Gosto de pensar que são alguns motivos. Dragon Ball é uma história em que você se diverte escrevendo, primeiro de tudo. Toriyama, com seu estilo de colocar a sua narrativa, a fluidez em que ele nos trouxe o desenrolar das histórias, a construção das sagas, os combates dinâmicos e pirotécnicos, a forma em que ele nos apresentou, de maneira eclética e diversificada os antagonistas da série - ora, até hoje, mesmo considerando o trabalho de seu sucessor, Toyotaro, muitos se perguntam qual foi o melhor adversário/vilão dentro da obra -, o choque tecnológico/cultural dentro do título (você consegue transitar em cenários que são impostas cidades extremamente tecnológicas, enquanto se distingue, por outro lado, cidades mais humildes e até mesmo âmbitos rurais, no qual o trabalho em terra ainda é muito presente, vide o núcleo de Son Goku e sua família).
Temos, também, um vasto leque de raças não só no universo sete, mas no planeta Terra, com humanos puros, seres mestiços - humanos com animais. Grandes cientistas, pioneiros na modificação biológica, como é o caso da RB e Doutor Gero com seus androides. Componentes geográficos que nos trazem desde animais domésticos à dinossauros, conceitos de linhas temporais distintas, incluindo viagens no tempo, vida inteligente extraterrestre, conceitos históricos e sociológicos que nos trazem reflexões como colonização, escravidão e imperialismo estelar; hoje, não obstante, introduzido no título sucessor, incluímos concepções multiversais, viagens interuniversais, hierarquia cósmica e afins.
Acima de tudo, no entanto, um grande apego à obra escrita e desenhada por Akira Toriyama, um grande influenciador não só no oriente, mas no ocidente. O mestre conseguiu não apenas produzir uma história gigantesca dentro do meio, que gerou frutos dentro do meio artístico profissional, mas contagiou, principalmente, os entusiastas através da mágica presente em sua mente e na ponta de sua caneta - tanto na escrita quanto em arte.