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A Oficina de Brinquedos no País do Vento é uma construção única, localizada no coração de uma pequena vila no deserto, próxima às imponentes dunas que moldam a paisagem árida da região. O edifício, construído em pedra arenosa e madeira desgastada, se destaca pelas suas paredes cobertas por pinturas e gravuras detalhadas, representando marionetes antigas e histórias folclóricas locais. Pequenas janelas, adornadas com molduras de ferro, deixam entrar feixes de luz que iluminam o interior da oficina, criando um ambiente acolhedor e intrigante. Ao entrar, o aroma de madeira recém-trabalhada e óleo de máquinas antigas domina o ar, misturado ao som suave de engrenagens e ferramentas em funcionamento. O local é dividido em várias seções, cada uma dedicada a diferentes tipos de brinquedos e marionetes. O local parece especializado em criação de brinquedos para meninas.

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Oficina de Brinquedos
Por volta das 9 horas.

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Yashin e Kuroi despertaram de repente, suas mentes ainda confusas e pesadas. O ambiente ao redor era estranho, envolto numa penumbra de prateleiras antigas cheias de bonecos e brinquedos. O ar cheirava a poeira e madeira envelhecida. Mas algo estava errado. Ao tentar se mover, eles perceberam, com um choque, que seus corpos não eram mais os mesmos — estavam presos dentro de corpos de bonecos. Pequenos, frágeis, com articulações rígidas, cada gesto era uma luta contra a limitação de suas formas inanimadas.

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A penumbra dançava ao redor da figura, criando sombras tortuosas que pareciam ganhar vida própria. Uma garota emergiu da escuridão, os cabelos azuis longos e ondulantes se misturando ao ambiente lúgubre. Seus olhos, profundos e enigmáticos, reluziam com uma curiosidade gélida, mas havia algo de sinistro em sua inocência aparente, algo que pairava na fronteira entre o pueril e o sádico. Ela se manteve em silêncio por um instante, como se o simples ato de respirar naquela atmosfera opressiva fosse um insulto à quietude.

Esses bonecos... Tenho impressão que se mexeram... Hmmm... Bizarro... — sussurrou com uma tranquilidade quase perturbadora, mas logo sua voz explodiu no ar como um trovão repentino. — O Shitobosta... Vai demorar muito para o Agnis-san despertar novamente? Nunca vi bicho que dorme tanto, maluco. Eu não posso ficar muito tempo parada numa região, já falei que tem a porra de um exército me caçando!

Da escuridão, uma voz cansada, quase desinteressada, respondeu, carregando o peso da paciência desgastada:

Agnis-sama é assim mesmo. Para manifestar o chakra daquela temível bijuu, ele precisa de um descanso bem maior do que qualquer ser humano. Vai ter que esperar... E por enquanto, não grite... A versão aprimorada do Motokishi ainda é muito instável emocionalmente. Ao menor barulho, ele pode atacar você.

Os olhos de Anput brilharam com um tom gélido, sua pele adquirindo uma tonalidade cinza macabra sob a luz difusa. Um sorriso malicioso se formou lentamente em seus lábios.

Certo... Então... Xô brincar de boneca enquanto isso. Posso pegar alguns bonecos da sua coleção?

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Shitokomi, oculto nas sombras, parecia concentrado em montar algum mecanismo, mas ao ouvir aquelas palavras, ele se virou lentamente, lançando um olhar sério e frio na direção da garota.

Você não está velha demais para brincar de boneca, moça? Tu não tinha 18 anos, não? E esses “bonecos” não são brinquedos. São recipientes de almas. Se notar algum deles se movendo, me avise... Preciso de uma alma nova para estabilizar o Motokishi-san. Mas se você ficar quieta, eu deixo você pegar um deles, desde que não estejam se movendo. Entendeu bem?

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Anput, com seus grandes olhos brilhando de malícia, piscou repetidamente, como se processasse as palavras com uma doentia tranquilidade. Ela se abaixou graciosamente, avançando na direção de uma prateleira próxima, onde Yashin e Kuroi estavam escondidos entre outros bonecos. Seus dedos finos e ágeis os puxaram pelos cabelos, como se fossem simples marionetes à mercê de sua vontade.

Vou pegar esses dois aqui, sussa?

Hm? Por que escolheu esses dois? — questionou Shitokomi, com uma sobrancelha arqueada, ainda que o tom de voz mantivesse a frieza usual.

Sei lá, mano... São bonitinhos, e eles parecem um casal. Olha que fofinho, de mãos dadas e tudo. — Sua voz carregava um deboche infantil, ela fazia as duas marionetes do Uchiha e Kyosuke se aproximarem um do outro, simulando um beijo. — Shippei essas marionetes desde a primeira vez que eu vi.

Shitokomi a observou por um momento, os olhos estreitados em desconfiança, antes de suspirar pesadamente.

Me devolva esses bonecos depois... E não os danifique. O nome desses bonecos são Uchiha Yashin e Kyosuke Kuroi, futuramente quero que os verdadeiros trabalhem conosco para desintegrar cada maldito habitante daquele vilarejo de merda. Eles são aviadados por natureza, com um papo pacifista conforme os relatos, mas nada que os Insetos Mushikas futuramente não resolvam. Kumo vai cair, da pior forma possível... Isso eu prometo.

Anput assentiu casualmente, mas o brilho em seus olhos indicava que ela faria o que quisesse com eles, independentemente das advertências. Ela os puxou pelos cabelos com descaso, quase se divertindo com a brutalidade do gesto.

Shitobosta... Você é chato pra caralho, sabia? — murmurou com um sorriso torto, enquanto se afastava, levando consigo suas novas "brincadeiras". — Okay... Não se preocupe!

A garota cruzou a escuridão com tranquilidade, como se estivesse indo para seu quarto. Yashin e Kuroi conseguiam se mover e talvez falar, porém... Não sabiam exatamente o que estava acontecendo naquela região.

Ação livre para @Heimdall @Gaius

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Mas que merda foi essa!? O... o que aconteceu comigo?

Estava preso num fucking boneco...

Refletindo sobre a situação, até era possível antecipar uma armadilha, mas a forma como a marionete avançou ofensivamente dava a impressão de tentar vencer fisicamente. No fim, a falha em prever essa estratégia insidiosa tinha resultado na humilhação que se passava no estranho local. Eu sabia que a maldição da flor de Oleandro reagia a emoções muito fortes... era esse pensamento singular que eu usava como âncora para me segurar. Ouvindo as explicações de Shitokumi, pelo menos entendia que era apenas um pedaço da minha alma que tinha sido selada, não ela completa.

Anput então pega eu e Kuroi e começa a "brincar de boneca".

Nesse ponto, qualquer tentativa de segurar a minha raiva se perdia. Por alguns instantes, um ódio gélido permeava aquele o pequeno pedaço de alma que era minha essência. Eu aperto as pequenas mãos de madeira com tanta força que temia que elas quebrassem em lascas. Não sabia quanto tempo eu tinha passado nesse estado de fúria, mas eventualmente ela começa a diminuir. Eu lembrava que Anput é o objetivo da missão, a irmã de alguém importante para mim, tentando me focar nessa ideia para dissipar o resto. Enquanto ela se afasta conosco, tento pensar no que dizer.

Bom, eu já lidei com um bocado de bizarrice, mas essa situação fica no topo. Pelo menos adiantou um dos nossos objetivos: encontrar você, Anput-san. Meu nome é Uchiha Yashin, bom, não meu nome exatamente, já que sou só um pedaço de alma. Nós viemos para o país do vento a pedido da Ann, nossa companheira de equipe. Ela está preocupada com você, particularmente com essa nova aliança que você parece ter escolhido. Eu sei que o passado de vocês duas é tortuoso, mas ela genuinamente te ama e quer evitar que vocês se vejam em lados opostos no campo de batalha.

Bom, a Ann-chan nos contou um pouco sobre você, como analisa cada situação com cautela e toma sua decisões com base em cálculos frios e eficientes. Sendo assim, vou colocar as cartas na mesa. Agnis não é uma boa aliança, ou pelo menos, ele é uma escolha de aliado consideravelmente pior do que nosso grupo, a Byakuren.

Primeiro, a posição do grupo dele o coloca contra no mínimo três das cinco grandes nações. Além de ser contrário à atual gestão de Kumo, o grupo dele já arrumou confusão contra Konoha e Suna. Anos atrás, o Shitokumi usou os mushika em cidadãos do país do fogo e o Agnis atacou pessoalmente Senju Tsunade. Na época ela não era Hokage, mas hoje o cargo está em suas mãos e eu posso te garantir que ela não esqueceu. Aqui em Suna nós já temos relatos de desaparecimentos causados pelo grupo. Enquanto isso, nós não temos inimizade direta com nenhuma grande nação além do Raio, já firmamos um acordo com o País do Ferro e estamos trabalhando em um acordo com Tsunade.

Segundo, a filosofia de cada grupo coloca a Byakuren como uma opção bem mais estável. Agnis só enxerga vingança... como eu falei há pouco, o maluco atacou uma das sannin sendo que nem tinha rixa com ela, firmando Konoha como inimiga. A história dele é trágica, eu concordo, o que o Aoshin instigou na vila do Clã Hagoromo foi uma atrocidade. No entanto, esse sofrimento hoje o cega. Qualquer um que entre em seu caminho ele vê como inimigo direto. Eu entendo o argumento de que ele não vai desistir até se vingar, mas agir como uma besta selvagem só vai facilitar sua caçada. Aoshin é insidioso e tem uma experiência de vida que figura em séculos. Você acha mesmo que um grupo agindo só na base da raiva, criando inimigos por onde passa, vai conseguir lidar com ele? Você é inteligente, a resposta é óbvia. Kumo já tem as ferramentas para lidar com os Mushika, que são a arma mais perigosa nas mãos desse grupo. A chance de derrubarem o Aoshin com essa filosofia atual é zero. Nosso grupo, por outro lado, age com cautela e eficiência. Pessoa por pessoa, aliança por aliança, nós vamos construir nosso poder até termos o suficiente para desmantelar mordaça que ele colocou na vila.

Terceiro, e talvez mais importante: confiança. Eu não preciso ir longe, o Shitokumi acabou de falar. Eles não têm problema em usar os Mushika para alterar a personalidade de peças que queiram usar. Consegue garantir que uma dessas peças a ser ajustada não seria você mesma? Do nosso lado, temos sua irmã, que custo a acreditar que não desperte nenhum tipo de sentimento positivo em você. E, eu tenho minha própria forma de garantir contratos justos, com uso de um Shinigami imparcial. Se você não confiar totalmente em nós, o que é compreensível, eu posso firmar um contrato com você.

Enfim, tem interesse de negociar conosco?


@Ben Ikneg @Gaius

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Mas o que diabos está acontecendo aqui!? Por que eu virei um brinquedo? Parecia que o circo dos horrores do País da Água havia chegado ao País do Vento e eu era a atração principal. Não fazia o menor sentido eu me tornar um boneco, mas por óbvio era obra do Jujutsu da marionete. Poderia ouvir um diálogo e, por ironia do destino, quem nós precisávamos estava bem a nossa frente, porém não aparentava ter intenções boas e estava do lado de um inimigo conhecido nosso, tão conhecido que estava a nossa procura para derrubar Kumogakure. Tsc, mal ele sabe que Kumogakure já está afundada há tempos. E ele falou sobre a Marionete Motokishi, bom, lembro bem dela nas memórias do Hyoumi, mas por aqui ainda não possui nada muito parecido além do garoto que brincou de roleta russa conosco na primeira vez que nos deparamos com o Agnis. Agora com parte de mim sendo um brinquedo, via a brincadeira da Anput e me vinha raiva, mas era uma raiva esquisita, porque sabia que qualquer passo em falso poderia estragar a missão, então apenas me sujeitaria aos movimentos involuntários pós brincadeira...

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Enquanto o Yashin falava bastante, eu observaria ao meu redor, analisando outros possíveis brinquedos-humanos e tentando reconhecer alguma figura conhecida ou histórica por ali. Após suas falas, continuaria. — Nós sabemos mais de você do que você sabe de nós e isso é inegável, por conta disso, acho justa a proposta feita com o Shinigami imparcial de mediador. Além do mais, entendo bem como funciona sua técnica de chakra e sei que você não é nenhuma monstra por isso, inclusive acho injusta a sua inclusão no Bingo Book, assim como a nossa. Bom, sei que se optar por controlar seus poderes, temos ao menos um caminho para seguir. Claro, as escolhas são suas, só queremos que você nos dê a oportunidade. Nesse exato momento estamos em outro local do País do Vento, inclusive sei que você foi bem generosa ao dar 100 Ryous a um gato safado pela região, então creio que poderá nos dar uma oportunidade... Me lembraria de como o Hyoumi conseguiu momentaneamente controlar parte dos efeitos da técnica da Anput, além de que sabia que o Yoru, e por consequência a Shizuka, tinham como ajudá-la nesse sentido.

@Ben Ikneg

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Oficina de Brinquedos
Por volta das 9 horas.

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Anput caminhava lentamente pelo corredor estreito e mal iluminado da oficina, seus passos ecoando levemente no chão de madeira antiga, como se cada passo carregasse um peso muito maior do que seu corpo esguio sugeria. O ar estava denso, abafado, e o cheiro de madeira envelhecida e poeira se misturava com o leve perfume doce que sempre a acompanhava. Seus dedos finos e ágeis ainda seguravam os bonecos, puxando-os delicadamente pelos cabelos como se fossem marionetes de uma peça sádica que só ela parecia entender completamente. Um sorriso sinuoso, quase imperceptível, brincava em seus lábios.

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Ela sabia. Sempre soubera que aqueles bonecos não eram simples brinquedos, tudo que ela fez ali foi apenas atuar, uma personalidade extremamente infantil sempre deu frutos para ela e aquele momento não havia sido diferente. A energia pulsante, quase palpável, que emanava deles desde o primeiro momento em que os pegou não passou despercebida por ela. Yashin e Kuroi. Ela reconhecera o peso de suas presenças, sentindo que estavam cientes, vivos, mesmo dentro daquelas formas diminutas e frágeis. Tudo que Anput havia feito em essência, era afastar os novos recipientes de almas do sujeito maluco chamado Shitokomi.

Quando a voz do boneco Yashin iria ressoar do boneco, suas pupilas azuis iriam se mover para baixo. Eles estavam naquele quarto escuro, um quarto bem simples e humilde, uma escuridão bem vísivel, por fim, ela jogou os bonecos do Uchiha e Kyosuke na cabiceira próxima de sua cama, e de uma forma um tanto teatral, a mulher de cabelos azuis apenas iria deitar em sua cama, enquanto desfazia seu habitual comportamento infantil, revelando uma personalidade neutra, sem nada de interessante.

Então, minha irmãzinha ainda está viva, não é? — Sua voz era uma faca fina, afiada com um sarcasmo que arranhava a superfície de sua indiferença. — Claro que ela está... Eu já sabia de certa forma, aquela irmã materna idiota não morreria de forma tão simples. E, com certeza, está interpretando tudo isso de forma diferente de mim, conhecendo aquela idiota, ela provavelmente quer apenas trocar as figuras que estão no poder, porém... Acho isso a maior idiotice possível, o mundo não vai mudar só trocando as malditas peças que controlam a sociedade. Kumogakure é... a causa de toda essa miséria que passamos. Não me importa que o Raikage ou qualquer entidade tenha dado a ordem para exterminar o meu clã, matar minha mãe e, supostamente, nos destruir. O que me perturba é a aceitação coletiva. O que me perturba é o fato de eu ter nascido tão propositalmente separada do conceito que vocês chamam de sociedade.

Ela se levantou lentamente, o som de suas roupas deslizando contra o tecido da cama sendo o único ruído no silêncio esmagador.

Por que todos aceitam o sofrimento dos outros com tanta facilidade? O que faz pessoas que não tem nada a ver com um assunto, simplesmente seguirem ordens distorcidas de um superior. Ordens essas que não tem nada a ver com sua vida? — A pergunta não parecia dirigida a ninguém em particular, mas reverberava como um julgamento silencioso da humanidade. — Como podem ser tão complacentes com a dor alheia, como se fosse inevitável? Se podem me caçar, me condenar, e destruir minha vida... E por fim, aceitar que isso ocorra… — sussurrou, enquanto o sorriso permanecia congelado em seu rosto. — Por que eu não deveria fazer o mesmo com eles? Para onde deveria canalizar essa raiva, esse ódio insaciável? Em apenas uma pessoa? E quanto às outras? Aqueles que ouviram, que assistiram, que ajudaram, que consentiram em silêncio com um reinado de dor e crueldade sem sentido?

Agnis não é uma boa aliança, ou pelo menos, ele é uma escolha de aliado consideravelmente pior do que nosso grupo, a Byakuren.

Primeiro, a posição do grupo dele o coloca contra no mínimo três das cinco grandes nações. Além de ser contrário à atual gestão de Kumo, o grupo dele já arrumou confusão contra Konoha e Suna. Anos atrás, o Shitokumi usou os mushika em cidadãos do país do fogo e o Agnis atacou pessoalmente Senju Tsunade. Na época ela não era Hokage, mas hoje o cargo está em suas mãos e eu posso te garantir que ela não esqueceu. Aqui em Suna nós já temos relatos de desaparecimentos causados pelo grupo. Enquanto isso, nós não temos inimizade direta com nenhuma grande nação além do Raio, já firmamos um acordo com o País do Ferro e estamos trabalhando em um acordo com Tsunade.


É... De fato, não é uma boa aliança, porém... Será que outra aliança entende meu sentimento e está disposta a enfrentar as consequências disso a longo prazo? E não é como se eu não já estivesse sendo caçada pelo mundo inteiro, mais duas cabeças me caçando não faz diferença nenhuma. Me diga... Yashin, você parece bem coerente, o quão disposto você estaria de estragar sua organização tudo por uma garota que pode contaminar e matar cada bendida pessoa da sua organização, apenas por estar perto delas? É... — Ela deu de ombros naquele momento. — E apenas por existir, eu já acabei matando pessoas sem nem querer, tem um amontoado de gente ai que me odeia, pois meu chakra simplesmente matou pessoas importantes para elas... Já estou suja com o mundo em minha volta, o quão esperto você estaria sendo em simplesmente me convidar para essa organização? Apenas trarei mais problemas caso eu me alie a você, e ai? No final, eu não sou uma boa aliança também.

Terceiro, e talvez mais importante: confiança. Eu não preciso ir longe, o Shitokumi acabou de falar. Eles não têm problema em usar os Mushika para alterar a personalidade de peças que queiram usar. Consegue garantir que uma dessas peças a ser ajustada não seria você mesma? Do nosso lado, temos sua irmã, que custo a acreditar que não desperte nenhum tipo de sentimento positivo em você. E, eu tenho minha própria forma de garantir contratos justos, com uso de um Shinigami imparcial. Se você não confiar totalmente em nós, o que é compreensível, eu posso firmar um contrato com você.


Insetos Mushika... Eles nem ao menos consegue chegar perto de mim com esses insetos, eles morrem muito antes de chegar próximo do meu corpo. Eles não podem me controlar mesmo se quiserem. Argumento falho, porém, entendo que eles podem querer me usar... Só nunca vão conseguir me obrigar a fazer algo que eu não quero. — Ela parece piscar os olhos brevemente, ao ouvir sobre um contrato. — Huh, e que tipo de contrato você estaria disposto a realmente fazer, bonequinho? Que tipo de contrato uma pessoa com a sanidade em dia, vai querer fazer com alguém "insano" que quer destruir Kumo por completo? Suponho que seja impossível, não é?

Nós sabemos mais de você do que você sabe de nós e isso é inegável, por conta disso, acho justa a proposta feita com o Shinigami imparcial de mediador. Além do mais, entendo bem como funciona sua técnica de chakra e sei que você não é nenhuma monstra por isso, inclusive acho injusta a sua inclusão no Bingo Book, assim como a nossa. Bom, sei que se optar por controlar seus poderes, temos ao menos um caminho para seguir. Claro, as escolhas são suas, só queremos que você nos dê a oportunidade. Nesse exato momento estamos em outro local do País do Vento, inclusive sei que você foi bem generosa ao dar 100 Ryous a um gato safado pela região, então creio que poderá nos dar uma oportunidade.


Minha mãe e meu pai eram extremamente sábios e conheciam diversas formas de funcionamento de chakra, já tentaram reverter e controlar esse estranho poder que afeta meu corpo, e não conseguiram. Simplesmente não existe forma de reprimir esse poder. Minha existência é nociva para todos e já aceitei esse fato. Se existisse de fato, uma cura, talvez eu pensasse de outra forma... Porém, não existe.

A voz dela ficou tremula nesse ponto, visivelmente se pressionassem nesse ponto, talvez ela cedesse a um acordo.

[...]

Ação livre para @Heimdall @Gaius

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Anput explica melhor seus pontos de vista, preocupações e objetivos, dando uma panorama mais claro de como pensava. Com base nessas informações, ajustava meus argumentos para tentar convencê-la.

Bom, eu não discordo da sua análise geral sobre a sociedade, mas isso em uma esfera conceitual. A vida real é mais complexa do que teorias. Se os líderes de um povo constantemente agem sem ética, isso é um sinal de que a própria população está fora do eixo, já que os líderes inevitavelmente vêm dessa própria população. Mas a situação que se tem em Kumo é diferente. Lavagem cerebral é uma arma que distorce esse raciocínio. Como saber se alguém de fato tomou uma escolha ou se foi controlado? Ou então, se alguém aceita uma ordem de uma pessoa que confiava no passado, mas atualmente controlada, como culpar essa pessoa por manter a confiança? Isso sem falar que, pra começo de conversa, desobedecer uma ordem e pegar em armas contra algo que está errado não é algo trivial. Na maioria das vezes isso vai só resultar em morte e desgraça. É um crime a pessoa não querer arriscar sua própria vida por um ideal? Eu não vejo dessa forma. É muito fácil ignorar as complexidades da situação, taxar todo mundo de mal e descarregar suas frustrações em cima dessas pessoas. No fim a realidade é mais um meio termo... existem pessoas que confiam nas ordens e as executam porque acreditam que é o melhor para sua nação... mas também existem pessoas que aproveitam as ordens para mostrar sua própria face, derivando satisfação em cometer as atrocidades. Contra o segundo grupo de pessoas, eu não tenho problema nenhuma em executá-los. Para os primeiros, não vejo isso como justo ou como o melhor caminho. Enfim, existem diversas ferramentas investigativas, incluindo genjutsus, que permitem separar o joio do trigo.

Creio que o caminho mais justo e com maior chances de sucesso é tomar o poder e fazer a limpa de forma sistemática depois. Não sei se é possível que você mude de ideia... seria o ideal, mas você parece ter firmeza nas convicções. De qualquer forma, era importante explicar meu ponto de vista. Porém, esse debate conceitual é uma coisa, o que você pode executar de fato na prática é outra. Entre os cenários possíveis com essa campanha do Agnis, o resultado mais provável, com bastante folga, é que vocês gerem danos severos à vila, incluindo a morte de vários desses que você considera culpados por estarem seguindo ordens. Talvez isso seja o suficiente para te satisfazer, mas o custo disso vão ser vidas inocentes que certamente vão ser ceifadas junto e, o pior de tudo na minha opinião, os instigadores do problema vão continuar. A história mostra isso, quem sofre primeiro na guerra é o soldado, o líder é o último a cair. Se você genuinamente acreditar esse grupo, operando da forma que está, vai conseguir te levar até o fim, vai na fé. É uma ilusão que vai acabar em sofrimento e desgraça, mas paciência.

O que nós propomos não é exatamente o que você quer. Nós não vamos dizimar a vila e nem matar todo mundo que participou de algum tipo de missão moralmente questionável. Mas, nós vamos até o fim para lidar com os líderes, com as entidades que realmente geraram boa parte desses problemas. Além disso, você têm nosso comprometimento em investigar até que ponto cada pessoa esteve de fato envolvida com as atrocidades, resultando em punições severas. A escolha na sua mão é entre ter uma chance maior de concluir parte de seus objetivos, ou apostar em uma chance ínfima de concluir todos eles. Se você for calculista como descrito, entenderá como a segunda é mais realista e prática.

Enfim, entrando um pouco no seu poder especial. O Kuroi deve saber mais detalhes, mas não é impossível chegar em uma resolução. Um exemplo concreto é sua irmã, que carregava as consequências dos seus poderes até alguns anos atrás, mas hoje está completamente curada. Mas não é nem nisso que nós bancamos essa crença. Como falei... o Kuroi tem mais detalhes. Sobre ser uma boa aliança para nós, sim, você é uma boa aliança. Não é nem pela questão dos seus poderes ou sua posição na organização de Agnis. Se você seguir nesse caminho, a Ann-chan vai seguir tentando te salvar... essa rota de colisão vai acabar mal para ela de uma forma ou de outra. Se ela se ver obrigada a te matar, ela vai carregar essa dor pelo resto da vida, não é impossível nem que ela simplesmente desista de ser ninja. E se você vencer, ela vai acabar morta. Só por evitar que ela caia nesse buraco, eu já considero você uma boa aliança. Foi por isso que eu mobilizei um time para vir para cá, no fim das contas.

Qual sua resposta?


@Ben Ikneg @Gaius

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Após os excelentes argumentos do Yashin, daria algumas informações que obtive com as memórias do Hyoumi. — Hagoromo-san, tenho algumas informações que se você não sabe serão úteis, e se você sabe vai acabar questionando se de fato nós não estamos corretos... Se você fica nervosa o seu chakra é exalado e causa destruição, porém um fuinjutsu conhecido como Gogyo Fuin é suficiente para segurar momentaneamente a saída dele. Outro mecanismo para evitar isso são joias que conseguem selar essa energia caótica. Não sei se você as procura, mas podemos encontrá-las caso seja de seu interesse. Além disso, como algo definitivo, os poderes relacionados ao Culto Yoikami são funcionais a longo prazo, e possuímos na nossa organização alguém completamente especialista nisso. As soluções estão na mesa e garanto que você poderá fazer a melhor escolha.

— Quanto aos seus ideais prático-filosóficos, nossa batalha não é somente contra o Kagehira, Aoshin e variados, mas há toda uma cadeia de pessoas por trás de muitos dos problemas. Conheço a Hagoromo-chan desde a infância e ela sempre foi bem solícita comigo, porém, o único momento que ela ousou nos atacar foi justamente lembrando de você. A Ann, como você fala, possui sentimentos bem calorosos por você há muitos e muitos anos. Bom, pense nisso tudo. Não descumpriremos nossa promessa.


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— Nós podemos te ajudar!

@Ben Ikneg

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Oficina de Brinquedos
Por volta das 9 horas.

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Anput fechou os olhos por um momento, sentindo o peso das palavras do Uchiha reverberar em sua mente, como um eco que a impedia de encontrar paz.

Fazer as pessoas certas pagarem... — sua voz saiu entrecortada, cada palavra carregando um peso insuportável. — Não consigo ver esses 'meios termos' de que você fala. Para mim, aquele lugar está podre. Não importa se foram manipulados, se estavam sob lavagem cerebral ou simplesmente com medo. Enquanto Kumo estiver de pé, eu nunca terei a chance de me erguer. A sombra daquela vila sufoca qualquer esperança que eu tenha de libertação.

Ela hesitou, o silêncio se arrastando enquanto sua respiração se tornava mais pesada, cada inalação uma luta contra a dor que a consumia. Suas mãos estavam cerradas, o corpo tenso como uma corda prestes a se romper.

Eu me considero uma sobrevivente, alguém que se ergue contra tudo e todos. Por um tempo, tive sucesso nessa luta solitária, vivendo à margem da vontade alheia. Mas sabe o que mais me destrói? Talvez você esteja certo. Eu sei que nem todos ali são diretamente responsáveis. Se agir com raiva cega, estarei apagando vidas que poderiam ter sido diferentes, vidas que não escolheram esse caminho. Mas a parte de mim que foi esmagada, despedaçada, grita para que eu quebre tudo ao meu redor, porque é mais fácil. No fundo, eu sou infantil e sei disso.

Anput franziu a testa, incomodada ao ouvir menções a Ann, sua irmã. Estar ao lado de Agnis significava se opor a ela, um golpe certeiro nas convicções que ela tentava manter. As palavras de Kuroi, amigáveis e tranquilizadoras, pareciam ajudar a acalmá-la, mesmo que por instantes.


Sons de passos a distraíram, e ela lançou um olhar casual para o teto. Sons de articulações de marionetes ficavam mais alto:

Oh... Certo...? Tá ai, algo que eu não sabia que existia... — começou, seus olhos azuis brilhando com uma intensidade gélida, por fim, ela direcionou seus dedos em direção do boneco de Yashin e Kuroi. — Estou considerando mudar de lado, mas não me considerem totalmente uma aliada. Meu ódio por Kumo é mais forte do que meus sentimentos pela minha irmã e minha luta para controlar meus poderes. Se a podridão de Kumo for maior do que vocês e eu mesmo imagino, não hesitarei em passar por cima de qualquer moral. Porém, vou me aliar a sua organização e prometo seguir seus comandos até certo ponto, se isso significa... Alguma coisa... Acho que... Sim? Por fim... Eu quero ter uma conversa com minha tola irmã, antes de tudo.

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Uma marionete de forma feminina emergiu do campo de batalha, seus olhos perolados brilhando com a inconfundível marca do Byakugan, algo que tanto Yashin e Kuroi lembraram uma vez, que Shizuka suspeitava que Agnis tinha um Hyuuga ao seu lado. Yashin sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao perceber que a marionete não era apenas uma mera criação, mas uma entidade aterradora. Seu corpo, disforme e coberto por fios de chakra, parecia sustentado por forças que os olhos de Yashin mal conseguiam compreender. Era uma marionete humana, uma abominação independente, feita dos resquícios de um corpo já existente. O foco mais aterrador era a quantidade avassaladora de chakra que emanava de seu pescoço, como se a essência da vida tivesse sido quebrada por uma corda invisível, uma punição silenciosa e cruel.

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A marionete fixou seu olhar em Anput, os olhos que tudo vê penetrando sua alma, enquanto um sorriso neutro se formava em seu rosto grotesco:

Agnis-sama, Shitokomi-sama... Vocês estavam errados ao confiar em uma jovem que mal entende a vida... Oh, que dilema. Deveríamos ter te transformado em uma marionete desde o início; teria sido muito mais fácil do que depender de uma vadia como você.

Anput esboçou um sorriso casual, como se estivesse desdenhando da ameaça que se apresentava diante dela:

Me transformar em marionete, iria sacrificar meu potencial e iria demorar muito tempo, é por isso que vocês não fazem isso com tanta frequência. E você é quem, exatamente? Nunca te vi por aqui, moça. — A desdém em sua voz era palpável. — Você era a voz que eu ouvia no último quarto, lamentando por "Hizashi"? Ou foi "Hiashi" aquilo? Quem é mesmo esse? Vi o Agnis-san falando uma vez, mas, sinceramente, pouco me importa as motivações dos meus companheiros de organização.

Oh... Que atrevida... — A cabeça da marionete se inclinou, revelando um sorriso macabro que desafiava a sanidade. — Shitokomi-kun pode não conseguir te controlar, mas eu... tenho meus próprios métodos. Meus queridos... Me ajudem!

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Subitamente, uma torrente de areia misturada com grãos de ferro emergiu do chão, avançando para engolir Anput. Em um movimento fluido, ela fez um breve selo de mão, apontando a outra mão para Yashin e Kuroi. Os bonecos da dupla diminutos imediatamente sentiram seus pescoços se quebrando sob uma pressão invisível, perdendo lentamente suas consciências naquela região. Após isso, Anput iria acionar uma técnica de movimentação, fazendo seu corpo desviar como um raio dos ataques de areia e atravessando a parede daquele local com uma velocidade devastadora.

FIM DA NARRAÇÃO @Heimdall @Gaius.
Os pedaços de suas almas voltarão para o ponto original
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