Escolas integrais não resolvem o problema do Brasil, o que soluciona a distorção educacional desse país é uma completa reformulação metodológica do ensino e da mentalidade de servidor público. Aumentar o horário da escola só vai aumentar o tempo inútil.
Os professores precisam ser treinados conforme as melhores práticas pedagógicas e a impunidade dos funcionários da União precisa ser abolida (funcionário ruim = funcionário demitido). Outra coisa que precisa ser obliterada é a intenção de passar o aluno de qualquer forma. Uma das coisas que mais colabora pra redução do QI no Brasil (dentro de vários fatores) é o fato de qualquer simiesco ser capaz de passar pelo ensino médio.
No Brasil, o que eu adotaria como maneiras de se aumentar não apenas o QI, como a inteligência geral dos nossos alunos:
1. Cartilha metodológica seguindo práticas eficientes de estudo (distribuição espaçada, autoaprendizado, revisão ativa, apresentações individuais em modelo acadêmico e critérios rígidos, slides como material planejado previamente, Feynman technique, resolução de questões, aplicação de múltiplos simulados por bimestre, etc.).
2. Abolição completa da propagação de métodos ineficientes de estudo: depreender dezenas de minutos escrevendo material no quadro em horário de aula, estimular alunos a gastar tempo copiando textos do quadro igual sequelados, ponto por caderno, feiras de artes/ciências, trabalhos inúteis de pesquisa, ponto por trabalhos inúteis.
3. Técnicas ineficientes mas que variam conforme a autonomia do aluno (como copiar textos, desenhar para aprender ou ficar usando marca-textos) não haveriam como ser proibidas, mas seriam desestimuladas através de argumentos científicos e seriam removidas da metodologia docente.
4. Os pontos seriam decididos INTEGRALMENTE através de uma média ponderada baseada em três processos seletivos (teste, prova e simulado) por bimestre, e a média seria aumentada para 7. Todos os simulados conteriam o conteúdo anual, não apenas o do bimestre em questão.
Com isso, o primeiro passo seria feito: a escola estimulando o 'Study smart, not harder' é o primeiro passo. Nada melhor para criar alunos inteligentes do que criar alunos que estudam de maneira eficiente.
Depois, o que seria preciso seria eliminar essa mentalidade sequelada do servidor público que trabalha igual um macaco e falta frequentemente já sabendo que o salário vai pingar no final do mês de qualquer forma. Isso poderia ser resolvido ora através de uma consolidação de um poder público mais honesto (o que é impossível pra esse país de merda, mas dentro da minha suposição é o cenário ideal) ou parcerias público-privadas.
Ainda existiriam outras estruturas que poderiam ser adicionadas, como um manejo mais inteligente dos conteúdos cobrados no E.M, adoção de matérias que trabalham mais essa parte lógica, aprendizado voltado pra tecnologia, etc.
Porém, de modo geral, o arroz com feijão seria isso.