A despedida de Almas
Arredores da Vila Demonzufōji Enquanto o casulo de energia sombria ao redor de Gin e Owari pulsava, os ninjas da ANBU que observavam à distância perceberam que algo incomum e perigoso estava acontecendo. O ar ao redor do campo parecia vibrar com uma força descomunal, e a pressão aumentava a cada segundo. Avaliando a situação, os inimigos decidiram recuar silenciosamente, desaparecendo nas sombras antes que a transformação atingisse seu clímax.
Dentro do casulo, a energia começou a se condensar violentamente, comprimindo os corpos de Gin e Owari em uma massa grotesca de carne e sangue. Era como se toda a matéria e energia dos dois estivessem sendo reconstruídas e fundidas em algo novo — algo completamente diferente. A metamorfose era impiedosa, e a dor era insuportável, mas no plano mental onde as consciências dos dois residiam, o verdadeiro momento de redenção acontecia.
Gin encarava Owari, os olhos cheios de uma estranha serenidade. Ele segurava sua katana, que agora parecia sem peso, um símbolo de sua honra.
"Eu sempre vivi pela minha lâmina," disse Gin, sua voz calma e firme.
"Se minha lâmina fosse responsável por sua morte, Owari, eu aceitaria meu destino. Mas se há uma chance de você continuar... então tomarei isso como minha redenção. Use meu corpo, minha força, e siga em frente. Essa será a minha última batalha ao seu lado."Owari permaneceu em silêncio por um momento, absorvendo as palavras de Gin. Ele sabia que aquele sacrifício era uma escolha de seu velho amigo, um último ato de honra e lealdade.
No momento em que a decisão foi tomada, uma explosão de energia irrompeu do casulo. A terra ao redor foi devastada, criando uma cratera fumegante. Quando a poeira e os destroços assentaram, apenas um corpo restava de pé no centro do buraco.
Era Owari... mas também não era.
Seu cabelo, agora branco como a neve, brilhava sob a luz das chamas remanescentes. Seu rosto havia mudado, um pouco mais anguloso e marcado, com traços que lembravam vagamente sua antiga aparência. Seus olhos, entretanto, eram completamente diferentes: profundos e intensos, carregando tanto a determinação de Owari quanto a sabedoria e o sacrifício de Gin.
[...]No silêncio tenso que pairava sobre os arredores da cratera, dois guardas da vila Demonzufōji chegaram, alertados pela explosão e pela devastação que se estendia por centenas de metros. Eles eram os mesmos que haviam recebido Owari e Gin na entrada da vila anteriormente: o homem careca de kimono preto e a garota de cabelos rosados. Agora, com espadas em mãos e olhares cautelosos, aproximavam-se do local com passos hesitantes.
Ao se debruçarem sobre a borda da cratera, avistaram uma figura no centro, imóvel e envolta por marcas negras no solo, como cicatrizes deixadas pela explosão de energia. Owari estava desmaiado, o corpo parcialmente coberto por poeira e detritos, mas intacto. O cabelo branco brilhava sob a luz do sol, um contraste gritante com a destruição ao redor.
"Ele está vivo?" perguntou a garota, com a voz trêmula.
O homem careca desceu cuidadosamente até o corpo, verificando os sinais vitais. Ele franziu o cenho, surpreso com a energia ainda pulsante que parecia emanar de Owari, mas confirmou:
"Sim, mas precisamos levá-lo agora. Seja o que for que aconteceu aqui, ele sobreviveu por pouco."Com esforço combinado, ambos ergueram Owari, apoiando-o entre eles. Com pressa, começaram a levá-lo de volta para a vila, passando pelos portões sob os olhares preocupados de outros guardas.
Dentro da vila, Owari foi colocado em uma sala médica improvisada. Os médicos da vila, habilidosos não apenas com ferramentas de metal, mas também com técnicas de cura, começaram a trabalhar para estabilizá-lo.
3 Horas depois, Owari abriu os olhos. O teto de madeira da sala era estranho e familiar ao mesmo tempo. Ele tentou se levantar, mas sentiu uma onda de estranheza. Olhando para suas mãos, notou pequenas mudanças — os dedos pareciam mais longos, a pele, mais clara. Passou os dedos pelo cabelo e sentiu os fios mais grossos e compridos.
Sentou-se, um pouco trêmulo, e olhou ao redor. Um dos médicos se aproximou, aliviado ao vê-lo acordado.
"Você teve sorte," disse o médico.
"Parece que algo extraordinário aconteceu com seu corpo, mas você está fora de perigo agora."Owari permaneceu em silêncio, tentando assimilar a sensação de estar em um corpo que parecia... diferente. Ele se levantou com cautela, e cada movimento parecia mais fluido, mais natural, como se o próprio mundo ao seu redor tivesse desacelerado.
"Quem é você e onde está os dois membros da Genei Ryodan?!", disse o guarda careca para Owari.
Como Owari vai proceder?
Ação livre para: @Barba Branca