Flashback - Final da história do Makoto
Em uma noite tempestuosa nas areias do Deserto do Vento, uma mulher misteriosa de cabelos longos e olhos opacos caminhava com um bebê nos braços. Seus passos eram apressados, como se fugisse de algo invisível, algo maligno que a perseguia. Em um pequeno vilarejo, ela deixou a criança na soleira de uma humilde cabana. Com a voz trêmula e olhos vazios como se algo a possuísse, sussurrou para si mesma: "Não precisamos de distrações." Sem olhar para trás, desapareceu nas sombras, deixando para trás uma filha e um mistério.
O pai dessa criança, o Terceiro Kazekage, jamais soube da sua existência. Ele, famoso por suas habilidades incomparáveis com a linhagem sanguínea do Jiton, viveu e morreu sem conhecer a verdade sobre a filha que nunca segurou em seus braços.
Anos se passaram, e a criança abandonada cresceu. Seu nome era Kira, uma jovem que se tornou uma bela mulher com olhos determinados e um talento nato para manipular o Jiton. Apesar das dificuldades de crescer como órfã, Kira nunca se deixou abater. A busca por suas origens se tornou sua missão de vida.
Em suas investigações, Kira descobriu o nome de sua mãe: Ame. Uma mulher enigmática que muitos acreditavam ter tido um relacionamento secreto com o Terceiro Kazekage. A conexão entre Ame e o Kazekage era um sussurro nos cantos mais escuros de Sunagakure, mas Kira sentia que havia mais a descobrir.
Enquanto desvendava os segredos de seu passado, Kira se viu diante de uma nova realidade: estava grávida. A notícia trouxe uma mistura de alegria e tristeza. Seu marido, um bravo shinobi, havia sacrificado a vida tentando ajudar a selar o temível Shukaku, que havia escapado de seu recipiente. Agora, Kira enfrentava o desafio de criar seu filho sozinha, com o peso de seu legado e as sombras do passado a espreitando.
Determinada a proteger seu filho e honrar a memória de seu marido, Kira continuou sua jornada. Com o poder do Jiton em suas veias e a coragem herdada de seus pais, ela prometeu que seu filho não enfrentaria o mesmo destino de abandono e mistério. Kira se tornou uma guardiã não apenas de seu filho, mas também da verdade sobre sua família, pronta para enfrentar qualquer ameaça que se interpusesse em seu caminho.
Flashback - O passado de Owari Part1
No coração de um palácio majestoso, onde mármores brilhantes refletiam a luz do sol poente, e tapeçarias ricas em detalhes pendiam das paredes, dois irmãos discutiam intensamente. O lugar era adornado com colunas imponentes que pareciam tocar o céu e, no centro do pátio principal, uma enorme árvore centenária estendia seus galhos robustos e verdes, oferecendo sombra e serenidade, contrastando com a tensão que pairava no ar.
Owari, um homem de porte imponente e olhar resoluto, gesticulava com veemência enquanto sua voz ecoava pelas paredes do palácio. Sua irmã, uma jovem de beleza delicada e expressão serena, mantinha-se firme, embora suas mãos trêmulas revelassem a intensidade de seus sentimentos.
“Você não entende, irmã,” disse Owari, sua voz carregada de preocupação. “Hagoromo não é o homem que você merece. Ele traz consigo um passado tumultuado, cheio de intrigas e perigos. Eu não posso permitir que você se prenda a um destino tão incerto.”
A jovem, cujo nome não foi revelado, olhou para Owari com olhos marejados, mas determinados. Ela caminhou lentamente até a árvore, tocando seu tronco rugoso como se buscasse força na sua sabedoria ancestral.
“Owari, eu compreendo suas preocupações,” ela respondeu suavemente, “mas meu coração já fez sua escolha. Hagoromo pode ter um passado conturbado, mas ele é um homem que eu escolhi, e juntos podemos construir um futuro melhor. Não posso viver minha vida presa pelo medo do que pode vir.”
A brisa suave fez com que as folhas da grande árvore sussurrassem, como se estivessem compartilhando segredos antigos. Owari cerrou os punhos, seu rosto uma máscara de frustração e amor fraternal. Ele se aproximou da irmã, a imponência de sua figura diminuída pela ternura em seus olhos.
“Eu só quero protegê-la,” ele murmurou, a voz quebrando. “Quero que você tenha a vida que merece, longe de toda a confusão que envolve Hagoromo. É meu dever como seu irmão.”
A jovem se virou para ele, estendendo a mão e tocando suavemente seu braço. “E eu sou grata por isso, Owari. Mas é meu dever seguir meu coração e fazer minhas próprias escolhas. Confie em mim, assim como eu confio em você.”
O silêncio se instalou entre eles, pesado e cheio de significados não ditos. As sombras da grande árvore envolveram os dois irmãos, como se os protegesse dos dilemas do mundo exterior. Owari respirou fundo, olhando para os olhos determinados de sua irmã e, por fim, soltou um suspiro resignado.
“Se esse é realmente o seu desejo,” ele disse, sua voz um pouco mais suave, “então eu estarei ao seu lado, independentemente do que acontecer. Só espero que você saiba o que está fazendo.”
Ela sorriu levemente, um sorriso cheio de esperança e convicção. “Obrigada, Owari. Juntos, enfrentaremos qualquer coisa que venha.”
Enquanto o sol se punha, banhando o palácio em um dourado suave, os irmãos permaneceram sob a proteção da grande árvore, unidos pelo amor e pela determinação, prontos para encarar o futuro incerto.
[...]
Dois irmãos, estavam sentados lado a lado, observando o pôr do sol. O céu se pintava em tons de laranja e rosa, e o silêncio era quebrado apenas pelo canto distante dos pássaros. Owari apontou para o horizonte, onde o sol se escondia lentamente, e disse: "Olha só, parece que o céu está pegando fogo."
De repente, um estrondo ensurdecedor quebrou a tranquilidade. Uma explosão colossal surgiu no horizonte, iluminando o céu com uma luz intensa e ofuscante. O chão tremeu sob seus pés e uma nuvem de fumaça negra se ergueu, espalhando-se rapidamente.
Os irmãos trocaram um olhar de choque e medo. Owari puxou a irmã para trás de uma grande rocha, tentando protegê-la dos destroços que começavam a cair. Seus corações batiam acelerados, enquanto tentavam entender o que havia acontecido. O pôr do sol, antes tão sereno, agora era um cenário de caos e destruição.
Continua....
Atualmente no presente
Enquanto o sol começava a se pôr, tingindo o céu com tons de laranja e púrpura, Owari e Makoto desciam as escadarias do Templo - Yume o Musaboru-sha-tachi, seus passos ecoando nas pedras antigas. Ambos seguravam firmemente os itens misteriosos que haviam retirado do altar, ainda tentando compreender o significado de suas aquisições.
De repente, uma leve tremulação percorreu o templo, como se a própria estrutura estivesse acordando de um sono profundo. Uma passagem secreta se abriu no topo de uma parede próxima, revelando um corredor escuro. Acima da passagem, gravado em letras douradas, lia-se "Sala de Treinamento".
"Makoto, olhe aquilo," sussurrou Owari, seus olhos fixos nas letras brilhantes. A curiosidade brilhou nos olhos de Makoto enquanto ele se aproximava da passagem, rompendo o lacre do pergaminho que segurava.
No início, o interior do pergaminho parecia vazio, mas, aos poucos, palavras começaram a surgir, escritas em um vermelho escarlate, como se fossem formadas por gotas de sangue;
"Pague com sangue, se for digno terás a sua recompensa,"
Makoto sentiu um arrepio percorrer sua espinha, mas a determinação em seus olhos só cresceu.
Enquanto isso, Owari, com sua prótese finalmente voltando a obedecer seus comandos, segurava firmemente tanto o pergaminho quanto a katana que havia pegado. Ele desenrolou o pergaminho com cuidado, mas, assim que o fez, uma energia maligna se desprendeu, preenchendo o ar com uma presença sinistra. Arrepios subiram pela espinha de Owari, e ele sentiu o peso da mensagem que aparecia diante de seus olhos:
"Para ser o mais forte, primeiro aprenda o Kuchiyose no Jutsu para selarmos o pacto."
Assim que leu essas palavras, o pergaminho se fechou sozinho, selando-se novamente. Owari tentou abri-lo de todas as maneiras possíveis, mas foi em vão.
Com uma última troca de olhares resolutos, Owari e Makoto caminharam em direção à recém-revelada Sala de Treinamento, prontos para enfrentar o que quer que o templo lhes reservasse. As sombras dançavam nas paredes, como se o próprio templo estivesse observando cada movimento deles, avaliando se eram dignos dos segredos que haviam começado a desvendar.
Ação livre para @Nero Sparda e @Kunihito Kusanagi