaru tem seus limites claros. Suponho que seu próximo movimento, seja correr atrás do corpo de Uchiha Sasuke, o meu tolo irmão, correto?

Itachi, exausto, baixou o olhar para o chão. Com um gesto lento, estendeu o braço em direção à cabeceira, onde o manto da Akatsuki repousava sobre a estrutura. Em um movimento rápido e quase sobrenatural, ele vestiu suas roupas, como se não estivesse sendo consumido pela doença que o afligia. No entanto, pequenas gotas de suor caíram de seus cabelos, pingando sobre o chão sujo daquele hospital.

— Irei conversar com Madara. Se querem um conselho, afastem-se de Orochimaru quanto antes. Ele não hesitará em atentar contra suas vidas quando lhe for conveniente e isso pode ser mais breve do que vocês imaginam. Continuar essa brincadeira pode custar a vida de um de vocês, e isso... vale também para você, Kaguya Kimimaro.

Kimimaro rapidamente respondeu:

— Eu não pedi sua opinião, Uchiha.

Kaguya Kimimaro manteve-se em um silêncio contemplativo enquanto ouvia Kaguya Rena, mas a garota não se iludia—conhecia a natureza doentia da devoção que aquele homem nutria. Orochimaru, com sua habilidade insidiosa, era um mestre na arte de enredar mentes, de transformar aliados em servos, cobaias e escravos. Rena sabia que o toque daquele homem era tão paciente quanto envenenado, capaz de se infiltrar nas profundezas da psique e corromper o mais puro dos corações.


Após uma longa pausa, o inesperado se fez ouvir na voz grave de Kimimaro, uma voz que parecia carregar o peso de anos de servidão e tormento:

— Talvez ... Talvez você tenha razão. Devo... urgh... permanecer imóvel até que meu corpo esteja recuperado, mas... existe algo que todos parecem ignorar. Não importa por onde andemos, as pessoas ao nosso redor não mudam. Falem o quanto quiserem sobre o que acontece em Otogakure no Sato, mas as atrocidades não são exclusivas de lá—elas apenas assumem formas diferentes, vestem máscaras diferentes. A escuridão e a vileza humanas estão entranhadas em todos nós. E, na minha visão humilde, Otogakure no Sato ainda é meu lar. Foi o único lugar que me concedeu um propósito, e se ainda puder... entregarei minha vida, de bom grado, por aquela terra e por aquele que a governa. Você entende como eu me sinto, certo? Juugo..

As palavras de Kimimaro, carregadas de uma resolução implacável, reverberaram no ar frio, como um juramento inquebrantável, uma promessa que queimava em sua alma com a intensidade de uma chama indomável. Enquanto Orochimaru estivesse vivo, ele iria tentar servir aquele indíviduo e isso era algo claro. Juugo parece encarar os pés do Kaguya, visivelmente ele não entendia muito bem o que o Kaguya falava, porém, era absolutamente claro, que... Juugo defenderia a vontade daquele sujeito.

Notavelmente não existiam tantas coisas para fazer naquele pequeno quarto, além de conversar. O que o grupo iria fazer agora? Iriam em busca da tal missão perigosa mencionada por Uchiha Madara? Iriam em direção do País do Relâmpago? Iriam voltar para Otogakure no Sato? Iriam investigar os acontecimentos de Amegakure no Sato, e sua estranha guerra silenciosa?

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— A estadia com Kimimaro deve ter sido algo bem duro, mas... Nesse tempo em que você esteve ocupado com ele, há algo que deixou de fazer e que precisa ser feito? Claro, desde que não seja algo muito absurdo, porque tenho minhas limitações. Se houver alguma coisa, por favor, me diga. Vai ser um prazer te ajudar. Estou te devendo essa. Quase no mesmo instante, Hanya assobiou e, como em um passe de mágica, o corvo que Itachi havia dado a ela no passado pousou em seu ombro.

— Veja, Itachi, este é o corvo que você me deu carinhosamente no passado. Eu o chamo de Iago. Não sei exatamente por quê, mas sempre achei que esse nome combinava com ele. Desde então, tenho treinado muito com o Iago. Graças a ele, aprendi a me comunicar com alguns animais. Porém, ainda não consigo usá-lo em batalhas extensas... Na verdade, em nenhuma batalha, porque ele é muito sensível. Não sei se existe algum tipo de contrato que se possa assinar com esse tipo de animal, mas, durante todo esse tempo, Iago tem se mostrado bastante útil. Ele é excelente para missões de reconhecimento, graças à sua habilidade de voo, e também consegue roubar pequenos objetos, desde que não sejam muito pesados. Enfim... Obrigada.

Depois de interagir com Itachi, Hanya se dirigiu até Madara para saber mais sobre a missão de recrutamento da Akatsuki.

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O hospital onde Uchiha Itachi caminhava era um lugar sombrio, impregnado de uma atmosfera de desolação. As paredes, desgastadas pelo tempo, eram tingidas por um tom acinzentado e rachaduras que se espalhavam como teias de aranha, denotando a negligência e a precariedade daquele ambiente. O odor de medicamentos e sangue pairava no ar, misturado ao cheiro metálico de ferrugem, como se a decadência daquele lugar fosse palpável.


Itachi, com sua postura elegante e serena, caminhava lentamente pelos corredores escuros, quase como se fosse parte daquela penumbra. Seus olhos semicerrados escondiam a intensidade de seu olhar, mas os fios negros de seu cabelo esvoaçavam levemente com seus passos silenciosos, lembrando uma sombra que desliza sobre o solo. Sua expressão era impassível, quase como se ele estivesse alheio ao mundo ao seu redor, mas seus ouvidos captavam cada sussurro, cada murmúrio que ecoava nas paredes sujas daquele hospital.

Logo atrás dele, Hanya, uma jovem Uchiha, tentava manter-se próxima, sua pequena figura contrastando com a do homem à sua frente. Seus olhos negros brilhavam com uma curiosidade quase ingênua, mas havia também uma certa determinação, como se ela estivesse decidida a entender algo que Itachi parecia querer manter escondido. Enquanto Itachi caminhava, uma de suas mãos estavam escondidas nas mangas do manto da Akatsuki, e seus movimentos eram precisos, quase calculados, como se cada passo fosse parte de uma coreografia invisível. Ao redor deles, enfermeiros e médicos em trajes surrados sussurravam entre si, a desconfiança e o medo estampado em seus rostos pálidos. As olheiras profundas sob seus olhos revelavam noites de preocupação e estresse.

— Aquele homem não era um nukenin perigoso procurado mundialmente? — sussurrou um dos médicos, a voz tremendo de nervosismo, suas mãos sujas segurando um fichário com força.

— Realmente deveríamos estar trabalhando para eles? Uchiha Itachi... Alguém que mata a própria família, deve simplesmente ser a pessoa mais terrivel que possamos encontrar na vida. — respondeu uma enfermeira, o tom de sua voz carregado de dúvida e medo, enquanto ela ajustava o lençol de um paciente que gemia baixinho em sua cama. — Aquelas crianças vão ficar bem? Olha o tipo de influência que eles estão tendo desde cedo.

— Temos opção? Eles tomaram esse lugar, mas não se preocupe, Hanzou-sama em breve deve vir nos salvar. — replicou outro enfermeiro, mais jovem, porém com um tom de falsa esperança.

— Hanzou? Salvar alguém? Deixe de ser trouxa. — murmurou um médico mais velho, sua voz baixa e amarga. — Devemos torcer que esse tal Pain domine tudo, aquele desgraçado do Hanzou nunca deu recursos para sustentar esse maldito hospital, ao contrário da Akatsuki que está literalmente nós financiando atualmente. Temos finalmente equipamentos... Fiquem quietos e trabalhem!

Itachi, alheio aparentemente a esses murmúrios, finalmente abriu seus olhos ligeiramente, seu olhar se voltando para Hanya. Seus olhos, profundos e vermelhos, brilhavam com a serenidade de alguém que já havia visto o pior do mundo, mas ali, naquele momento, ele decidiu dar atenção à jovem ao seu lado, mesmo que suas palavras pudessem parecer insignificantes para alguém como ele.

— Não preciso de nada, Hanya. Talvez um pouco de silêncio fosse bom. — Ele começou, sua voz baixa e calma. — Às vezes, manter distância e ouvir, é a melhor coisa que você poderá fazer... Porém, fico feliz que você tenha gostado do corvo que você chamou... de Iago. Algumas criaturas como corvos de certa forma são incompreendidas e temidas por comportamentos que essencialmente qualquer animal normalmente faz para sobreviver. Mas... O charme dos corvos sempre vai ser sua capacidade de coletar informações do ambiente, de certa forma, são criaturas bastante confiáveis para isso.

Itachi, Rena, Myato e Hanya avançavam com passos calculados naquela região, atravessando os corredores sombrios do hospital até chegar ao escritório onde o mascarado os aguardava. A atmosfera ali dentro era densa, como se o próprio ar carregasse o peso da presença maligna que dominava o ambiente. Ao entrarem, seus olhares foram imediatamente atraídos para o mascarado, que, silencioso, parecia desfrutar do conforto de sua poltrona como um rei sombrio em seu trono.


O mascarado, ciente da presença deles, moveu-se lentamente, desencostando-se da poltrona com uma calma inquietante. Seus olhos ocultos por trás da máscara brilhavam com uma inteligência fria e calculista. Ele cruzou os dedos sobre a mesa, seu olhar fixo no quarteto como um predador que avalia suas presas.

— Se estão aqui tão cedo, isso só pode significar que desejam participar diretamente da Akatsuki. — Sua voz era baixa, mas carregava um peso inconfundível. — Bom... Antes de mais nada, devo deixar claro que sou o líder por trás das sombras da Akatsuki. Para outros efeitos e para a maioria dos membros, exceto Zetsu, Itachi e Kisame, o verdadeiro líder é Uzumaki Nagato, mais conhecido como Pain. De certa forma, Nagato e eu trabalhamos juntos para dominar nações, capturar bijuus e, no final, manter um controle funcional sobre os recursos poderosos que o mundo shinobi secretamente rege. Trabalhamos para outras nações, quando elas se julgam incapazes de resolver seus problemas, trabalhamos por dinheiro para aumentar nossa influência, no entanto, nosso objetivo é algo muito maior que isso…

O ambiente parecia escurecer ainda mais à medida que ele falava, como se as paredes, os móveis e até mesmo o ar se impregnassem com a essência de seus planos malignos.

— Atualmente, Iwagakure e Sunagakure estão disputando secretamente um território que, de acordo com suas investigações, pode possuir... Uma mina de minérios, onde o vencedor dessa batalha terá acesso a uma riqueza interminável em minérios e pedras preciosas. É quase certo que o vencedor ganhará uma fortuna inimaginável, o que pode desequilibrar o poder econômico do mundo shinobi, deixando uma das 5 nações com um potencial econômico e militar maior que o outro. No entanto, o que realmente me interessa é algo ainda mais intrigante. — Ele fez uma pausa, observando as reações de cada um deles antes de continuar. — Segundo relatos, um dos shinobi(s) mais poderosos de Iwagakure buscava essa mina secreta, durante suas escavações, encontrou um minério especial, protegido por criaturas estranhas que tinha características místicas... Após derrotá-las e coletar tal minério, esse homem perdeu sua sanidade e adquiriu algo que se assemelha a uma transformação bijuu. Mais especificamente... Esse minério continha um fluido parasita de energia que só poderia existir na época em que o Rikudou Sennin estava vivo. Basicamente, estamos falando de um minério que tinha o chakra da criatura que conhecemos como Juubi.

Itachi, que até então parecia desinteressado, levantou o olhar na direção do mascarado, seus olhos entrecerrados refletindo um misto de curiosidade e ceticismo.

— Juubi? A criatura da lenda? O que isso significa? — Sua voz, fria e contida, soou como uma lâmina afiada cortando o silêncio.

O mascarado manteve o tom enigmático, mas havia uma faísca de algo mais profundo em sua resposta.

— Ainda não sabemos, jovem Itachi. Mas considerando que a Akatsuki pretende capturar os nove bijuus, dez, se contarmos os filhos de Namikaze Minato, não podemos ignorar a existência dessa energia. — Ele fez uma pausa, seus dedos tamborilando suavemente sobre a mesa, como se ponderasse sobre as implicações do que estava prestes a dizer. — Como perdemos acesso ao chakra do Sanbi neste mundo e não temos a mínima ideia de quando ele retornará... Não seria interessante considerar a possibilidade de utilizar essa energia residual? Pessoalmente, acredito que vale a pena... dar uma olhada nisso... Por fim, é isso... Estagiários... Essa é sua missão de admissão na Akatsuki, impeçam que as 5 grandes nações coletem esses minérios e por fim, tragam eles para mim em segurança. Acham que conseguem? Já há outros membros da Akatsuki nessa aventura, mas confio que vocês serão de grande ajuda para eles... Alías, Itachi-san, por qual motivo não acompanha nossos estagiários, que tal?

Nesse momento, Madara entregaria um pergaminho para Rena, algo que iria possuir algumas informações adicionais sobre a missão.

Missão de Admissão:: Investigue os estranhos resquícios de chakra entre as minas de minérios entre o País da Terra e o País do Vento.
Para mais informações, consultar Uchiha Madara.

Rank: A [Pode evoluir de rank]

Descrição: A missão consiste em impedir que Iwagakure e Sunagakure adquiram controle sobre uma mina secreta, cuja riqueza em minérios e pedras preciosas pode desequilibrar o poder econômico do mundo shinobi. Durante as escavações, um poderoso shinobi de Iwagakure encontrou um minério especial, protegido por criaturas místicas. Este minério, contendo um fluido parasita de energia que remonta à época do Rikudou Sennin, concedeu ao shinobi uma transformação que se assemelha ao chakra do Juubi. A Akatsuki, interessada em utilizar essa energia residual, enviará o grupo em uma missão para impedir que as cinco grandes nações coletem esses minérios e, em vez disso, trazê-los para a organização em segurança. O sucesso desta missão é crucial para manter o equilíbrio de poder no mundo shinobi e fortalecer os recursos militares da Akatsuki.

Companheiros de missão:
— Deidara [Já estão em missão]
— Sasori [Já estão em missão]
— Itachi

Itachi soltaria um olhar mal-humorado para Madara enquanto esse segundo parecia quietamente perceber que o Uchiha queria conversar alguma coisa com ele, porém, o máscarado apenas girou a poltrona, dando as costas para Itachi naquele momento:

— Itachi-san, você provavelmente quer conversar sobre o passe-livre que eu dei para Akatsuki ignorar sobre a atuação de Orochimaru, certo? Porém... Saiba que nosso acordo sobre Konoha não foi quebrado em nenhum momento, até onde eu sei, eu não ordenei nenhum tipo de ação que tenha quebrado nosso pequeno acordo. Porém... Você tem passe livre para fazer o que quiser, pode até se rebelar contra mim, caso essa seja sua vontade. Não é como se eu tivesse limitando suas ações, não é mesmo? — O mascarado por fim, olharia para o teto, seu sharingan a mostra. — Usaremos a tal genialidade do Orochimaru ao nosso favor, isso é algo errado??

Itachi parecia disposto a conversar mais com aquele homem, mas ele olharia de relance para aquelas crianças de Otogakure no Sato e apenas optou por deixar tal conversa para mais tarde. Por fim, Itachi apenas aceitou aquela missão e simplesmente deu as costas para Madara que claramente estava sorrindo por trás de sua máscara.

Ação livre para @Nie @Zatrys e @ZeddaSilva no seguinte tópico:
https://www.forumnsanimes.com/t104502p45-pais-do-fogo-mundo-shinobi

Caso queiram conversar com Madara sobre a missão, apenas continuem no tópico.