Centro de Investigação - TardePor volta das 13 horas A atmosfera densa e carregada de tensão envolvia Uchiha Hanya enquanto ela permanecia isolada naquela região desolada. A mente da jovem rapidamente se voltou para as palavras de Uchiha Madara, que havia afirmado que sempre haveria um clone do Zetsu Branco a acompanhá-la em emergências. O branquelo, como ela o chamava com desdém, era claramente um espião, um olho vigilante que informava cada passo que ela dava. No entanto, naquele momento, ele poderia ser sua única esperança.
Hanya chamou por um dos clones, e a parede de pedra tremeu. Uma cabeça curiosa emergiu, fundida à estrutura rochosa como se fosse parte dela. O monstro humanoide, com olhos inquietos, lançou um olhar preocupado para a jovem garota, cuja semelhança com Uchiha Itachi era inegável.
O clone de Zetsu Branco, com sua voz rouca e sussurrante, quebrou o silêncio:
—
Vocês passam por uns mal bocados, ein? — murmurou ele. —
Mas se eu fosse você, não falaria o nome do seu ‘santo’ em voz alta. Vai que há algum gravador instalado aqui. Ops… Acho que eu não deveria estar falando em voz alta também. Mas relaxa, ‘guria’, vou dar um jeito de tirar você daqui. No pior dos casos, farei o que você me pede.A tensão aumentou. Hanya sabia que estava nas mãos do espião da Akatsuki por enquanto, era tudo que restava. Após ele desaparecer, longos minutos se passavam. Seus olhos, se acostumando com aquela escuridão, conseguiu fixar suas pupilas em direção da porta da cela, onde uma dupla de indivíduos pareciam estar rondando o local e calmamente parariam sobre a entrada. O primeiro deles, seria um indivíduo que ela lembrava vagamente de ter visto em uma das fases do exame. Um tal de Ibiki.
A atmosfera sufocante do quarto imundo parecia se intensificar à medida que o sujeito adentrava, carregando consigo uma caneca de café. O líquido escuro e amargo parecia ecoar a escuridão que pairava sobre aquele lugar. A cadeira velha que ele arrastou pelo chão produzia um ruído estridente, como se cada perna da mobília protestasse contra o seu uso. Os ouvidos da debilitada garota de apenas 8 anos zumbiam com o som, como se o próprio ambiente estivesse reagindo à presença do homem.
Ele posicionou a cadeira em frente à cama onde Uchiha Hanya estava deitada, seus olhos fixos na figura encolhida sob os lençóis. O sujeito se sentou, encarando-a com uma frieza desumana. Sua pele marcada com diversas cicatrizes, e os olhos eram como buracos negros, sugando toda a luz ao redor. Naquele momento, ele parecia ser o próprio demônio personificado.
A voz do homem era áspera e grossa, como se tivesse sido moldada pelas profundezas do inferno:
—
Conforme o sangue que coletamos de você, não há dúvidas: você é uma Uchiha legítima, sem nenhuma ligação com o Clã Yuuhi. — Ele inclinou-se para a frente, os dedos longos e ossudos apoiados nos joelhos. —
Agora, vamos às perguntas. Está usando uma técnica derivada de Orochimaru para se passar por Yuuhi Suzuki? A quanto tempo está disfarçada como uma kunoichi de Konoha? E quanto a Suzuki de verdade… você provavelmente a matou, não é mesmo?Hanya sentiu o coração acelerar. Ela sabia que estava encurralada, que suas mentiras haviam sido desvendadas. O homem continuou, sua voz cortante como uma lâmina:
—
Eu não tolero falar com indivíduos que matam abertamente um dos meus e ainda por cima tem a frieza absurda de se passar por eles... Sorte a sua, é que o Sandaime Hokage é alguém muito mais disposto a dialogar que eu. Se você falar absolutamente toda a verdade, não vamos mata-la e vamos até pensar em uma forma de faze-la pagar suas dívidas conosco, no entanto... Queremos toda a verdade, fedelha bandida, ouviu bem? Agora, explique-se, qual é o seu envolvimento com a figura conhecida como Orochimaru? E diga abertamente tudo que você sabe sobre ele, agora!Ao lado de Ibiki, uma figura mais sinistra observa Hanya com um olhar um tanto frio e um sorriso macabro.
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Kukukukuku... Exatamente... O que você sabe sobre esse tal, Orochimaru? Estou realmente curioso, minha pequena jovenzinha...Ação livre para @ZeddaSilva