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Lista de Lições Úteis que Eu tirei da Filosofia

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A universidade transformou a Filosofia em algo inútil, mas ela sempre teve uma utilidade prática, aqui vai uma lista de coisas que eu aprendi com a filosofia e me ajudaram a melhorar minha forma de ver o mundo.  

1. Tenha um "Diário de Meditação".

Eu chamo assim o diário que eu uso para anotar minhas autorreflexões, pensamentos, metas, objetivos, observações. Uma coisa a parte que a filosofia me ensinou, meditar na é sentar em posição de lótus e ficar fazendo "hmmmm...", mas sim pensar profundamente e com consciência sobre algo, principalmente sobre suas ações, crenças, paixões, razões. Sempre que eu tenho um pensamento digno de nota, eu anota, algo que eu devia fazer, anoto, algo que eu percebi sobre mim mesmo, anota também. 

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O nível mais profundo de meditação para mim é quando eu tenho um dia que acho excepcionalmente ruim, ou mais raramente excepcionalmente bom, então eu paro e penso porque esse dia em particular foi ruim ou bom, qual a causa, o que eu fiz que levou a esse resultado, então eu anoto minhas conclusões. Isso não parece nada demais olhando superficialmente, mas simplesmente mudou a maneira como eu vivo, graças a isso eu conseguir eliminar praticamente todos os meus hábitos ruins e criar bons hábitos.

2. "Conheça-te a ti mesmo"

Eu ouvi isso pela primeira vez no ensino fundamental, a professora provavelmente tirou dessa afirmação alguma conclusão sem sentido de professora de ensino infantil tentando ensinar filosofia, no ensino médio o professor falou sobre tal aforismo, mas nunca explicou e talvez nem ele sabia, eu sei que nunca entendi porque os gregos vinham tanta sabedoria nessa frase, até entendê-la, "conheça-te a ti mesmo" significa literalmente tentar se conhecer. 

Por que eu ajo como eu ajo? Por que eu acredito nisso e não naquilo? Por que adoro certas coisas e odeio outras? Por que eu não acredito em um deus?    
Mais profundamente: Por que eu passo tanto tempo no celular? Por que eu não estou cumprindo minhas metas pessoais? Quantas horas eu devia dormir? 
Ainda mais profundamente: Por que eu acordei 7 horas hoje ao invés de 6? Por que eu comi pão ao invés de uma fruta? 

Filosofia, só que útil Socrates

O aforismo manda o sujeito tentar se entender, entender sua psicologia, sua biologia, sua moral, não viver de forma automática, sem refletir sobre si mesmo.

E não é atoa que ele sempre foi considerado tão importante, basicamente sem entender a si mesmo, você não pode mudar, mesmo que queira. Eu por muito tempo quis acordar mais cedo, mas não conseguia, ou pior, conseguia e me sentia cansado, mas quando eu busquei me conhecer eu entendi que eu ia dormir tarde porque ficava usando celular antes de dormir, o que me fazia dormir tarde e acordar cansado mesmo quando conseguia dormir cedo, a partir desse entendimento eu passei a desligar e trancar o meu celular em um horário que me impede de acessá-lo antes de dormir, agora consigo acordar cedo e com disposição.  

3. "O que é água?"

Esse é um ensinamento menos popular, então vale contar a história:
"Dois jovens peixinhos estavam nadando quando, por acaso, encontraram um peixe mais velho nadando na direção contrária, ele os cumprimenta 'Bom dia, rapazes. Como está a água?'. Os dois peixinhos continuam nadando por um tempo até que em um dado momento um olha para o outro pergunta 'O que é água?'". This is Water by David Foster Wallace

David Foster Wallace foi um grande escrito americano e ele criou essa parábola em um discurso de formatura para uma das faculdades mais prestigiadas dos Estados Unidos, a mensagem dele para os estudantes era que a realidade mais óbvia é a mais difícil de enxergar. O ensinamento útil: você não sabe pensar e ninguém, além de você mesmo, pode te ensinar a pensar. 

Filosofia, só que útil Qui-a-peur-de-David-Foster-Wallace

Todo o discurso é sobre o fato de nós sermos configurados por padrão para pensar inconscientemente que somos o centro do universo, nós seguimos um pensamento padrão automático e fazemos nossas escolhas com base nele. O peixe está na água e nada porque foi isso que ele foi programado para fazer, a nossa água é menos óbvia, ele é feito dos valores da nossa sociedade, da nossa família, crenças pessoais, todo mundo tem uma configuração padrão de pensamento e é impossível que outra pessoa desabilite ela para você.

Quando você desabilita essa configuração padrão você adquire autonomia.  

Um dos poucos arrependimentos que eu tenho é não ter entendido ou ter tido acesso a esse conhecimento antes.

4. "Aceite tudo" (ou "Não procure nada fora de si")

Eu nunca fui religioso então essa pill não foi tão difícil de engolir para mim quando deve ser para o brasileiro médio, eu encontrei ela na filosofia de Miyamoto Musashi, mas o mundo ocidental já teve uma disciplina semelhante, obviamente sem ser o desprezível materialismo que fundou a sociedade moderna, isso foi o Estoicismo. Acho que a ideia de Musashi mais próxima do Estoicismo é "aceite todas as coisas como elas são", onde ele defende que em muitos momentos as crenças e emoções de um individuo vão estar contra a razão, por isso é necessário aprender a aceitar a realidade objetiva das coisas e colocar emoções e sentimentos parciais, as expectativas, de lado.

Filosofia, só que útil X5EaM7TXknr6KxvW2PbXuObFzqPmzh_original

Em termos práticos a ideia de Musashi é que qualquer qualidade ou defeito que o individuo tenha é fruto dele mesmo, qualquer problema que ele enfrente só pode ser resolvido por ele e isso só pode ser feito aceitando a realidade e se livrando de expectativas emocionadas. Só você pode se melhorar, nenhuma entidade exterior seja deus, o diabo, o universo, o acaso, sua mãe, vai torná-lo melhor ou pior. 

Musashi não era ateu, já que um dos ensinamentos dele é "respeite o Buda e os deuses...", porém ele termina o ensinamento com: "...mas não conte com a ajuda deles", afinal, só você pode se ajudar.

Eu era uma pessoa bem ansiosa antes de absorver esse ensinamento, quando eu me deparava com um problema eu tinha mil pensamentos com exceção do único que realmente importa: "Como eu vou resolvê-lo".

5. "De uma coisa, aprenda mil coisas"

Outro da filosofia oriental que me ajudou a consertar minha mente destruída pela sociedade moderna. Essa é a mais simples, você não pode ser bom em tudo, você não pode ser bom nem mesmo alguma coisas, sem antes ser bom em uma coisa. Principalmente, você não tem como entender de verdade conhecimentos avançados sem dominar os fundamentos.

Filosofia, só que útil Maxresdefault

Eu tinha o problema de tentar várias coisas em um nível superficial ao mesmo tempo, esse é um problema claramente causado pelo sistema de ensino que funciona assim, porém essa é uma forma de aprendizagem distorcida. A maior parte dos conhecimentos avançados derivada de um conhecimento básico. A inabilidade do brasileiro é de grande parte do mundo ocidental com matemática vem disso, é impossível entender de verdade a maior parte da matemática sem dominar a lógica matemática.

A maioria das escolas dedica um semestre inteiro, as vezes um ano inteiro, a ensinar diferentes tipos de funções, sendo que todas as funções são a mesma coisa: uma aplicação da lógica matemática. Quem não entende ela, nunca vai realmente compreender o que é uma função. Quantas aulas há de lógica matemática? Zero. 

Um medo que eu tinha era de "perder tempo" com o básico e ficar para trás, porém, as pessoas que não dominam de verdade um conhecimento uma hora vão alcançar uma barreira que não conseguem ultrapassar e isso vai significar perder grandes oportunidades, eu já vi isso acontecer na prática.

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Utilidade na filosofia é algo subjetivo. Por exemplo, algumas das coisas que você citou nesse tópico parecem ouro pra ti, mas pra mim não fariam grande diferença. Pessoas com idiossincrasias distintas reagem a filosofias distintas de maneiras distintas.

Dito isso, o campo da filosofia que mais me enriqueceu no campo pessoal, fora o estoicismo, foi o estudo da ética. Simplesmente engoli Kant, Stuart Mill, Aristóteles e Bentham.

Isso ocorre pois sempre fui uma pessoal de extremo senso moral e orgulho, então sempre me vi atormentado por questões morais: o que estou fazendo é moralmente correto? Eu meio que sempre fiquei em um impasse usando achismos pessoais, e mesmo quando achava uma conclusão, eu não conseguia boas premissas para justificá-las. E tipo assim, eu sou uma pessoa que é atormentada por indecisões, mesmo que sejam irrelevantes, por isso o estoicismo é a lição mais importante que eu aprendi.

Por exemplo, se eu tiver com dúvida entre dois carros que eu irei querer no futuro (ex: BMW 320i ou Mercedes C300?), eu irei ficar pensando INCESSANTEMENTE por horas até chegar na minha dúvida. Isso vai se repetir por dias, meses e até anos, até eu conseguir decidir com firmeza. Isso faz qualquer diferença no momento? Não, eu simplesmente sou incapaz de controlar o incômodo da indecisão na minha mente, então eu preciso de uma resposta pra tudo, a não ser que eu reconheça que não há uma resposta existente, caso contrário isso não sai da minha mente.

Aí entra a deontologia kantiana e a ética da virtude de Aristóteles, que me deu uma metodologia que eu usaria sempre que tivesse dúvida se estaria ou não sendo moral, sempre levando em consideração as fraquezas e vantagens de cada "sistema ético". Desde então sempre consigo respostas para minhas decisões e paradoxos morais.

O meu problema é justamente o oposto do que foi dito nesse tópico: eu tendo a refletir DEMAIS. Eu reflito exacerbadamente, sou incapaz de parar de refletir e pensar sobre minhas decisões, e isso prejudica alguns aspectos da minha vida. Preciso de mais estoicismo.

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Simplesmente engoli Kant, Stuart Mill, Aristóteles e Bentham

:horak:

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"Conheça-te a ti mesmo"


Esse é com folga o ponto mais importante, e ao mesmo tempo o mais negligenciado pelas pessoas.

Uma leitura atenta de uma obra basica do Jung chamada "a Psicologia do Inconsciente" pode fornecer uma visão clara do que quero dizer.

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Rin escreveu:
Utilidade na filosofia é algo subjetivo. Por exemplo, algumas das coisas que você citou nesse tópico parecem ouro pra ti, mas pra mim não fariam grande diferença. Pessoas com idiossincrasias distintas reagem a filosofias distintas de maneiras distintas.

Dito isso, o campo da filosofia que mais me enriqueceu no campo pessoal, fora o estoicismo, foi o estudo da ética. Simplesmente engoli Kant, Stuart Mill, Aristóteles e Bentham.

Isso ocorre pois sempre fui uma pessoal de extremo senso moral e orgulho, então sempre me vi atormentado por questões morais: o que estou fazendo é moralmente correto? Eu meio que sempre fiquei em um impasse usando achismos pessoais, e mesmo quando achava uma conclusão, eu não conseguia boas premissas para justificá-las. E tipo assim, eu sou uma pessoa que é atormentada por indecisões, mesmo que sejam irrelevantes, por isso o estoicismo é a lição mais importante que eu aprendi.

Por exemplo, se eu tiver com dúvida entre dois carros que eu irei querer no futuro (ex: BMW 320i ou Mercedes C300?), eu irei ficar pensando INCESSANTEMENTE por horas até chegar na minha dúvida. Isso vai se repetir por dias, meses e até anos, até eu conseguir decidir com firmeza. Isso faz qualquer diferença no momento? Não, eu simplesmente sou incapaz de controlar o incômodo da indecisão na minha mente, então eu preciso de uma resposta pra tudo, a não ser que eu reconheça que não há uma resposta existente, caso contrário isso não sai da minha mente.

Aí entra a deontologia kantiana e a ética da virtude de Aristóteles, que me deu uma metodologia que eu usaria sempre que tivesse dúvida se estaria ou não sendo moral, sempre levando em consideração as fraquezas e vantagens de cada "sistema ético". Desde então sempre consigo respostas para minhas decisões e paradoxos morais.

O meu problema é justamente o oposto do que foi dito nesse tópico: eu tendo a refletir DEMAIS. Eu reflito exacerbadamente, sou incapaz de parar de refletir e pensar sobre minhas decisões, e isso prejudica alguns aspectos da minha vida. Preciso de mais estoicismo.

Não me parece que você está autorefletindo, apenas indeciso. Autoreflexão seria você questionar porque quer um carro, se precisa de um carro. Escolhas sempre vão fazer parte da vida, independente do grau de autoconhecimento que uma pessoa tenha, nesse exemplo você ainda tem um norte para seguir, já que escolher um carro é uma escolha racional orientada por dados objetivos, se você tem pouco dinheiro vai se preocupar mais com o preço e a autonomia, se quer pelo status vai se preocupar com o design e o "valor da marca", mas a maioria das questões importantes da vida não são objetivas, tem riscos altos e quase nenhuma garantia. 

Atlas Titan escreveu:
Uma leitura atenta de uma obra basica do Jung chamada "a Psicologia do Inconsciente" pode fornecer uma visão clara do que quero dizer.

Pretendo ler a obra dele no futuro, é um cara que os pensadores que eu gosto citam muito.
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