Usada como campo de treinamento pelos jinchurikis de Iwa, e em raras ocasiões, como campo de batalha. Boatos afirmam que uma batalha entre Muu e Gengetsu Hoozuki ocorreu aqui.
Haku definitivamente tinha uma abordagem diferente de Narie em relação à civil. Entretanto, por aquela não ser sua maior preocupação no momento, deixaria que a colega lidasse com a situação, fosse o caso.
— Quanto ao dinheiro, não dá para devolver às autoridades agora. Acho que podemos voltar depois… — comentaria para Narie ao que ela finalizasse a conversa com o ladrão.
Não tinha motivo para lidar com aquilo naquele momento. Da mesma forma que a mulher seria uma testemunha se eles tentassem roubar, eles também seriam testemunha se ela tentasse. E, diferentemente dela, por serem shinobis, definitivamente tinham status de fé pública. Ademais, se a própria vítima acabasse coletando a sua parte do dinheiro e entregando o restante na delegacia, o problema já estaria resolvido ao que voltassem.
— NamoradA? Bebeu Inseticida lá na Ninja Shop? A Mitsuru, ainda? Rikudou me livre e guarde. Sempre tive um tico de dúvida. Agora, tenho certeza de que ela é uma jararaca — imediatamente ao comentário da colega, retrucaria, paralelamente, pensando em como posteriormente resolveria aquele problema.
Agradecendo a informação dada pela mulher, ainda que naquela situação difícil, Haku reverenciou-a respeitosamente. Então, junto da colega, não hesitou em avançar em direção ao objetivo. Afinal, o ladrão já parecia ter sangrado o suficiente para que seu nivel de consciência caísse. Unindo isso aos ferimentos que Haku teria deixado para que ele não conseguisse reagir, a dona da casa poderia lidar com o ladrão da forma que bem entendesse com a kunai entregue a ela. Haku sabia que ele próprio não conseguiria chegar a uma resposta que fosse sensível o suficiente para o sofrimento que ela deveria estar experimentando. Então, nada melhor que deixar que ela desse sua resposta. Com certeza nenhum Tsuchikage se importaria com o que acontecia a um ninja, mercenário — ou o que quer que o ladrão fosse — que não pertencia à vila e ainda fazia parte do ataque de certa forma.
No caminho, o sensor de Narie se mostrou bastante útil. Conseguiram evitar muitos problemas em meio ao campo de batalha e, eventualmente, perceberam que a vila parecia ter conseguido lidar com parte da invasão. Contudo, diante de um ataque daqueles, as baixas pareceram um tanto inevitáveis.
— Já viu aquele maluco ali? — enquanto avançavam, Haku cutucaria a colega, apontando com o queixo para o ANBU que parecia encará-los.
Haku não fazia a mínima ideia do que podia ser. Talvez um genjutsu a distância para espioná-los? Um infiltrado com o mesmo objetivo? Não sabia. Entretanto, valia a pena guardar na memória a aparência da máscara do sujeito. Podiam não saber sua identidade, mas as máscaras costumavam ser fixas e, por mais que eles não tivessem quem saber quem poderia ser aquele indivíduo, enquanto estivesse em serviço, poderia ser identificado como ANBU de “tal máscara”. Além disso, posteriormente, autoridades competentes poderiam quebrar o sigilo para saber quem era. Ou então, definitivamente, descobrir se realmente era alguém que não existia nos registros.
— Tenho a impressão que já vi essa fixação por carecas, principalmente de mulheres, em algum lugar num passado distante — comentou imediatamente, incerto quanto àquela memória que deveria estar quebrando a quarta parede.
Mais tarde, quanto ao ANBU, Haku permaneceu momentaneamente pensativo quanto à sugestão da colega. Não estava exatamente confuso quanto à máscara em sua memória, mas quanto a possibilidade daquilo.
— Era um ANBU estrangeiro. Difícil alguém de fora se infiltrar tão fácil numa organização como outra ANBU, imagino. A coisa está feia, mas Iwa não é esse rebuceteio todo não — optando por relevar o achado, Haku continuou avançando tendo como foco a importante tarefa em mãos.
Considerando que o Kage Bunshin de raiton tinha sido enviado para longe, este deveria estar planejando uma emboscada para que, após a defesa contendo o dragão de raio e as técnicas de Haku e Narie, o restante do time Han pudesse atacar com tudo uma Mitsuru paralisada por algum outro raiton ou a própria explosão do clone.
Vendo que era prudente seguir a chamada do ANBU, e ninja mais experiente ali, Haku rapidamente consumiu 2 Hyōrōgan LV1 [+100 CH] para recuperar seu Chakra.
— Narie-san, reforçe minha terra com as raízes de suas árvores — alertaria a companheira, enquanto executava duas sequências paralelas de selos.
Em paralelo, utilizaria um Doton: Chidōkaku [Rank A | Potência Alta | - 150 CH] e 1 Kage Bunshin no Jutsu [Rank B | Potência Normal | Bunshinjutsu LV2: 60 - 50% = 30 CH → 1 Clone c/ 30 HP | Chakura Denshin: ≤ 30 → - 0 CH]. O doton visaria erguer um pilar retangular que defendesse não apenas os três, mas também o clone que tentava se esgueirar até a inimigo. Emergindo da própria terra, Narie poderia usar seu Mokuton para fazer crescer suas árvores a partir dele e, assim como na natureza, intensificar a coesão da terra, aumentando o poder da barreira [Alto (4) + Alto (4) = Máximo (8)]. Assim, teriam boas chances de evitar serem atingidos pelo poderoso Hyōton lançado pela Yuki.
Tendo deixado o clone preparado previamente, durante a criação da barreira, logo que a defesa acontecesse, Haku partiria para o ataque. Considerando o poder do ataque, as barreiras de rank inferior deveriam cair, defendendo-os por pouco. E, com isso, Haku pretendia atacar com um combo logo em seguida. Caso o improvável acontecesse e a parede desse sinal de que não iria cair, Haku e seu clone avançariam para uma das laterais da parede com o máximo de antecedência possível. Assim que a onda de gelo cessasse, surgiria de trás da parede, lançando seu combo com o clone.
Buscando aproveitar-se ao máximo da paralisia do raiton armado por Ibuki, o clone rapidamente executaria duas sequências de selos paralelos. As sequências, no entanto, eram para a execução de um único jutsu, ainda que combinado. A partir de suas mãos lançaria óleo e, a partir de sua boca, lançaria fogo. Junto do Katon: Gamayu Endan [b][Rank B | Potência Alta | Dano Secundário elevado a Alto | -90 CH] do clone, o original por sua vez utilizaria um Fūton: Renkūdan [b][Rank A | Potência Normal | -100 CH] para amplificar ainda mais as chamas do jutsu já amplificado pelo óleo. Elevando o dano secundário das técnicas ao máximo, tentaria finalizar Mitsuru de uma vez [Alto (4) + Alto (4) = Máximo (8)]. Se Narie também tivesse atacado ou usado madeira anteriormente, tentaria fazer, se possível, que o combustível potencial fornecido pelo Mokuton aumentasse ainda mais a temperatura já elevadíssima do seu ataque.
Pelas suas estimativas, o dano combinado do clone raiton [~100], mais seu katon com óleo e fūton [190 (base) + 100 (secundário máximo)], mais o jutsu de Narie [~100] deveriam ser o suficiente para lidar com a Mitsuru, que parecia enfraquecida com a substância que devia ter acabado de ingerir [~500 - 50 (água do héroi?) = 450 vs 390 + ~100 (1 secundário máximo + outros)]
Por alguns instantes, Haku até mesmo chegou a expirar aliviado. Os ataques pareciam ter dado certo.
— Essa maluca é muito perigosa. Não sei se daremos conta de pegar ela viva… Capaz que ela prefira a morte do que ser pega — ao que finalmente respondeu, realizou lentamente o que a inimiga estava prestes a fazer com o sangue.
Permaneceu bastante confuso quanto ao que uma atitute tão esquisita quanto beber sangue poderia levar. A sensação física inicial, porém, logo o fez lembrar da ocasião em que havia fornecido seu sangue para ela. A dor subsequente lhe deixou super confuso quanto ao que exatamente estava acontecendo. Só não percebeu rápido porque não lembrava de ter fornecido tanto sangue assim para ela. Mesmo assim, ao que notou estar com as mesmas feridas que ela, entendeu que o negócio era real e que aquele, de alguma forma, era realmente seu sangue replicado.
Imediatamente, Haku soube que teria que impedir que ela fizesse qualquer ação. Entretanto, considerando sua situação de chakra atual, tinha apenas mais alguns instantes de Chakura Denshin ativo. Por sorte, o modo lhe permitia usar alguns jutsus mais simples sem gasto de chakra e, por isso, decidiu que, junto do clone, lançaria uma série de técnicas paralisantes contra a inimiga.
Narie parecia que iria lidar com a parte da interrogação e, enquanto ela o fizesse, Haku tentaria reforçar o mokuton paralisante da amiga para garantir que a inimiga não fosse tentar mais nada. O Haku original e seu clone, então, fariam quatro selos idênticos, um em cada mão, lançando 4 Kanashibari no Jutsu [Rank-D | Potência Alta | Chakura Denshin: 30 CH → 0 CH cada] simultâneos sobre o corpo da mulher [Rank-D = Efeito leve (1 ponto) | 4x Efeitos Leves → 4 Pontos = 1 Efeito Alto + Jutsu da Hemurin]. Considerando o estado dela, não deveria estar forte o suficiente para quebrar uma prisão daquele nível e, assim, era possível que Haku não precisasse se preocupar com mais danos que ela se autoinflingisse.
Ao que o Chakura Denshin fizesse o dreno daquele turno, então, Haku finalmente o desativaria, bastante cansado, fazendo com que fosse o último dreno que a transformação fosse fazer. Entretanto, caso o clone realmente não puxasse mais energia — desde que não utilizasse jutsus com ele — e conseguisse mantê-lo sem riscos de desmaiar futuramente, não o desfaria por enquanto. Um par extra de braços sempre poderia ser bom, afinal.
Deixar a interrogação sob encargo de Narie, que parecia com mais energia do que ele. Ademais, considerando que um jutsu tão absurdo daqueles deveria ter alguma outra condição além do que apenas beber sangue, Haku imaginou que sua prisão, unida à prisão e aproximação forçada por Narie, deveria dar um jeito de vez em qualquer que fosse esse requisito. De qualquer forma, enviaria cautelosamente o clone para fazer uma revista no corpo da mulher. Quem sabe não encontrassem algo que, caso retirado do corpo dela anulasse a técnica? Se não fosse possível manter o clone ativo para tal, tentaria procurar cautelosamente por si mesmo. Queria evitar tomar botes daquela víbora, ainda que parecesse bem paralisada, enquanto se aproximasse dela.
— É bom localizarmos eles, mesmo… — meio cansado, olharia para o clone assim que ele terminasse sua tarefa, tirando dela eventuais objetos que pudessem estar ajudando naquela técnica estranha.
Nesse caso, e considerando que o Voo deveria estar recarregado e não lhe custava chakra algum, enviaria o clone voando para localizar o Kage e o sensei e informar-lhes de todo o ocorrido. O original, por sua vez, avaliaria a possibilidade de retornar voando também para procurar ajuda médica. Consumiria pílulas de HP se a situação acabasse piorando.
— Se ela tiver amigos, com “o”, que puderem oferecer o mesmo tipo de serviço, tô dentro. Se não, Rikudou que me livre. Que que eu vou querer com racha? — responderia, porém, quanto ao restante da sugestão da amiga.
Haku acabou sofrendo ainda mais danos. Entretanto, possivelmente devido À quantidade de gás restante na inimiga, o golpe acabou não parecendo ser tão agravante assim. Apertando os dentes, buscou suportar a dor mais aguda, esperando até que amenizasse um pouco.
Com a confirmação da morte de Mitsuru, Haku expirou num alívio paradoxal. Estava aliviado por aquele caos ter finalmente acabado, mas também preocupado por não descobrirem a identidade do mestre da mulher. Por ora, apenas ponderou que seria prudente levar o assunto a Han futuramente e ver o que fazer.
Exausto da luta, Haku procurou encostar em algum lugar para repousar um pouco e, enquanto o Ibuki falava, assentiu prontamente com o polegar erguido num joinha.
Com a ajuda do clone, Haku e Narie eventualmente encontraram o paradeiro dos dois ninjas. A vista de Han sensei sem armadura sem dúvidas surpreendeu. Entretanto, o desenrolar da conversa, que revelou que ele havia sido o vencedor, surpreendeu muito mais. Bom, talvez não tanto, já que Han realmente era um ninja bastante capacitado. Todavia, era bom saber que sua ideia tinha contribuído positivamente para a resolução daquela instabilidade na vila.
— Só eu tinha a impressão de que ele não tinha um fio de cabelo ou de pelo facial sequer. Sobrancelhas inclusas? — em baixo tom, diante da revelação do rosto do sensei, levaria o rosto para perto do ouvido de Narie para que não escutassem.
Não pode negar a oferta de auxílio do sensei, dada sua situação. Por isso, aproximar-se-ia dos dois iwa-nins veteranos enquanto concordava e agradecia pela oferta do professor.
— Ōnoki-sama, Han-sensei, saibam que alguém aproveitou a ausência de vocês para atacar a vila — iniciaria um relatório logo que possível e estivesse próximo o suficiente. — Como os jōnins agiram rapidamente, eu e Narie achamos melhor virmos atrás de vocês. Porém, fomos interrompidos no meio do caminho. Não sabemos quem exatamente orquestrou toda a coisa, mas Mitsuru Yuki, a oponente que enfrentamos lá embaixo, como já perceberam, parecia estar envolvida nisso. Infelizmente, aquela maluca era perigosa demais e não conseguimos capturá-la viva para extrair mais informações. Ibuki já levou o corpo de volta para a vila na esperança de descobrirmos algo mais… — passando a mão na nuca, visivelmente preocupado com a situação, relataria tudo que conseguia se lembrar.
Ademais, daria uma descrição sobre não apenas os poderes de gelo da inimiga, mas também a estranha habilidade relacionada com sangue.