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Um castelo ancestral construído desde eras milenares. Nesse local se encontra o Monumento da Pedra, cortado pelo Rio Kouga, cuja água teria sido testemunha de inúmeras batalhas de reinos antigos até a aliança dos clãs que fundaram Iwagakure. Quando a paz se instaurou na política interna do País da Terra, o castelo, antes palco de combates, tornou-se o símbolo da paz e da Vontade da Pedra, e hoje abriga um museu de geologia, um braço educacional e científico da aldeia.
Dos vários edifícios que compõem a estrutura do castelo, destacam-se a Academia Ninja, o Museu de Geologia propriamente dito e o Templo da Pedra. Combates não são permitidos nesse local.
O sol da manhã filtrava-se pelas janelas de uma sala de aula da Academia Ninja, pintando um mosaico de luz nas mesas e cadeiras enfileiradas. O Sensei, com um pergaminho na mão, subiu à plataforma para fazer o tão esperado anúncio enquanto os alunos se acomodavam em seus lugares designados. Era o último dia das aulas, o último dia do ano em que a academia estaria aberta. Em diante, seria comunicado o desígnio dos Jounins responsáveis por cada um dos vários times de três jovens a serem testados para seu primeiro cargo oficial ninja: Genin.
Na sala, a energia efervescente dos jovens era palpável. Um deles, sentado em uma mesa próxima à janela, estava ocupado esboçando símbolos de explosão em seu caderno, sem prestar muita atenção ao anúncio do dia. Outro, ao seu lado, lançava olhares de desaprovação enquanto revisava suas próprias anotações com seriedade, como se planejasse com quem queria formar um time. Era um microcosmo de personalidades diversas, cada aluno refletindo a mistura única de ambições, habilidades e interesses que definia a próxima geração de ninjas.
Diversos nomes dos alunos, de três em três, eram pronunciados pelo Sensei e ecoavam fortemente na turma, enquanto o quarto nome, do Jounin responsável, era abafado tanto pela euforia momentânea de cada anúncio quanto pelo desinteresse evidente de todos quanto a quem os treinaria. À medida em que as trincas se formavam, um Jounin entrava na sala e os levava embora, provavelmente direto para seu respectivo exame Genin. O ambiente pouco a pouco se esvaziou, até que restasse o último trio, composto por Han Hakuryū, Kuki e Brakios Hazu.
O trio se encontrava no centro da sala, agora sem mais as inúmeras vozes que preenchiam o local. O Sensei trocou alguns olhares com eles e, demonstrando sua personalidade despojada e preguiçosa, comentou:
- Certo... certo... vocês são os últimos aqui. Não vou precisar fazer o anúncio, seu novo Sensei logo chegará, apenas aguardem um instante...
Subitamente, ele faz um sinal de mão enquanto lambia fervorosamente os lábios, como se estivesse faminto... mas os garotos logo perceberiam que se tratava do vicio em café do Sensei, que não aguentava mais esperar para voltar à sala dos Senseis para dar uma bitoquinha no pingado em uma de suas várias xícaras colecionáveis. Com o sinal de mão completo, uma nuvem de fumaça cobriria aquele homem, fazendo-o desaparecer.
[...]
Por volta das 11h
Alguns vários minutos se passaram e Han, o mais curioso dos três, percebe que o pergaminho que o Sensei usava para fazer os anúncios foi deixado para trás. Um olhar mais próximo e atento revelaria o nome do Jounin responsável pelo novo time. Brakios nota o olhar de Han e impacientemente se levanta para olhar mais de perto, mas assim que tentasse se aproximar, o Sensei retornaria, abrindo a porta da sala enquanto carregava diversas caixas com rochas preciosas. Kuki, distraída, é surpreendida e demora um pouco para entender a situação.
- Ah, olá novamente... vocês ainda estão aqui? Certo, me ajudem com isso enquanto seu novo Sensei não chega... o homem logo abaixa seu tom de voz, tentando disfarçar seu hálito de café, mas falhava miseravelmente. Apesar da situação, a tarefa do trio era simples: distribuir as caixas com as rochas preciosas nas mesas. - Eu darei um seminário para crianças bem pequenas acerca dessas rochas e sua história na aldeia... tomem bastante cuidado, depois terei que devolver isso ao museu.
Tão logo todas as caixas são devidamente alocadas e, novamente, o Sensei desaparece num rastro de fumaça, agradecendo aos jovens pela ajuda. - Cuidem disso só mais uns minutos, eu já volto...
Assim que desaparecesse, no entanto, um forte cheiro de queimado permearia o ambiente, fazendo o trio entrar em alerta iminente. Aparentemente, uma das rochas parecia estar emanando o odor, provavelmente sendo algum âmbar ou composto com enxofre, não dava pra saber ao certo, mas rapidamente uma fumaça acompanharia o cheiro. Duas caixas estavam reagindo com o material das mesas, de madeira, e provocando um princípio de incêndio.
Concomitantemente às chamas, um grupo desavisado de crianças entrava frenética e caoticamente na sala. O trio, então, teria que se coordenar de alguma maneira e decidir, entre muitas coisas: atacar os focos de incêndio, correndo o risco de danificar outras caixas ou de machucar as crianças... conter as crianças, correndo o risco de outras caixas serem incendiadas e danificadas... acionar o alarme de incêndio, o que causaria pânico em outros locais... tentar tudo ao mesmo tempo... enfim, não era uma escolha muito simples, especialmente quando dadas as personalidades totalmente distintas de cada um dos envolvidos.
Pouco parecia poder ser feito, mas, ao mesmo tempo, muita coisa estava em jogo.
Dentro da sala, enquanto aguardava a “chamada”, Kuki olhava pra frente sem nada ver. Não precisava raciocinar muito para saber que ela já havia saído do planeta Terra pelo menos umas três vezes. Perdida em seus pensamentos e assuntos, ela esqueceu algumas vezes do motivo de estar ali esperando. Mas logo lembrava, ou receberia muito xingo do kage e do ninja responsável pelas crianças órfãs caso fosse embora, um problema que ela queria evitar.
「Se fosse um concurso de beleza, como que ficaria? Deixa eu ver… Feio, feio, feia, horroroso, aquele ali até que dá pro gasto… Bonitinha. IIh? Já passei!」 Pensava a kunoichi, enquanto rabiscava qualquer coisa em um pedaço de folha que encontrou. Conforme a sala foi se esvaziando, Kuki começou a olhar pela janela, mantendo-se naquela posição. Será que alguém explicou o motivo dos jovens precisarem de jounins? Provavelmente sim, mas dificilmente ela lembraria.
– Olha só, aquela nuvem ali parece um… Qual o nome mesmo? Um jegue? Hm… – Dando uma leve tossida para limpar a garganta, a garota se pôs a cantarolar uma música qualquer que lembrou. – ♫ DE QUEM É ESSE JEEEGUE? DE QUEM É ESSE JEEEGUE? DE QUEM É ESSE JEEEGUE? ELE QUER ME MOORDEEEER! ♪ ~
Uma hora se passou e nada do sensei chegar. Agora com a mente vazia de tanto pensar coisas aleatórias, Kuki começou a ficar entediada. Reparando pela primeira vez nos ninjas restantes, um jovem de olhos injetados e expressão emputecida, o outro com o rosto parcialmente queimado, questionou-os pela primeira vez desde que chegou ali:
– To achando que ele desistiu. O que é que a gente faz quando o sensei desiste? Será que nos tornamos genins empoderados? Bem que eu queria estar em uma praia vendo a onda bater…
Já perdendo novamente a linha de raciocínio, a garota foi surpreendida pelo retorno do sensei anterior com um pedido de ajuda. Não tendo mais nada pra fazer, Kuki se colocou em movimento para auxiliar na distribuição das caixas pela sala, não se surpreendendo quando o homem sumiu novamente. A princípio, sem desconfiar de que o cheiro de fumaça se tratava de algo pegando fogo de verdade, ela começou a andar em direção à entrada, onde as crianças faziam um alvoroço.
– Crianças fumando nessa idade… Que infância diferente. – Porém, durante a caminhada, conseguiu reparar na situação de uma das caixas sobre a mesa após alguém mais atento avisar, entendendo a origem do cheiro. – Tem algo errado com aquela caixa ali… Se eu tentar congelar, será que explode tudo?
Aguardando a decisão dos outros dois, a garota lançaria um Hyoton: Kotei Shibari para espalhar a onda de congelamento, expandindo o gelo para conter o fogo das caixas problemáticas, rezando para que isso não causasse uma reação pior. Caso discordassem, ela seguiria um plano alternativo dos outros dois.
Jutsu a ser utilizado :
Hyoton: Kotei Shibari [Suplementar - Médio alcance - Abrangência Total] O usuário espalha uma onda de congelamento em uma superfície, criando uma camada de gelo em todo o médio alcance. O usuário pode escolher se tenta criar uma camada lisa e escorregadia ou se tenta expandir o crescimento do gelo para tentar grudar os pés de quem esteja pisando na superfície. Caso utilizado em campo de batalha aquático, o alcance passa para longo.
Nem mesmo uma sala cheia de ninjas era capaz de fazer com que o jovem delinquente chamasse atenção, era apenas mais um ninja dentre tantos outros que se formavam soldados ingressando em um novo time. Brakios descansava os pés acima da mesa, despreocupado com sua postura e ansioso para ser anunciado depressa. “Espero que essa chamada não seja por ordem de habilidade ou coisa do tipo, eu odiaria ter que formar um time com um bando de perdedores”, pensou. Brakios teria sido pego encarando os demais com um olhar crítico, caso os mesmos olhassem para o seu rosto. Fez uma careta quando o sensei anunciou que havia que esperar por mais tempo, mas preferiu não fazer comentários desnecessários, pelo menos não no último dia de aula.
Alguns longos minutos se passaram, e caminhar pela sala de aula não fazia com que o tempo passasse mais depressa. Tentou fazer o mesmo que Han, ler o pergaminho e descobrir qualquer coisa que pudesse acelerar as coisas, mas não teve tempo. Foi surpreendido com o retorno do sensei, deu dois passos para trás e tentou não enrubescer ao ser pego por sua curiosidade “Seminário?”, pensou. Detestava aquele tipo de aula, saber que poderia fazer parte daquilo apenas o fez ficar ainda mais mal humorado. Olhou para os demais a sua volta, seguindo para o trabalho ordenado sem nenhum tipo de coordenação ou levando em conta qualquer tipo de trabalho em equipe. Então, notou que havia alguma coisa de errado acontecendo com as pedras.
— Isso é ruim! É melhor pararmos a molecada antes que entrem na sala! — disse Brakios, assustado com a possibilidade dos alunos sofrerem algum tipo de acidente na sala de aula. Não tinha muitos truques ou habilidades que pudessem garantir a segurança das crianças, mas sabia que o local era perigoso e deveria ser evacuado — Técnica dos Mil Corvos Dispersos!
Com alguns selos de mãos, Brakios convocaria algumas dezenas de corvos locais para causar um grande alvoroço na entrada da sala, em sua grande quantidade de aves grasnando sons assustadores, empurraram as crianças para o caminho da saída, acreditando ser o suficiente para fazer com que nenhum deles entrassem na sala de aula — Para o pátio! — ordenou, deixando o local junto com as crianças.
Durante a tentativa de expulsar as crianças da sala de aula, se Brakios pudesse notar qualquer criança tola o suficiente para ignorar os pássaros ou a sua ordem de evacuação, usaria a força bruta para agarrar o máximo de crianças que seus braços pudessem alcançar, uma, duas ou três.
Jutsu a ser utilizado :
Sanzengarasu no Jutsu [Suplementar - Alcance Campal - Abrangência Total] Rank D O usuário convoca um bando de corvos controlados com sinais de chakra que se espalham no campo de batalha, distraindo ou até roubando itens de seus oponentes na medida que é possível. Esses corvos podem ser controlados livremente, mas precisam se manter numa distância coerente do usuário dessa técnica. Duração de 2 turnos. Requer algum tipo de contrato de invocação com corvos ou a habilidade selvagem civilizado.
Aquele era um dia decisivo para qualquer aluno da academia. Afinal, ser designado a um time e um sensei era o objetivo final de qualquer um ali.
E esse até com certeza seria o caso de Hakuryuu, não fosse sua crônica falta de atenção para situações tão repetitivas como aquela. Assim como uma garota azulada sentada por aquele canto da sala de aula, Han também observava as nuvens com uma mente distante. Dignou-se a apenas se fazer presente para balançar a cabeça ao som hitônico que a garota cantarolou.
Após horas de espera silenciosa e desconectada, Hakuryuu já estava com a cara achatada sob a mesa. Babando e quase mofando ali.
— Praia? Nessa terra seca aqui? — atipicamente, Haku surgiria com um comentário a uma dos dois últimos da sala, além dele. — O máximo que dá pra ver batendo aqui é um corpo, no fundo de um dos penhascos... — mal-humorado e cansado com a espera, ele rolou a cabeça sobre a mesa para o outro lado.
Entediado de ficar só deitado na carteira, a mente do garoto começou imediatamente a procurar o que fazer pela sala. Com uma rápida olhada nos arredores, pode perceber um pergaminho que, pelas suas contas, deveria possuir o nome do tal sensei atrasado. No entanto, diferente de Brakios, sua preguiça era grande demais para levantar. Em vez disso, preferiu esperar que o rapaz mais proativo ali fizesse a descoberta e comunicasse.
A chegada do professor, porém, mudou um pouco a situação para ele. A certa irritação por não saciar sua curiosidade quanto ao nome do professor, acabou meio que o tirando do marasmo.
Bom, ao ajudar com as caixas, pelo menos, estaria ocupando sua mente e passando a se sentir minimamente útil.
Logo que a arrumação terminou e o professor se escafedeu, possivelmente para satisfazer o vício em café, os olhos compridos de Hakuryuu foram em direção ao pergaminho de antes. O cheiro de queimado, porém, não demorou a chamar sua atenção por completo. Como soprar, tacar fogo, pedras ou desintegrar definitivamente não seriam uma solução ali, não pode fazer nada senão olhar com cara de desespero para os artefatos do museu indo de amazônia.
Para coroar, um bando de pivetes com olhos sedentos por caos sugiram na retaguarda do grupo.
“Nah… Gelo e corvos devem dar conta” — pensou consigo mesmo, imaginando que seus dois colegas já tinham basicamente dado conta do serviço.
Logo, prosseguiu com a ideia de pegar o pergaminho antes que este pegasse fogo. O documento assegurado, Han daria umas olhadas nos arredores para se certificar de que estava tudo certo. Caso algum dos ranhentos se aproximassem demais e/ou os corvos não fossem suficientes para afastar o grupo, cuidadosamente utilizaria seu Fuuton: Kiryu Ranbu (Rank-D). Soprando com cautela para não atiçar as chamas ou criar acidentes com olhos de crianças e bicos de corvos desgovernados, tentaria criar uma leve lufada rasteira — ou seja, abaixo da altura de vôo dos animais — para empurrar os pivetes desavisados para fora daquela sala perigosa.
Na primeira oportunidade segura em que tivesse, daria a tão cobiçada espiada no pergaminho.
”Jutsus Utilizados” :
Fuuton: Kiryu Ranbu [Suplementar - Longo Alcance - Varredura Parcial] O usuário consegue manipular correntes de ar com sua mão. A quantidade de ar manipulada se equivale a uma varredura parcial, pouco maior que a escala humana. Não tem potência suficiente para causar dano, mas abre diversas possibilidades no campo suplementar. Se usado em forma de Kombijutsu por pelo menos três corpos, é possível manipular algo equivalente a varredura total do longo alcance.
A sala de aula, antes vazia e silenciosa, estava agora imersa em uma atmosfera de caos e confusão enquanto a fumaça começava a se espalhar pelo ambiente e as crianças entravam como num frenesi. Um odor acre pairava no ar, alertando ao trio de Genins de que algo estava terrivelmente errado. O grupo logo agiria ao notar o incêndio se alastrando através das caixas e mesas. Enquanto a fumaça se intensificava, Kuki calmamente analisa a situação e se propõe a resfriar o ambiente, congelando as caixas que eram os focos das chamas com seu Hyouton.
Concomitantemente, Hakuryuu e Brakios também se propõem a agir, cada um a seu modo, refletindo suas fortes personalidades pelo caminho. Brakios, apesar de mal humorado, pensa rápido e se preocupa com as crianças, colocando-se como um escudo na frente delas e as encantando com uma enxurrada de corvos invocados literalmente do nada. Trata-se do Sanzengarasu no Jutsu, uma técnica Rank D, básica, mas com um requisito bastante específico: a intimidade com a vida selvagem. As crianças, alvos da técnica, logo ficam impressionadas com aquilo. Algumas, com visivelmente medo desses tipos de animais, correm desesperadamente para fora, gritando como se suas vidas dependessem disso. Outras, mais curiosas, simplesmente param e se hipnotizam com o movimento. Uma menina especificamente parece tentar conversar com os corvos, o que levanta a curiosidade de Brakios, mas aparentemente a habilidade daquela garota ainda haverá de evoluir um bocado.
No cenário geral, caos completo. Diversas crianças caindo umas sobre as outras e movimentos completamente dessincronizados. Era de se esperar, já que tratavam-se de pessoas bem jovens e sem adultos por perto para auxiliá-las. Hakuryuu, no meio disso tudo, apenas observa a situação e se prontifica a utilizar seu Fuuton para conter alguma criança desgarrada, mas logo percebe não ser necessário, visto que os corvos de fato haviam de guiá-las todas para fora da sala. O jeito truculento de Brakios por fim é acompanhado de uma ordem expressa para uma evacuação em direção ao pátio.
Dentro da sala, ainda, Kuki consegue com sucesso o controle das chamas, enquanto que, junta de Hakuryuu, nota que havia algum estrago feito. As duas caixas que queimaram foram quase completamente destruídas, ao passo que a umidade provinda do gelo, a variação brusca de temperatura no ambiente e a aparição repentina dos corvos, havia tudo junto danificado algumas outras, mas nada tão grave quanto às incendiadas.
É nesse conjuntura então que ressurge o sensei, suado, visivelmente ofegante e hiperativo, claramente por utilizar tanto seu Shunshin no Jutsu para uma coisa frívola como escapar e tomar café escondido. Ele encara a sala como o diabo encararia a cruz. No entanto, o olhar de surpresa logo torna em um olhar sério, de análise propriamente. Era nítido naquele momento que o sensei precisava de mais... uma xícara de café!
- Vocês não botaram fogo nisso e depois tiveram que fazer essa baderna pra apagar, não é? E que gritaria é essa lá fora? - Indagaria.
Rapidamente aquele homem iria para fora em busca de entender mais sobre o que estava acontecendo ali. Hakuryuu, nesse momento, pega o pergaminho que estava no chão e o lê, descobrindo que seu novo sensei chama-se, curiosamente, Han. O que estaria por trás desse nome? Logo todos acabariam descobrindo, porém Brakios certamente saberia mais do que todos de quem se trata, embora para Hakuryuu esse nome soasse bastante familiar, mas por motivos literalmente familiares. A situação então estranhamente se estabiliza dentro da sala com Kuki e Hakuryuu, e mais nenhuma das "rochas" parece demonstrar alguma reação, pelo menos por enquanto. Entretanto, do lado de fora, uma comoção ainda estaria ocorrendo.
[...]
Do lado de fora, Brakios é abordado por seu sensei da academia, que logo entende o motivo dos corvos ali estarem, no entanto, pede imediatamente ao garoto que cancelasse seu Jutsu, para que pudesse fazer uma contenção mais organizada de sua turma de crianças.
- Obrigado, Brakios, eu assumo daqui...
Em seguida, o sensei parece utilizar algum tipo de Genjutsu para conter todos na região, o que acabaria afetando também ao Brakios, que veria uma chuva de penas brancas caindo sobre seu corpo, deixando-o bastante sonolento. Porém, junto com essa ilusão, um imenso calor é sentido pelo jovem em suas costas, e ao virar para entender o que estaria acontecendo, uma figura conhecida estava bem próxima, lhe encarando com um olhar de não muitos amigos:
Imediatamente, o sensei olharia aquele homem e o reconheceria, então colocando-se a contestar o ocorrido.
- Eu bem que achei estranho aquelas rochas se aquecerem daquela maneira... você não muda.
O gigantesco homem de vermelho o responde: - Ainda achando ruim meus métodos? Quem os ensinou até aqui foi você, e olha no que deu!
- Faça suas gracinhas em outro lugar. Você não deixa de ser um perigo para todos. Veja, colocar as crianças em risco...
- Se eles fossem bem instruídos e você não fosse viciado em café, elas não estariam em perigo.
- Não consigo acreditar que o Tsuchikage aprovou isso...
- Pois vá reclamar com ele!
O sensei, que sempre foi simpático e até um pouco abobado, agora parecia bastante passivo agressivo em relação a Han, um ninja que Brakios reconheceria agora como seu novo sensei. Alguns segundos se passam até que todas as crianças fossem devidamente evacuadas e sobrasse apenas Han e Brakios naquele local. Restaria ao trio observar melhor a situação para compreender de fato o que estaria ocorrendo.
Após congelar as caixas, Kuki prendeu a respiração e contou mentalmente 10 segundos, esperando que o seu movimento não tivesse sido uma péssima ideia. Aguardou por mais alguns segundos, tendo a certeza de que tudo não explodiria - o que felizmente não aconteceu. O ponto principal é que mesmo com a boa intenção de apaziguar o incêndio, o seu movimento causou certo prejuízo ao ambiente, seja pela ação direta do gelo ou pela umidade após o derretimento. O aparecimento do sensei anterior com a acusação de vandalismo pegou a garota de surpresa.
– Eeerm... Acho que não, sensei. – Respondeu Kuki ao seu superior, ao mesmo tempo que se aproximava de Hakuryuu para cochichar baixinho. – Você, por acaso, não botou fogo nessas caixas, botou? – De fato, aquele incêndio repentino era muito suspeito, e na tensão para resolver o problema, a kunoichi nem chegou a questionar a origem do mesmo. – Será que as crianças em pânico fizeram motim no rapaz e tão enchendo ele de porrada lá fora? Acho melhor a gente ir lá conferir, ou vamos ter só o sensei, que a gente já não tem, e dois membros e meio pra compor o time.
Ouvindo uma leve discussão, Kuki andou até a saída da sala para conferir o resto da situação. 「Bem, se perguntarem sobre a umidade da sala, posso falar que a gente se mijou quando viu o incêndio, sei lá...」 Não muito preocupada com a sua reputação, a ninja pensava em algumas alternativas para resolver o problema, reparando no homem de chapéu pela primeira vez. 「Não acredito que já chamaram a polícia... Minha ficha criminal vai começar junto com a vida de genin, não pode ser verdade!」
– Seu polícia, calma, podemos explicar... Deixo bem claro que não tenho envolvimento com este incêndio, provavelmente fui inserida nessa situação por terceiros. Estou disposta a colaborar com as investigações e me apresentar para depoimento, caso necessário. – Kuki inicia algumas explicações para o homem mal encarado, esperando não ser jogada no camburão imediatamente.
Brakios parecia contente por conseguir evitar dano às crianças, não se importando em nada com o dano causado nas estruturas da sala de aula ou qualquer outra coisa da academia. Com o retorno do bom sensei, o rapaz ficou irritado com a falsa acusação, segurando-se por pouco para não tomar uma ação precipitada. Desfez seu jutsu dos corvos, mesmo que por algum motivo pensou em deixar as criaturas no local por puro divertimento ou curiosidade, talvez desejasse saber se uma das crianças realmente gostava daquelas criaturas tanto quanto ele. Desfez sua técnica de invocação, dispersando os corvos com um assobio de duas notas.
Assistiu os corvos se afastarem do local, grasnavam para longe enquanto ficavam cada vez mais distantes do pátio. “Penas brancas? Mas os corvos não são negros?”, pensou, nem mesmo havia percebido quando foi que tinha caído na ilusão do professor da academia, Seus olhos pesaram e seu corpo sentiu um leve cansaço, mas tudo aconteceu por pouco tempo. Sentiu o calor à suas costas, o fazendo se virar para saber o que havia acontecido com os demais. “Será que já perdi meu time ninja?”, pensou. Mas sentiu um alívio quando percebeu qual era a fonte do calor, o mestre Han.
— Como assim? Você vai ser o nosso sensei? — Brakios perguntou assustado. Nem mesmo sabia que o mestre Han cuidava de times do vilarejo. Depois deixou um sorriso sádico escapar de seu rosto, estava feliz. — Aqueles dois já eram…
Brakios aguardou a chegada dos demais, imaginava qual seria a reação dos dois ninjas ao descobrirem que Han seria o novo sensei daquele time. Conhecia um pouco da personalidade caótica de seu mestre, o que tornavam as coisas mais divertidas e perigosas. Com a chegada da garota, Brakios não conseguiu conter o riso, pois não tinha percebido se era mesmo um pedido de desculpas ou uma piada. “Essa com certeza será a primeira…”, pensou. A seguir, aguardou a chegada do último membro e o início do que seria o primeiro encontro daquele possível time. Estava ansioso para saber como as coisas iriam prosseguir a partir daquela pequena confusão.
Não sabia se estava errando ao não ir direto para a ação, por mais que isso fossa parte de sua persona. No entanto, ainda tinha uma certa noção de que era melhor não agir do que criarem jutsus em excesso e mais piorar a situação do que outra coisa. Ainda com sua inação, o sucesso com as crianças fora dentro do esperado: houve algum caos, mas nenhuma parecia ter saído queimada.
Sem dar grande importância ao jeito mais bruto de Brakios — que achava efetivo, apesar de não conseguir sê-lo —, voltou-se para avaliar os estragos causados pelas chamas. Não demorou muito para que ele suspirar com o resultado. Ainda com sua não-interferência, o time parecia ter exagerado na intervenção. Bem, pelo menos, agora tinha uma nota mental do que melhorarem no futuro.
— Hnn… — olhando para baixo enquanto apertava o cenho em decepção, balbuciou em reação à fala do sensei recém-chegado. — Quê? Não, EU não! — porém, a única coisa que foi capaz de retirá-lo de seus pensamentos fora a hipótese perigosa de Kuki. Emergiu, negando um tanto desesperado. Não queria ser mal-interpretado. Porque, se fosse, com suas habilidades de comunicação, acreditava que seria difícil de sair daquela furada.
Ainda atordoado, mas aliviado porque o sensei parecia ter dirigido o seu foco para a gritaria la fora e não para as borrachas da mente fértil de Kuki, varreu o ambiente em busca do pergaminho. Então, não demorando a identificá-lo, espiou rapidamente o nome do sensei deles.
— O sensei… Sou eu?!?! — absolutamente confuso, voltou-se para Kuki após sua sugestão de irem para fora.
Ainda em tilt, tela azul, apenas seguiu Kuki. Demorou mais do que ela para perceber a discussão do outro lado. No entanto, quando viu a enorme figura do lado do sensei viciado em cafe, seus neurônios finalmente saíram do curto.
— Hey, grandão, você que é o tal Han-sensei? — iniciou, mantendo seu olhar fixo lá de baixo até os olhos do brutamontes. — Somos parentes? — no entanto, antes dele responder, brevemente prosseguiria perguntando com um jeitinho meio impertinente.
Com o clima ligeiramente mais leve, o trio Genin composto por Hakuryuu, Kuki e Brakios segue atônito aos acontecimentos recentes, mas nada que eles já não tivessem vivenciado em meio ao caos diário na academia ninja. Do lado de fora da sala, Brakios questiona Han e recebe uma resposta bastante irônica:
— Infelizmente... vocês já estão indo mal para sua primeira missão.
O jeito truculento do homem não surpreenderia Brakios, que acintosamente observa a porta da sala e reage às aparições de seus novos colegas de time com desdém, como se soubesse o que viria pela frente. Kiku e Hakuryuu surgem cada um com uma pergunta estranha e diferente, o que desperta um pouco da animosidade de Han, um homem aparentemente tranquilo e sério.
— Aí estão vocês... prazer, sou Han, seu novo Sensei. - Diz o homem, respondendo à dupla que o questionava com assuntos diversos, como se fosse uma autoridade policial ou houvesse algum tipo de parentesco. — Se somos parentes eu não sei, mas espero que não.
O homem então realiza uma série de selos de mão e, no instante seguinte, todas as caixas dentro da sala começam a pegar fogo, iluminando o corredor com as luzes das chamas que vazavam pela porta. Han exalava um vapor infernal, que escapava de sua armadura, como se a fonte de seu poder fosse seu próprio corpo. A imponência do gigantesco Jounin imperava sobre a ocasião e o som dos vapores ecoava distante.
— Acharam que o problema estava resolvido? Algumas crianças se machucaram, e as caixas definitivamente não eram seguras para estarem na sala de aula. Fizeram certo em decidir primeiro por elas, que eram a consequência do problema, mas a causa em si não foi totalmente combatida...
Após a advertência, Han simplesmente cruza os braços e emana seu vapor de forma mais serena, demonstrando uma tranquilidade apática frente à situação que ele próprio estava criando. Ao mencionar "missão" e "causas e consequências do problema", ficava claro que tudo se tratava de um teste. Afinal, o que aquele home estava querendo realmente? O trio agora teria que lidar com uma sala em chamas.
“Ih alá, o cara já chegou tirando” — contraindo o cenho ao mesmo tempo que elevava as sobrancelhas em surpresa, Hakuryū nada disse quanto ao comentário do sensei sobre o possível parentesco.
Prudente. Não queria apanhar. Seu jinton podia ser doido, mas duvidava que conseguiria derrubar um boizão daquele tamanho e sair ileso. Na real, provavelmente sairia todo quebrado antes mesmo de conseguir chegar perto do objetivo. E isso, considerando que esse seria apenas tentar neutralizar o homem, que, bem, era literalmente uma das causas do incêndio que ele próprio dizia que teriam que lidar.
— Tsch… Não vai ter jeito… — resmungando baixinho, Hakuryū finalmente reconheceu que não teria mais jeito. Teria que deixar de preguiça e usar a cabeça se quisesse satisfazer o titã colossal cheio dos vapores.
Rapidamente, Han começou a observar os arredores. Procuraria pelo dispositivo responsável por ativar o sistema anti-incêndio da academia. Sabia que só borrifar água do teto não deveria conter o problema, já que, pelas palavras do professor, a “causa” — ou seja, o combustível — ainda devia estar reagindo quimicamente para produzir a energia das chamas.
Caso obtivesse sucesso em localizar o mecanismo de acionamento, acionaria-o, mas não antes de avaliar se o caminho até ele era seguro. Se não fosse, decoraria a posição do acionador e utilizaria seu Doton: Moguragakure no Jutsu (Rank-C) para evitar as chamas indo por baixo. No local, saltaria da terra, acionaria o mecanismo ainda no ar e, ao cair, retornaria ao solo para evitar as chamas. A água, que deveria ser aspergida com aquele ato, muito provavelmente ajudaria na próxima etapa.
— Ohh Kuki é bom, ninguém quer dar! — após voltar ao local onde estavam os colegas de time, chamaria pela usuária de gelo — Vem criando uma camada de gelo para abrir caminho até as caixas — prosseguiria, pensando no Kotei Shibari de antes, revestindo o chão ou paredes e sufocando as chamas — Brakios, acalme os fedelh… pimpolhos e não os deixe se machucar — sugeriria, já se preparando para avançar assim que os colegas concordassem com ele.
Apesar de vento, a princípio, não ser uma boa escolha quando o assunto era sufocar chamas, sabia que seu fūton era fraco demais para causar dano ou sequer aumentar a potência dos danos causados por seu katon. Ainda assim, a lufada de vento era forte o suficiente para deslocar objetos. E, como seu objetivo era separar as rochas, que aparentemente reagiam ao contato, a técnica deveria servir.
— Se as chamas aumentarem antes abaixarem, conto com seu gelo, Kukizinhah — completaria durante o avanço, já tentando precaver contra complicações futuras.
Diante das caixas, então, utilizaria seu Fuuton: Kiryū Ranbu (Rank-D) para soprar as rochas com força. Manipulando as correntes, faria com que as rochas voassem adiante em diversas direções, separando-se em uma espécie de leque e evitando atingir a si ou os demais.
Se um par de pedras ou outro se recusassem a se separar, mesmo com o vento, Haku apelaria para seu Jinton: Genkai Hakuri no Jutsu [Mini] (Rank-B). Desintegraria os pares insistentes de uma vez.
Jutsus :
Doton: Moguragakure no Jutsu (Rank-C) [Suplementar] O usuário pode adentrar a terra, mostrando ou não o local que ele entrou e se locomover por ela. Caso o usuário adentre na terra, e não tenha como prover sua respiração, terá de retornar em até 3 turnos. É possível também puxar um alvo pelo pé e prender o mesmo no chão. [Não inclui o sensor derivado dessa técnica]
Fuuton: Kiryu Ranbu (Rank-D) [Suplementar - Longo Alcance - Varredura Parcial] O usuário consegue manipular correntes de ar com sua mão. A quantidade de ar manipulada se equivale a uma varredura parcial, pouco maior que a escala humana. Não tem potência suficiente para causar dano, mas abre diversas possibilidades no campo suplementar. Se usado em forma de Kombijutsu por pelo menos três corpos, é possível manipular algo equivalente a varredura total do longo alcance.
Jinton: Genkai Hakuri no Jutsu [Mini] (Rank-B) [Ofensivo - Curto alcance - Epicentro] Trata-se da primeira expressão de Jinton que o ninja consegue manifestar. O usuário manifesta um cubo de dimensões similares a uma mão próximo de si, que fica fixo no espaço. É capaz de desintegrar o que entrar em seu volume, mas por se tratar de um volume tão reduzido, não tem capacidades de finalização. O máximo de dano que vai causar é o equivalente do Rank, com danos secundários de sangramento elevados a estágio alto.
Levemente aliviada por não se tratar da polícia, Kuki conseguiu se concentrar o suficiente para entender que aquele homem era o seu novo sensei. A menção sobre uma primeira missão em andamento deixou a kunoichi mais confusa do que já estava, já que até pouco tempo atrás nem sensei ela tinha. Como as coisas avançaram tão rápido? Agora a garota encarava atônita a reincidiva das chamas.
– Sensei, você por acaso tá botando fogo na academia? – Indagou a menina, vendo as chamas tomarem conta do prédio. Bem, não foi ela quem ateou fogo antes e os dois companheiros tentaram fazer algo a respeito quando as caixas queimaram, então o número de suspeitos estava reduzido. Caso a suspeita se confirmasse, ela perguntaria por fim: – Tem certeza que essa ideia não é muito doida? – E menina encararia o homem de forma calma, meiga e simpática.
Outra coisa começava a fumegar junto com o prédio: o próprio tico&teco da ninja tentando pensar em algo. Infelizmente a esperteza não era o forte da garota, então ela ficou apenas vendo o brilho bruxuleante das chamas e a fumaça dançando rumo ao céu por um momento, até ser despertada pelo plano de Hakuryu. Até ser lembrada que usava gelo, já estava pensando em arranjar um pano pra bater no fogo até apagar.
– Esse fogo todo me lembra uma vez que fui pular uma fogueira descalça... Então vamos tentar dar um jeito nas caixas mesmo.
Considerando que não queria entrar no prédio em chamas e se ralar toda (ou se queimar), a garota utiliza o Hyōton: Haryū Mōko, usando o tigre de gelo para mover as caixas inflamáveis, tentando trazer quantas fossem possíveis (ou arrastar boa parte do caminho, pelo menos). Não que ela soubesse o que fazer com as caixas, mas tirar de dentro do prédio de madeira parecia uma ideia melhor do que ver o fogo tomando conta de tudo.
Após isso, tentaria usar o Hyoton: Kotei Shibari mais uma vez na sala, com a intenção de abafar as chamas com uma camada de gelo e dar a oportunidade para todos agirem sem virar churrasco na busca das caixas restantes.
JUTSU A SER UTILIZADO :
Rank C - Hyoton: Kotei Shibari [Suplementar - Médio alcance - Abrangência Total] O usuário espalha uma onda de congelamento em uma superfície, criando uma camada de gelo em todo o médio alcance. O usuário pode escolher se tenta criar uma camada lisa e escorregadia ou se tenta expandir o crescimento do gelo para tentar grudar os pés de quem esteja pisando na superfície. Caso utilizado em campo de batalha aquático, o alcance passa para longo.
Rank B - Hyōton: Haryū Mōko [Ofensivo, Suplementar - Médio alcance - Abrangência focal] Ao usar essa técnica o usuário cria um tigre de gelo que pode ser manipulado pelo usuário. Possui HP compatível com o chakra gasto e pode golpear com dano do Rank uma vez por turno.
Atividades intelectuais nunca foi o forte de Brakios, apesar do rapaz não ser do tipo que ignora conselhos de ninjas veteranos. Primeiro, soube que estava dentro de uma missão e que seu desempenho não era bom, detestou ouvir isso, não desejava falhar logo de cara. Continuou observando os demais membros do seu time e as explicações de Han, mas quando o grandalhão mencionou sobre o causador das chamas, isso engatilhou diversos pensamentos caóticos na sua cabeça. “Espere um pouco ai, Han. Só duas pessoas podem ser o causador desse acidente, e um deles é você”, pensou. Brakios encarava seu sensei com um olhar de julgamento e uma postura desafiadora, não se importando com a enorme diferença de tamanho.
— Combater a causa, hein? Acho que entendi o que você quer dizer, Han! — anunciou o ninja. Era bastante corajoso e não muito inteligente, mas chegou a conclusão de que poderia resolver as coisas sozinho do seu jeito. É claro que teria muito o que aprender sobre trabalho em equipe e todas as outras coisas que fazem um ninja se tornar um soldado ideal para o seu vilarejo, e Brakios estava testando esses caminhos, buscando enxergar de maneira diferente para não ser um ninja normal.
— Barreira Estilo Terra: Prisão Cúpula de Terra!
Brakios arriscou seu jutsu mais poderoso, uma técnica avançada que exigiu alguns selos de mãos e muito do seu chakra para criar uma barreira de terra capaz de envolver o grande sensei a sua frente. Sua intenção era manter o chakra do grandalhão preso na cúpula, evitando que ele continuasse causando problemas na sala de aula, caso realmente lograsse êxito no seu jutsu.
Por algum motivo, o jovem ninja estava confiante que sua técnica seria realmente capaz de parar um ninja de elite, uma prova de que ainda havia muita ingenuidade em Brakios. Caso seu jutsu não funcionasse por algum motivo, iria esperar para levar sua bronca com os braços cruzados e os olhos fechados.
Jutsu a ser utilizado :
Doton Kekkai: Dorō Dōmu [Suplementar - Médio Alcance - Epicentro (curto alcance)] Rank B Requer Habilidade Kyuinjutsu. Cria uma domo de rocha em forma de cúpula em volta de uma vítima. O domo tem dimensões compatíveis com a totalidade do curto alcance, mas seu centro pode ser posicionado em qualquer ponto a médio alcance do usuário. A camada de rocha possui HP equivalente ao chakra gasto. Caso o usuário esteja em contato físico com a cúpula, permite absorção de chakra - Máximo de absorção de chakra por alvo: 1 Rank B por turno. O chakra absorvido pode ser transferido para o usuário ou usado para reparar as próprias paredes do domo.
A situação se agrava velozmente para Brakios, Kuki e Hakuryuu. O trio, imediatamente após as chamas tomarem sua sala, encara Han com olhares de poucos amigos. O homem de vermelho mantinha-se com uma cara de paisagem completamente apática, enquanto parecia analisar friamente o que cada um estaria pensando. Era um olhar um tanto sinistro e intimidador, mas que não abalava o espírito dos jovens Genins.
Hakuryuu é o primeiro a agir, desconfiando das palavras de seu xará, Han, especialmente naquelas que diziam respeito a um eventual parentesco. Mais rápido que seus companheiros, realiza selos de mão compatíveis com uma técnica do estilo Doton, o que impressionaria Han, que levantaria as sobrancelhas em surpresa, deixando aquela expressão de paisagem para trás.
— De fato, um Genin capaz de utilizar com maestria dois elementos... - Comenta.
O jovem à sua frente adentra ao subsolo em direção à sala, buscando fugir das chamas na medida do possível. Han o acompanha com os olhos, vendo até onde aquele movimento teria êxito. Ao mesmo tempo, no entanto, inesperadamente Brakios encara seu novo sensei com palavras que pareciam desafiá-lo. Han imediatamente nota as intenções do garoto, mas não a tempo de reagir à barreira do estilo terra que o cobriria no instante seguinte.
Dentro da sala, Hakuryuu sai do chão na posição mais próxima do alarme de incêndio e aciona a alavanca, que desencadeia um disparar de jatos d'água em todas as direções. Kuki, enquanto isso, preparava seu Hyouton estrategicamente para empurrar todas as caixas em direção às janelas, para fora do prédio. Um tigre de gelo avança ferozmente para dentro das chamas, que estranhamente não pareciam estar sendo suprimidas pela água do sistema antichamas. Nesse momento, Hakuryuu retorna do subsolo e reaparece atrás de Kuki, enquanto utiliza seu Fuuton visando sufocar o incêndio.
Assim que o tigre de Hyouton adentrasse no ambiente, Kuki notaria algo extraordinário: o calor era tanto que o gelo começaria a derreter. Definitivamente, a causa daquele incêndio ultrapassava as capacidades de um simples Katon, o que indicava que Han, de fato, estava por trás daquilo. Enquanto isso, Brakios cerca seu Sensei com uma barreira de Doton que imediatamente começa a predar Chakra. Concomitantemente, as chamas parecem enfraquecer vertiginosamente, e o tigre de Hyouton de Kuki sucede a lançar todas as caixas para fora do prédio sem derreter no processo.
O trabalho do trio, até então, parecia bastante coordenado, muito mais do que na última ação. Han permanece imóvel dentro da cúpula, como se esperasse o desenrolar da situação. Por fim, o último movimento seria também de Kuki, visivelmente a mais lenta dos três, mas não menos importante e tática. A combinação de água com o Fuuton de Hakuryuu começaria a sufocar as labaredas, e que seriam por fim extintas pelo Kotei Shibari, já numa escala maior, naquilo que, aos olhos de terceiros, pareceria uma ação conjunta de verdadeiros bombeiros.
Alguns instantes se passam e tudo o que sobra daquele forno é simplesmente um amontoado de carvão e fumaça. Han então explode a cúpula de Brakios de maneira brutalmente violenta, lançando o jovem em direção aos seus companheiros, sem dá-los chance de qualquer reação. Os destroços gerados pelo impacto por pouco também não atingem Kuki e Hakuryuu, passando pela dupla como se fossem cometas caindo na terra, mas o corpo de seu colega os atinge em cheio.
Uma cortina de poeira paira sobre o local, enquanto o gigantesco homem exala ferozmente vapores escaldantes de sua armadura e respiração, criando um som aterrador. Aparentemente, Han se cansou de esperar e se aproxima a passos lentos, cada um acompanhado de um tremor de terra que faria balançar qualquer coisa pendurada no teto daquele local. O trio sente em suas espinhas a força e imponência daquele homem, enquanto uma pressão esmagadora os aflige, paralisando-os no processo.
Ao se aproximar substancialmente do trio, emergindo da poeira, Han diz:
— Deixar crianças se ferirem... deixar sua vila queimar... atacar seu próprio sensei... não consigo acreditar que vocês são Genins de verdade. Talvez eu devesse largar isso e ir embora daqui, isso não vale o esforço...
Após um longo suspiro, Han vira-se de costas, olhando para Brakios, que pouco a pouco conseguiria ver o que estava acontecendo com seus companheiros. A poeira assenta e, com todos enxergando claramente, Han comenta, levando suas mãos à cabeça, num visível sinal de incômodo:
— Numa escala de zero a dez... o quanto será que vocês terão êxito nessa missão? Eu posso acabar com isso num piscar de olhos. Então, de que vale essa sua tentativazinha...
A fala de Han é interrompida pelo sinal da Academia, indicando que as 12h já haviam chegado. Com um outro suspiro, dessa vez acompanhado de uma série de selos de mão, Han complementa:
— Bem na hora. Pois é, sua tentativazinha foi bastante interessante. Vocês não tomaram as melhores decisões, mas certamente estão no nível de Genins, ou até superior a isso, individualmente. Sua divisão de tarefas indica bastante entrosamento, mas ainda lhe faltam alguma coordenação. Se eu fosse fazer uma comparação, diria que são músicos excelentes seguindo corretamente a partitura, mas ainda ignorando o maestro. Por sorte, vocês têm a mim agora! É óbvio que eu poderia derrotá-los agora mesmo, mas isso não faria sentido... então...
Academia Ninja - Tarde Exatamente 12h
Os selos de mão são completos e o Chakra liberado por Han se expande violentamente em todas as direções, dispersando toda a poeira e fumaça de uma vez por todas, fazendo novamente o sol da manhã filtrar-se pelas janelas da sala, pintando aquele nostálgico e inesquecível mosaico de luz nas mesas e cadeiras enfileiradas, que infelizmente estavam bastante danificadas agora. Mesmo assim, o clima altera-se de tal maneira que mesmo o som dos pássaros lá fora torna-se audível novamente, como se todas as preocupações imediatas de Kuki, Hakuryuu e Brakios fossem se esvaindo completamente, restando-lhes um clima de manhã fresca e um belíssimo dia para aproveitar.
Restava, ainda, Han terminar sua fala. A pausa dramática com o advento da alegria da manhã parecia milimetricamente calculada.
— Sim... não faria sentido derrotá-los. Então, como devo dizer... erh... vocês passaram!
O novo sensei definitivamente não é uma pessoa sensível, então mesmo sua parabenização ao trio não parece certa. É como se algo estivesse faltando, mas o jeito desajeitado também ajuda a quebrar um pouco o clima.
— Agora vocês são oficialmente Genins a serviço de Iwagakure no Sato! Aproveitem seu dia de folga para descansar. Entregarei um relatório para a Academia e para o Tsuchikage ainda hoje sobre seu desempenho nesse teste. Vocês não foram perfeitos, mas fizeram um bom uso de suas habilidades e pensaram bastante rápido, é quase como se vocês lessem as mentes uns dos outros ou pudessem discutir cada ação com antecedência... sei lá, é estranho, nunca vi nada parecido. Se estiverem trapaceando, eu ficarei de olho e descobrirei! Por ora, é isso. Amanhã espero encontrá-los às 8h no escritório do Tsuchikage. Reflitam sobre o dia de hoje, sobre suas ações e principalmente sobre os próximos passos. Vocês não são mais três estudantes da Academia, agora são Kuki, Hakuryuu e Brakios do time Han!
Os jovens poderiam agora suspirar aliviados e decidir suas próximas ações.
Recompensa da Missão: @Hemurin 250 de EXP + 120 ryos @Keel Lorenz 250 de EXP + 120 ryos @Hazuray 250 de EXP + 120 ryos