As respostas de Mitsuru acabaram não concedendo grandes respostas e levantando ainda mais perguntas. Lembrava dela pingando gotas de sangue num pergaminho. Entretanto, por mais que comprasse um desses, o dela deveria ser especial de alguma forma para registrar informações genéticas só com uma gota de sangue. O ideal seria carregar frascos, coisa que também não tinha e não sabia onde comprar também. Era esse tipo de solução que buscava dela, mas sua resposta apenas deixou a situação mais misteriosa.
— Obrigado, senhorita Mitsuru… — recebendo à flor em mãos, cuidadosamente a guardaria em sua bolsa de medicamentos.
Já a menção da criação do Chakura Denshin, Haku foi realmente pego de surpresa. Quais as chances de uma coincidência daquelas, afinal? Quem sabe não conseguisse treinar e melhorar a técnica sob tutoria dela no futuro?
De qualquer forma, o que mais lhe preocupou, no entanto, foi a identidade do mestre dela. A Yuuki lidava com estudos genéticos e Haku não tinha ideia de possíveis pessoas que cumprissem o requisito de conseguir ensinar algo do tipo a ela. Entretanto, imaginava que, com certeza, deveria ser alguém importante. Não sabia da índole do sujeito, no entanto, por isso permaneceria atento, mantendo as relações de mútuo benefício com a mulher para descobrir mais.
O aviso de Han-sensei o deixou animado por várias razões. Primeiro porque ele deveria conseguir alcançar o compartilhamento de poder após um período. E, segundo, porque talvez o time pudesse ter tempo livre para também fazer algum treino.
[...]
No dia seguinte, em seu Henge do Gordo Lendário, Haku não demorou a se deparar com um grupo treinando no pátio do templo. Estava prestes a ir lá, quando foi distraído pelos atos do novo bichinho de Brakios-kun. Não teria ligado para um monge irritado, não fosse a aproximação de um mascarado super suspeito por conta da bagunça feita.
Naquela situação, no entanto, abordá-lo era algo indiscreto e arriscado demais. Henges tendiam a ser descobertos pela falta de detalhes ou eventuais erros em sua superfície e, por isso, proximidade poderia ser algo perigoso, já que o sujeito poderia observá-los melhor. E, além disso, considerando que aquele também deveria ser um ninja de Konoha, agirem como se nada de anormal estivesse acontecendo era fundamental para o disfarce.
Sendo assim, ao que percebeu a aproximação dele, esforçou-se para não tirar a carranca de desprezo que fazia parte do disfarce. Agiria naturalmente.
— Hey, seus inúteis, por que não aproveitamos esse tempo para treinar com os monges? Quem sabe assim vocês não passam a conseguir fazer alguma coisa? — culpado por dentro pelo disfarce que tinha que manter, Haku buscaria sair dali, caminhando em direção ao pátio como se nada tivesse acontecido.Se o time saísse rápido o suficiente, o mascarado não conseguiria os abordar inicialmente. E, ao que abordassem os monges para pedirem para treinar junto, isso também representaria outro obstáculo na tentativa de abordá-los.
Para o seu caso, aproximar-se-ia dos monges e perguntaria se alguém poderia ajudá-lo a aprender expelir o óleo de sapo, presente em certos jutsus, pelas mãos.