Trazendo uma fic pra vcs
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"Sou originado do encontro da luz e das trevas, é o que chamo de pais.
Recebi a sabedoria e bondade da luz
e das trevas os segredos e a inconstância
Dois recados entranhados em mim
"O equilíbrio tens que manter"
"Quem realmente sou eu?
Luz e trevas, me deram forças, mas não existência...Eu preciso de vida, preciso de sentimentos, preciso de um coração..."
Prefácio da Ingenuidade
Capítulo I : Água Pura da Verdade
Parecia uma pequena escola do subúrbio, com alunos comuns, professores comuns e um pouco de sangue. Um grupo de alunos, com seus uniformes ajeitados e seus livros todos bem cuidados, estavam a cochichar e rir escandalosamente. O pátio com alguns livros espalhados e um adolescente de estatura mediana, de cabelos e olhos castanhos, sentado no chão com a mão toda ensangüentada no joelho direito. Um sorriso se abria para o jovem e palavras de ajuda chegavam aos seus ouvidos.
_Posso fazer algo por você?_ pergunta a jovem de cabelos longos e negros com uma voz muito suave.
_Não! Estou bem! Isso foi só um arranhão!_ corta o garoto rispidamente.
_Não... Não está não. Isso não foi só um arranhão, foi um corte e pode infeccionar... _ a garota permanece intacta após o atrevimento do colega _ Sou Asuka Shimizu do 3º A e você é?_ A jovem pergunta agora recolhendo os livros espalhados.
O garoto pega seus livros de volta com as mãos sujas ainda e se levanta e, sem dizer uma palavra, começa a se retirar.
_Se não quer dizer seu nome, apenas diga obrigado_ Asuka ainda pergunta sem demonstrar desequilíbrio algum pelo silencio do rapaz.
O jovem pára, se vira, e olha diretamente nos olhos de Asuka. São segundos que parecem demorar séculos para a moça de cabelos escuros que, até o momento não tinha revelado afeição nenhuma diferente daquela de bondade, porém, agora engole seco e se vê afundando nos olhos do adolescente.
_Palavras são dispensáveis quando não se tem sentimento algum_ o garoto novamente se vira e vai embora.
Enquanto isso só resta a brisa leve que corta a face de Shimizu, uma brisa que só não fere tanto quanto a frase que, no momento, percorre em sua cabeça. Mal sabia ela que isso seria o começo de tempos turbulentos.
Os alunos que até então tinham suas vidas normais continuam a sua rotina. E a escola tão quanto os alunos prosseguia do mesmo jeito com o grupo das pessoas populares, o grupo dos nerds, o grupo dos comuns, o grupo dos revoltados e nenhuma pessoa que se rebelasse a essa mesmice cruel. O sinal de início de aula toca alertando aos pobres bovinos que agora deveriam seguir para amaciar sua carne. Os corredores começam a se esvaziar e a ficar sem vida a qual, já era pequena agora quase inexistente, e as salas cheias de zumbis que repetiam tudo que o mestre possuidor de uma régua mandava.
O tal mestre era chamado de Ootsuka-sensei, mas era conhecido também como o professor de história, era um homem de uns trinta anos, mas tinha aparência de uns dez anos mais velhos. Vestia-se com calças de linho, risca de giz, uma camisa social branca e uma gravata preta, ou seja, aparentava ser completamente normal e metódico.
_Bom dia jovens. _ suas palavras não explicitavam emoção nenhuma, ao contrário eram frias quase gélidas _ Por favor, entre.
O professor olha diretamente para a porta no momento em que aparece um rosto, um garoto sujo de sangue, com a calça rasgada no joelho direito e três pontos apresentados pelo buraco da mesma.
_Desculpe meu jovem, mas, você acabou de sair de uma rinha de galos?_ pergunta o professor sarcasticamente.
O aluno ignorou a alfinetada de Ootsuka-sensei com tal poder que toda a sala sentiu um receio de proferir quaisquer palavras ao professor ou a qualquer um. Ootsuka sentido que foi infeliz em seu comentário seguiu com as apresentações.
_Este é Akira Miyamoto. Ele ficará aqui conosco na Minokamo High School por algum tempo, espero que confortem sua estadia. Sente-se ali no fundo.
Asuka que estava entretida com suas revistas de beleza que escondia por traz do livro só agora dera conta que Akira era o garoto de antes da aula. Seus olhos rapidamente começaram a percorrer toda a sala com o intuito de não encará-lo, todavia, era como se seus olhos tivessem um magnetismo com os dele por fim, cedeu. Permaneceu o olhando até que o próprio se sentou.
_Shimizu... Shimizu... SHIMIZU?!?!
_Sim?!?!_ a garota derruba seus cadernos todos no chão com o susto. Todos estão olhando para ela menos Miyamoto.
_Shimizu não estou te reconhecendo! Você que é tão aplicada fica a procurar borboletas em minha aula! Inadmissível!!! Dessa vez não darei detenção mas você terá limpar toda a sala após a aula._ o professor ordena com um semblante temeroso.
_S...Si..Sim, professor Ootsuka_ responde.
O constrangimento da garota aparece para toda a classe e logo surgem alguns cochichos. Olhares de repreensão surgem a sua volta. Algumas pessoas que se julgavam suas amigas, revelaram não ser tão amigas assim. Estranhamente, nada disso a importava, ela queria somente descobrir quem era Akira.
_Asuka-chan...Asuka-chan...
Uma garota dos olhos cor de mel e cabelos ruivos possuidora de leves sardas chamava por Asuka enquanto essa estava completamente hipnotizada pela necessidade de saber mais sobre Miyamoto. Os cochichos da menina ecoavam pela sala e chamava atenção de alguns curiosos. A bela ruivinha cansada de ser ignorada, leva a mão em sua régua e a acerta na mão de Asuka.
_Ai!
O professor ao notar o grito se vira imediatamente para a turma procurando quem havia gritado. A sala era comum, as carteiras eram alinhadas em cinco filas, sendo sete carteiras por fileiras. As carteiras e cadeiras eram brancas seguindo o padrão das paredes. Existiam seis janelas imensas na sala que ajudava muito na ventilação já que a sala era grande e havia apenas três ventiladores.
_Por que fez isso Rikku-chan?_ pergunta Asuka com a mão ainda vermelha pela pancada.
_Porque você não me escuta!_ cochicha a amiga_ Você está pensando em que posso saber? Desde que o garoto estranho chegou você está desse jeito.
_Impressão sua! Ei!? O que é aquilo?
Um pequeno anel dourado com um emblema de um dragão e um pouco de sangue seco chamava a atenção de Shimizu. Sua memória agiu na hora. Havia visto este mesmo anel na mão de Miyamoto quando o ajudou. Ela se inclinou, pegou o anel e o guardou dentro da bolsa.
_Asuka-chan! Isso não é seu_ Rikku continua cochichando para evitar o professor mas, agora, com um olhar de desaprovação para a amiga.
_Estava aí no chão não é de ninguém. Agora é meu!_ Asuka dizia essas palavras sem se reconhecer.
_Mas deve ser de alguém e ser for importante para a pessoa?
_Vamos parar por aqui_ Asuka segurava o anel com muita força em sua mão_ O professor vai me repreender mais uma vez...
Rikku sabendo que realmente o professor iria acabar chamando a atenção porque estavam começando a se alterar, mas, não conivente com a atitude da amiga. Por fim, Rikku vencida pelo descaso de Shimizu-chan, se revolta e volta a copiar os escritos da lousa.
“Não vou entregar o anel para ele é a única forma de eu descobrir quem ele é” pensa a menina “mas isso é um roubo eu sei que é dele se não devolver estarei roubando” “mas nem importa preciso descobrir quem é ele” E ela apertava mais o anel contra o peito e pensava, pensava muito no que fazer. Quando acordou desse pequeno transe percebera que já estava sozinha na sala. De imediato começou a guardar suas coisas e arrumar a sala como o professor havia ordenado. Enquanto trabalhava na limpeza pegou novamente o anel e o segurou firme de novo.
_Ai! Essa droga me queimou!
Ela joga o anel no chão e vê estampado na mão o mesmo emblema do mesmo em sua mão. Assombrada com o ocorrido fica paralisada por alguns instantes imaginando como aquilo aconteceu. “Devo tê-lo deixado no sol, aí ficou quente e me queimou” “Mas porque não ardeu instantaneamente” A jovem agora menos entendia sobre as coisas do misterioso rapaz. Finalizou as arrumações da sala, pegou suas coisas, guardou o anel e correu pelos corredores vazios sem medo de uma advertência devido ao horário não ter mais monitores, já eram sete da noite. Passando rápido pelos corredores, Asuka sentia estar sendo observada, sentia que algo estranho estava acontecendo ali. Percebia também que não era bondosa a coisa que estava ali e mesmo não acreditando em auras tinha certeza que havia uma assassina sobre ela.
Apressou o passo, continuava correndo agora mais rápido para sair da escola e a saída nunca chegava. Procurava muito mas a saída não estava onde deveria estar. Os corredores se contorciam e as portas começavam a rir da cara dela. Asuka estava desesperada não podia correr sem um objetivo e sentia a presença horripilante chegar mais próximo e mais próximo. “Isso só pode ser um pesadelo” “Preciso acordar o mais rápido possível” “Socorro pra onde eu vou”
_Ahhhhhhhhhhhhh!_ o grito de pavor de Asuka ecoa por toda a escola_ Saia de perto de mim. Não me machuque.
A sombra de formato monstruosa se aproxima da garota destruindo tudo que estava por perto, os sons da besta pareciam ser uma mistura de dor, tristeza e raiva, sua aparência era indistinguível para a pobre Shimizu, ela estava mais preocupada em sobreviver.
_O que foi que eu fiz meu Deus? Não me deixe morrer aqui_ suplica Asuka.
A sombra apenas a encosta mas, para Asuka aquilo foi realmente muito doloroso. Seu sentimento era de uma queimadura que não feria apenas seu corpo, consumia um pouco de sua alma também. Seus gritos novamente se espalhavam pela escola e já fraca sabia que não iria agüentar ficar consciente muito tempo. Sua visão escurecia, mas, conseguiu ver uma luz em volta de um vulto. A besta agora soava sua derrota, após um exato corte transversal tê-la partido em duas. Asuka, ao final, desmaia.
_Asuka-chan...Asuka-chan... Asuka-chan
Asuka aos poucos acordava ao som da voz de alguém. Gradativamente, ela abria os olhos e agora reconhecia a amiga Rikku.
_Asuka-chan são sete horas da noite já está na hora de ir. Vamos.
Asuka observou atentamente onde estava e chegou à conclusão que não havia ao menos de sua cadeira. Sem entender o que se passava e, apenas sentindo seu suor escorrer pelo pescoço, preferiu não comentar com Rikku, levantou-se e em um estado de choque parcial seguiu a amiga.
Passou pelos mesmos corredores de sempre e não havia nada de diferente e logo se via em casa.
Fim do Primeiro Capítulo...
Próximo: Espíritos e Elementais
Última edição por Lutra Angel em 7/11/2008, 06:25, editado 1 vez(es)