[Cavaleiros do Zodiaco/Saint Seiya] Next Dimension - Capítulo 117

Não achei que voltaríamos ao passado, mas, bem, iniciamos o 117 com painéis envolvendo Sasha, desperta após o desaparecimento de Saori dessa época, assim como Tenma, uma vez livre da Espada de Hades, cuidando de sua protegida. Achei bonitinho o painel em que é ilustrado, na terceira página, a fidelidade e amizade envolvendo o Pégaso dessa era e sua Atena. No final, como era esperado, os caminhos se separam, dando início, de fato, ao que se consagraria como a Guerra Santa mais sangrenta de todas. Aliás, enquanto Alone, aos prantos, se despedia de seus amigos, achei bem caracterizado Tenma dizer as palavras que foram proferidas na quarta página, inferindo que, não importasse o que fosse acontecer - e aqui nós sabemos o que se sucederá -, a amizade de ambos (ou do trio) permaneceria a mesma.

No final, conforme eu havia imaginado, Ecarlate continua vivo.
Achei uma representação imponente do Santos de Ouro, com Caim e Kaiser tomando a frente. Gestalt, diferentemente de que alguns imaginavam, permanece com o corpo de homem e não híbrido. Me pergunto como se deu, sua performance, durante a Guerra Santa, sem o auxílio de um artefato OP como é o caso da Flecha da Deusa.

Esperava algumas consequências no exército de Atena, mas esse núcleo do passado, que durou só duas décadas - pouca coisa, vai -, só serviu como introdução de algo maior. É o que eu digo: o título Next Dimension não foi nada mais que um ''arco'' de transição, assim como Poseidon, só que com muito mais capítulos. Gostaria de ter mais conhecimento sobre alguns eventos que se deram durante essa Guerra Santa, mas creio que, no fim das contas, essa nunca foi a verdadeira intenção do Kurumada.

No Templo da Lua, vemos Tohma sendo punido de maneira agressiva por Callisto, que o questiona duramente sobre determinadas falhas. O interessante, nesses diálogos, foi descobrir que o Anjo, outrora, serviu como servo de Apollo, mas, por ser um ladrão & vacilão, sofreu a ira do irmão mais velho de Atena e caiu, sendo expulso. No fim das contas, nos é revelado os motivos de Tohma, que não são fatos ocultos, e também sentimentos obtidos através das interações com os Santos de Bronze.

Em seguida, somos apresentados a Artemis, Atena e os bronze-boys. Lá, Atena e seus amigos se prostram de maneira passiva, tendo a primeira sendo ilustrada aguardando as suas punições, já que foi uma garota muito malvada. Nesse momento, existe a proclamação da sentença de Artemis, cujo aplica uma dura punição de 1000 anos contra Atena, enquanto visa retirar o título de Cavaleiros dos irmãos, sem contar a punição de cem anos - considerando que são humanos, eis a prisão perpétua, só que na lua.

Quando Artemis citou sobre a prisão aos bronzeados, automaticamente me lembrei da punição, aplicada pelo Olimpo, contra a alma dos Cavaleiros de Ouro, em Prólogo do Céu, após, na Saga de Hades, terem transgredido ao destruírem o Muro das Lamentações. Aquela cena é bem interessante e nostálgica.




Atena, em seguida, tenta negociar uma pena mais flexível aos seus amigos, mas Artemis não parece muito aberta a novas possibilidades.

E, repentinamente, de maneira imponente, justa, pura - e fofa (sério, eu nunca esperei, de todas as possibilidades, o Kurumada escrever a primeira frase de Apollo, para uma apresentação, ser representada por um "QUE FOFAS!") -, a divindade que representa o sol, Apollo, dá as caras.
Bem badass a forma em que o mestre, através de sua arte, representou o deus. Poderoso, de pé, com os braços cruzados, sendo conduzido por sua carruagem e cavalos alados. Para dar enfoque ao que Apollo parece carregar, como personagem, a reação dos personagens me pareceu bem coerente.

Referente ao visual, me recordou, um pouco, o nosso saudoso Radamanthys de Wyvern. Apesar de classificar a interação de suas irmãs mais novas como fofas, Apollo, por outro lado, não me parece nada fofo.



Fiquei curioso para, no próximo capítulo, tentar entender mais sobre o personagem e como Kurumada vai, posteriormente, conduzir ele e suas motivações.  

Para minha infelicidade, entrementes, até me acostumar com essa versão, terei, em minha cabeça, comparações contínuas com o Apollo do toeiverso.
Amo o quão poderoso e imponente é essa versão do Prólogo do Céu.



Dito isso, o capítulo valeu, como um todo, pelo despertar do maior de todos, vulgo SEIYA DE PÉGASO.
Tenho praticamente certeza que haverá uma pontinha do nosso querido Seiya, junto dos deuses, no próximo e último capítulo - espero que o Kurumada nos traga mais páginas, pois a leitura se finda, em Next Dimension, quando se está começando a aquecer. Torço para que haja, pelo menos, uma despedida satisfatória do título no próximo número.

Chagall é um dos personagens mais feios, esteticamente falando, que o Kurumada já trouxe em seus painéis.

Cara parece um velho alcoólatra, um daqueles que você acha facilmente em qualquer boteco de esquina.

Agora, falando sério, não sei se o Kurumada finaliza a Saga dos Céus, não. Demorou 20 anos para concluir 118 capítulos - e, por conseguinte, Next Dimension -, quem dirá um novo título que abranja tudo isso que está prometendo. Dificilmente o velho aguenta.