Hm... por que mais uma vez estou num lugar como esses? Quem são esses dois? Por que o garoto de cabelos castanhos está agindo de forma tão desesperada? Bom, se estou de bandana é porque isso é uma missão. Será um genjutsu? Eram muitas perguntas e, novamente, sem respostas. Uma coisa era certa: sempre que havia uma batalha duvidosa eu misteriosamente apareceria lá. Além disso, o que era certo também, de forma um tanto quanto suspeita, é que alguma pessoa falaria comigo sobre sua vida.
— Que saco. Falava um garoto, criança, de mais ou menos 11 anos de idade. Seus olhos amarelos me chamavam a atenção. Certamente não havia conhecido ninguém com aquelas características físicas.
— O Horus-san me pediu para que eu viesse para cá por algum motivo enquanto a Kin-san ria. Acho que estavam tirando uma com minha cara. Miseráveis, espero que eles morram. — Seus amigos pediram para que viesse para cá? Indagava.
O garoto não se virava para mim, fitando seus olhos apenas no moreno desafiante, ainda que eu conseguisse sentir no seu âmago que não havia qualquer felicidade em seu olhar. Apesar da pouca idade, ele me passava a impressão de ser alguém como eu já fui: um sujeito frio, sem sentimentos bons, que buscava apenas cumprir ordens.
— Sim, me disseram que se eu fizesse um relatório da luta deles dois eles conseguiriam conversar com uma mulher chamada Rubi que me conseguiria uma indicação para ser aprovado como Genin antes dos outros. Enquanto isso ambos foram visitar um tal de Raion, dizendo que seria uma missão muito chata para mim. Agora, faça silêncio para que eu possa anotar as coisas e não me pergunte mais nada. O garoto resmungava, e continuaria, mas dessa vez em um evidente monólogo.
— Se esse garoto moreno não se controlar não vai ter luta e as coisas vão ficar bem chatas. Se ele quer tanto um duelo não deveria forçar, eu acho...O garoto estrangeiro pegaria um bloco de notas e faria breves anotações sobre o que via, pensando especialmente em como escreveria de forma clara e precisa para que seus senpais (ainda que ele não tivesse utilizado esse termo em momento algum) entendessem as características e estilos dos outros, mas ele visivelmente só conseguia perceber que o tal Yamanaka berrava sem parar, pentelhando a garota que a tal da Kin se referia como "e-girl".