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Antes de começar a contar essa história, gostaria de perguntar se já sentiram aquele frio na barriga, uma mistura de ansiedade e medo? Não são emoções desconhecidas. Só que hoje é diferente, bem diferente. Diferente da forma que eu havia experienciado essas emoções antes. A ansiedade aqui é constante, uma vozinha lá no fundo que questiona se vocês vão gostar. Meu coração está acelerado, minhas mãos estão trêmulas e minha mente parece um campo de batalha entre a excitação e o medo. Mas a decisão já foi tomada. Então, só posso esperar que gostem.

O título da história já revela muito, e com ele deixo com vocês os dois primeiros capítulos.







CAPÍTULO 1: SOB A CHUVA DE SANGUE E SEGREDOS

A luz opaca dos lustres no teto lançava um brilho suave sobre o salão luxuoso, refletindo nas taças de vinho e nas joias ostentadas pelos ricos espectadores. As paredes eram adornadas com tapeçarias de ouro e vermelho, dando ao ambiente um ar de opulência decadente. No centro, uma arena circular era cercada por grades de ferro douradas, onde as lutas clandestinas aconteciam sob os olhares atentos e gananciosos dos apostadores.

Entre eles, um homem alto e esguio com cabelos negros longos e olhos amarelos claros observava tudo com uma calma calculada. Sua postura elegante e confiante fazia com que os outros o respeitassem, sem saber que sua verdadeira identidade era bem diferente da que ele apresentava. Ele era um dos infiltrados, uma sombra entre as sombras, aguardando o momento certo para agir.

Na arena, a próxima luta estava prestes a começar. Uma mulher sinuosa com cabelos longos e claros entrou no ringue, seu olhar fixo e determinado. Ela se chamava Hanao, pelo menos para aqueles que assistiam. Sua verdadeira identidade, estava escondida sob o disfarce cuidadosamente criado. Vestia uma luva adaptada para manipulação de fios, sua arma secreta contra as adversárias.

Do outro lado, duas Kunoichi entraram na arena. A primeira, uma mulher alta e musculosa, empunhava espadas duplas que reluziam sob a luz. A segunda, mais ágil e esguia, segurava uma lança longa e afiada. Ambas lançaram olhares desdenhosos para Hanao, subestimando sua aparente fragilidade.

O gongo soou, e a luta começou.

A Kunoichi com espadas duplas avançou primeiro, seus movimentos rápidos e precisos, cortando o ar com um assobio mortal. Hanao desviou agilmente, suas luvas cintilando enquanto manipulava fios quase invisíveis. Com um movimento rápido, ela lançou os fios em direção às espadas, tentando imobilizá-las. Mas a adversária era experiente e se desvencilhou com um giro elegante, atacando novamente.

Enquanto isso, a mulher com a lança aproveitou a abertura e atacou pela lateral, desferindo um golpe direto ao torso de Hanao. Hanao saltou para trás, os fios de sua luva entrelaçando-se rapidamente para formar uma barreira improvisada. A lança atravessou os fios, mas perdeu força, permitindo que ela se esquivasse por pouco.

A multidão vibrava, apostando freneticamente. Ela sabia que precisava de uma estratégia. Decidiu focar na Kunoichi com a lança, que parecia ser a mais imprevisível. Desviou de mais um golpe das espadas duplas e lançou um fio em direção à lança, envolvendo a ponta afiada e puxando com força. A adversária tentou resistir, mas perdeu o equilíbrio, tropeçando para frente.

Aproveitando a oportunidade, ela girou rapidamente, seus fios se entrelaçando em um movimento elegante, e puxou a adversário para si, desferindo um golpe direto com a luva no rosto da adversária. O impacto foi forte, jogando-a para trás, atordoada.

Agora restava a Kunoichi com espadas duplas. Ela avançou com uma fúria renovada, desferindo uma série de golpes rápidos. Hanao se esquivava com agilidade, seus fios dançando ao redor das lâminas, desviando os ataques com precisão. Em um movimento rápido, ela conseguiu enlaçar um dos pulsos da adversária, puxando com força e desarmando-a de uma das espadas.

A multidão prendia a respiração, hipnotizada pela coreografia intensa da batalha. Ela manteve a pressão, seus fios manipulando o ambiente ao seu favor, prendendo a Kunoichi em uma rede complexa. Com um puxão final, desarmou a adversária completamente e a jogou ao chão, imobilizando-a com seus fios.

O silêncio dominou o salão por um instante antes que a multidão explodisse em aplausos e gritos. Hanao, ofegante, olhou ao redor, seus olhos brilhando com determinação. Havia vencido a primeira batalha, mas sabia que a verdadeira luta estava apenas começando.

O homem alto e esguio observava do alto, seus olhos amarelos brilhando com satisfação. A missão estava em andamento, e a primeira etapa tinha sido um sucesso. Mas eles ainda precisavam descobrir mais sobre até onde esse tipo de show de sangue e violência se desenrolava.

O entusiasmo dos apostadores era palpável no ar. A vitória de Hanao na primeira luta tinha aquecido os ânimos e despertado a curiosidade sobre sua habilidade. Murmúrios e especulações percorriam o salão enquanto os olhos atentos se fixavam novamente na arena. Agora, uma nova adversária se preparava para enfrentar a misteriosa lutadora. A Kunoichi que entrava na arena era uma figura imponente, portando um chicote com uma lâmina na ponta que reluzia perigosamente à luz. Havia algo de sinistro em seus movimentos, e um brilho gelado em seus olhos.

Hanao se posicionou no centro da arena, os fios de sua luva prontos para responder a qualquer ataque. O gongo soou, e a segunda luta começou.

A Kunoichi balançou o chicote, que estalou no ar como um trovão. Num movimento rápido, a lâmina na ponta do chicote cortou o espaço entre elas, e Hanao mal teve tempo de se esquivar. O chicote não era sua única arma; a adversária começou a usar técnicas Suiton, projetando feixes de água comprimida com precisão mortal. Um dos feixes atingiu um apostador, matando-o instantaneamente, e o sangue respingou no chão da arena, causando pânico entre os espectadores.

Hanao sabia que precisava ser extremamente cuidadosa. Usando seus fios, ela tentou enlaçar o chicote, mas a Kunoichi era hábil e conseguiu se desvencilhar, lançando outro feixe de água que Hanao mal conseguiu evitar. Com um salto ágil, ela se reposicionou, calculando seu próximo movimento. A cada estalo do chicote, um novo feixe de água era disparado, forçando Hanao a manter-se em constante movimento.

Enquanto a batalha se desenrolava na arena, no andar superior do salão, o homem misterioso, observava atentamente. Ele tinha outras preocupações agora, pois Giyu do clã Ugatsu se aproximara, com um sorriso astuto no rosto.

— Vejo que está interessado em um de nossos combates. — Disse Giyu, suas palavras impregnadas de uma confiança calculada. — Mas tenho algo ainda mais interessante para lhe oferecer. Um projeto que irá revolucionar o mundo ninja.

Ele ergueu uma sobrancelha, fingindo interesse. — É mesmo? Ouvi falar que vocês estão vendendo algo tão grandioso que me faria investir cada moeda da minha fortuna.

Giyu sorriu, seus olhos brilhando com uma mistura de orgulho e sigilo. — Chamamos de 'A Chave do Deus Morto'. É uma tecnologia armamentista sem precedentes, algo que transformará nossa vila em uma potência incontestável.

— A Chave do Deus Morto? — Ele repetiu, tentando soar intrigado. — Isso soa muito bem. Como vocês conseguiram algo assim?

— O segredo está nos vestígios deixados pelo Deus, Nagato Uzumaki. — Explicou Giyu. — Após sua morte, nossa vila passou por tempos turbulentos. Mas a queda de Hanzō foi apenas o início de uma mudança no modo como o mundo se rendeu e se fez refém do conceito de ninjas. Os restos do poder de Nagato e os segredos tecnológicos deixados por ele será a chave para nossa salvação.

Ele fez uma pausa, absorvendo a informação. — E como isso afetou Amegakure?

— A queda de Hanzō trouxe caos, mas também uma oportunidade de renascimento. — Disse Giyu, sua voz ganhando um tom reverente. — Nagato também morreu, mas não antes de nos entregar o poder e conhecimento necessário para nos reerguemos das cinzas. Sob nova liderança e com a tecnologia que descobrimos, estamos prontos para nos tornar uma força imbatível.

De volta à arena, Hanao estava lutando para se manter à frente dos ataques incessantes de sua adversária. A Kunoichi balançou o chicote mais uma vez, e um feixe de água passou tão perto que cortou uma mecha dos cabelos de Hanao. Mas essa proximidade deu a ela uma ideia. Usando seus fios, ela criou uma teia complexa e invisível ao redor de si, usando as grades de ferro como pontos de fixação, uma armadilha pronta para capturar a Kunoichi no próximo ataque.

Com um movimento rápido, a Kunoichi adversária lançou o chicote mais uma vez, e Hanao desviou, conduzindo o ataque direto para sua teia de fios. O chicote ficou preso, e antes que a adversária pudesse reagir, Hanao puxou com força, desarmando-a. A Kunoichi tentou usar outra técnica Suiton, mas Hanao estava preparada. Com um movimento ágil, ela lançou seus fios, envolvendo a adversária e imobilizando-a completamente.

A multidão explodiu em aplausos e gritos de entusiasmo. Hanao, ofegante, mas vitoriosa, olhou ao redor, seu olhar determinado e implacável. Mais uma vez, ela havia triunfado, mas sabia que a verdadeira missão estava longe de ser concluída.

Enquanto Giyu continuava a falar, o homem misterioso sorria internamente. Cada palavra do organizador era uma peça do quebra-cabeça que ele e a sua companheira precisavam para desvendar o mistério do novo projeto armamentista. E com cada vitória de Hanao, eles se aproximavam mais de seu objetivo.

— Fale-me mais sobre essa 'Chave do Deus Morto'. — Disse Suigetsu, inclinando-se para frente, seus olhos amarelos brilhando com interesse. — Estou ansioso para saber como posso me beneficiar desse poder.

Giyu sorriu, satisfeito com o interesse de um dos maiores financiadores das lutas clandestinas em Amegakure. — Claro, mas primeiro, vamos brindar a isso. A era de Amegakure está apenas começando.

Enquanto o brinde se fazia, as sombras da conspiração se aprofundavam, e a noite de sombras e segredos continuava a desenrolar seu enredo sombrio e perigoso.


Última edição por L⍱scivi⍱ em 20/6/2024, 22:15, editado 1 vez(es)

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CAPÍTULO 2: UMA VALSA MORTAL


A excitação no salão atingia um ponto máximo. O sangue derramado e a vitória esmagadora de Hanao tinham inflamado os ânimos dos apostadores, e a atmosfera estava carregada de adrenalina e tensão. Os gritos e aplausos ecoavam pelas paredes luxuosas, e os olhos dos espectadores brilhavam com uma mistura de fascinação e avidez.

Aproveitando o momento, Giyu se aproximou do centro da atenção, subindo em um palco elevado. Ele ergueu uma mão para silenciar a multidão, e seu sorriso astuto refletia a certeza de que tinha todos na palma de sua mão. Era a hora de fazer o que havia sido pago para fazer.

— Senhoras e senhores...! — Começou, sua voz ressoando com autoridade pelo salão. — Nesta noite memorável, tenho a honra de apresentar a vocês um vislumbre do futuro, um protótipo do projeto que revolucionará o mundo ninja. Permitam-me apresentar... Elas, as caçadoras.

Com um gesto dramático, Giyu indicou a entrada da arena, e três figuras sombrias emergiram. O impacto visual foi instantâneo. As três mulheres eram uma visão perturbadora e impressionante, suas formas humanas misturadas com partes cibernéticas que brilhavam.

A primeira caçadora tinha as pernas substituídas por lâminas afiadas que reluziam ameaçadoramente. Seu tronco era adaptado para suportar uma cauda gigante, pesada e destrutiva, que se arrastava atrás dela como um chicote letal. Seus braços, quase completamente mecânicos, terminavam em garras capazes de cortar aço. Um capacete cibernético cobria seus olhos, e pequenos fios elétricos visíveis pulsavam com energia, controlando-a como um fantoche.

A segunda caçadora tinha toda a parte do corpo abaixo dos seios substituída por um chassi gigantesco que lembrava a forma de uma aranha. As pernas mecânicas terminavam em garra única e poderosa, e seu movimento era uma mistura de fluidez e precisão mortal. Seu capacete também pulsava com energia, mantendo-a sob controle total.

A terceira caçadora era uma visão ainda mais grotesca. Seus braços foram substituídos por tentáculos mecânicos que se esticavam indefinidamente, ondulando no ar como serpentes metálicas. O capacete cibernético na cabeça dela completava a imagem aterrorizante de uma arma viva.

Giyu continuou, com os olhos brilhando de orgulho. — Essas mulheres eram criminosas, julgadas e condenadas. Agora, elas servem aos propósitos de nossa vila. A tecnologia que vocês veem diante de seus olhos é apenas o começo da revolução que está por vir. Com essas armas cibernéticas, Amegakure se tornará uma força imbatível.

Os olhos da figura misteriosa ao lado de Giyu, disfarçado, estreitaram-se, enquanto ele observava as três. A brutalidade da transformação e o controle absoluto exercido sobre elas eram um testemunho do que Amegakure estava disposta a fazer para alcançar poder. Ele precisaria relatar isso, e com urgência.

Ainda se recuperando da luta anterior, Hanao observava com atenção. As caçadoras eram inimigas formidáveis, e se tivesse que enfrentá-las, precisaria de toda sua astúcia e habilidade.

A arena estava envolta em uma atmosfera eletrizante. Os gritos e aplausos dos espectadores ecoavam pelo salão, enquanto Hanao se preparava para a luta mais difícil de sua vida. As três caçadoras cibernéticas avançavam em sua direção, cada uma personificação da fusão brutal entre tecnologia e carne.

A primeira caçadora, nomeada de Aelo, com suas pernas lâminas e cauda destrutiva, foi a primeira a atacar. Sua velocidade era quase cegante. Num piscar de olhos, ela estava em cima de Hanao, desferindo golpes rápidos e mortais. A cauda cortou o ar com um silvo mortal, atingindo Hanao no torso e jogando-a para trás. O impacto foi tão forte que ela cuspiu sangue, sentindo algumas costelas se romperem.

Hanao mal teve tempo de recuperar o fôlego antes que a caçadora atacasse novamente, suas garras mecânicas brilhando com uma ameaça afiada. Com movimentos rápidos, Hanao envolveu as partes atingidas com chakra, mitigando parte do dano, mas a dor era intensa. Os fios de sua luva foram cortados facilmente pelas lâminas, forçando-a a adotar uma defesa mais estratégica.

Enquanto a primeira caçadora recuava para um novo ataque, a segunda caçadora, Celeno, se moveu com a graça mortífera de uma aranha. Seu chassi gigantesco avançava com uma rapidez surpreendente, suas garras prontas para esmagar Hanao. A cada salto, ela disparava dispositivos ocultos – agulhas venenosas, explosivos atordoantes e bombas de fumaça. Hanao desviava com dificuldade, sentindo o veneno corroendo suas defesas e as explosões atordoando seus sentidos.

A terceira caçadora, Ocípete, com seus tentáculos mecânicos, era uma presença constante, tentando capturar Hanao por trás. Os tentáculos se estendiam com uma rapidez assustadora, quase capturando-a várias vezes. Hanao sabia que precisava se livrar de pelo menos uma delas para ter alguma chance.

Concentrando seu chakra, Hanao usou uma técnica de amplificação física, aumentando sua força e velocidade. Com um salto ágil, ela evitou uma investida da primeira caçadora e se virou para a terceira, lançando seus fios em um movimento rápido e preciso. Os tentáculos mecânicos se entrelaçaram nos fios, e antes que a caçadora pudesse reagir, Hanao puxou com força, desequilibrando-a.

Aproveitando a abertura, Hanao concentrou todo seu chakra em um golpe devastador. Seus fios envolveram a cabeça da terceira caçadora e, com um movimento rápido e brutal, ela arrancou a cabeça desta. O corpo mecânico caiu ao chão, inerte.

Mas a vitória teve um preço. A segunda caçadora, aproveitando a distração de Hanao, pulou sobre ela, suas garras prontas para pisoteá-la. Hanao tentou desviar, mas não foi rápida o suficiente. As garras atingiram seu ombro, rasgando carne e músculo. Ela gritou de dor, sentindo a fraqueza tomar conta de seu corpo. O veneno das agulhas começava a fazer efeito, e sua visão ficava turva. Em desespero, ela mordia seu antebraço até tingir os lábios de um vermelho sangue.

A primeira caçadora, vendo Hanao ferida, avançou com a intenção de terminar a luta. Sua cauda balançou com força, pronta para desferir o golpe final. Hanao tentou se levantar, mas suas forças estavam esgotadas.

No momento em que a cauda estava prestes a atingi-la, um grito de raiva cortou o ar. A figura misteriosa que se manteve observando o desenrolar das lutas durante todo este tempo, revela sua verdadeira identidade, saltando para a arena. Com um movimento rápido, ele segurou a cauda da caçadora, seu corpo transformando-se em água para absorver o impacto. Com uma força incrível, ele torceu a cauda, quebrando o mecanismo e com mais um golpe a caçadora é jogada para trás com sua face completamente deformada.

A segunda caçadora, surpreendida pela intervenção, tentou pisotear a mulher caída ao chão novamente. Mas ele estava pronto. Avançando com velocidade surpreendente, segurando a perna mecânica da caçadora e destruindo-a com um golpe poderoso. A perna se partiu em pedaços, e no instante seguinte, em uma velocidade tão assombrosa que ninguém foi capaz de ver o que acontecia: ela também é partida ao meio junto ao chassi mecânico.

Os espectadores ficaram em silêncio, chocados com a reviravolta. Ele então olha para sua companheira, seus olhos brilhando com uma mistura de preocupação e raiva.

— Você lutou bem. — Disse ele, sua voz firme e embargada de fúria. — Mas agora é minha vez.

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CAPÍTULO 3: REVELAÇÕES SOB AS LUZES DA LUA ESCARLATE

O salão estava em silêncio, o choque ainda reverberando entre os espectadores. O impacto da intervenção daquele homem havia mudado o curso da noite. Com Hanao ferida, mas segura, e as caçadoras cibernéticas mortas, a tensão no ar era palpável.

Mas antes que alguém pudesse esperar qualquer ação daquele homem. A técnica de transformação, o Henge no Jutsu, que ele e Hanao haviam usado, começou a se desfazer. Lentamente, suas aparências mudavam, revelando suas verdadeiras identidades.

Ele sentiu um familiar formigamento enquanto seus cabelos pretos e longos começavam a encurtar e assumir a cor alva característica. Seus olhos, que antes brilhavam em um tom amarelo pálido, gradualmente mudaram para o violeta intenso. A transformação estava revelando o verdadeiro Suigetsu Hōzuki.

Karin, também, estava passando pela mesma mudança. Seu disfarce de Hanao começou a se desvanecer. Seus cabelos longos e claros voltaram à sua cor original, um vibrante vermelho escarlate, e seus olhos verdes brilhantes mudaram para o vermelho profundo que marcava sua herança Uzumaki. O salão ficou em silêncio ao reconhecer a dupla.

Os murmúrios começaram a se espalhar entre os espectadores. — Eles são da Taka... seguidores de Sasuke Uchiha! — A revelação causou um rebuliço entre os presentes, a tensão escalando rapidamente.

Giyu, ficou pálido por um momento, mas rapidamente recuperou a compostura. — Então, era tudo uma farsa! Vocês vieram para espionar nosso projeto?

Suigetsu sorriu, seus dentes afiados brilhando. — Acho que agora você sabe quem somos. E sabe que não vamos sair daqui sem as informações que queremos.

Sob as luzes do salão luxuoso, com o sangue ainda manchando o chão e o silêncio pesado no ar, a noite de segredos e batalhas chegava a um clímax. O salão estava em silêncio mortal, as luzes lançando sombras longas sobre os corpos inertes das três caçadoras.

Suigetsu, com a Kubikiribōchō descansando sobre seus ombros, assumiu uma postura altiva e intimidadora. Sua presença dominava o espaço, e o brilho feroz em seus olhos era suficiente para silenciar qualquer murmúrio de desafio.

— Todos vocês... — Começou ele, sua voz cortante como a lâmina que carregava. — assistiram a esta demonstração de poder. Mas agora, vou mostrar algo que vocês nunca esquecerão.

Com um movimento preciso, Suigetsu levantou a mão livre, formando o selo do Tigre (寅, Tora). A quantidade de chakra que ele começou a condensar era imensa, fazendo o ar vibrar ao seu redor.

Num piscar de olhos, ondas de água começaram a surgir abaixo dos seus pés, enchendo o salão com uma força avassaladora. A água se espalhou rapidamente, engolfando tudo e todos em seu caminho. O poder de Suigetsu sobre a água era absoluto, e ele controlava as ondas com precisão letal.

Os espectadores e guardas tentaram fugir, mas a força das ondas era implacável. Em questão de segundos, a água preencheu todo o espaço, submergindo cada pessoa, cada objeto, em um turbilhão caótico. Os gritos foram rapidamente silenciados pela força esmagadora das ondas.

Karin, também foi envolvida pela água, mas confiando em seu companheiro para se manter segura no meio do caos. Ela sentiu o chakra de Suigetsu pulsando ao seu redor, um farol de poder que guiava suas ações.

E então, com um movimento rápido e decisivo, Suigetsu fez a água retornar com a mesma velocidade e força. As ondas recuaram, carregando consigo todos aqueles que haviam sido engolfados. O salão, que há poucos momentos estava repleto de vida, gritos e movimento, agora estava completamente vazio. Cada pessoa, cada guarda, havia sido levado pelas águas, desaparecendo sem deixar rastro.

O lugar estava um caos absoluto. Móveis revirados, decorações destruídas, poças de água espalhadas por todo lado. Mas não havia ninguém. Suigetsu e Karin também haviam desaparecido, como se nunca tivessem estado ali.

O salão luxuoso de Amegakure estava vazio, um testemunho silencioso do poder avassalador de Suigetsu Hōzuki e da determinação implacável de Karin Uzumaki.

........

A luz fria da manhã iluminava as ruas de Amegakure, refletindo nas superfícies molhadas e nos telhados encharcados pela recente chuva. O esquadrão de agentes de Amegakure, liderado por Tetsuji, uma mulher com olhos biônicos que brilhavam com uma luz artificial, estava reunido na entrada do salão luxuoso que havia sido palco do caos da noite anterior.

Tetsuji observava a cena de devastação com uma expressão séria. Sua equipe, composta por alguns dos mais habilidosos ninjas da vila, estava espalhada pelo local, analisando cada detalhe e coletando qualquer pista que pudesse explicar o que havia acontecido.

— Relatório! — Ordenou Tetsuji, sua voz fria e reverberante.

Um dos agentes se aproximou, segurando um dispositivo de rastreamento. — Ainda não encontramos sinais de vida dentro do salão. Também não há rastros de quem possa ter feito isso e como ele conseguiu desaparecer com uma multidão tão grande de pessoas. As marcas de água são evidentes em todas as superfícies. Alguém com grande habilidade de manipulação de água esteve aqui.

Tetsuji franziu a testa. — E Giyu?

— Desaparecido. Não há corpo, nem traços de luta além dos danos causados pela água. Quem quer que tenha feito isso foi extremamente eficiente.

Outro agente se aproximou, trazendo um conjunto de documentos parcialmente molhados. — Estes registros mostram que havia um evento de lutas acontecendo com vários apostadores e financiadores do evento. Parece que alguém se infiltrou e causou todo esse caos.

Tetsuji ponderou por um momento. — Quais vilas ou organizações têm habilidades para realizar um ataque tão direto contra nós? E por quê?

Os agentes começaram a discutir possibilidades. — Podem ser os remanescentes e admiradores da Akatsuki, pois Amegakure está estrategicamente bem localizada. Ou talvez seja uma ação de Konoha ou outra grande vila interessada em descobrir nossa movimentação e tentando enfraquecer nossa posição.

— Não podemos descartar a possibilidade de ser uma organização mercenária com acesso a ninjas de alto nível. — Sugeriu outro agente.

Tetsuji ergueu a mão, silenciando-os. — Independentemente de quem seja, precisamos reforçar toda a vigilância e monitoramento da vila. Dobrem as patrulhas e intensifiquem as verificações de entrada e saída. Rastreiem as assinaturas de chakra deixadas por qualquer rastro de ninjutsu. Não podemos permitir que escapem.

........

Longe dali, em um lugar escuro e insalubre, Suigetsu estava ajoelhado ao lado de Karin. Ela estava deitada em uma superfície improvisada, suando e se contorcendo de dor. O veneno injetado por uma das caçadoras estava causando febre alta e uma dor excruciante.

Suigetsu usava suas habilidades de manipulação de água para tentar extrair o veneno. Ele havia feito um pequeno corte na altura do ventre de Karin, concentrando seu chakra para reunir o veneno espalhado em um ponto.

— Segura firme, Karin. — Murmurou ele, sua voz suave, mas firme. — Isso vai doer, mas precisamos tirar esse veneno de você.

Karin, com o rosto contorcido de dor, apenas assentiu. Ela confiava em Suigetsu, mas a dor era quase insuportável.

Com uma concentração intensa, Suigetsu manipulou a água dentro do corpo de Karin, reunindo o veneno em pequenas gotas. Ele as comprimiu, forçando-as a sair através do corte que havia feito. Cada movimento causava uma onda de dor que fazia Karin se contorcer, mas ela resistia, sabendo que essa era a única maneira de sobreviver.

O processo parecia durar uma eternidade. Suigetsu, suando de concentração, finalmente conseguiu retirar a maior parte do veneno. As gotas verdes e viscosas pingaram do corte, caindo em um recipiente que ele havia preparado.

— Pronto. — Disse ele finalmente, limpando o suor da testa. — O pior já passou. Agora só precisamos cuidar dos seus ferimentos e descansar.

Karin, ainda ofegante e suando, sorriu fracamente.

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CAPÍTULO 4: MAR, NÚVENS E NEBLINA


Os dutos de Amegakure eram um labirinto de tubos metálicos e vapor, escuros e úmidos. Suigetsu e Karin, escondidos nas sombras, estavam realizando uma tarefa crítica. O capturado Giyu estava amarrado e imóvel, pronto para revelar os segredos que a dupla estava à procura.

Suigetsu posicionou as pontas dos dedos ao longo da lateral do rosto de Giyu. Seu chakra, de um brilho azul escuro, envolvia seus dedos como uma aura ameaçadora. Ele atentamente, explicou em voz baixa: — "Liberação de água: Mar de nuvens e neblinas que devoram a mente" (雲海霧の精神喰らいの術, Unkai Kiri no Seishin Kurai no Jutsu), esta técnica é capaz de extrair memórias da vítima, mas também a mata no processo. É um jutsu secreto do clã Hōzuki, destinado a desvendar os segredos mais bem guardados.

Com a técnica ativada, Suigetsu começou a injetar água no cérebro de Giyu fazendo as veias perto das têmporas saltarem. O efeito foi imediato e horripilante. Giyu começou a vomitar água, que se transformava em inúmeras bolhas translúcidas contendo fragmentos de suas memórias.

As bolhas flutuavam no ar, cada uma brilhando com um brilho etéreo. Karin, curiosa, tocou uma delas, e sua mente foi imediatamente invadida por imagens e sons. Ela viu Giyu em uma conversa acalorada com uma mulher, discutindo planos para acabar com a supremacia das cinco grandes vilas e as cinco grandes nações. A mulher falava sobre trazer um fim à era ninja que tanto prejudicou as vilas menores.

— Ela pretende derrubar as grandes vilas. — Murmurou Karin, processando a informação. — Eles estão planejando uma revolução.

Ela tocou outra bolha, e novas memórias se desdobraram em sua mente. Viu Giyu sendo convidado para uma reunião em uma base secreta abaixo dos grandes arranha-céus no centro de Amegakure. A estrutura subterrânea era fortemente protegida por sistemas de segurança sofisticados.

Enquanto Karin explorava as memórias, Giyu, já enfraquecido pela técnica, finalmente caiu no chão, sem vida. Suigetsu parou a técnica e olhou para as bolhas de água espalhadas pelo local.

— Temos bastante trabalho pela frente. — Disse ele, olhando para Karin.

Karin assentiu, ainda tocando as bolhas. — Sim, cada fragmento pode conter informações vitais. Precisamos ser meticulosos. Nada pode fugir aos nossos olhos, nenhuma dessas bolhas.

A dupla sabia que essa tarefa exigiria tempo e paciência. As bolhas representavam um quebra-cabeça complexo que precisavam resolver para entender completamente os planos de Amegakure e a extensão da conspiração.

Enquanto trabalhavam, o silêncio dos dutos era quebrado apenas pelos murmúrios de memórias e o som das bolhas estourando. Cada nova memória revelava mais sobre os planos sinistros de Giyu e seus cúmplices.

A missão de Taka estava apenas começando. As informações que obtivessem aqui poderiam mudar o destino das vilas ninja e redefinir o equilíbrio de poder no mundo shinobi.

........

Tetsuji estava de pé em uma sala de escritório ampla e luxuosa, marcada pelo contraste entre o minimalismo das paredes brancas e a mesa gigante ao fundo. Atrás dela, sentada com serenidade, estava uma mulher de cabelos escuros longos e olhos cor de mel. Seus dedos habilidosos dobravam papéis com precisão, transformando-os em origamis delicados.

— Senhora. — Começou Tetsuji, mantendo a postura rígida e respeitosa.  — Houve um incidente grave durante um evento de lutas e apostas na noite passada. Todos os participantes e espectadores desapareceram, e encontramos sinais claros de uma invasão. Giyu também está desaparecido.

A mulher atrás da mesa não pareceu perturbada. Em vez disso, ela ergueu um origami recém-feito e sorriu para ele. — Como está o dia lá fora, Tetsuji?

Tetsuji piscou, ligeiramente confusa com a interrupção, mas manteve o foco. — Está nublado, senhora. As chuvas são intermitentes, como sempre em Amegakure.

A mulher sorriu e voltou sua atenção para um novo pedaço de papel. — E você, Tetsuji? Como está?

—  Eu estou bem, senhora. Preocupada com a situação, claro.

A mulher assentiu, continuando a dobrar o papel. — O que tem feito, Tetsuji? Ainda gosta de caminhar pela vila?

— Tenho estado ocupada com minhas responsabilidades. — Respondeu Tetsuji, tentando disfarçar sua impaciência. — Senhora, a situação é urgente.

A mulher finalmente levantou os olhos para Tetsuji, seu olhar penetrante, mas gentil. — E as crianças? Elas ainda gostam de fazer origamis? Brincar na chuva?

Tetsuji respirou fundo, percebendo que essas perguntas triviais faziam parte do método peculiar da mulher para avaliar a situação. — Sim, senhora. Elas adoram.

A mulher sorriu novamente, satisfeita com a resposta. Então, com um movimento gracioso, ela amarrou seu cabelo em um coque bem-feito, revelando um braço mecânico complexo e sofisticado. Com um movimento suave da mão mecânica, as paredes da sala começaram a se mover, revelando espaços secretos.

Atrás das paredes, havia computadores avançados, múltiplas telas de câmeras mostrando diversos pontos de Amegakure, e sensores de toda natureza. Dados sobre soldados, armas, e aparelhos manipuláveis à distância por ela estavam organizados e acessíveis.

A expressão da mulher se tornou séria e decidida. — Tetsuji, ative o esquadrão especial. Usaremos todos os nossos recursos nesta caçada.

Tetsuji assentiu, sentindo um peso se levantar de seus ombros. A mulher à sua frente, apesar de sua aparência tranquila e interesse em origamis, era uma estrategista implacável. Com ela no comando, Tetsuji sabia que a vila teria uma resposta à altura.

A caçada aos infiltrados estava apenas começando, e Amegakure estava se preparando para responder com toda sua força e tecnologia avançada.

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Nos dutos escuros e sinuosos de Amegakure, Suigetsu e Karin estavam mergulhados em uma tarefa vital. Enquanto Suigetsu absorvia as bolhas de memória de Giyu, Karin registrava meticulosamente todos os dados em um pergaminho. Suigetsu manipulava as bolhas com uma habilidade surpreendente, absorvendo as memórias em seu corpo em uma velocidade impressionante, acelerando significativamente o processo.

Enquanto escrevia, Karin ocasionalmente se perdia em pensamentos. Memórias do passado invadiam sua mente, especialmente o dia em que Sasuke lhe propôs essa missão. Fazia anos que não tinha contato direto com o Uchiha, mas nem a distância nem o tempo foram suficientes para apagar os sentimentos que ela nutria por ele.

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FLASHBACK

Karin se lembrava claramente da reunião no esconderijo sombrio de Orochimaru. A sala estava iluminada apenas por algumas velas, lançando sombras dançantes nas paredes. Ao seu lado, Suigetsu estava relaxado, mas atento. Orochimaru, com seu sorriso enigmático, observava tudo com um olhar penetrante. E, no centro de tudo, estava Sasuke, com a presença imponente e os olhos ardendo com determinação.

— Amegakure está apresentando um crescimento econômico muito fora do padrão desde o fim da 4ª Guerra Ninja. — Disse Sasuke, sua voz calma, mas carregada de propósito. — Eles estão atraindo investidores de diversas regiões das cinco nações, exceto pelas cinco grandes vilas.

Ele fez uma pausa, permitindo que a informação fosse absorvida. — Os negócios clandestinos estão gerando uma movimentação de dinheiro sem precedentes, principalmente na compra e venda de armas e drogas, lutas clandestinas e venda de escravos.

Orochimaru interveio, sua voz suave, mas cheia de autoridade. — Após a morte de Nagato, a vila se tornou ainda mais fechada. Algumas famílias escalaram rapidamente ao poder e influência e aparentam querer expandir essa influência para fora dos limites da vila. Algo grande está acontecendo em Amegakure, e precisamos saber exatamente o que é.

Sasuke olhou diretamente para Karin, seus olhos ardendo com uma intensidade que ela sempre achou irresistível. — Eu não tenho tempo para realizar essa investigação pessoalmente. Pretendo deixar a cargo de vocês, para que descubram o que está realmente acontecendo em Amegakure e qual é o grande objetivo por trás de atrair tantos investidores para essas terras.

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No presente, Karin suspirou, voltando sua atenção ao pergaminho. Suigetsu, agora quase terminado com a absorção das memórias, olhou para ela, percebendo a distração momentânea. Sua expressão se endureceu momentaneamente, os olhos estreitando-se, enquanto ele reprimia um suspiro de frustração.

—  Pensando em Sasuke novamente, hein? — Ele disse, sua voz carregada de uma ponta de irritação que ele não conseguia esconder completamente, sem desviar os olhos de seu trabalho.

Karin corou ligeiramente, mas não negou. —  Sim. Não importa quanto tempo passe, eu ainda... bom, você sabe.

Suigetsu assentiu, tentando disfarçar seu desconforto. — Vamos terminar isso então. Precisamos dessas informações para cumprir a missão que ele nos deu.

Havia uma tensão sutil no ar, enquanto Suigetsu se forçava a manter o foco. Ele não podia negar a importância de Sasuke, mas era difícil ignorar os sentimentos conflitantes que surgiam toda vez que o nome dele era mencionado.

Karin, sentindo a tensão, tentou se concentrar ainda mais em seu trabalho. — Você tem razão. Vamos focar.

Enquanto Suigetsu continuava a absorver as últimas bolhas de memórias, Karin se concentrava em registrar os dados.

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No topo do maior arranha-céu de Amegakure, quatro figuras desconhecidas observavam os limites da vila. A cidade abaixo estava imersa em uma névoa persistente, cortada apenas pelas luzes pálidas dos postes e janelas distantes. A chuva caía em uma cortina incessante, transformando o cenário em um mar de cinzas e sombras.

Sōya, um homem alto e extremamente musculoso, estava no centro do grupo. Seu cabelo verde escuro e olhos negros brilhavam com uma intensidade ameaçadora. Em suas costas, dois facões gigantes estavam presos, prontos para o combate. Ele vestia um changshan preto, aberto nas laterais, que revelava sua postura firme e poderosa. Suas calças pretas e coturnos, junto com as luvas azul escuras sem dedos que cobriam seu antebraço, completavam sua figura imponente.

Ao seu lado, Saki, uma jovem loira com o cabelo preso em um rabo de cavalo caído, parecia despretensiosa à primeira vista. Ela usava um shortinho de cor clara e um top branco, com um coldre preso em sua perna e um cinto de utensílios na cintura. Seus olhos e o sorriso solto brilhavam com uma determinação feroz, enquanto ela olhava para a vila com um leve sorriso nos lábios.

Kaho, a mais baixa do grupo, estava coberta por uma capa de chuva que não escondia suas botas de cano alto. Seu cabelo preto, cortado em um estilo bob na altura do pescoço, emoldurava seu rosto sério. Ela segurava um rifle de precisão com destreza, seus olhos escuros avaliando cada movimento na cidade abaixo.

Yun, um homem de estatura média, completava o grupo. Seus olhos e cabelos castanhos, longos e presos em uma trança que chegava ao chão, brilhavam com um azul assustador. Ele vestia somente uma calça de cor escura com detalhes em branco, dando-lhe uma aparência inquietante.

Os quatro observavam a cidade em silêncio, comunicando-se apenas com olhares e gestos. Havia uma tensão palpável no ar, como se estivessem à espera de um sinal.

— Temos que garantir que ninguém escape. — Disse Sōya, sua voz profunda e ressonante cortando o silêncio. — Nossos alvos são específicos.

Saki assentiu, seu sorriso se alargando. — Eu posso cuidar das distrações. — Ela disse, tocando levemente no coldre em sua perna.

Kaho ajustou seu rifle, os olhos focados na mira. — Darei cobertura.

Yun permaneceu em silêncio, os olhos brilhando enquanto ele observava a cena. Ele levantou uma mão, e uma onda de energia azul cintilante passou por seus dedos.

— Está na hora. — Ele disse finalmente, sua voz fria e controlada.

Com um aceno de Sōya, o grupo se dispersou, cada um se movendo com precisão e propósito. A noite de Amegakure estava prestes a ser envolvida em um novo nível de caos e destruição, enquanto essas sombras desconhecidas se preparavam para executar seu plano.

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Finalmente, Suigetsu terminou de absorver as memórias. O corpo de Giyu jazia sem vida no chão, mas o trabalho com ele estava finalizado.
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