Dada a situação complicada, Hakuryū optou por não responder o homem. Queria se poupar e, de qualquer forma, também tinha mais trabalho mental a fazer.
Pessoas tendiam a medir a situação com sua própria regra. Por isso, o iwanin não ficou surpreso com a resposta extremamente individualista. No entanto, a forma como respondeu pelo menos servia para confirmar que ele próprio não sabia muito bem o que estava acontecendo. Afinal, roubar, esconder e vender para receptadores algo pesado como dinheiro talvez não fosse um trabalho de um homem só.
Haku, claro, estava bem interessado em um bônus. Contudo, a situação com o objeto misterioso certamente chamava a atenção. Talvez, algo além de roubos estivesse acontecendo ali. Não pretendia necessariamente extrapolar as ordens de iwagakure, mas quem sabe uma denúncia não acabasse sendo algo bem colocado? Esperaria cautelosamente para ver e, então, julgar.
[...]
Ao pôr os olhos na mina e em seus mineiros, Hanzinho teve que se controlar para não transparecer a incredulidade. O rendimento da mina de ouro era tão ruim assim? Ou aquilo tudo era exploração por parte de Chiri? Haku estaria mentindo se dissesse que não pendia para a segunda opção. Entretanto, seu papel ali era resolver outro problema. O problema pelo qual iwagakure tinha sido paga para resolver: os roubos. Todavia, claro, nada o impedia de prestar um pouco mais de atenção para ver se captava um pouco mais da verdade. Talvez houvesse alguma coisa que soltar a língua e meter a boca no trombone lá em iwagakure pudesse resolver para os pobres coitados ali.
— O-obrigado — encabulado, Haku tratou de receber o bastão luminoso que parecia essencial para aquela missão.
Devido ao seu nível de força atual, só conseguiria carregar um daqueles bastões. Contudo, ficaria atento às quantidades que forneceriam aos demais do grupo. Na pior das hipóteses, ainda que recebessem só 2 bastões, bastava acender um primeiro e, enquanto este carregasse, utilizar o segundo pelo período de tempo necessário. Se tivessem 4, como suspeitava que teriam, novas possibilidades se abriam. Porém, 2 deles era algo obrigatório de se ter.
Após as últimas falas de Chiri, Haku voltou-se para o grupo.
— Considerando que a maioria está dormindo agora e que essa escuridão não deve facilitar em nada para o meliante perceber que chegamos aqui, acho que temos alguma vantagem — iniciou, logo após Kuki —
Também acho que vale a pena ficar de guarda para o caso do sujeito decidir roubar enquanto o patrão acha que todos estão dormindo. Sem falar que, eu queria mesmo dar uma olhada na cena do crime para ver se encontrava algum rastro de ninjutsu — prosseguiria, já se oferecendo para ficar de guarda. —
Será que seria eficiente nos dividirmos em dois grupos? Um de guarda e o outro para interrogar os mineiros? Conseguir uma ideia melhor da situação aqui dentro parece útil. Conseguir, quem sabe, um mapa dos túneis também. Daria pra estudar as possíveis rotas do roubo. Como tenho o moguragakure, poderia me esconder nas rochas e ficar de olho para o caso do sujeito criar coragem de roubar. Seria bom também ter bastante poder de fogo por perto para o caso de haver alguma luta. Acho que o Han-sensei poderia vir comigo para isso — finalizaria, observando a reação dos colegas quanto à sugestão.
Caso aceitassem se separar, procuraria pelo tal armazém. Junto do professor, comunicaria a ele que era melhor ligarem só um bastão por vez. Assim, sempre teriam luz enquanto o outro carregava. Ademais, também buscaria testar o rádio comunicador. Afinal, queria ter noção do tamanho do alcance que o rádio teria no interior a mina.
Ao que chegasse no interior do “cofre”, pediria a luz para observar os detalhes no chão, teto e paredes. Procuraria por pegadas e alterações/manipulações do material das paredes por ninjutsu. Por fim, também manteria-se de prontidão para o caso de algo estranho como coisas flutuando, aparentemente, sozinhas ou suspeitos aparecendo do nada no cofre da mina. Acontecer algo do tipo seria bom demais para ser verdade, claro, mas ainda era uma possibilidade querendo ou não.
@Hemurin @Hazuray @Nie