Mãos Negras

Mãos Negras [Tópico definitivo] +16  70665210

Noite do primeiro dia de carnaval:

Uma mulher estava bem-humoradamente se arrumando para o carnaval de sua cidade localizada no estado do Rio de Janeiro. Apesar da festa que ocorria em vários lugares da cidade,  era uma noite relativamente tranquila naquela rua, algumas casas estavam vazias e os vizinhos haviam saído para o grande feriado que durará quatro dias.  

A mulher estava se fantasiando de fada até que ela ouve a porta da frente abrir, o seu filho que havia terminado de se fantasiar antes havia voltado para casa.

Ela se aproxima da criança.

“Oi filho. A mamãe tá quase terminando de se arrumar” Disse Ela.

A mulher percebe algo estranho na criança, ela não demonstrava nenhuma emoção. Ela havia notado mais um detalhe também, as mãos da criança estavam pintadas de preto.

“Por que suas mãos estão pretas ?” Perguntou Ela.

Em seguida, a criança esfaqueou o pescoço da própria mãe, ela cai no chão perdendo muito sangue mas antes que sequer processar a informação a criança a esfaqueia mais vezes, até garantir que ela esteja morta.

Sem perder tempo, a criança sai da casa e perambula pelas ruas.

Por quatro dias, a criança perambulou pelas ruas da cidade, a polícia só conseguiu achá-la no final do último dia do carnaval, ela ainda estava com o sangue da mãe em sua roupa.
   
Vários anos depois:

Um homem na casa dos seus 20 anos estava se olhando no espelho buscando possíveis falhas na sua imagem.

Esse homem era Raimundo Gomez Lopez, Também conhecido por seu nome artístico “Razz”. Razz era um youtuber famoso de um canal de 16 milhões de inscritos chamado "historianado" e era uma celebridade na cidade.

Razz sai do banheiro, ele estava num quarto de hotel e dividia ele com outro homem que estava lendo um livro.

“Quanto tempo até o outro cara chegar ? O as gravações começam hoje a noite” Perguntou Razz.

Nesse momento uma pessoa bate na porta, era o homem que eles estavam esperando.

“Olá, sou Cássius, o teólogo e…” Se apresentou Cássius.

“Espere um pouco, você não é aquele youtuber sensacionalista ? Contrataram um youtuber para o documentário ?!” Disse Cássius chocado.

“Não ligue para o “garoto smart”, ele só tá aí para ser o apresentador e o carisma do documentário. A propósito, sou Cleiton Euclides, vou cuidar das abordagens e explicações científicas para o ”caso Taciel”” Disse Cleiton.

“”Taciel Eustáquio” até hoje acho difícil de acreditar que ele matou a mãe sendo tão novo” Comentou Cleiton.

“O “caso Taciel” realmente tem algo que me atrai, diferente de você, eu realmente vou levar o meu trabalho a sério nesse documentário” Comentou Cássius.

“Vai ser difícil de levar a sério quando todo o documentário é fabricado e falso” Retrucou Razz.

Cássius se incomoda, mas prefere não discutir.

Razz, Cleiton e Cássius foram contratados pela prefeitura da cidade para forjar um documentário sobre Taciel Eustáquio, o objetivo era realizar o documentário no recém esvaziado hospital psiquiátrico onde o jovem ficou por vários anos na tentativa de criar um ponto turístico e aumentar a popularidade da cidade com o caso que chocou todo o mundo.

Os três fazem uma rápida refeição e partem para o hospital psiquiátrico num carro dirigido por Cleiton.

“E quanto ao resto da equipe de produção ?” Perguntou Cássius curioso.

“Foram para lá algumas horas mais cedo, infelizmente tivemos alguns atrasos e só conseguiram esvaziar o hospital hoje de manhã” Explicou Cleiton.

Nesse momento, Razz, que estava mexendo no celular, encontra uma notícia que o chama a atenção.

“É pessoal… sabe o ônibus que estava transportando os lunáticos ?” Perguntou Razz.

“O que tem ele ?” Perguntou Cleiton.

“Ele capotou, acabaram de achar os corpos mortos” Avisou Razz.

A notícia chega a entristecer um pouco a Cássius.

“Olhem pelo lado bom, isso vai dar mais corda para a narrativa do hospital estar assombrado” Comentou Razz.

“E de bônus finalmente nos livramos daquele Taciel” Comentou Razz.

Eles chegam a locação, o antigo hospital psiquiátrico afastado da cidade, como ele havia acabado de ser esvaziado estava bastante funcional. Eram exatamente 20:00.

Ao chegar o trio vê os veículos da produção do documentário, mas todos estavam vazios e um silêncio inquietante reinava no lugar.

“Onde é que está todo mundo ?” Perguntou Cássius.

“Devem estar dentro do hospital arrumando as coisas, vamos entrar” Respondeu Razz.

O trio entra e encontra algumas caixas, mas ninguém da equipe de produção.

“Devem ter ido gravar em algum lugar do hospital do hospital” Comentou Razz.

"E então, Razz. Conhece esse pessoal da produção ?" Perguntou Cássius.

"Claro, eles são muito gente boa e competentes, minha namorada até trabalha com eles. Ela insistiu que todo mundo visse mais cedo" Respondeu Razz.

"Sua namorada preferiu ir com o pessoal do trabalho dela pra cá ao invés de ficar com você ?" Questionou Cássius.

"Ele botou chifres nela" Disse Cleiton, soltando alguns risos em seguida.
   
"Eu ainda vou recompensar ela" Respondeu Razz.

Sem muito o que fazer, eles começam a andar pelo prédio.

“E então, alguém aí sabe exatamente sobre esse tal Caso Taciel ? Eu sempre ouvi falar de forma superficial, será que ele tinha um pai ?l” Perguntou Razz tentando puxar assunto.

“Existem muitos boatos sobre a antiga vida do Taciel, alguns dizem que ele sempre foi um filho de uma mãe solteira, outros dizem que ele tinha um pai mas que ele fugiu após ver a mãe do Taciel morta” Respondeu Cleiton.

“Então ele não tinha ninguém ?” Perguntou Razz.

“Havia uma senhora que raramente visitava ele. Ela não parecia ser tia dele” Respondeu  

Nesse momento eles chegam no quarto onde ficava Taciel.

“E é aqui onde ele ficava” Disse Cássius.

Eles entram no quarto por curiosidade e percebem que estava com vários desenhos nas paredes.

“É, ele gostava muito de desenhar, maluquinho” Comentou Razz.

“Não se deixe levar, Taciel estava em um estado catatônico quando o encontraram, mas sempre tinha alguns atos “inconscientes” como um instinto mesmo quando não era provocado” Explicou Cleiton.

“Meu diagnóstico é que seja um distúrbio de dupla personalidade, ou esquizofrenia, ou talvez… ele só seja psicopata mesmo, apenas fingindo ser inofensivo para matar quem se aproxima” Disse Cleiton.

“Isso não é loucura, Taciel é simplesmente a encarnação da maldade. Quando ele marca uma pessoa, essa pessoa morre” Disse Cássius.

“É mesmo, é ? e qual seria a explicação teológica para Taciel ? Ele é o anticristo ?” Perguntou Razz.

“Não estou dizendo que ele é o anticristo, mas as ações dele podem ter uma origem sobrenatural. Já mandamos investigar um pouco sobre a mãe dele” Respondeu Cássius.  

Razz percebe uma barra ligeiramente torta na parede.

“Para um doente mental, ele parecia cuidar bem do corpo” Comentou Razz.

“Essa não é a única mania dele…Taciel também pintava as mãos e os pés de preto sempre que podia” Comentou Cleiton.

“É, realmente uma pena o médico que tratou o caso dele não ter vindo, ele daria uma boa luz nessas explicações e uma boa credibilidade no documentário” Comentou Razz.

Ele se apoia na parede, ele reflete um pouco enquanto faz umas pequenas batidas mas inesperadamente uma parte do reboco da parede cai no chão, estragando alguns desenhos de Taciel e gerando muita poeira.

“Que droga, Lopez!” Comentou Cássius.

“Ops” Comentou Razz.

Nesse momento ele ouve um barulho e olha para a janela, mas tudo o que ele vê é um galho batendo batendo no vidro. Razz infere que todo o vento e a poeira do reboco caindo fez o galho balançar.

Após isso o trio sai do quarto e vai direto para o refeitório. Ele também estava deserto.

Cleiton começa a gritar chamando alguém mas apenas o silêncio responde.

“Ah, já entendi, toda a equipe deve estar pregando uma peça na gente. Já aconteceu isso algumas vezes com a outra equipe que me ajuda nos vídeos” Disse Razz convencido.

“Podem anotar, eles vão aparecer a qualquer momento” Comentou Razz.

“Esse refeitório fica bem desconfortável quando está vazio” Comentou Cássius.

“É um espaço liminar, isso é apenas psicológico” Respondeu Cleiton.

“Sabe em algumas pesquisas que eu fiz, eu descobri que o Taciel já foi esfaqueado neste refeitório” Comentou Cássius.

“Foi ?” Perguntou Razz.

“Sim, dizem que mesmo com uma faca cravada nele, ele partiu para cima do sujeito e parou quando ele já estava morto” Respondeu Cássius.

Razz fica desconfortável ao ouvir essa história.

“Grande coisa. Taciel também não reagia muito nos exames” Respondeu Cleiton não muito impressionado.

O teólogo vira a cabeça entediando e acaba vendo um vulto passar rápido por um dos corredores, o que o assusta tanto que o faz levantar.

“Eu vi alguém” Disse Cássius alerta.

“Sério ?” Perguntou Cleiton.

“Legal, deve ser apenas um engraçadinho da produção” Comentou Razz.  

Nesse momento eles ouvem passos de alguém correndo, seguidos por uma espécie de gemido vindo do andar de cima.

Rapidamente o trio corre para o 2º andar da construção mas não encontra ninguém. Razz olha por uma das janelas e percebe que o portão havia sido fechado.

“Já estou começando a ficar de saco cheio dessa gente, já são quase 21:00” Comentou Razz irritado.

Cleiton virando um dos corredores e encontra algo no chão de numa escadaria.

“Pessoal, chega aqui” Disse Cleiton.

Ele e Razz descem até o intermediário do lance de escada e se aproximam para o objeto estranho.

“Isso é … cabelo ?” Perguntou Razz.

Era um tufo de cabelo que parecia ter sido arrancado.

Antes que os dois pudessem pensar numa explicação para isso, Cássius cai da escada até onde eles estão.

“Aí, alguém me empurrou, eu tenho certeza que alguém me empurrou!” Disse Cássius.

Razz o ajuda a se levantar.

“Agora já chega, vamos embora. Que o produtor e a equipe dele se virem!” Reclamou Razz.

“Lopez, já pensou na possibilidade de talvez não ser a equipe de produção que está fazendo isso ?” Perguntou Cássius.

“Se não são eles, vai ser quem ? Taciel está morto, e eu nem sei o porquê que ele voltaria para cá” Questionou Razz.

“Não vai me dizer que acha que esse lugar tá assombrado ?” Perguntou Razz.

“Várias pessoas em agonia morreram aqui, seja pelas mãos do Taciel ou dos próprios médicos. Tem muita energia negativa neste lugar” Disse Cássius.

“Que seja, vamos dar o fora daqui” Disse Cleiton.

Ele sobe a escada para ver o mapa mas ao encontrá-lo ele vê que o mapa está todo riscado com tinta preta.

“Mas que palhaçada é essa ?!” Comentou Cleiton indignado.

"O mapa na parede já estava assim ?" Perguntou Cleiton.

"Eu não sei, a gente passou correndo, provavelmente já tava assim antes" Disse Razz.  

“Alguém aí lembra o caminho de cabeça ?” Perguntou Cássius.

O trio ainda lembrava do caminho até o refeitório no andar de baixo, mas eles já não andavam mais com tranquilidade pelos corredores do hospital, e sim com com desconfiança e incómodo, se sentindo observados ali.

No meio do caminho a luz é cortada abruptamente, o que os assusta um pouco.

“Qual é!” Reclamou Razz.

“Alguém deve ter desligado os disjuntores” Comentou Cleiton.

O trio continua o seu caminho até que eles chegam numa espécie de auditório. Razz começa a gritar de raiva ao ver onde chegou.

“Eu jurava que o refeitório ficava nessa direção” Disse Razz.

“Estamos perdidos” Disse Cássius.

“Quer saber, pra mim que se dane tudo isso, vou quebrar uma janela desse andar e sair assim” Disse Razz.

“Peraí ?! Você vai vandalizar o lugar assim ?” Perguntou Cássius surpreso.

“Sim eu vou” Disse Razz se aproximando de uma parede.
   
“Já estou cansado, desse lugar!” Gritou Razz enquanto dava algumas batidas na parede.

Nesse momento o teto cede, assustando a todos e um corpo cai no chão.    

Cleiton se aproxima para ver o corpo.

“Esse era um dos seguranças” Cleiton reconheceu a pessoa morta à sua frente.

Eles olham para cima e veem diversos cadáveres pendurados no teto, era a equipe de produção, todos estavam sujo de tinta preta em alguma parte do corpo. O trio simplesmente não sabe o que dizer diante de tal visão. Antes que eles pudessem pensar no que fazer eles ouvem passos, alguém estava vindo correndo de outra sala.  

Razz, Cleiton e Cássius rapidamente se escondem debaixo das cadeiras. Eles não conseguiam ver quase nada devido a escuridão mas ouvem a porta abrindo e alguns passos lentos. Eles também ouvem uma respiração que mais parecia uma fera bufando de raiva.

Seja o que for aquela figura, ela acaba largando o corpo de uma mulher na frente de Cleiton, ele reconhece ela como a engenheira de som.

O trio ouve os passos ficando mais baixos até que eventualmente não conseguem mais ser ouvidos. Após isso eles saem de seus esconderijos e começam a cochichar fazendo o mínimo de barulho possível.

“Que merda era aquela ?” Perguntou Cleiton.

“Não é óbvio ? O Taciel” Respondeu Cássius.

“Impossível, por que ele voltaria para cá ? Se ele sobreviveu aquele ônibus deveria estar livre” Respondeu Cleiton.

Enquanto eles discutiam, Razz começa a revistar o corpo do segurança e da engenheira de som procurando qualquer coisa.

“Não tem nada aqui. Taciel deve ter colocado os pertences deles em outro lugar” Comentou Razz.

“Pessoal…” Disse Cleiton chamando a atenção dos outros dois.

Eles percebem uma mão negra saindo da sombra de uma das saídas daquele auditório. Alguém estava escondido ali.

Aquele era o Taciel ?

O trio não se importa e simplesmente começa a correr, eles sequer olharam para trás para averiguar o rosto daquela figura. O assassino sem perder tempo o persegue assim que os vê correndo.  

O trio corre desesperado por vários corredores o máximo que pode no escuro mas acaba se separando com Cássius ficando para trás. Razz e Cleiton se escondem em um quarto debaixo da cama e fecham a porta.

“Pessoal!” Gritou Cássius.
 
Tudo o que eles ouvem são os gritos de Cássius, implorando por ajuda, Os gritos vão progressivamente mudando para gritos de dor ao mesmo tempo em que o som de uma barra de metal é ouvida batendo em algo, o som da barra batendo fica mais forte a medida em que os gritos de Cássius diminuem, seguido por um silêncio absoluto depois.  

Razz e Cleiton olham um para o outro, rezando em silêncio e não fazendo nenhum barulho para não serem ouvidos e passos, cujos os sons eram decrescentes, foram ouvidos.

“Temos que sair daqui” Sussurrou Razz.

“Como ? Ele trancou o portão” Perguntou Cleiton.

“Podemos tentar uma das janelas, as da área leste parecem dar para fora da cerca. As janelas desse segundo andar não parecem ter grades ” Respondeu Razz.

“É uma queda e tanto, quase nove metros” Respondeu Cleiton.

“Qual o seu plano então, Homem da ciência ?” Perguntou Razz.

“Ele desligou a energia antes de levar aquele corpo para o auditório. Então talvez tenha levado os pertences de todos para algum lugar antes de colocá-los no teto” Explicou Cleiton.

“Podemos tentar pegar a arma dos seguranças” Sugeriu Cleiton.

“Que seja, eu só quero sair daqui” Respondeu Razz.

Para aumentar as suas chances, eles quebram e tiram barras de metal da cama para melhorarem suas chances num eventual encontro com Taciel.

A dupla sai do quarto ainda sem nenhum senso de direção.

“Como é que a gente se guia sem os mapas ?” Perguntou Razz.

Cleiton vai até uma janela e olha para o céu.

“Vamos ver, a Lua nasce do leste e se põe no oeste” Explicou Cleiton enquanto estica o braço apontando para a lua e estica o outro braço para o outro lado.

Com isso, eles conseguem se guiar um pouco melhor no hospital.

Passado algum tempo, eles chegam numa escada para o andar de baixo, Razz começa a descer mas ao ver uma porta abrindo no andar de baixo ele rapidamente retrocede. Ele ouve a porta fechando e seguido de alguns passos, felizmente os passos indicavam que a pessoa não estava indo na direção deles.  

A dupla aproveita para descer as escadas e ir até a porta de onde Taciel saiu. Aquela porta dava num pequeno almoxarifado do 1º andar. O almoxarifado era ainda mais escuro, mas o medo da iminente volta de Taciel era forte o bastante para fazer a dupla não se importar e começar a procurar as coisas se guiando pela luz do celular.

Cleiton acaba esbarrando num pequeno monte e chama Razz.

"Cuida da porta, eu procuro as coisas" Disse Cleiton.

Ele começa a mexer,  e acha alguns celulares e carteiras.

“Não precisamos disso, temos que achar as coisas dos seguranças “ Pensou Cleiton.

Felizmente Ele encontra as chaves e uma arma de um dos seguranças, não podendo evitar de sorrir com a pequena chance de revidar.

“Finalmente…” Sussurrou Razz.

O silêncio é abruptamente quebrado pelo som da porta quebrando e um braço passando por ela, o assassino enforca a Razz que estava do outro lado.

"Vai acerta ele!" Gritou Razz.

Cleiton atira e acerta dois tiros não da pessoa que enforcava Razz. o youtuber começa se esforça e consegue se soltar, chegando a arrancar dois dedos do assassino no processo. Em seguida Cleiton atira mais uma vez, o tiro passa pelo buraco da porta e acerta o alvo mas ele ainda não para e começa a bater na porta.  

"Vamos sair daqui!" Gritou Cleiton enquanto quebrava o basculante com uma coronhada.
 
Eles atravessam no momento em que a porta é aberta e correm direto pra saída, Cleiton liga o carro enquanto que Razz abre o portão e ambos saem na velocidade máxima dali.

Já dentro, eles tinham mais tempo e segurança pensar na situação.

“Por que não atirou mais nele ?” Questionou Razz.

“Acabou a munição” Respondeu Cleiton.

“Aquele cara pareceu não sentir dor, tivemos muita sorte…” Disse Razz.

Pouco tempo depois:

Razz estava em sua casa até que ouve um barulho no lado de fora. Ele vai ver pelo olho mágico na porta mas apenas via escuridão.

"Amanhã eu troco isso" Pensou Razz.

Com tudo preparado, ele deita em sua cama esperando dormir mas de repente ele começa a ouvir algo e olha para um canto escuro do quarto, daquele canto começam a sair alguns barulhos, entre eles uma respiração ofegante. Mãos negras saem da escuridão e em seguida uma figura avança até Razz.  

Razz acorda e se vê na delegacia, com um copo d'água ao seu lado. Cleiton passa por ele o chamando.

"Vai lá, é sua vez de explicar o que aconteceu" Disse Cleiton.

Foi difícil, mas a dupla conseguiu sair do hospício, eles podem tentar seguir em frente, podem tentar esquecer o que passaram mas não vão esquecer do sentimento de medo e do temor de sempre olharem para uma sombra e imaginar dela saindo mãos negras para pegá-los.  

Fim ?






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