Ruinas do Templo Antecedente - Mundo Shinobi

Nas profundezas do oceano, no meio de um redemoinho anormal que cerca uma remota e pequena ilha no meio do nada, repousa o Templo Antecedente. Esse santuário ancestral, esculpido em pedra negra e adornado com símbolos que representam tanto o sol quanto a lua, permanece oculto nas profundezas de uma zona abandonada do território do País do Relâmpago. Para acessá-lo, os intrépidos devem enfrentar o Grande Redemoinho, um turbilhão furioso que gira incessantemente. Apenas aqueles que possuem a coragem e a habilidade de mergulhar nas profundezas do redemoinho podem desvendar os mistérios que aguardam. Esse local foi tomado por Kumogakure no Sato a muito tempo atrás, e apesar de estar bem devastado, o templo central parece bem conservado e protegido por uma estrutura quase impenetrável de rochas resistentes a manifestações de chakra.

Apenas quem possui a "marca do rei" pode abrir seu portão e averiguar o que existe dentro desse local.

Funky, carregando Dodai, testemunhou o momento em que Yotsuki Safira foi lançada pelo ar. O misterioso indivíduo pronunciou a palavra “Shomon”, e sua musculatura parecia prestes a romper a qualquer instante. Aproveitando o impulso do corpo de Pyros, ele avançou pelo ar em direção a Safira, capturando-a antes que seu corpo colidisse violentamente com o mar. No entanto, esse ato dispersou completamente o grupo.


Naquele momento, eles se encontravam diante do maior vórtice que já haviam visto. Um redemoinho colossal, com quilômetros de extensão, girava implacavelmente. Funky conseguiu pousar na água com destreza, mas mesmo com o chakra em seus pés, todos foram arremessados violentamente para dentro do redemoinho. Yashin, Kuroi, Ann, Emi, Nasu, Lionel, Pyros, Omoi… Todos observaram impotentes enquanto eram arrastados para uma região desconhecida do mar. Se dispersando completamente, um dos outros.




Tanto Yashin e Kuroi seriam misteriosamente jogados um lugar sólido, uma ilha, que parecia bizarramente existir no meio daquele imenso redemoinho, eles observariam nesse instante que estavam bem próximos de uma espécie de construção antiga, tanto Yashin e Kuroi estavam cansados e precisava descansar um pouco para recuperar seu chakra. No entanto, a dupla não teria nenhum segundo de descanso, um indivíduo estava esperando por eles naquele local, e ele era visivelmente um dos participantes do Chunin Shiken. Seus olhos eram frios, e ele parecia manusear argila com sua mão esquerda, um movimento que eles lembrariam ser bastante semelhante com um ataque de Bakuhatsu Denji.


Mas antes que ele fizesse alguma coisa, uma garotinha que deveria ter cerca de 8 anos apenas tocaria firme no pulso dele, impedindo que ele continuasse aquele ataque. Era uma garota que eles lembravam vagamente que era líder do Clã Chinoike de Kumogakure no Sato, o que era irônico, já que pela aparência, ela não tinha nem idade para liderar a si. Era notável que ela parecia ter uma pequena ferida em seu braço esquerdo.

— Não ataque eles, você foi desclassificado Mimi-san... Você não faz mais parte do Chunin Shiken e ainda por cima seria dois contra um, apenas espere o resgate... Por favor... Não desperdice sua vida de forma tão merda.

— Tsc...

O sujeito apenas iria soltar um longo suspiro e após isso, iria se mover calmamente em direção de uma rocha que existia naquele local, e se sentando nela. Aparentemente ele não havia comido nada faz um bom tempo. Tanto aquele garoto quanto Chinoike Chino estava ao lado de um grande templo, que possuia um imenso portão negro, um objeto tão pesado que claramente, nem o mais forte dos homens conseguiriam atravessar.

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O garoto, frustrado e alheio às palavras de Yashin, ignorava o comentário do outro como se fosse um zumbido incômodo. No entanto, quando Kuroi se aproximou, algo mudou. O desconforto estampado no rosto do garoto era palpável, como se ele não tivesse certeza de quem era o jovem Kyosuke diante dele. Mimi, lembrado por Kuroi como um garoto naturalmente covarde, parecia agora desprovido de emoções. Não havia medo ou covardia visível em seus olhos. Era como se um bloqueio de memórias, mais forte do que qualquer outro, tivesse se instalado em seu cérebro, obscurecendo o passado e deixando apenas um vazio intrigante. Seus ouvidos estavam tampados por um fone de ouvido, não dava para saber o que ele escutava.


Após Kuroi falar, Mimi iria lentamente ponderar sobre a situação e apenas comentaria:

— O nome Kyosuke Kuroi me parece familiar, tenho uma vaga sensação de que eu deveria saber quem é você, no entanto, minhas memórias estão bem nebulosas e não tenho nenhuma memória relevante do tempo que estive no laboratório que você citou. No final de contas, você deve ser apenas um experimento como eu, não é mesmo? Kasuga... Me parece um nome familiar, no entanto, os outros nomes que você citou me parecem distantes demais de qualquer memória que eu tenha.— o sujeito iria soltar um leve resmungo, como se não quisesse lembrar do passado. — Sentimentos, memórias e até mesmo parte do meu ser... Simplesmente foram perdidos naquele tempo, mas tudo bem... Não é como se eu realmente me importasse com isso...

Após isso, o sujeito não parece mais se importar realmente com nada que estivesse acontecendo ao seu redor, pelo visto apenas estava esperando o suposto resgate que ele provavelmente estaria esperando faz algum tempo.


A menina, aparentando ter cerca de 8 anos, desafiava a lógica com sua atitude. Seus olhos, grandes e penetrantes, fitavam Yashin como se já o conhecesse há tempos. Com um gesto casual, ela ergueu um dos braços no ar, como se estivesse prestes a realizar uma tarefa rotineira em sua vida.

— Tá… Tá… Pelo padrão de seu chakra, você deve ser o neto do Ryo-san, espero que não seja tão implicante e chato quanto ele… — disse ela, com uma voz surpreendentemente firme para alguém tão jovem, pelo visto, ela não gostava muito de seu vô por algum motivo obscuro. — Mas saiba que, se você aprofundar meu ferimento além do necessário, vou revidar, independentemente das regras do Chunin Shiken. Entendeu?

Por fim, causando dano no rei de outro indivíduo, a dupla apenas resolveu descansar naquele tempo, quando Yashin tentaria se comunicar com o rádio de Ann, ele perceberia que ela simplesmente não atenderia. Talvez tivesse acontecido algo com ela, mas ainda parecia cedo demais para tirar alguma conclusão. Usufruindo das coordenadas dada por Chino, o jovem garoto conseguiu se comunicar com Funky e Emi que estavam em conjunto, no entanto, não existia sinal de nenhum outro indivíduo do Esquadrão Safira naquele instante, fora Pyros que parecia de alguma forma ter conseguido acessar o barco que nesse momento estava perdido da visão do grupo. Por fim, por enquanto, eles apenas precisam descansar antes de tentar fazer alguma coisa...



Depois de um longo descanso, tanto Yashin e Kuroi pareciam completamente recuperados, Emi e Funky acompanhado por Safira e Dodai seriam os primeiros a chegar naquela posição, eles não comentariam nada de muito relevante, no entanto, outros membros do esquadrão não haviam dado as caras e nem respondido o chamado de Yashin. Yotsuki Safira apenas iria suspirar naquele instante e apenas iria se movimentar em direção do portão estranho que existia naquela região, encostando suas costas na grande estrutura, enquanto esperava aquele esquadrão se organizar.


Pyros estava prestes a chegar à região, seu corpo marcado por feridas severas. O redemoinho não havia sido gentil com ele. Nos braços, carregava o pequeno pássaro que Kyosuke Kuroi havia projetado na gaiola. Talvez a dedicação em proteger a criatura tivesse causado seus próprios ferimentos. No entanto, sua autoconfiança era inabalável, e ele se exibia diante dos outros presentes.

— O MVP do esquadrão chegou, não se preocupem… — Ele gargalhava, a confiança estampada em seu rosto. Mas, por um breve instante, essa expressão de confiança se desfez. — Pera… Cadê meu irmão? Cês não viram, ele não?


Horas haviam se passado, e nem Kaguya Nasu, nem Yotsuki Ann estavam à vista, além disso, não existia nenhum sinal de Lionel ou Omoi também. O Esquadrão Safira tinha todos os requisitos para adentrar o grande portão do estranho templo na região. A movimentação de Yotsuki Safira até o portão indicava que o tesouro estava logo atrás daquela imponente entrada. Mas o que fariam? Concluiriam aquela fase do exame sem eles estarem presentes? Conforme as regras, eles poderiam fazer tal movimento e isso também arrancaria aqueles indivíduos que poderiam ser potencialmente problemáticas da próxima fase do Chunin Shiken, caso envolvesse combate de alguma forma.

Caso quisessem procurar eles, no entanto, eles saberiam que tudo que caísse naquele redemoinho estaria destinado a cair em algum lugar dentro daquela ilha. Kuroi com sua capacidade sensitiva, conseguia detectar até 500 metros de distância, ele sentiria por um breve segundo, o chakra de Nasu lentamente se movendo do outro lado da ilha, ele parecia estar em conjunto com o chakra de Ann que parecia perigosamente baixo. No entanto, o chakra de Omoi e Lionel pareciam totalmente ausente daquela região.

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Ao ser perguntada sobre Ryo, Chino faria uma cara feia naquele instante, e apenas responderia:

— Sim, conheço bem, já fiz várias missões com ele no passado... É um velho chato metido a estrategista que sempre implicava comigo por motivos que eu desconheço, vivia me chamando de garotinha mesmo sabendo da minha condição física... Além disso, nossos estilos de lutas não combinam em praticamente nada, ele sempre usava Katon quanto eu estava atacando com Suiton e isso fazia nossas missões em conjunto, serem uma merda sem tamanho. Somos como fogo e água, literalmente... Espero que você não tenha herdado nem 10% da chatisse daquele velho.


Yotsuki Safira apenas iria ouvir Kyosuke Kuroi. Seu rosto estava neutro, e suas palavras não tinham muito peso naquele momento:

— Certo, certo... Façam o que você acharem certo, no entanto… Estejam cientes da possibilidade de existir algum outro esquadrão por perto, se eles conseguirem atravessar o portão antes de vocês... Considerem o tesouro dessa região, perdido.

Kaguya Pyros parecia pela primeira vez na vida, um pouco preocupado até demais, visivelmente ele se preocupava com a vida de seu irmão, mas parece ficar um pouco aliviado quando Kuroi disse que ele estava por perto. Então ele apenas iria assentir com sua cabeça, esperando que aquela dupla voltasse logo.


Para alcançar o local onde Kaguya Nasu e Yotsuki Ann se encontravam, a dupla precisou atravessar uma região repleta de árvores petrificadas. Essas árvores em particular pareciam ser compostas de um material bastante diferente da madeira com a qual Kyosuke Kuroi estava acostumado a conjurar com sua kekkei genkai. À medida que seguiam a trilha na pequena floresta, ambos começaram a sentir-se cada vez mais lentos, como se tivessem perdido metade de sua iniciativa naquela região em especial. Talvez isso estivesse relacionado às folhas cinzentas que caíam das árvores, mas ainda não compreendiam completamente o estranho efeito que afetava seus corpos. Quando chegaram naquele ambiente, veriam Nasu carregando Ann em seu ombro, ela estava desmaiada e parecia ter um ferimento considerável em sua cabeça, como se algo muito pesado tivesse se chocado diretamente contra ela. O sangramento era considerável, e como ela estava desmaiada, não havia ninguém naquele ambiente que poderia curar ela. Provavelmente restava esperar que ela acordasse por conta própria.


O garoto pálido com cabelos brancos e olhos azuis, vestindo um colete azul, estava visivelmente cansado e um tanto desesperançoso, ele atualmente se encontrava na fronteira entre o redemoinho e a pequena ilha que o grupo estava. Tanto que Kaguya Nasu parece ficar um pouco aliviado ao ver Yashin e Kuroi naquele ambiente, porém, ele apenas comentaria de uma forma um tanto séria:

— Então vocês estavam por aqui. Eu resisti contra ao puxão do redemoinho e ele acabou me jogando para um local bem distante no fundo do mar, uma criatura bizarra acabou me engolindo e tentando me digerir, mas aqui estou eu, vivo e salvo... Demorei muito tempo para chegar até nessa região e quando cheguei, eu apenas ouvi um estrondo que parecia ter vindo do redemoinho, quando fui ver o que tinha acontecido... Bem... — Ele iria parar por um breve segundo e iria suspirar. — Bom, vejam por vocês mesmo...


Nasu moveu-se com dificuldade para o lado, e a visão que Kuroi e Yashin encontraram era profundamente perturbadora. Um corpo, claramente de um idoso, jazia no chão. Sua cabeça havia sido literalmente despedaçada, uma imagem aterrorizante mesmo para shinobis que já haviam testemunhado a morte em diversas ocasiões. O sujeito em questão era Lionel, o idoso que eles conheciam. Sua morte fora brutal: sua cabeça explodira de maneira horrível. Além disso, uma perfuração no centro de seu peito chamava a atenção, embora não parecesse ser a causa da morte. Era evidente que ele havia sido vítima de um golpe devastador na cabeça, mas não havia outros vestígios de batalha naquele local.

Ao se aproximar de seu corpo, veriam indícios de mordidas, Yashin e Kuroi poderiam deduzir facilmente que pareciam mordidas de algum animal gigante, talvez um lobo ou um canino. No entanto, era praticamente impensável que existisse lobos naquela região, já que Kuroi não conseguia detectar nenhuma presença de chakra que não fosse de seus companheiros de equipe, fora é claro, os reis e do próprio, Mimi. Ao vasculhar seu corpo, era possível notar um pergaminho totalmente rasgado, mas algumas partes do imenso texto que ali estava contido, era totalmente possivel de ler.

INVESTIGAÇÃO 365 — ENVOLVIMENTO DE KYOSUKE YORU COM O CLÃ HAGOROMO

[Anotações de uma mente velha que não funciona tão bem quanto antigamente]

Kyosuke Yoru, um homem suspeito do Culto Yoikami, apesar de sua lealdade a Kumogakure no Sato e de ser um dos jounin com maior carga de missões já realizadas na vila, demonstra um conhecimento extenso sobre os jutsus do Clã Hagoromo, o que chega a ser assustador. Além disso, ele é um dos poucos indivíduos que visitavam e conversavam amigavelmente com o terrorista Hagoromo Shirogane. O Raikage especificamente designou um grupo de shinobi para investigar suas ações em uma missão de longo prazo, para descobrir exatamente qual é o envolvimento desse sujeito com o Clã Hagoromo. A situação se agravou quando Hagoromo Agnis declarou que atacaria Kumogakure no Sato em breve. O Raikage ordenou que qualquer membro do Clã Hagoromo ou seus aliados fossem exterminados caso pisasse na vila. Se Kyosuke Yoru estiver escondendo algum membro do Clã Hagoromo ou ocultando informações, ele deverá ser preso e ter sua mente vasculhada. No entanto, esse indivíduo raramente sai da Central Médica ou do lado de sua irmã, Kyosuke Shizuka. Não acredito que ele esteja conspirando com o inimigo.

[…]

O Clã Hagoromo… Um grupo naturalmente maligno, responsável por muitas tragédias em minha vida e de diversas pessoas em Kumogakure no Sato. Conheço bem seu comportamento e entendo a natureza de seus jutsus. Recentemente, Yotsuki Kagehira compartilhou histórias sobre uma mulher chamada Hagoromo Ubel comigo. Inicialmente, duvidei do que ele dizia, mas talvez seja hora de investigar esse tal relato. Kyosuke Yoru… Você é um traidor se isso for verdade.

[...]

Recentemente vi indícios de um jutsu chamado Ego, uma técnica que originalmente deveria ser apenas de membros do Clã Hagoromo. Não tenho muito conhecimento sobre eles, mas... Por qual motivo? Eles estavam aqui? E pelo que eu ouvi falar, dois garotos do time Yugito parecem possuir aquela técnica... Onde exatamente eles conseguiram obter isso? Eu... Deveria investigar melhor aqueles dois... O Raikage disse que eu não deveria me preocupar, pois eles eram leais e importantes tanto para ele quanto para Kumo, ele me disse que era impossível que eles tivessem tramando com o Clã Hagoromo... Mas para mim, os relatos sobre eles são suspeitos de alguma forma... Eles devem saber de alguma coisa para terem um jutsu do clã inimigo, devem estar conspirando com eles de alguma forma... Não é possível... Apenas devo me fazer de besta? Não... Quando eu tiver uma oportunidade, vou derrubá-los e trazer seus corpos até alguém confiável da Força Policial, eles devem conseguir coletar alguma informação de suas mentes... Se eu estiver errado, paciência... Mas não posso descartar nada suspeito.

[...]

O que existia naquele pergaminho destruído era um pouco assustador, não existia nenhum indício que Lionel estava investigando Kuroi e Yashin, além disso, aquele idoso simpático supostamente queria ter derrotado eles de forma secreta, pois suspeitava que eles, de alguma forma, estivessem envolvidos com o Clã Hagoromo. Mas fora esse tipo de revelação, o que exatamente tinha atacado tanto Lionel quanto Ann? E onde estava atualmente Omoi? Será que ele estava morto também?

De qualquer forma, o que Yashin e Kuroi fariam a partir desse momento? Eles visivelmente não deveriam perder mais tempo que o necessário naquele local. Caso um outro esquadrão chegasse até aquele local, eles poderiam pegar o tesouro primeiro que eles. E não podiam se dar o luxo disso acontecer. Deixariam Omoi para trás?

Ação livre para @Heimdall @Gaius

"Um velho chato metido a estrategista" + "espero que você não tenha herdado nem 10% da chatice dele"... é, Chino-san, talvez as partes do metido e do estrategista tenham sido herdadas sim. Me divertia um pouco com a conversa deles dois. Novamente, estranho era ver um Uchiha e uma Chinoike interagindo, ainda mais que ambos, apesar de terem aparências bem joviais, expressavam-se com bastante desenvoltura. Essa sujeitinha é bem peculiar. Acho que por ser a líder de seu clã aqui em Kumogakure pode ser uma maestra em Genjutsus. Talvez seja melhor para o Uchiha-san se ele for gentil e amigável com ela...

Antes de sair, faria um joinha ao Pyros, indicando que tinha convicção que traríamos seu irmãozinho de volta.

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Andávamos por aquele caminho. Apesar da distância não ser muito além do limite do sensor, parecia que estávamos andando em por muito mais tempo. Percebia que as árvores eram distintas de normais ou moldáveis via Mokuton, e, assim como sua aparência, elas traziam consigo uma sensação de cansaço e lentidão completamente diferente. Será um Genjutsu? Não, o Uchiha poderia ter percebido se fosse o caso... ainda assim... Genjutsu: Kai. Tentaria, mesmo tendo convicção que a letargia não seria dissipada com isso. Não muito longe veria a dupla que fomos procurar, e pra minha infelicidade estavam bem piores do que nós.


— Yotsuki-chan! Kaguya-jiro! Estão ali, Uchiha! Nada bom, a garota está muito ferida! Dê uma pílula a ela, caso contrário, ela poderá morrer e até mesmo nosso Exame ficaria comprometido. Merda, como deixam perigos desse tamanho numa simples primeira fase!? Kumogakure realmente espera se militarizar se faz uma classificatória tão cruel que fere ninjas com tanto potencial!? Assim que o Nasu terminasse sua fala, observaria o corpo jogado do Lionel. Misteriosamente, não teria tanta empatia assim. Talvez pelo fato da Ann ter sido minha companheira há anos enquanto éramos alvos de experimentos, ou mesmo por não ter nenhum interesse no idoso, exceto pelo seu Jikuukan que sequer sabia o funcionamento, mas ver a Yotsuki ferida me causou muito mais impacto do que o Lionel. Confabulava um pouco, mas sabia que no fundo isso era uma herança de minha frieza adquirida com o passar dos anos.

— Acima de tudo, Lionel-san era uma boa peça para Kumogakure. Suas intenções eram valiosas, mesmo que isso nos pusesse em uma situação desconfortável. Com isso, sabemos que tem gente com outros interesses nesse exame. Vamos proteger as retaguardas uns dos outros. Omoi-san está para trás, mas já que não senti seu chakra, ou ele está em um local distante demais para que façamos algo ou está morto, o que cairia no mesmo desfecho. Quando chegarmos lá, informaremos a situação. Eu entenderia se o Funky-san quisesse ir atrás dele, então o ideal é sermos transparentes. Questionaria ainda aos outros o que fazer com o corpo, acatando caso alguém queira levá-lo ou deixá-lo ali.

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Andaria de volta, tentando me concentrar suficientemente para utilizar o sensor, alertando qualquer coisa. Como sabia que o Yashin estaria com seu Ego ativado, não me preocuparia em utilizar a Kyuiin. — Se alguém quiser voltar atrás e buscar pelo Omoi, sinta-se a vontade, mas temos uma missão a cumprir. Como comentei aos outros três antes de chegarmos: ou ele está muito longe ou está morto, então em qualquer cenário diria que individualmente não temos muito o que fazer, e coletivamente temos um Exame a cumprir.

Assim, ficaria a postos para utilizar o Mokuton: Mokusatsu Shibari no Jutsu para agarrar qualquer pessoa ou arma arremessada contra nós, esperando que a contenção de algo maior em específico seja realizada pelas usuárias de Suiton.


@Ben Ikneg

Ao observar a cena com seu Ego e focando por tempo suficiente entre as árvores, Yashin perceberia uma presença que nem mesmo Kuroi havia notado com sua capacidade sensitiva. No entanto, num piscar de olhos, a imagem que ele teria visto desapareceria, como se tivesse utilizado alguma forma de ocultação que nem mesmo os olhos de seu Ego seriam capazes de visualizar. A sensação que ele teria sentido é que, uma criatura que parecia um lobo, estava observando eles, porém, seu corpo parecia feito de algum tipo de fumaça ou neblina transparente, dificultando sua visualização até mesmo para os olhos de Eltanin.


Enquanto o Uchiha observava a cena, Kyosuke Kuroi realizou um breve selo de mão e executou o “Genjutsu: Kai”, na tentativa de quebrar qualquer efeito ilusório que pudesse estar afetando seu corpo. No entanto, não parecia que ele estava sob o efeito de algum genjutsu. Com olhares atentos, a dupla percebeu que entre o redemoinho e a pequena ilha onde estavam, havia destroços de rochas. Essas rochas provavelmente foram criadas por algum ninjutsu derivado de Doton, indicando que houve um combate e havia ocorrido um pouco distante daquela região onde eles estavam.


Kaguya Nasu viu que Yashin, havia achado estranho os eventos que teriam ocorrido com ele. No entanto, o garoto baixinho de cabelos brancos apenas mexeria seus ombros, e falaria de forma humorística:

— Bom, parece meio estranho, mas foi isso que aconteceu mesmo... Se eu fosse descrever o monstro que me atacou, seria uma baleia com uma carapaça bastante rígida e com força bem exemplar, mas internamente seu corpo era relativamente fácil de causar dano quando se comparado com a parte externa. — Nasu iria suspirar e depois comentar. — Bom, acho que essa fase já deu o que tinha que dar, me pergunto o que aconteceria se investigássemos outras áreas, algumas torres tinham alguns livros importantes né? Eu até teria algum interesse em investigarmos o mar de uma forma mais calma, no entanto, essa garota precisa de cuidados médicos, é melhor concluirmos logo essa fase.

Mesmo com a pílula posicionada na boca da garota com pele acinzentada e forçando que ela engolisse, não parece que ela iria acordar só com esse movimento, era notável que a jovem garota estava completamente inconsciente e havia risco de algum dano cerebral ao analisarem os ferimentos existentes em sua cabeça. Apesar de que lentamente seus ferimentos pareciam estar fechando, uma regeneração incompleta e um tanto macabra, que provavelmente deixaria sequelas e imperfeições notáveis em seus ferimentos cicatrizados, mas que tentavam ao máximo, manter aquela garota viva não importa o que acontecesse. Por fim, Nasu continuaria carregando ela, até o destino do grupo atual que seria, o grande portão que a dupla teria visto anteriormente.


Com todos reunidos naquele local, Yashin comentava sobre a morte de Lionel, fazendo todos arregalarem seus olhos exceto Mimi e Emi que simplesmente pouco se importavam com tal acontecimento, Pyros parecia o mais alarmado naquela situação, no entanto, visivelmente ele não tinha culpa nenhuma do acontecido.


Funky concordaria com o fato que deveriam seguir o andamento do exame, no entanto, ele apenas comentaria:

— Omoi-san ganhou um presente do Bee-sensei não faz tanto tempo assim, se ele usar aquele presente, provavelmente ele vai conseguir sobreviver mesmo na pior das situações. Eu até pensaria em procurar por ele, mas não consigo desafiar o redemoinho com minhas habilidades atuais, por fim... Seguiremos em frente... Como um shinobi deve fazer, não é mesmo... Safira-san? — Falaria o sujeito encarando aquela mulher por alguns segundos. — No mundo shinobi, é comum deixar um para trás, em benefício da missão em geral.

— Huh... Não sei se concordo bem com isso… — Responderia Pyros um tanto ressentido.

— Mas as coisas funcionam assim, aceite essa realidade.


Por fim, o grupo avançou em direção ao portão que se erguia majestoso naquela região. Yashin, com determinação, estendeu a mão para tocar a estrutura metálica. O som que ecoou foi ensurdecedor, reverberando pelos destroços circundantes. O portão, como se obedecesse a um comando ancestral, começou a se abrir lentamente para trás. Enquanto o portão se movia, a marca na palma da mão esquerda de Yashin brilhou intensamente até lentamente apagar e deixar de existir. O grupo, com olhares fixos e corações acelerados, finalmente pôde adentrar naquele território misterioso e proibido. Chino e Mimi permaneceram à distância, observando com curiosidade e uma pitada de apreensão, o grupo adentrando naquele território.


Na penumbra, o esquadrão avançava cautelosamente. Pyros, habilidoso em ninjutsu, projetou uma esfera de luz em sua mão esquerda, iluminando o ambiente. O que se revelou diante deles era uma câmara colossal, repleta de prateleiras intermináveis, cada uma abarrotada de orbes metálicas. A utilidade desses artefatos permanecia um enigma, e nem a Safira, Dodai ou a própria organização do evento pareciam se importar com aquele recinto, já que estava terrivelmente sujo. Era como se tudo de valor utilitário já tivesse sido saqueado daquele ambiente, deixando para trás apenas os vestígios de um passado misterioso e itens que fossem considerados inúteis.


Kuroi, perspicaz e atento, com sua capacidade sensitiva, notou algo intrigante: cada orbe continha chakra selado em seu interior. As assinaturas de chakra variavam, indicando que aquele local servia para armazenar a energia vital de outros shinobis. Mas como exatamente esse processo funcionava? E para que exatamente eles faziam aquilo?


Os nomes gravados em cada orbe não eram familiares e não pareciam ser de ninguém famoso, e o imenso corredor parecia se estender infinitamente, desafiando qualquer tentativa de decifrá-lo. Em um certo momento, o grupo chegaria num quarto especial, onde parecia ter um orbe de vidro. Yotsuki Safira tomaria frente do grupo e lentamente iria caminhar até esse orbe, aquele objeto visivelmente seria o objeto que representaria o "tesouro" que iria garantir que eles passassem para o próximo estágio do Chunin Shiken.

No entanto, conforme Yotsuki Safira realizava esses passos, Yashin notaria que naquele ambiente tinha uma parede com escritas que os olhos do Ego conseguiam ver efetivamente.

Caso você consiga ler isso, quer dizer então, que nosso clã foi exterminado ao ponto de não ter ninguém de confiança cuidando desse local. Caso você queira se vingar... Buscar mais poder... Ou até mesmo arranjar uma arma que impeça a ressurreição de Aoshin, aquele que está destinado a destruir o mundo como o conhecemos. Infelizmente não poderei ajudar muito, no entanto... Se você fluir seu chakra nessa parede, você pode ter acesso à minha biblioteca e o túmulo do nosso antepassado em comum, lá você irá encontrar meu conhecimento e jutsus que dominei em vida. O inimigo provavelmente nunca saberá para que realmente esse lugar serve, no entanto... Não abuse do conhecimento e poder contido nesse lugar, pois isso pode se virar contra você.

Assinado:. Hagoromo Mnemo

Antes que Yashin pudesse fazer qualquer coisa, Yotsuki Safira tocaria no orbe de vidro e quando fizesse esse movimento, o símbolo característico de invocação iria surgir bem aos pés do grupo. Uma forte luz iria emanar daquela região e por fim, tudo que estivesse sobre aquele círculo seria simplesmente invocado para outra região.

Narração continua no seguinte tópico: @Heimdall @Gaius
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