Olá, pessoal. Estou aqui para compartilhar história e evolução do Batman. Se estiver errado ou se parecer preguiça, peço desculpas. Apenas desejo ver mais tópicos na área das HQs.
Batman, o protetor de Gotham City, é muito mais do que apenas um super-herói. Ao longo de suas mais de oito décadas de histórias, ele se tornou um símbolo de perseverança e justiça, uma personificação da luta contra as sombras interiores e exteriores que ameaçam a sociedade. Criado em 1939 por Bob Kane e co-criado por Bill Finger, Batman fez sua estreia em Detective Comics #27, e desde então, tem evoluído, adaptando-se às mudanças culturais, sociais e artísticas, sempre mantendo uma profunda conexão emocional com os fãs.
Bob Kane era creditado como o criador oficial do Batman, inspirado em um esboço de Leonardo Da Vinci, em heróis pulps como Zorro e O Sombra e o filme The Bat. Porém, é amplamente aceito que o escritor Bill Finger foi decisivo na formação de pontos-chave do herói, como a capa, o capuz, os personagens coadjuvantes, a Batcaverna, o Batmóvel, as roupas negras, o nome civil "Bruce Wayne", o nome e a temática sombria de Gotham e a maioria dos equipamentos que consagraram o Batman, evoluindo-o de um mascarado estereotipado para um dos super-heróis mais lucrativos de todos os tempos.
Ao contrário de muitos heróis, ele não possui superpoderes. Batman é um ser humano extraordinariamente treinado, cuja mente afiada e vasto arsenal tecnológico são suas maiores armas. Sua motivação vem da tragédia pessoal de perder seus pais para a violência criminosa quando criança, o que o leva a um caminho de vingança e, mais importante, de justiça.
A origem de Batman é uma das mais reconhecidas em todo o universo das histórias em quadrinhos. Bruce Wayne, herdeiro da fortuna da família Wayne e um dos mais ricos cidadãos de Gotham City, testemunhou o assassinato de seus pais, Thomas e Martha Wayne, ainda criança. Eles foram brutalmente assassinados em um beco após saírem de uma sessão de cinema, vítimas de um criminoso comum chamado Joe Chill. Esse evento devastador mudou o curso de sua vida para sempre.
Esse trauma não apenas definiu Bruce Wayne, mas também moldou a filosofia central do Batman. Ele jurou que ninguém mais sofreria o mesmo destino que ele. Sua promessa o levou a uma jornada ao redor do mundo, onde ele passou anos aprendendo diversas disciplinas: artes marciais, criminologia, psicologia, ciência forense, disfarces e mais. Bruce Wayne treinou com mestres lendários em combate, detetives renomados e mentes científicas brilhantes, tornando-se a máxima expressão do ser humano que pode atingir o auge físico e mental.
Quando voltou a Gotham, Bruce decidiu se transformar em algo mais do que apenas um homem — ele precisava se tornar um símbolo. Inspirado por um morcego que entrou em sua mansão, Bruce adotou a imagem da criatura noturna, projetando medo nos corações dos criminosos. A partir disso, nasce o Batman, o Cavaleiro das Trevas.
Era de Ouro (1939-1956)
A estreia de Batman na Era de Ouro trouxe um personagem mais sombrio e brutal, muito diferente do que veríamos nas décadas seguintes. Suas histórias eram mais violentas, muitas vezes envolvendo o uso de armas de fogo, e Batman não hesitava em matar se necessário. Ele era representado como um vigilante solitário, operando à margem da lei para garantir que a justiça fosse feita.
No entanto, à medida que o personagem crescia em popularidade, ele começou a adotar uma moralidade mais estrita, incluindo o código de não matar, estabelecendo uma regra crucial para sua evolução como herói. Em Detective Comics #38 (1940), o personagem de Dick Grayson foi introduzido como o primeiro Robin, trazendo uma nova dinâmica às histórias. Robin não só suavizou o tom mais sombrio de Batman, mas também adicionou uma relação paternal, com Bruce Wayne treinando Grayson após ele passar por uma tragédia semelhante à sua.
Durante essa época, os principais vilões do Batman começaram a surgir. O Coringa, um dos antagonistas mais icônicos da cultura pop, estreou em 1940. Assim como a Mulher-Gato (Selina Kyle), cuja relação de amor e ódio com o Batman criaria uma das dinâmicas mais complexas e fascinantes dos quadrinhos.
Era de Prata (1956-1970)
Nos anos 50 e 60, as histórias de Batman foram influenciadas por mudanças culturais e pela censura que afetava a indústria dos quadrinhos. O advento do Comics Code Authority em 1954 limitou temas violentos e assustadores nas HQs, forçando as editoras a suavizarem suas tramas.
Nessa era, o Batman se envolveu em aventuras muito mais fantásticas e, às vezes, bizarras. Ele viajava para o espaço, combatia alienígenas e, ocasionalmente, encontrava versões alternativas de si mesmo, como o Bat-Mirim (um ser mágico que idolatrava Batman) e até mesmo animais parceiros, como o Bat-Cão! Os vilões também passaram por transformações mais caricatas, refletindo o tom mais leve das histórias.
Um marco importante foi a série de TV de Batman (1966-1968), estrelada por Adam West, que adotou um tom completamente cômico e camp. Embora essa interpretação fosse muito diferente do Batman sombrio e sério dos quadrinhos, ela se tornou extremamente popular, consolidando o personagem como um ícone da cultura pop.
Era de Bronze (1970-1985)
Nos anos 70, escritores como Dennis O'Neil e o artista Neal Adams buscaram distanciar o Batman da visão campy que dominava as HQs e a televisão. Eles trouxeram Batman de volta às suas origens de detetive sombrio, reintroduzindo o tom psicológico e urbano de suas primeiras aventuras. Aqui, surge um dos vilões mais formidáveis de Batman, Ra's al Ghul, um eco-terrorista imortal que oferece a Bruce Wayne a chance de liderar a Liga dos Assassinos e, ao mesmo tempo, serve como uma espécie de espelho moral para o Cavaleiro das Trevas. Ra's e sua filha Talia al Ghul, que eventualmente teria um filho com Bruce (Damian Wayne), adicionaram camadas ao legado do herói.
Durante essa fase, Batman também lida com o trauma psicológico da existência do Coringa, e as histórias exploram mais profundamente como ambos se definem um pelo outro — o caos encarnado contra a ordem personificada.
Era Moderna (1986-Presente)
A Era Moderna do Batman começa com a obra que, para muitos, redefiniu o personagem para sempre: The Dark Knight Returns (1986), de Frank Miller. Esta obra seminal apresentou uma versão mais velha e amarga de Bruce Wayne, que sai da aposentadoria em uma Gotham City futurista e distópica. Essa história foi um divisor de águas, pois trouxe à tona temas como a irrelevância dos super-heróis em um mundo cínico, a brutalidade de seus métodos e as consequências psicológicas de ser Batman.
Logo depois, Frank Miller também reescreveu a origem de Batman com a história Batman: Year One, trazendo uma visão crua e realista do início de carreira do vigilante. Nesse período, os quadrinhos de Batman tornaram-se cada vez mais focados em temas sombrios e psicológicos.
Galeria de Vilões
A galeria de vilões de Batman é vasta e variada, abrangendo desde psicopatas aterrorizantes até gênios do crime e seres sobrenaturais. O mais conhecido é, sem dúvida, o Coringa, o Príncipe Palhaço do Crime, cuja obsessão pelo Batman cria uma das rivalidades mais icônicas da ficção. Ao lado dele, temos:
Duas-Caras (Harvey Dent): Era promotor público de Gotham City até que metade de seu rosto foi desfigurado por ácido após ser agredido pelo chefe da máfia Sal Maroni. Tendo desenvolvido um distúrbio dissociativo de identidade, Dent é obcecado pelo número dois e pelo conceito de dualidade e precisa tomar a maioria de suas decisões jogando sua moeda de duas cabeças característica. Como Duas-Caras, Dent comete crimes que têm como tema o número dois e o conceito de dualidade.
Espantalho (Jonathan Crane): Foi um pária na infância devido ao bullying constante, até que cresceu e enfrentou seus medos como psicólogo e bioquímico especializado em medo. Expulso de uma universidade por seus métodos de ensino pouco ortodoxos, ele agora se veste simbolicamente como um espantalho e emprega uma toxina que faz com que suas vítimas tenham alucinações e vejam o que mais temem.
Charada (Edward Nygma): É um gênio do crime que tem a compulsão de desafiar o Batman, deixando pistas sobre seus crimes na forma de enigmas, quebra-cabeças e jogos de palavras. A inteligência de Nygma rivaliza com a do Batman. Nygma frequentemente carrega consigo uma bengala com ponta de ponto de interrogação, além de muitos outros truques de quebra-cabeça.
Pinguim(Oswald Cobblepot): É um chefe do crime, de baixa estatura e com o tema de um pinguim, que raramente é visto sem pelo menos um de seus guarda-chuvas. O Pinguim tem sua "casa", o Iceberg Lounge, como fachada para suas atividades criminosas.
Hera Venenosa (Pamela Isley): Ex-aluna de bioquímica botânica avançada, utiliza plantas de todas as variedades e seus derivados em seus crimes. Ela tem a capacidade de controlar toda a vida vegetal e pode criar novos capangas com suas sementes mutantes. Ela é imune a todos os venenos à base de plantas.
Mr. Freeze (Victor Fries): É um cientista que acidentalmente derramou produtos químicos criogênicos sobre si mesmo enquanto inventava uma arma de congelamento. Agora, precisando de temperaturas abaixo de zero para sobreviver, ele usa um traje especial de contenção e armamento com tema de frio para cometer crimes. Mais tarde, o personagem foi reinventado como um vilão trágico, especificamente um criogenista brilhante cuja amada esposa Nora ficou com uma doença terminal. Ele procurou obsessivamente uma maneira de curá-la, até que um acidente industrial causado por um executivo ganancioso o transformou em um mutante.
Bane: Ele tem uma força imensa derivada de um superesteroide. O poder bruto de Bane faz dele uma ameaça considerável para o Batman, tendo conseguido uma vez quebrar as costas do Morcego.
Harley Quinn: Era a psiquiatra do Coringa no Asilo Arkham até se apaixonar por ele e, posteriormente, se reinventar como sua companheira louca, Harley Quinn. Ela é frequentemente maltratada pelo Coringa, mas isso raramente muda o que ela sente por ele.
Aliados
Embora frequentemente retratado como um solitário, Batman formou um círculo íntimo de aliados ao longo dos anos:
Alfred Pennyworth: Ele atua como a figura paterna leal de Bruce Wayne e é uma das poucas pessoas que conhecem sua identidade secreta. Alfred criou Bruce após a morte de seus pais e o conhece em um nível muito pessoal. Às vezes, ele é retratado como um ajudante do Batman e o único outro morador da Mansão Wayne além de Bruce.
Lucius Fox: Diretor das Empresas Wayne, ele ajuda Bruce a desenvolver a tecnologia usada em sua guerra contra o crime.
Comissário James Gordon: O aliado mais próximo de Batman dentro da polícia de Gotham, cuja confiança mútua é essencial para manter a cidade à salvo.
Bat-Family: O nome "Bat-Family" é usado para um grupo de personagens estreitamente aliados ao Batman, geralmente vigilantes mascarados que foram treinados pelo Batman ou operam em Gotham City com sua aprovação tácita.
Barbara Gordon, a primeira Batgirl, que se reinventa como Oráculo após ser paralisada pelo Coringa em A Piada Mortal.
Os vários Robins: Dick Grayson (o primeiro Robin, que se torna Asa Noturna), Jason Todd (cuja morte trágica pelas mãos do Coringa leva a profundas consequências emocionais para Bruce), Tim Drake (o terceiro Robin, que provou ser um detetive excepcional), Damian Wayne (filho biológico de Bruce com Talia al Ghul).
Mulher-Gato (Selina Kyle): Um relacionamento amoroso com Batman. Embora não seja considerada um aliado, ela ajudou o Batman e seus aliados em várias missões.
The Dark Knight Returns
O escritor/artista Frank Miller reinventa completamente a lenda do Batman nesta saga de uma Gotham City de um futuro próximo que apodreceu, 10 anos após a aposentadoria do Cavaleiro das Trevas. Forçado a entrar em ação, o Cavaleiro das Trevas retorna em uma explosão de fúria, enfrentando toda uma nova geração de criminosos e igualando seu nível de violência. Ele logo se junta a um novo Robin, uma garota chamada Carrie Kelley, que se mostra tão valiosa quanto seus antecessores.
Batman: Ano Um
Em 1986, Frank Miller e David Mazzucchelli produziram essa reinterpretação inovadora da origem do Batman. Quem ele é e como surgiu. Escrito logo após The Dark Knight Returns, a fábula distópica de Miller sobre os últimos dias do Batman, ANO UM preparou o terreno para uma nova visão de um personagem lendário.
Batman: A Piada Mortal
É a inesquecível meditação de Alan Moore sobre a linha tênue entre sanidade e insanidade, heroísmo e vilania, comédia e tragédia. Coringa livre mais uma vez dos limites do Asilo Arkham, ele quer provar seu ponto de vista perturbado. E, para isso, usará o principal policial de Gotham City, o Comissário Jim Gordon, e sua bela filha Barbara.
Batman: O Longo Dia das Bruxas
Esta história narra a história de um assassino misterioso que mata presas apenas nos feriados. Trabalhando com o promotor público Harvey Dent e o tenente James Gordon, Batman corre contra o relógio enquanto tenta descobrir quem é Holiday antes que ele faça sua próxima vítima a cada mês. Um mistério que faz com que o leitor fique sempre tentando adivinhar a identidade do assassino, essa história também está ligada aos eventos que transformam Harvey Dent no inimigo mortal do Batman, o Duas-Caras.
Espero que gostem e agradeço pela leitura.
Batman, o protetor de Gotham City, é muito mais do que apenas um super-herói. Ao longo de suas mais de oito décadas de histórias, ele se tornou um símbolo de perseverança e justiça, uma personificação da luta contra as sombras interiores e exteriores que ameaçam a sociedade. Criado em 1939 por Bob Kane e co-criado por Bill Finger, Batman fez sua estreia em Detective Comics #27, e desde então, tem evoluído, adaptando-se às mudanças culturais, sociais e artísticas, sempre mantendo uma profunda conexão emocional com os fãs.
Bob Kane era creditado como o criador oficial do Batman, inspirado em um esboço de Leonardo Da Vinci, em heróis pulps como Zorro e O Sombra e o filme The Bat. Porém, é amplamente aceito que o escritor Bill Finger foi decisivo na formação de pontos-chave do herói, como a capa, o capuz, os personagens coadjuvantes, a Batcaverna, o Batmóvel, as roupas negras, o nome civil "Bruce Wayne", o nome e a temática sombria de Gotham e a maioria dos equipamentos que consagraram o Batman, evoluindo-o de um mascarado estereotipado para um dos super-heróis mais lucrativos de todos os tempos.
Ao contrário de muitos heróis, ele não possui superpoderes. Batman é um ser humano extraordinariamente treinado, cuja mente afiada e vasto arsenal tecnológico são suas maiores armas. Sua motivação vem da tragédia pessoal de perder seus pais para a violência criminosa quando criança, o que o leva a um caminho de vingança e, mais importante, de justiça.
A Origem
A origem de Batman é uma das mais reconhecidas em todo o universo das histórias em quadrinhos. Bruce Wayne, herdeiro da fortuna da família Wayne e um dos mais ricos cidadãos de Gotham City, testemunhou o assassinato de seus pais, Thomas e Martha Wayne, ainda criança. Eles foram brutalmente assassinados em um beco após saírem de uma sessão de cinema, vítimas de um criminoso comum chamado Joe Chill. Esse evento devastador mudou o curso de sua vida para sempre.
Esse trauma não apenas definiu Bruce Wayne, mas também moldou a filosofia central do Batman. Ele jurou que ninguém mais sofreria o mesmo destino que ele. Sua promessa o levou a uma jornada ao redor do mundo, onde ele passou anos aprendendo diversas disciplinas: artes marciais, criminologia, psicologia, ciência forense, disfarces e mais. Bruce Wayne treinou com mestres lendários em combate, detetives renomados e mentes científicas brilhantes, tornando-se a máxima expressão do ser humano que pode atingir o auge físico e mental.
Quando voltou a Gotham, Bruce decidiu se transformar em algo mais do que apenas um homem — ele precisava se tornar um símbolo. Inspirado por um morcego que entrou em sua mansão, Bruce adotou a imagem da criatura noturna, projetando medo nos corações dos criminosos. A partir disso, nasce o Batman, o Cavaleiro das Trevas.
A Evolução
Era de Ouro (1939-1956)
A estreia de Batman na Era de Ouro trouxe um personagem mais sombrio e brutal, muito diferente do que veríamos nas décadas seguintes. Suas histórias eram mais violentas, muitas vezes envolvendo o uso de armas de fogo, e Batman não hesitava em matar se necessário. Ele era representado como um vigilante solitário, operando à margem da lei para garantir que a justiça fosse feita.
No entanto, à medida que o personagem crescia em popularidade, ele começou a adotar uma moralidade mais estrita, incluindo o código de não matar, estabelecendo uma regra crucial para sua evolução como herói. Em Detective Comics #38 (1940), o personagem de Dick Grayson foi introduzido como o primeiro Robin, trazendo uma nova dinâmica às histórias. Robin não só suavizou o tom mais sombrio de Batman, mas também adicionou uma relação paternal, com Bruce Wayne treinando Grayson após ele passar por uma tragédia semelhante à sua.
Durante essa época, os principais vilões do Batman começaram a surgir. O Coringa, um dos antagonistas mais icônicos da cultura pop, estreou em 1940. Assim como a Mulher-Gato (Selina Kyle), cuja relação de amor e ódio com o Batman criaria uma das dinâmicas mais complexas e fascinantes dos quadrinhos.
Era de Prata (1956-1970)
Nos anos 50 e 60, as histórias de Batman foram influenciadas por mudanças culturais e pela censura que afetava a indústria dos quadrinhos. O advento do Comics Code Authority em 1954 limitou temas violentos e assustadores nas HQs, forçando as editoras a suavizarem suas tramas.
Nessa era, o Batman se envolveu em aventuras muito mais fantásticas e, às vezes, bizarras. Ele viajava para o espaço, combatia alienígenas e, ocasionalmente, encontrava versões alternativas de si mesmo, como o Bat-Mirim (um ser mágico que idolatrava Batman) e até mesmo animais parceiros, como o Bat-Cão! Os vilões também passaram por transformações mais caricatas, refletindo o tom mais leve das histórias.
Um marco importante foi a série de TV de Batman (1966-1968), estrelada por Adam West, que adotou um tom completamente cômico e camp. Embora essa interpretação fosse muito diferente do Batman sombrio e sério dos quadrinhos, ela se tornou extremamente popular, consolidando o personagem como um ícone da cultura pop.
Era de Bronze (1970-1985)
Nos anos 70, escritores como Dennis O'Neil e o artista Neal Adams buscaram distanciar o Batman da visão campy que dominava as HQs e a televisão. Eles trouxeram Batman de volta às suas origens de detetive sombrio, reintroduzindo o tom psicológico e urbano de suas primeiras aventuras. Aqui, surge um dos vilões mais formidáveis de Batman, Ra's al Ghul, um eco-terrorista imortal que oferece a Bruce Wayne a chance de liderar a Liga dos Assassinos e, ao mesmo tempo, serve como uma espécie de espelho moral para o Cavaleiro das Trevas. Ra's e sua filha Talia al Ghul, que eventualmente teria um filho com Bruce (Damian Wayne), adicionaram camadas ao legado do herói.
Durante essa fase, Batman também lida com o trauma psicológico da existência do Coringa, e as histórias exploram mais profundamente como ambos se definem um pelo outro — o caos encarnado contra a ordem personificada.
Era Moderna (1986-Presente)
A Era Moderna do Batman começa com a obra que, para muitos, redefiniu o personagem para sempre: The Dark Knight Returns (1986), de Frank Miller. Esta obra seminal apresentou uma versão mais velha e amarga de Bruce Wayne, que sai da aposentadoria em uma Gotham City futurista e distópica. Essa história foi um divisor de águas, pois trouxe à tona temas como a irrelevância dos super-heróis em um mundo cínico, a brutalidade de seus métodos e as consequências psicológicas de ser Batman.
Logo depois, Frank Miller também reescreveu a origem de Batman com a história Batman: Year One, trazendo uma visão crua e realista do início de carreira do vigilante. Nesse período, os quadrinhos de Batman tornaram-se cada vez mais focados em temas sombrios e psicológicos.
Vilões e Aliados
Galeria de Vilões
A galeria de vilões de Batman é vasta e variada, abrangendo desde psicopatas aterrorizantes até gênios do crime e seres sobrenaturais. O mais conhecido é, sem dúvida, o Coringa, o Príncipe Palhaço do Crime, cuja obsessão pelo Batman cria uma das rivalidades mais icônicas da ficção. Ao lado dele, temos:
Duas-Caras (Harvey Dent): Era promotor público de Gotham City até que metade de seu rosto foi desfigurado por ácido após ser agredido pelo chefe da máfia Sal Maroni. Tendo desenvolvido um distúrbio dissociativo de identidade, Dent é obcecado pelo número dois e pelo conceito de dualidade e precisa tomar a maioria de suas decisões jogando sua moeda de duas cabeças característica. Como Duas-Caras, Dent comete crimes que têm como tema o número dois e o conceito de dualidade.
Espantalho (Jonathan Crane): Foi um pária na infância devido ao bullying constante, até que cresceu e enfrentou seus medos como psicólogo e bioquímico especializado em medo. Expulso de uma universidade por seus métodos de ensino pouco ortodoxos, ele agora se veste simbolicamente como um espantalho e emprega uma toxina que faz com que suas vítimas tenham alucinações e vejam o que mais temem.
Charada (Edward Nygma): É um gênio do crime que tem a compulsão de desafiar o Batman, deixando pistas sobre seus crimes na forma de enigmas, quebra-cabeças e jogos de palavras. A inteligência de Nygma rivaliza com a do Batman. Nygma frequentemente carrega consigo uma bengala com ponta de ponto de interrogação, além de muitos outros truques de quebra-cabeça.
Pinguim(Oswald Cobblepot): É um chefe do crime, de baixa estatura e com o tema de um pinguim, que raramente é visto sem pelo menos um de seus guarda-chuvas. O Pinguim tem sua "casa", o Iceberg Lounge, como fachada para suas atividades criminosas.
Hera Venenosa (Pamela Isley): Ex-aluna de bioquímica botânica avançada, utiliza plantas de todas as variedades e seus derivados em seus crimes. Ela tem a capacidade de controlar toda a vida vegetal e pode criar novos capangas com suas sementes mutantes. Ela é imune a todos os venenos à base de plantas.
Mr. Freeze (Victor Fries): É um cientista que acidentalmente derramou produtos químicos criogênicos sobre si mesmo enquanto inventava uma arma de congelamento. Agora, precisando de temperaturas abaixo de zero para sobreviver, ele usa um traje especial de contenção e armamento com tema de frio para cometer crimes. Mais tarde, o personagem foi reinventado como um vilão trágico, especificamente um criogenista brilhante cuja amada esposa Nora ficou com uma doença terminal. Ele procurou obsessivamente uma maneira de curá-la, até que um acidente industrial causado por um executivo ganancioso o transformou em um mutante.
Bane: Ele tem uma força imensa derivada de um superesteroide. O poder bruto de Bane faz dele uma ameaça considerável para o Batman, tendo conseguido uma vez quebrar as costas do Morcego.
Harley Quinn: Era a psiquiatra do Coringa no Asilo Arkham até se apaixonar por ele e, posteriormente, se reinventar como sua companheira louca, Harley Quinn. Ela é frequentemente maltratada pelo Coringa, mas isso raramente muda o que ela sente por ele.
Aliados
Embora frequentemente retratado como um solitário, Batman formou um círculo íntimo de aliados ao longo dos anos:
Alfred Pennyworth: Ele atua como a figura paterna leal de Bruce Wayne e é uma das poucas pessoas que conhecem sua identidade secreta. Alfred criou Bruce após a morte de seus pais e o conhece em um nível muito pessoal. Às vezes, ele é retratado como um ajudante do Batman e o único outro morador da Mansão Wayne além de Bruce.
Lucius Fox: Diretor das Empresas Wayne, ele ajuda Bruce a desenvolver a tecnologia usada em sua guerra contra o crime.
Comissário James Gordon: O aliado mais próximo de Batman dentro da polícia de Gotham, cuja confiança mútua é essencial para manter a cidade à salvo.
Bat-Family: O nome "Bat-Family" é usado para um grupo de personagens estreitamente aliados ao Batman, geralmente vigilantes mascarados que foram treinados pelo Batman ou operam em Gotham City com sua aprovação tácita.
Barbara Gordon, a primeira Batgirl, que se reinventa como Oráculo após ser paralisada pelo Coringa em A Piada Mortal.
Os vários Robins: Dick Grayson (o primeiro Robin, que se torna Asa Noturna), Jason Todd (cuja morte trágica pelas mãos do Coringa leva a profundas consequências emocionais para Bruce), Tim Drake (o terceiro Robin, que provou ser um detetive excepcional), Damian Wayne (filho biológico de Bruce com Talia al Ghul).
Mulher-Gato (Selina Kyle): Um relacionamento amoroso com Batman. Embora não seja considerada um aliado, ela ajudou o Batman e seus aliados em várias missões.
Vale a pena ler
The Dark Knight Returns
O escritor/artista Frank Miller reinventa completamente a lenda do Batman nesta saga de uma Gotham City de um futuro próximo que apodreceu, 10 anos após a aposentadoria do Cavaleiro das Trevas. Forçado a entrar em ação, o Cavaleiro das Trevas retorna em uma explosão de fúria, enfrentando toda uma nova geração de criminosos e igualando seu nível de violência. Ele logo se junta a um novo Robin, uma garota chamada Carrie Kelley, que se mostra tão valiosa quanto seus antecessores.
Batman: Ano Um
Em 1986, Frank Miller e David Mazzucchelli produziram essa reinterpretação inovadora da origem do Batman. Quem ele é e como surgiu. Escrito logo após The Dark Knight Returns, a fábula distópica de Miller sobre os últimos dias do Batman, ANO UM preparou o terreno para uma nova visão de um personagem lendário.
Batman: A Piada Mortal
É a inesquecível meditação de Alan Moore sobre a linha tênue entre sanidade e insanidade, heroísmo e vilania, comédia e tragédia. Coringa livre mais uma vez dos limites do Asilo Arkham, ele quer provar seu ponto de vista perturbado. E, para isso, usará o principal policial de Gotham City, o Comissário Jim Gordon, e sua bela filha Barbara.
Batman: O Longo Dia das Bruxas
Esta história narra a história de um assassino misterioso que mata presas apenas nos feriados. Trabalhando com o promotor público Harvey Dent e o tenente James Gordon, Batman corre contra o relógio enquanto tenta descobrir quem é Holiday antes que ele faça sua próxima vítima a cada mês. Um mistério que faz com que o leitor fique sempre tentando adivinhar a identidade do assassino, essa história também está ligada aos eventos que transformam Harvey Dent no inimigo mortal do Batman, o Duas-Caras.
Espero que gostem e agradeço pela leitura.