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Trazendo uma fic pra vcs
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"Sou originado do encontro da luz e das trevas, é o que chamo de pais.
Recebi a sabedoria e bondade da luz
e das trevas os segredos e a inconstância
Dois recados entranhados em mim
"O equilíbrio tens que manter"
"Quem realmente sou eu?
Luz e trevas, me deram forças, mas não existência...Eu preciso de vida, preciso de sentimentos, preciso de um coração..."

                                                                                         
Prefácio da Ingenuidade

Capítulo I : Água Pura da Verdade


Parecia uma pequena escola do subúrbio, com alunos comuns, professores comuns e um pouco de sangue. Um grupo de alunos, com seus uniformes ajeitados e seus livros todos bem cuidados, estavam a cochichar e rir escandalosamente. O pátio com alguns livros espalhados e um adolescente de estatura mediana, de cabelos e olhos castanhos, sentado no chão com a mão toda ensangüentada no joelho direito. Um sorriso se abria para o jovem e palavras de ajuda chegavam aos seus ouvidos.
_Posso fazer algo por você?_ pergunta a jovem de cabelos longos e negros com uma voz muito suave.
_Não! Estou bem! Isso foi só um arranhão!_ corta o garoto rispidamente.
_Não... Não está não. Isso não foi só um arranhão, foi um corte e pode infeccionar... _ a garota permanece intacta após o atrevimento do colega _ Sou Asuka Shimizu do 3º A e você é?_ A jovem pergunta agora recolhendo os livros espalhados.
O garoto pega seus livros de volta com as mãos sujas ainda e se levanta e, sem dizer uma palavra, começa a se retirar.
_Se não quer dizer seu nome, apenas diga obrigado_ Asuka ainda pergunta sem demonstrar desequilíbrio algum pelo silencio do rapaz.
O jovem pára, se vira, e olha diretamente nos olhos de Asuka. São segundos que parecem demorar séculos para a moça de cabelos escuros que, até o momento não tinha revelado afeição nenhuma diferente daquela de bondade, porém, agora engole seco e se vê afundando nos olhos do adolescente.
_Palavras são dispensáveis quando não se tem sentimento algum_ o garoto novamente se vira e vai embora.
Enquanto isso só resta a brisa leve que corta a face de Shimizu, uma brisa que só não fere tanto quanto a frase que, no momento, percorre em sua cabeça. Mal sabia ela que isso seria o começo de tempos turbulentos.

Os alunos que até então tinham suas vidas normais continuam a sua rotina. E a escola tão quanto os alunos prosseguia do mesmo jeito com o grupo das pessoas populares, o grupo dos nerds, o grupo dos comuns, o grupo dos revoltados e nenhuma pessoa que se rebelasse a essa mesmice cruel. O sinal de início de aula toca alertando aos pobres bovinos que agora deveriam seguir para amaciar sua carne. Os corredores começam a se esvaziar e a ficar sem vida a qual, já era pequena agora quase inexistente, e as salas cheias de zumbis que repetiam tudo que o mestre possuidor de uma régua mandava.
O tal mestre era chamado de Ootsuka-sensei, mas era conhecido também como o professor de história, era um homem de uns trinta anos, mas tinha aparência de uns dez anos mais velhos. Vestia-se com calças de linho, risca de giz, uma camisa social branca e uma gravata preta, ou seja, aparentava ser completamente normal e metódico.
_Bom dia jovens. _ suas palavras não explicitavam emoção nenhuma, ao contrário eram frias quase gélidas _ Por favor, entre.
O professor olha diretamente para a porta no momento em que aparece um rosto, um garoto sujo de sangue, com a calça rasgada no joelho direito e três pontos apresentados pelo buraco da mesma.
_Desculpe meu jovem, mas, você acabou de sair de uma rinha de galos?_ pergunta o professor sarcasticamente.
O aluno ignorou a alfinetada de Ootsuka-sensei com tal poder que toda a sala sentiu um receio de proferir quaisquer palavras ao professor ou a qualquer um. Ootsuka sentido que foi infeliz em seu comentário seguiu com as apresentações.
_Este é Akira Miyamoto. Ele ficará aqui conosco na Minokamo High School por algum tempo, espero que confortem sua estadia. Sente-se ali no fundo.
Asuka que estava entretida com suas revistas de beleza que escondia por traz do livro só agora dera conta que Akira era o garoto de antes da aula. Seus olhos rapidamente começaram a percorrer toda a sala com o intuito de não encará-lo, todavia, era como se seus olhos tivessem um magnetismo com os dele por fim, cedeu. Permaneceu o olhando até que o próprio se sentou.
_Shimizu... Shimizu... SHIMIZU?!?!
_Sim?!?!_ a garota derruba seus cadernos todos no chão com o susto. Todos estão olhando para ela menos Miyamoto.
_Shimizu não estou te reconhecendo! Você que é tão aplicada fica a procurar borboletas em minha aula! Inadmissível!!! Dessa vez não darei detenção mas você terá limpar toda a sala após a aula._ o professor ordena com um semblante temeroso.
_S...Si..Sim, professor Ootsuka_ responde.
O constrangimento da garota aparece para toda a classe e logo surgem alguns cochichos. Olhares de repreensão surgem a sua volta. Algumas pessoas que se julgavam suas amigas, revelaram não ser tão amigas assim. Estranhamente, nada disso a importava, ela queria somente descobrir quem era Akira.
_Asuka-chan...Asuka-chan...
Uma garota dos olhos cor de mel e cabelos ruivos possuidora de leves sardas chamava por Asuka enquanto essa estava completamente hipnotizada pela necessidade de saber mais sobre Miyamoto. Os cochichos da menina ecoavam pela sala e chamava atenção de alguns curiosos. A bela ruivinha cansada de ser ignorada, leva a mão em sua régua e a acerta na mão de Asuka.
_Ai!
O professor ao notar o grito se vira imediatamente para a turma procurando quem havia gritado. A sala era comum, as carteiras eram alinhadas em cinco filas, sendo sete carteiras por fileiras. As carteiras e cadeiras eram brancas seguindo o padrão das paredes. Existiam seis janelas imensas na sala que ajudava muito na ventilação já que a sala era grande e havia apenas três ventiladores.
_Por que fez isso Rikku-chan?_ pergunta Asuka com a mão ainda vermelha pela pancada.
_Porque você não me escuta!_ cochicha a amiga_ Você está pensando em que posso saber? Desde que o garoto estranho chegou você está desse jeito.
_Impressão sua! Ei!? O que é aquilo?
Um pequeno anel dourado com um emblema de um dragão e um pouco de sangue seco chamava a atenção de Shimizu. Sua memória agiu na hora. Havia visto este mesmo anel na mão de Miyamoto quando o ajudou. Ela se inclinou, pegou o anel e o guardou dentro da bolsa.
_Asuka-chan! Isso não é seu_ Rikku continua cochichando para evitar o professor mas, agora, com um olhar de desaprovação para a amiga.
_Estava aí no chão não é de ninguém. Agora é meu!_ Asuka dizia essas palavras sem se reconhecer.
_Mas deve ser de alguém e ser for importante para a pessoa?
_Vamos parar por aqui_ Asuka segurava o anel com muita força em sua mão_ O professor vai me repreender mais uma vez...
Rikku sabendo que realmente o professor iria acabar chamando a atenção porque estavam começando a se alterar, mas, não conivente com a atitude da amiga. Por fim, Rikku vencida pelo descaso de Shimizu-chan, se revolta e volta a copiar os escritos da lousa.

“Não vou entregar o anel para ele é a única forma de eu descobrir quem ele é” pensa a menina “mas isso é um roubo eu sei que é dele se não devolver estarei roubando” “mas nem importa preciso descobrir quem é ele” E ela apertava mais o anel contra o peito e pensava, pensava muito no que fazer. Quando acordou desse pequeno transe percebera que já estava sozinha na sala. De imediato começou a guardar suas coisas e arrumar a sala como o professor havia ordenado. Enquanto trabalhava na limpeza pegou novamente o anel e o segurou firme de novo.
_Ai! Essa droga me queimou!
Ela joga o anel no chão e vê estampado na mão o mesmo emblema do mesmo em sua mão. Assombrada com o ocorrido fica paralisada por alguns instantes imaginando como aquilo aconteceu. “Devo tê-lo deixado no sol, aí ficou quente e me queimou” “Mas porque não ardeu instantaneamente” A jovem agora menos entendia sobre as coisas do misterioso rapaz. Finalizou as arrumações da sala, pegou suas coisas, guardou o anel e correu pelos corredores vazios sem medo de uma advertência devido ao horário não ter mais monitores, já eram sete da noite. Passando rápido pelos corredores, Asuka sentia estar sendo observada, sentia que algo estranho estava acontecendo ali. Percebia também que não era bondosa a coisa que estava ali e mesmo não acreditando em auras tinha certeza que havia uma assassina sobre ela.
Apressou o passo, continuava correndo agora mais rápido para sair da escola e a saída nunca chegava. Procurava muito mas a saída não estava onde deveria estar. Os corredores se contorciam e as portas começavam a rir da cara dela. Asuka estava desesperada não podia correr sem um objetivo e sentia a presença horripilante chegar mais próximo e mais próximo. “Isso só pode ser um pesadelo” “Preciso acordar o mais rápido possível” “Socorro pra onde eu vou”
_Ahhhhhhhhhhhhh!_ o grito de pavor de Asuka ecoa por toda a escola_ Saia de perto de mim. Não me machuque.
A sombra de formato monstruosa se aproxima da garota destruindo tudo que estava por perto, os sons da besta pareciam ser uma mistura de dor, tristeza e raiva, sua aparência era indistinguível para a pobre Shimizu, ela estava mais preocupada em sobreviver.
_O que foi que eu fiz meu Deus? Não me deixe morrer aqui_ suplica Asuka.
A sombra apenas a encosta mas, para Asuka aquilo foi realmente muito doloroso. Seu sentimento era de uma queimadura que não feria apenas seu corpo, consumia um pouco de sua alma também. Seus gritos novamente se espalhavam pela escola e já fraca sabia que não iria agüentar ficar consciente muito tempo. Sua visão escurecia, mas, conseguiu ver uma luz em volta de um vulto. A besta agora soava sua derrota, após um exato corte transversal tê-la partido em duas. Asuka, ao final, desmaia.
_Asuka-chan...Asuka-chan... Asuka-chan
Asuka aos poucos acordava ao som da voz de alguém. Gradativamente, ela abria os olhos e agora reconhecia a amiga Rikku.
_Asuka-chan são sete horas da noite já está na hora de ir. Vamos.
Asuka observou atentamente onde estava e chegou à conclusão que não havia ao menos de sua cadeira. Sem entender o que se passava e, apenas sentindo seu suor escorrer pelo pescoço, preferiu não comentar com Rikku, levantou-se e em um estado de choque parcial seguiu a amiga.
Passou pelos mesmos corredores de sempre e não havia nada de diferente e logo se via em casa.




Fim do Primeiro Capítulo...
Próximo: Espíritos e Elementais

Última edição por Lutra Angel em 7/11/2008, 06:25, editado 1 vez(es)

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Capítulo II : Espíritos e Elementais


“Não... Não me machuque... Quem é você? Porque quer me ferir? Não”.
_NÃO!
Um grito transparece no pequeno quarto, um suor frio e uma respiração inconstante o acompanham. Os olhos assustados de Asuka circundavam todo o lugar procurando por algo que a fizesse manter o controle. O mesmo era simples, era cheio de bichinhos de pelúcia, havia também um abajur em forma de lua ao lado da cama. Além disso, havia sua escrivaninha com seu computador, uma televisão e o armário em seguinte. Todavia, nada chamava mais atenção no ambiente que uma penteadeira que parecia ter séculos de idade. A penteadeira era detalhada com ouro em suas quinas, havia um espelho e três gavetas sendo a do meio com tranca. E é nela que Asuka se refugia dirigindo-se aos próprios olhos refletidos no espelho. São momentos de sofrimento, seu olhar continua lhe relembrando do pesadelo e Asuka imediatamente confere as queimaduras da mão e da perna, mas não há nada lá.
Procura seu celular que deveria ter caído no susto. Eram seis horas. Isso dizia que ela deveria se arrumar para a escola. Ela tinha medo não queria voltar lá depois do acontecimento “E se vira realidade aquilo?!” pensa. Estava a ponto de delirar não sabia em que acreditar. Tirou seu pijama, branco com pequenas estrelas azuis bordadas à mão, tomou um banho, vestiu, lentamente, o uniforme da escola, calçou seus tênis, arrumou sua cama recolocando todos os seus ursinhos sobre essa, recolheu seus cadernos e livros que havia utilizado na noite passada e foi pentear seus longos cabelos negros. Asuka já não conseguia encarar mais espelhos, era difícil ver seu rosto que ainda estava chocado com o pesadelo. Penteava seus cabelos com uma escova que ganhara da avó a qual adorava muito, pois sempre lhe contava histórias quando ia visitá-la.
_O café da manhã está pronto!_ uma voz feminina gritava lá em baixo.
_Já vou mãe... _ a resposta custou muito a sair.
Asuka guardou sua escova, pegou suas coisas e após checar se havia deixado tudo em ordem desceu para a cozinha.
_Hoje temos ovos com bacon no café_ diz a mãe toda alegre _ coma tudinho senão vou ficar triste.
_Itadakimasu!
A mãe de Asuka era muito bonita. Como a filha tinha os cabelos longos e negros e olhos azuis, o que não era corriqueiro no Japão. A mãe era mais alta que a filha e tinha um olhar generoso e feliz. Além de ser muito elétrica também. Andava pela cozinha, passava a mão pelo balcão em que a filha comia, olhava para todos os eletrodomésticos e procurava alguma sujeira que pudesse limpar.
_Obrigado pelo café da manhã mãe... Tenho que ir _ Asuka já se levantou para sair, mas sua mãe a impediu.
_Tem alguma coisa a perturbando? _ a mãe já não demonstrava mais brincadeiras e sim seriedade _ Algum garoto que você se interessou? _ o clima de seriedade acabava com essas palavras_ Porque a mamãe sabe tudo sobre homens, tudo que você quiser a mamãe te fala... Por acaso ele tem pai solteiro?
_NÃO É NENHUM GAROTO! _ a menina esbravejava_ Eu estou bem! Não preciso desse tipo de conselhos_ agora toda envergonhada_ E mais você acha que eu iria pedir conselhos a uma encalh...
_O que disse?_ sua mãe parecia mais aterrorizante que a besta do sonho.
_Nada não, hehe...
Asuka pega suas coisas e sai, correndo, rumo à escola. Sem coragem de olhar pra trás e enfrentar a fúria da mãe.
_Volta aqui Asuka!_ os gritos da mãe já eram distantes.

Asuka já não tinha tanto medo do sonho após a conversa com a mãe, já achava que havia tido apenas um pesadelo e estava era obcecada pelo garoto misterioso, Akira, mas pensava em entregar o anel para ele, se arrependendo de não tê-lo feito antes. Asuka chegou cedo à escola por ter corrido e não havia muitas pessoas na escola. A jovem adorava ir a um campo perto da área de educação física e instantaneamente se via lá. O campo tinha uma grama muito verde e cerejeiras belíssimas, as lindas sakuras, sem contar as sutis cosmos. Seguindo pé ante pé sentindo o perfume do campo e as pétalas das flores sendo levadas pelo ar.
Asuka continuava a caminhar pelo campo, quando escutou alguns ruídos que pareciam pedras. Asuka sabia que não estava só.

Asuka procurava o barulho e quanto mais andava mais chegava perto dos ruídos. Por fim, vê uma sombra que lhe era familiar.
_Quem está aí?_ perguntava a voz.
A garota segurou a respiração e teve certeza que não faria nem um simples ruído.
_Não tente me enganar, posso sentir o vento de encontro ao seu corpo.
Asuka não sabia como reagir. A pessoa que observava já sabia de sua presença, só lhe faltava descobrir quem era.
_Quem é você?_ perguntava com receio.
_A pessoa de quem você roubou o ryutaro.
_Ryutaro... Roubou?!_ estava perplexa_ Você só pode estar de brincadeira.
Asuka se dirigiu à pessoa atrás da árvore e encontrou o tal garoto, Akira Miyamoto.
_Não. Odeio brincadeiras. Você roubou meu anel ryutaro. Você achou que eu não sabia?_ o garoto ainda estava com o mesmo ar de superioridade.
_É... Eu ia devolvê-lo_ respondia sem jeito_, mas e como sabia que eu estava com ele?
_Ele é meu. Como eu não saberia onde ele está?_ Akira continuava tranqüilo.
_Não entendi. Por acaso você possui algum poder que eu não sei?_ fazia pouco caso do garoto.
_Sim, isso mesmo.
_Me poupe dessa história, está bom que você é estranho, mas pensar que sou uma criança que acredita em tudo que vê é demais né?
_Se é criança isso não me interessa só quero que me devolva o ryutaro e saiba que eu digo apenas a verdade.
Asuka não entende a seriedade do garoto, mas assim mesmo procura entregar o anel. Agora mais perto de Akira, a menina percebe os traços do rapaz. Ele era magro e nem era tão bonito, só que de alguma forma passava segurança a ela.
_Se é que tem poderes então me mostre assim eu acreditarei.
_Certo.
“Ó grande tenkytenshi, aquele que controla a origem e o destino, use as asas que são necessárias e proteja as pobres almas aflitas”.
_Yamero!
_Não aconteceu nada viu...
O garoto continuava calado enquanto Asuka apenas o achava mais estranho com todos aqueles versos, o que ainda não entendia era como Akira era convicto na sua idéia de ter poderes.
_ Não acredito que vai ficar calado de novo..._ Asuka diz desmotivada.
Quando ia se retirar, a menina percebe que tem algo errado. Asuka começou a observar calmamente ao redor e aos poucos percebia que nada mais se movia a grama e as plantas não reagiam ao encontro com o vento. Asuka estava pasma e não sabia como reagir.
_O que você fez?
_Eu parei o fluxo temporal, poucas coisas podem se mover quando isso acontece.
_Então como nós podemos nos mexer?
_Você se mexe porque foi marcada pelo ryutaro.
A queimadura com que Asuka havia sonhado voltara, novamente o dragão jazia em sua mão.
_Então aquilo não foi um sonho?_ o temor retornava ao lembrar da besta_ O que era aquela coisa?
_Eram espíritos... Espíritos vindos do Yomi, o mundo dos mortos. As almas vão para o Yomi e quando se corrompem viram os Akuseishin e alguma entidade maligna abre a passagem ao mundo terreno.
_E o que significa essa marca?
_Você pergunta demais sabia..._ diz Akira levando a mão ao rosto_ Essa marca quer dizer que você é minha seguidora e que deve me ajudar nessa luta contra os Akuseishin.
_Sua seguidora?! E se eu me recusar?
_Você já foi marcada e se tornou um alvo para os Akuseishin, mas, por seu bem, está protegida a mortes instantâneas por eles, porém as pessoas queridas por você não. A escolha de me ajudar ou não é sua. Na verdade, nem necessito dela, porém também posso não estar por perto quando atacarem sua família, por exemplo.
_E como você luta contra esses espíritos, Akira-kun?_ ainda receosa sobre perguntas
_Ai como isso me cansa, você é bem medíocre né?
_Olhe como fala comigo, só porque você tem poderes não quer dizer que não posso te socar.
_Tá certo... Tá certo... _ Akira sentiu realmente um fogo ameaçador brilhar nos olhos de Asuka_ Existem elementos e entidades no nosso mundo e para usufruir dos poderes elementais e para evoluir você precisa pactuar com essas entidades. Alguns pactos são fáceis de serem concluídos outros são muito complexos. Olhe.
Akira respirava profundamente, era possível para ele sentir todas as coisas mesmo com o tempo parado, uma aura flamejante aparecia ao seu redor seus olhos se abriam e brilhavam como a aura.
“Hotenshi, mestre dos grandes vulcões e salamandras, aquele que badala nove vezes até o sol e revela o calor de um coração humano, nos abençoe com suas chamas”.
_Fukuryuu
A aura se transforma em uma onda flamejante que circunda Akira e Asuka.
_Isso é magnífico_ Asuka deslumbrada com o brilho das chamas_ poderei fazer isso se quiser?
_Qualquer humano marcado, que são chamados de ningenryutaro, pode fazer isso, mas terá um limite de aprendizado.
As chamas vão ficando mais fortes, e hostis, o ryutaro, com brilho cegante, as dispara em ponto do campo, deixando Asuka realmente surpresa.
_Como fez isso?_ pergunta inocentemente.
_Agora não é hora pra explicações... _ responde Akira com uma expressão tão séria e imponente_ eles chegaram.



Fim do Capítulo...
Próximo : Sopro da Maldade

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Capítulo III : Sopro da Maldade


Um grande monstro saia das chamas produzidas por Akira, seu grito era estarrecedor e trazia uma forte sensação à Asuka. Ela não conseguia mais respirar direito, estava com os olhos fixos no akuseishin sentia uma grande dor em sua alma.
_Akuseishin revele seu nome e aguarde a sua purificação!_ Asuka dizia preparado para lutar.
O monstro cada vez mais se aproximava sua intenção assassina era tão clara que a própria Asuka conseguia sentí-la. A cada passo que ele dava a dor de Shimizu aumentava. Ela já não conseguia segurar sua dor e seus gemidos eram claros.
_Idiota! Você ainda está aqui?! Afaste-se!
Akira, em defesa da moça e em sua própria, partiu em combate com o espectro. Sua mão vai até um crucifixo que levava consigo. _Vamos Ame-no Murakumo! Consuma toda a maldade e que se faça a luz.
A lâmina de sua espada rugia vorazmente, como se chamasse a atenção de tudo à volta.
Akira preparava um ataque muito poderoso ao julgar pela forma de sua espada.
_Soradenki!
Uma forte rajada brilhante é disparada por Akira. Uma luminosidade tão grande que consumiu grande parte do local e que fazia Asuka ser pressionada pela tensão espiritual.
_Acho que não..._ um vulto atravessa a frente do akuseishin e desvia o ataque.
Akira estava chocado com a possibilidade de seu ataque ter sido impedido. Só podia esperar para ver quem era o responsável por isso. A luz do ataque deixa o lugar e revela o tal sujeito. Um ser aparentemente humano de cabelos azuis e sem camisa explicitando um enorme dragão às costas, e um colar de dentes de algum animal.
_Você... _ Asuka estava espantado com a presença do jovem de cabelos azuis_ Ryuukyu!
_Ainda se lembra de mim, seu inseto. Mas eu não lhe dei permissão para dizer meu nome.
Ryuukyu possuía um olhar desdenhoso e tudo em sua volta se transformava em pó. Toda a beleza do campo que estava próximo a ele perdera a vida. Só restava o rugido monstruoso do akuseishin.
Akira já meio que descontrolado de fúria parte para cima de Ryuukyu.
_Ahhhhhhhhh! Eu vou te matar seu filho da mãe!
_Soradenki! _ Akira faz o mesmo movimento de antes.
Desta vez, é visível o movimento do inimigo. Ryuukyu embate o ataque com uma grande espada que mais parecia com uma presa de um animal.
_ Você acha que essa sua faquinha é páreo para a Dragon Fang? Não seja tolo! _ mais uma vez, o garoto de cabelos azuis se mostra desdenhoso _ Vou lhe mostrar o verdadeiro poder!
Labaredas azuis começam a circundar a espada do inimigo, enquanto o akuseishin nem se mexe.
_ Morra! Soul of Cha.... o que?!
Ryukyuu fica paralisado por alguns instantes e Akira fica sem saber o que está acontecendo. Um véu negro aparece atrás de Ryuukyu e o abduze.
_ Você tem sorte, mas da próxima vez não será assim. Bwhahahahaha
Akira ainda descontrolado nem nota que o akuseishin começou a se mover e parte para cima do véu negro.
_ Você não vai fugir Ryuu!
_Ahhhhhhhh _ um grito feminino ecoa no ar.
Akira olha pra trás e vê Asuka prestes a ser engolida pelo espírito malígno. É tarde demais para Akira tirá-la de lá, mas assim mesmo parte para cima do monstro.
_AHHHHHHH!
Akira é mordido pelo akuseishin e seu sangue cobre o chão. Ainda num movimento de força segura firme a espada e prepara, com suas forças restantes, um ataque.
_Irradie como o Sol, Ame-no Murakumo... SORADENKI!
O feixe de luz atinge o monstro e provoca um corte transversal perfeito, levando o espírito aos seus últimos momentos. Akira ainda sangrava muito, já sem forças, sua espada retorna a forma de crucifixo e por fim levando a mão ao ferimento desmaia, conseguindo apenas escutar a voz de Asuka chamando o seu nome.

_Akira-kun... Akira-kun... Você está bem?
Akira aos poucos vai recobrando sua consciência. Abrindo os olhos se vê em um quarto cheio de ursos de pelúcia e deitado em uma cama fofa. Quando vai levar a mão ao bolso da camisa da escola vê que está sem camisa.
_AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH_ o grito de Akira foi mais pavoroso do que quando foi ferido. No mesmo passo, o jovem pegou um lençol e se cobriu. _ Onde que eu estou? Cadê minha camiseta? O que você está fazendo aqui?
_Já te disseram que você pergunta demais? Isso é bem medíocre né?_ os papéis se inverteram, agora era Akira que não sabia de nada e Asuka adorava isso _ Mas como sou boazinha vou te contar...
_Você estava sangrando muito e sua magia seja lá o que você fez com o tempo perdeu o efeito. O lugar tava todo destruído e pra sua sorte eu consegui te trazer até a minha casa antes que alguém te encontrasse naquele estado. Se for pra ser sua seguidora tenho que fazer bem feito né?
Asuka era realmente muito bonita. Muito mais quando se olhava de perto. Akira ficava só olhando e pensando como aquela garota tinha tanta força. Era impossível que ela o tenha trazido sozinho. Mas, com isso, Akira se sentia um pouco mais à vontade.
_Humm... E sem esquecer sua camiseta está pra secar, e minha mãe não pode ver você aqui dentro senão vai achar coisas...
Akira sem entender nada pergunta inocentemente:
_Que coisas?
No mesmo momento Asuka fica vermelha que nem o sangue que ainda estava no curativo de Akira.
_Coisa nenhuma! _ diz a menina abrindo um sorriso disfarçado e dando-lhe um tapa no ombro.
_AHHHH! Quer me matar também?
_Desculpe Akira-kun! Desculpe...
Akira já começa a levantar e vai logo recolhendo suas coisas. Desce para pegar sua camisa e Asuka vai atrás. Akira se veste e começa a sair. Asuka ainda curiosa para saber mais coisas sobre o garoto segura seu braço.
_Ei! Aonde você vai? _ pergunta.
_Pra minha casa... _ retruca o garoto.
_Mas e se eles voltarem?
_Fique com o ryutaro. Quando precisar eu saberei.
_Mas eu ainda quero saber coisas... Quem era aquele tal de Ryuukyu?
_Alguém que você não deve conhecer_ o jovem responde já com a cabeça baixa.
Akira sai, e segue em frente numa fina chuva que agora começa. Asuka apenas fica na porta olhando a silhueta do agora amigo sumir.

Fim do Capítulo...
Próximo: O início de uma longa jornada

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Capítulo IV : O início de uma longa jornada


Asuka caminha lentamente para a escola pensando sobre essa nova vida de mistérios e se perguntando por que Akira se abalou tanto ao falar de Ryuukyu. O caminho da escola era uma estrada simples, ainda de terra, com sakuras alinhadas nas duas extremidades. O vento hoje estava mais forte do que o normal por isso as pétalas das sakuras planavam no ar.
_Asuka-chan! Asuka-chan!
Asuka se vira e percebe que se trata de sua amiga Rikku.
_Rikku-chan! O que fazes aqui?
_Como assim o que fazes aqui?_ Rikku sem entender o que se passa_ Todo dia nos encontramos para ir pra escola. Asuka, fazemos isso já faz quase dois anos.
_Desculpe Rikku... É que hoje eu estou meio desatenta, pensando em algumas coisas.
_É sobre o que aconteceu anteontem?
Asuka fica espantada. “Será que Rikku-chan sabe do que está acontecendo...Como ela descobriu?” pensava.
_Desculpe Rikku-chan... Eu estava pensando em te falar... _Asuka responde nervosa.
_É sim! Você devia ter me dito. Como você pode não devolver aquele anel?
Asuka fica mais tranqüila em saber que a amiga não estará envolvida nessa história toda. Olha para o dedo e o anel está lá.
_Eu fui devolver Rikku, mas a pessoa me deu.
_Te deu?! Quem foi? Deve ser alguém rico porque aquele anel parecia valioso. Foi um garoto? E você me escondendo isso hein... Você tem um namorado e eu aqui sozinha...Ele tem amigo?
_Não tenho namorado nenhum!_ responde Asuka corando_ É incrível sua semelhança com minha mãe, sempre pensando em namoro.
_Pois sua mãe é esperta, ela sabe que o amor é a fonte da vida. Adoro um romance!_ diz Rikku toda animada.
_Ás vezes acho que fomos trocadas no berçário..._sussurra Asuka.
_O que foi?_ pergunta Rikku ingenuamente.
_Nada não_ responde Asuka com um sorriso malicioso.
_Que coisa estranha é aquela?_ Rikku indaga assombrada_ Parece um pequeno tornado. Que lindo!
_Não dirija a palavra a mim sua humana imunda!_ uma voz soa através do pequeno redemoinho de vento_ Mostre mais respeito a mim.
Asuka já pressente que não deve ser coisa boa enquanto Rikku parece muito chocada.
_O..o..o..que é i-isso?
_Rikku-chan fique atrás de mim_ Asuka não sabe o que fazer, mas assim mesmo pressente que o ser não tem boas intenções e sabe que deve proteger a amiga.
_Você não conseguirá me deter, você não tem poder suficiente, é apenas uma ningenryutaro e eu sou um ariel! Chega de conversa, te levarei para meu mestre após matar essa humana insignificante.
O ariel segue em direção das garotas, aumentando seu tamanho e devastando todo o caminho.
_NÃO!_ Asuka pára em frente Rikku com os braços abertos aguardando que o tufão a atinja ou que alguma coisa a salve.
O ariel acerta Asuka bem no peito a jogando para longe e deixando manchas de sangue por todos os lados. A garota tenta juntar o máximo de forças, mas parece que não vai agüentar ficar acordada, levanta a mão em direção à amiga e desmaia.

Akira sente que algo está errado. Sabe que o vento não está como o de costume. Uma voz muito grossa e rouca começa a chamar pelo garoto...
_Luke! Luke! A garota está em perigo. Sinta-me. Venha até mim.
_Onde você está? Proteja-a.
Akira relaxa, respira fundo e limpa toda sua mente.
_Anjos das seis casas celestiais, tragam o irreconhecível ao véu da luz, mostre-me o segredo que procuro... ORACLE’S EYES!
Akira abre lentamente os olhos, lentamente, e os mesmos se mostram brilhantes e avermelhados como o fogo. Uma visão da estrada de sakuras se revela para o jovem. No mesmo momento, duas asas magníficas se abrem nas costas de Akira que parte em busca do local.
Chegando lá, não consegue ver nada senão as manchas de sangue por todo o local e Rikku deitada inconsciente.
_O que aconteceu aqui garota?
_A...As...Asuka-chan? Onde está ela? Preciso ajudá-la.
_Garota não diga o que não pode fazer você mal consegue se levantar.
_Mas ela é minha amiga e eu preciso salvá-la daquele tal ariel.
_Ariel?! O que os elementais do vento querem com Asuka? Isso não faz sentido...
_Não me importa o que eles querem seu imbecil! Eu vou salvá-la! E vou depressa! M-Mas... Você tem asas?! _Rikku diz assombrada_ Eu sabia que você era estranho, mas não tanto...
_Descanse aqui sua imprudente! Não me importa o que acontece com você. Mas se você for vai me atrapalhar então fique quieta e não se mova.
Akira chega vagarosamente perto de Rikku e leva a mão à cabeça da menina.
_Durma com os anjos...
Rikku desmaia. Akira reúne um pouco de sua energia e recupera o lugar ao seu estado original, o que o deixa um pouco cansado. Pega Rikku em seus braços e a deixa na casa de Asuka, a qual não era muito longe.
_Tenho que ir depressa, mas não posso deixar que o mundo seja afetado pela destruição_ Akira diz com uma entonação séria.
“Ó grande tenkytenshi, aquele que controla a origem e o destino, use as asas que são necessárias e proteja as pobres almas aflitas”
Yamero!
O tempo mais uma vez pára.
_ Se um ariel veio buscá-la. Então só tem um lugar que ela pode estar.
Akira abre suas asas e rapidamente corta as nuvens. Voa por mais umas duas horas e avista traços de um castelo de vidro coberto por uma neblina densa.
_É aqui! O Santuário das Vozes do Silêncio. Asuka, espero que esteja bem.

Enquanto isso, Asuka acordava ao poucos. Pelo que via, por algum motivo estava completamente curada. A jovem tenta se levantar, mas percebe que está acorrentada a uma mesa enorme e que várias mulheres estão em volta da mesma.
_Não se preocupe... Não iremos fazer nada de mal com você. Não por enquanto... _ diz uma mulher coberta por uma capa.

Fim do Capítulo...
Próximo: A primeira jóia de Deus

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Capítulo V : A primeira jóia de Deus


Akira se dirige a uma plataforma na entrada do castelo flutuante. A névoa ainda é muito densa e quase não se vê nada, mas assim mesmo, é possível se notar o grande portão prateado com detalhes tribais feitos de esmeraldas verdadeiras.
Akira vai de encontro ao portão, cautelosamente e retraindo suas asas novamente, pois sabe que os ariel não são naturalmente hostis, mas são muito poderosos, afinal são elementais puros.
_ Ame-no Murakumo, corte a cegueira e que se faça a luz!
O crucifixo de Akira começa a brilhar tão intensamente que nada pode ser visto. Quando a luz se dissipa, é nítido que a neblina com ela se foi. Os raios solares, agora, atingem todo o castelo e os detalhes do grande portão se mostram. Nele existiam caracteres que pareciam algum tipo de linguagem, que por sinal era muito antiga também.
Akira logo encosta no portão e uma lufada de vento o acerta ferindo sua mão. Era como se tivesse colocado a mão em um furacão, por sorte não quebrara nenhum osso.
_Tenho certeza que só servos do vento conseguem passar por essa coisa sem se ferir. É algum tipo de barreira mágica. Se ao menos eu tivesse a Durandal!_ exclamava o jovem ansioso_ Mas eu não posso ficar aqui tenho que passar de qualquer jeito.
Akira sabe das conseqüências, mas assim mesmo tenta atravessar a grande barreira. Seu sangue espirra por muitos lugares da plataforma, a porta usa o vento com foices que realmente cortam tudo que tocam. A dor é intensa, porém Akira está totalmente determinado a não deixar ninguém morrer.
Depois de um tempo Akira atravessa a porta totalmente, seu corpo está cheio de cortes e as roupas já são trapos, por sorte não ficara totalmente nu. A única coisa que parecia intacta era sua espada, a Ame-no Murakumo.
Em sua frente haviam duas escadas estreitas ligadas às torres e uma escada central que deveria levar ao saguão do castelo. O mesmo realmente era todo de vidro, só que este não parecia normal, pois estava todo rachado. As torres eram espirais e enormes tanto em altura quanto em espessura.
Enquanto subia a escadaria central, podia ouvir barulhos de tambores, advindos do grande saguão, que soavam repetidamente.
_Algo está acontecendo de errado... Isso não parece normal, preciso me apressar ou Asuka pode...
_Morrer?
Uma voz estridente saia de um redemoinho um pouco acima na escadaria. Akira já em prontidão empunha a espada, meio assustado por não ter pressentido a presença do estranho.
_Quem é você? _ pergunta Akira.
_Vejo que é corajoso... _ dizia o redemoinho_ Só por isso vou te dizer quem sou. Meu nome é Lörien, um ariel metamorfo de terceiro grau e servo direto de Seraphina-sama. Fui eu quem trouxe sua amiga para cá. _ logo em seguida solta uma risada debochada.
_Ariel metamorfo?! Então quer dizer que você possui uma forma humana. Mostre-se e me enfrente para que depois eu leve a garota de volta.
_A garota de volta creio que você não levará. Ela faz parte dos planos de Seraphina-sama. Mas minha forma agora você verá como seu último desejo.
“Grande Emerald, deus dos ventos do leste, traga minha humilde forma, aquela que sempre se ajoelhará aos seus preceitos”.
O pequeno tornado emite um brilho forte e começa a tomar forma.
_ Mas o que?! _ Akira olha assustado _ Você é uma garota!?
Lörien era uma garota de seios fartos e era consideravelmente alta. Seu cabelo era negro e ondulado, além de preso por uma tiara detalhada por runas e seus olhos eram vermelhos. Usava um vestido vermelho, bem decotado na área das costa e com um lado das pernas mais longo que o outro, e botas bem negras. Também possuía um colar dourado com um ruby. Em sua mão esquerda uma lança estilizada com fitas logo abaixo da lâmina e uma fita bem larga rodeando todo o cabo.
_Preparado para morrer humano? _ a voz agora era forte e mais robusta.
Akira sabia que a luta não seria fácil. Seus ferimentos eram graves e precisava descansar um pouco. Segurava a Ame-no Murakumo com as duas mãos, pois não conseguia mantê-la como o normal.
O confronto começara e o choque entre as armas fazia estrondos ensurdecedores. Akira era pressionado por Lörien. A bela ariel lutava muito bem e era muito veloz.
_Você não é tão fraco como parecia, consegue lutar mesmo com tamanhos ferimentos. Só que uma coisa é certa, você não faz jus a sua lenda.
_Então você sabe...
_Apesar de não ser um ariel metamorfo de sétimo grau eu sei de alguns de seus segredos por servir Seraphina-sama. A obsessão dela por você é imensa. Sempre achei que seu poder seria assombroso, mas me enganei. A única coisa que sei, é que você não está aqui apenas pela garota. Você realmente quer a Durandal, uma das Jóias de Deus.
_Você sabe muito para um ariel imprestável!
_Essa voz... _Akira parecia chocado.
Um garoto, aparentemente de uns quatorze anos, subia as escadas. Tinha os cabelos verdes, curtos e arrepiados e os olhos azuis. Vestia um kimono branco e usava braceletes prateados. Tinha orelhas pontiagudas e segurava uma katana de mais ou menos um metro e meio de lâmina com sinos japoneses em sua empunhadura.
_Rikuto! _exclama Akira supreso.
_Vejo que ainda se lembra de mim onii-sama_ Rikuto era calmo e tinha um sorriso meio seco.
_E você sua ariel deprezível..._continuava Rikuto_ Nem tente atacar meu irmão, você não é digna nem da presença dele.
_Hummm... Então você é o irmão de Akira_ Lörien retrucava debochada_ Isso não faz diferença, matarei vocês dois.
_Siga em frente aniki!_ dizia Rikuto para Akira_ Vá pegar a Durandal.
Akira nota a seriedade do irmão mais novo e corre em direção ao salão principal.
_Não permitirei que vá_ se apressa Lörien_ DESTINY’S LANCE!_ uma lança enorme é projetada da arma de Lörien e vai em direção de Akira.
_SHUNKYAKU!_ Rikuto em uma velocidade assustadora usa sua lâmina e corta a enorme lança de energia em duas impedindo o ataque.
_Como conseguiu parar meu ataque?_ diz a ariel chocada.
_Eu sou seu oponente. E eu disse para não atacar o onii-sama.Você conseguiu me irritar sua inútil._ Rikuto ainda tinha um sorriso seco e sarcástico no rosto, mas seus olhos mostravam uma grande determinação.

Enquanto isso, perto daquele lugar, Asuka estava ainda acorrentada na grande mesa sendo vítima de um estranho ritual.
A mulher, que conversara com Asuka e que ainda estava coberta pela capa, dançava acompanhada de outras pessoas cobertas por capas também. Várias pétalas de sakura rondavam o ambiente. Existia também o som de sinos japoneses junto ao som dos tambores.
“Grande Emerald, deus dos ventos, dê a nós seus mais amados servos o poder do grande elemental, a brisa que sopra nas noites de maré, o controle das vozes do silêncio, em troca da vida de um ser puro banhado pela magia de ryutaro, o dragão dourado”
A mulher abre uma caixa próxima a Asuka e dela retira um belo punhal dourado.
_Receba a vida desta ningenryutaro, ó grande ser!
_NÃO!_ Akira entra na sala e os sinos e os tambores param de soar.
_Tarde demais!
Asuka sente o punhal entrando em seu peito lentamente, tudo parece em câmera lenta. Ela sabe que sua vida está se esvaindo com o sangue que sai do seu ferimento. Suas lágrimas escorrem pelo seu rosto, vira para o lado e vê Akira correndo em sua direção, por fim demonstra um sorriso e tudo fica negro.


Fim do capitulo...
Próximo : Durandal e as lágrimas do céu

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Capítulo VI : Durandal e as lágrimas do céu


Akira não acredita no que vê. Enquanto corria em direção de Asuka, via seus olhos se fechando lentamente. O sangue escorria pela lâmina do punhal e caia no chão frio. Toda a música parara e a única coisa que se ouvia era Akira.
_ASUKA!!!
_Desgraçada!_ Akira estava desesperado e ao mesmo tempo furioso. Empunhando a espada, partiu para o combate contra a dama da capa.
A mulher era bem rápida e todos os golpes de Akira eram premeditados por ela. Em um movimento final, a inimiga acerta Akira, deixando rolar algumas escadas que existiam no salão.
_Menino insolente... _ a mulher dizia debochada tirando a capa_ ou devo dizer renegado insolente.
Akira se levantava meio tonto pelo ataque, mas conseguia ver bem a assassina de Asuka. Ela era uma mulher muito bonita. Seus olhos eram azuis acinzentados e seus cabelos eram longos e loiros. Possuía orelhas pontiagudas e uma delas tinha dois piercings na parte superior. Usava uma saia verde muito curta e uma blusa, da mesma cor, bem justa que deixava a barriga à mostra, o que realçava seus dotes corporais. Além disso, suas botas eram de couro marrom e ultrapassavam seus joelhos. Tinha uma tatuagem em forma de flecha no braço direito e outra faixa que percorria a barriga e descia pelas duas coxas, de um lado terminando em círculo e a outra em flecha.
_Você acha que poderia atacar uma pessoa como eu? Você acha que pode me ferir? Eu a grande sacerdotisa Seraphina_ continuava guardando o punhal, que agora tinha uma espécie de sol talhado no fim da empunhadura e, por sinal, parecia ter se unido ao sangue de Asuka, na parte traseira do cinto.
_Você não precisava tê-la envolvido.
A luta recomeça, são muitos golpes, mas Seraphina nem ao menos se sente pressionada. Os dois se distanciam e preparam seus ataques. A espada de Akira brilha e o mesmo sente a energia fluir pelos seus dedos.
_SORADENKI!
Os cabelos de Seraphina se elevam com o vento e os espíritos rondam seu corpo.
_Te mostrarei o que é poder!!! MAGICAL TWISTER!!!
Um grande tornado cheio de espíritos do ar se choca com o flash luminoso de Akira causando uma explosão realmente forte e destruindo muitas partes do teto do santuário. Os dois são jogados para longe, mas Akira está em uma pior, com muito esforço, já exausto, levanta.
Akira estava enfurecido. Sentia seu suor misturado ao sangue escorrer gradativamente pelo seu rosto. Asuka estava morta e ele nada podia fazer. Aos poucos, o garoto se via numa escuridão profunda, a culpa pela morte de Asuka rondava sua mente.
_Você quer o poder não é?
Akira abriu os olhos e viu alguém igual a ele, só que de cabeça para baixo.
_Eu posso te dar o poder para acabar com aquela vadia. Você sabe disso_ continuava a voz maliciosamente.
_Eu quero o poder! Eu quero vingança!_ Akira estava fora de si, não conseguia pensar em mais nada senão em matar Seraphina.
_Se você assim deseja!
Uma grande aura negra envolve Akira. As asas antes brancas, agora nascem negras como a noite. Sua espada se transformara numa grande foice negra que parecia gritar por sangue. Seus olhos estavam totalmente brancos e seus cabelos estavam longos e negros. A pressão da alma de Akira estava descontrolada, acabara por matar várias pessoas que estavam na sala, outras fugiram pelo medo.
_O que é isso?_ Seraphina parecia preocupada_ Entendo você ainda não consegue equilibrar seu poder... Deve ser difícil pra você, não importa deixe-me liberta-lo dessa agonia.
Seraphina dizendo isso tirou sua blusa e com a parte superior do corpo nua, uma tatuagem de um arco era vista em suas costas. A sacerdotisa leva a mão esquerda à tatuagem que se transforma em um arco real. Sua tatuagem do braço direito escorre pelo mesmo se tornando uma flecha e um peitoral que cobre sua nudez.
_Vou acabar com isso logo... SAINT’S ARROW!
A flecha disparada cria um véu branco e vai à direção de Akira. O garoto levanta sua mão e coloca em frente à flecha, a qual é consumida pela escuridão que o rodeia.
_Sua insolente! _ as feições de Akira estavam totalmente mudadas, parecia mais um akuseishin do que um humano normal_ Como se atreve a me atacar! Você vai morrer e quando eu te matar, vou comer seu coração e destruir sua alma.
_Tsc... esse moleque vai me trazer problemas_ Seraphina ficara insegura depois que sua flecha foi facilmente dissipada.
_Morra... _ dizia Akira num tom que não demonstrava nenhuma emoção e levando a foice para combate.
_Não pense que será fá... _ Seraphina não teve tempo nem ao menos pra terminar sua fala levando um chute de Akira no estômago e voando alguns metros.
_Será que eu me divirto com você? Será que eu conseguiria me divertir sem sentir nada? Tudo isso não tem sentido... Acho que vou te matar logo para me isolar nas trevas de novo... _Akira continuava frio, de tal forma que todos os corpos que estavam ao seu redor eram consumidos pelas trevas.
Akira atacava Seraphina de todas as formas. A sacerdotisa já sangrava muito pelos cortes e tinha muitos hematomas. Akira ia de encontro à Seraphina rodando a foice e preparando o golpe de misericórdia.
_Descanse na escuridão sacerdotisa...Hã?
Uma fraca onda parece ter incomodado Akira que parou o ataque rente ao pescoço de Seraphina. A mulher já prestes a perder a consciência, desfere um ataque que atinge peito do rapaz e desmaia. Ele olha para o ferimento como se nada tivesse ocorrido e retira o punhal, cicatrizando a ferida imediatamente. Seu corpo fica paralisado, sua aura fica estável e suas asas novamente se tornam brancas. Akira tem características humanas agora. Já em sã consciência, deixa Seraphina no lugar onde ela caíra e vai em busca de Asuka. Sobe pequenas escadas do altar e encontra o corpo coberto por sangue. Ele a abraça e fecha os olhos.
_Não era pra você morrer... _Akira se ajoelha perante a mesa de sacrifício, bastante deprimido, e alí ficou por muitos minutos.
_Luke...Luke..._ era ryutaro mais uma vez_ você ainda pode salvá-la...o sangue dela está em você... vocês estão ligados... use as lágrimas dos anjos....
_O que são as lágrimas dos anjos? O que são? Eu ainda não sei quase nada... Mas como?
O ferimento de Asuka regenera-se em pouca escala e pára.
_Como isso aconteceu? Vamos feche tudo...
Akira fecha os olhos, se concentra, tenta usar sua energia para curá-la, mas nada tem efeito.
_Vamos funcione de novo_ Akira se desespera e abraça Asuka novamente.
Sente mais uma vez que o ferimento de Asuka se fecha um pouco e pára, continua abraçando, mas o efeito não continua. Começa a refletir nas palavras de ryutaro e em tudo o que aconteceu. Olha para os lados e vê o punhal caído no chão todo ensangüentado.
_É isso! _Akira pega sua espada e faz um pequeno e um tanto profundo corte em sua mão_ Seu sangue está em mim, estamos ligados, então...
O sangue escorre por sua mão e cobre todo o ferimento o qual começa a brilhar e que se mostra cicatrizando por total agora.
_Eu não vou deixar você morrer... Sua alma ainda não deixou este mundo... você vai voltar... _ diz Akira agora chorando suavemente.
Uma chuva rala começa e adentra o santuário por partes do teto destruído pela batalha. Asuka não acorda e Akira a abraça mais forte.
_hmmmm...
_Asuka-chan..._ diz Akira olhando para a garota.
_Akira-kun? Porque está chorando?_ pergunta a garota ainda meio tonta.
_Um cisco entrou no meu olho_ responde limpando os olhos, ficando sério.
_Nossa que lindo!_ Asuka apontando para um enorme arco-íris no dentro do templo.
_Mas como isso está aqui dentro?
Os dois olham procurando e encontram o punhal brilhando suspenso no ar. A luz se intensifica e a arma toma uma forma maior, semelhante a uma espada. A luz cessa e revela o novo objeto.
_O que é isso?_ perguntam os dois assombrados.
_É Durandal! _ responde Seraphina levantando, um pouco recuperada.

Fim do capitulo...
Próximo : As Verdadeiras Intenções de Seraphina

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Capítulo VII : As Verdadeiras Intenções de Seraphina


_Afaste-se de nós! _ alarmava Akira.
_Garotos e sua insignificância pra pensar_ dizia Seraphina suspirando_ O que eu queria já foi realizado, e tudo correu exatamente como eu previa... Bem quase tudo.
_Ah! _Asuka gritava chocada_ Foi essa mulher que me esfaqueou!
_Agora que você percebeu... _ diziam Akira e Seraphina descrentes na demora de raciocínio de Asuka.
_É sério! Com certeza andam colocando alguma coisa na comida desses jovens. Isso só pode ser o excesso daquela caixa de imagens_ era óbvio que a mesma referia-se a televisão, enquanto Asuka corava e emburrava.
_No entanto, _Seraphina continuava_ isso não é importante. Durandal foi renascida pegue-a e dê o fora daqui, e não se esqueça de levar aquele seu irmão, amigo ou o que seja.
_Você só pode estar brincando! _ esbravejava o garoto_ primeiro você seqüestra a garota, depois me faz passar por um portão maluco e quase enfrentar uma guria mais maluca ainda. Sem contar que você quase mata a refém, e agora q surge essa espada e você não quer me dizer nada?! Eu exijo respostas _emendava Asuka em um tom imponente.
_Para quem estava gritando e quase ficando louco por causa da morte de uma ningenryutaro você está bem convicto agora...
_ E-Eu não estava nem aí para a morte dela. _dizia o jovem se envergonhando_ Eu estava preocupado com a essência do ryutaro presente nela.
_É estava_ retrucava Seraphina nem um pouco convencida com a tal desculpa.
_E já que você falou, cadê meu irmão caçula?
Por coincidência ou destino, a parede se quebra e por ali passam Rikuto e Lörien ainda lutando.
_ Já basta Lörien!_ ordenava Seraphina_ Nosso objetivo já foi cumprido.
_Sim, minha senhora _dizia Lörien se curvando.
_Você está bem fraco não é Rikuto?
_Você sabe o porquê nii-sama...
_Suas desculpas são inaceitáveis, treine mais_ Akira parecia como um sensei para o irmão.
_Sim, nii-sama _ Rikuto era obediente ao irmão mais velho.
_Akira quando vai deixar de ser tão prepotente? _ perguntava Asuka.
_Garota só te conheço há uns dias tudo bem?! Não pense que sabe de mim.
_Se a nuvem de amor que paira sobre suas cabeças já se foi, quero que vocês saibam que tem mais pessoas por aqui! _ Lörien falava rispidamente.
_NÃO HÁ AMOR NENHUM!!! _ Retrucavam os dois com os olhos em labaredas.
_Tsc. _ Lörien virava a cara ignorando-os.

_O escolhido dos céus, pode, por favor, me seguir então? _ Seraphina cortando a discussão.
_Creio que pedindo assim eu poderei lhe seguir.
_Prepotente..._ sussurrava Asuka.
_Se quiserem podem vir também, não se esqueça da espada moleque.
Seraphina, seguida de Lörien levava os jovens por corredores largos, brilhantes e com aberturas no topo das paredes, por onde pássaros passavam. Abria portas pelo caminho, todas envolvidas por esmeraldas, assim como a maior parte do templo. Agora todos cruzavam uma sala cheia de mulheres belas, todas trajando lindos vestidos verdes com detalhes em esmeralda.
_Quem são elas?_ perguntava Rikuto maravilhado.
_São as musas do Santuário das Vozes do Silêncio. Elas abençoam os elementais para evitar os terríveis distúrbios naturais do vento, como furacões, por exemplo. Mas com as bobagens humanas é difícil impedir todos os desastres.
Continuaram andando até que por fim chegaram a uma pequena porta vermelha, por onde todos entraram.
_Aqui podemos conversar tranquilamente_ falava Seraphina fechando a porta.
_Comecemos do início então_ continuava_ Este Santuário é um dos sete templos que protegem o mundo. O sétimo, porém não é visto desde períodos distantes da existência humana consciente. Nós guardamos a Adaga de Amatherion, um antigo ladrão que lutou na Guerra Celeste. Creio que o único que saiba um pouco disso seja o véu dos anjos, Akira.
_Sei muito pouco. Apenas o que minha mãe me contou.
_Tudo bem! Dessa incompetência eu não o culpo. Poucos sabem dessas histórias. Só os líderes dos santuários e seus mais fiéis servos. Continuando, Amatherion deixou sua adaga seu bem mais valioso, com a mensagem que um dia seria necessário um sacrifício especial de um ningenryutaro para reativá-la assim que a hora chegasse. Quando foi passada a liderança a mim, eu pesquisei tudo sobre a adaga e a história da Guerra Celeste, ao fim sem encontrar muito, mas o bastante para sanar minha sede de conhecimento. Descobri que um anjo, um ser que Deus criou logo após a encarnação do mal, Lúcifer, se revelar como seu oposto, ou seja, sua criação mais perfeita se rebelar, se sacrificou pelo bem dos humanos. Esse anjo segundo a lenda era possuidor de algo que os anjos comuns não têm, os sentimentos. Como a adaga de Amatherion é real, e minha curiosidade não me deixava tranqüila com meus pensamentos, eu decidi pesquisar e procurar o tal anjo. Após anos de trabalho duro, eu encontrei você Akira, o possuidor do anel de Ryutaro. E como era necessário o sacrifício de uma ningenryutaro para reviver a adaga eu pedi que Lörien seqüestrasse Asuka. Eu que já lhe seguia há algum tempo sabia que você tinha algumas habilidades celestes, e que poderia usar o Sopro de Vida na garota. Eu só não contava que você seria o tal anjo das lendas. Quando percebi, entendi porque o ser lendário se diferenciava dos demais anjos, é porque ele é um humano encarnado.
_Sim. Eu sou a reencarnação de Lutrael, o anjo do equilíbrio eterno_ dizia Akira convicto_ Eu sou o ser errante, e diferente das lendas, sem preparo nenhum e sem quase que motivo nenhum para lutar, a não ser deter akuseishins. Eu fui criado apenas por minha mãe e com alguns irmãos, nunca tive um pai, e não sei onde ele está, e nem quero pois ele nos abandonou. Minha mãe depois de algum tempo me disse que ele tinha a abandonado porque ela era uma musa do Santuário de Lutrael, o sétimo perdido. Ela não me disse muita coisa mais, ela apenas chorava muito e me abraçou forte até eu dormir. Quando eu acordei, ela tinha sumido e me deixado uma carta que assim dizia...
“Meu filho, você precisa seguir destino, grandes provações você irá enfrentar e eu não queria nunca ter que deixá-lo, mas no momento é necessário. Seus irmãos mais velhos lhe explicarão tudo. Saiba sempre que eu te amo.”
_Meus irmãos me explicaram tudo, sobre eu ser a reencarnação do tal anjo, o que de início foi um choque e me disseram que eu tinha que ficar forte para futuramente visitar os santuários e me apoderar de certos itens sagrados que serão úteis na minha missão. Logo depois de uns dias, disseram que Rikuto e meu outro irmão iriam ficar com alguns parentes e que era pra eu me mudar pra cá. E agora estou aqui.
_Seus irmãos foram corretos em muitas coisas. E creio que você não esperava que sua jornada começasse tão cedo como agora. Seus poderes são fortes, mas você precisa dos itens que seus irmãos citaram para usufruir deles. Na verdade, os itens todos são espadas. As espadas mais sagradas da história, empunhadas por deuses, reis e heróis. Não é uma jornada fácil, pois apesar de estarmos no século XXI e serem somente viagens aos templos, nem todos acreditarão na veracidade da sua identidade, além de que existem várias coisas que andam pelas sombras, como as antigas sociedades que desejam os poderes das armas, e o seu próprio poder Akira e ainda os próprios akuseishins e seus colaboradores. Não só você, mas você precisa guiar a garota também, e todos seus aliados atuais e futuros.
_Tudo bem... Eu entendi e eu me viro com isso_ a prepotência volta a dominar Akira_ por onde eu saio daqui?
_Hum... Eu não disse não é? Devo ter me esquecido...
_Esquecido do que?_ diz o jovem impaciente.
_Nii-sama fique mais calmo, espere a moça dizer o que tem a dizer_ Rikuto era muito educado, apesar de estar extasiado com a visão dos seios de Seraphina.
_Obrigado Rikuto-kun_ diz a sacerdotisa esboçando um sorriso e debruçando os seios pra alegria do menino._ Lörien... Meu saquê, por favor.
_Mas Seraphina-sama é não é hora pra beber.
_Não discuta comigo! Quero beber, o jovem Akira ainda tem algo a fazer aqui no templo.

Fim do capítulo...
Próximo: O Supra-Contrato: Tenshi-Keiyakusho

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Capítulo VIII : O Supra-Contrato: Tenshi-Keiyakusho


_O quê?
Akira estava claramente desgostoso com a idéia de continuar no palácio ainda mais com o que Seraphina acabara de dizer.
_Isso mesmo. Para você ter posse dos plenos poderes da Durandal, terá que firmar contrato com o guardião protetor dela, no caso Emerald. E para isso terá que ir até uma sala especial desse santuário, o único local que é possível materializar o guardião da espada enquanto ele não tiver um contrato_ explicava.
_Então me leve lá imediatamente. Preciso seguir em frente com minha jornada e levar a garota de volta pra mãe.
_Não me trate como um bebê_ Asuka com certeza não gostara de como Akira se referiu a ela, Rikuto claramente podia ver uma aura assassina dominá-la.
_Que seja_ retruca Akira sem dar importância_ mostre-me a sala.
_Como quiser, mas que fique claro que você vai precisar levar Asuka-chan e Rikuto-kun, não vou trabalhar de babá pra você.
_Eu quero ficar!_ se impõe Rikuto_ Imagina se alguém ataca o santuário e todas essas indefesas mulheres ficam sozinhas, não posso permitir_ a fixação pelos seios da sacerdotisa chegava a ser absurda.
_Indefesas? Indefesos serão os loucos que tentarem invadir_ dizia Akira e Asuka com os dispositivos de sarcasmo ligados.
_O que disseram?_ perguntava uma feição bondosa de Lörien com olhar que parecia tentar decepá-los.
_Oni!(demônio)
Asuka e Akira acabaram por se acuar amedrontados pela cólera da linda “mulher demônio”.
_E você irá com eles moleque!_ continuava Lörien, apontando para Rikuto.
_Sim...
_Vocês são muito engraçados_ dizia Seraphina com largas risadas misturadas às falas_ Só por isso, mandarei Lörien com vocês, acho que vão ficar bem assim.
_O quê?_ Lörien se virava espantada_ mas Seraphina-sama..._ olhava fixamente para a mestra e sabendo que nada iria adiantar_ tudo bem, sua vontade é a minha.
_Ainda bem que todos concordam. Então vamos para a sala.
Todos saíram da sala e seguiram Seraphina. Voltando pelo caminho até chegarem ao salão das musas, as quais se aprontaram rapidamente já esperando o que viria a acontecer. Seraphina pede para que os demais se afastem e começa a recitar um encantamento.

“Ó detentor de todas as chaves, Thorbänn, o porteiro dos céus e do submundo, retire um de seus pertences e traga para essa dimensão.”

Fazendo isso, a roupa de Seraphina sai de seu corpo deixando-a totalmente nua. Da tatuagem que desce da barriga às coxas começa a se materializar um objeto semelhante a uma seta quebrada, que começa a se desdobrar montando uma flecha com a parte traseira em forma de coroa circular. Rapidamente a sacerdotisa leva a mão às costas materializando seu arco, armando-o e apontando o projétil para a larga parede em sua frente, enquanto um traje, parecido com os das musas porém mais sofisticado, transmuta em seu corpo.
_O portão que não se abre desde as antigas gerações, agora aparecerá revelando outra dimensão. KEY OF HOPE!!!
Seraphina dispara a flecha, fazendo a parede ruir e uma enorme luz transbordar pela sala, e consigo mostrando um enorme portão azul-prateado com uma grande esmeralda justamente no local onde a flecha atingiu.
Akira, Asuka, Rikuto e Lörien estavam chocados com o que viam. O portão era maravilhoso e a esmeralda tão grande que poderia erguer um reino inteiro com seu valor.
_E como vamos abrir esse portão?_ Asuka nem terminara de dizer e a flecha começou a girar, fazendo exatamente o papel de uma chave, por fim, abrindo o portão.
_Então vamos ok? _ Akira já se dirigia para a nova sala, seguido de todos os outros.
_Hum... Esqueci de dizer uma coisa se Emerald não aceitar seu contrato, vocês ficarão presos para sempre na Meso-Terra.
_O quê!?_ exclama Asuka_ deixe-me voltar, eu tenho que ir pra escola!
O chão se desfaz e o grupo cai no buraco, onde seus gritos ficam apenas em ecos.

_Asuka... Asuka... levante-se_ Rikuto dizia levantando a garota.
_Hum... O-obrigado Rikuto-kun.
_Não nos atrase, ande depressa_ avisava Lörien indiferentemente.
_Ora sua...
_Hunf...
O lugar onde caíram parecia com o Santuário das Vozes do Silêncio mas, o espaço era circular com pilastras espaçadas com tochas em sua estrutura que cercavam um solo central habitado apenas por um altar, além disso havia uma porta do outro lado da sala e fontes nas paredes por onde saia uma água cristalina como nenhuma outra. Asuka como estava com muita sede foi direto beber a tal água.
_Não!_ Lörien já pula por cima de Asuka evitando que uma incrível bola de fogo acerte a garota_ Você está bem?
_Sim, obrigada.
_Tsc..Ótimo então não saia por aí sem conhecer o lugar.
_Parabéns! Vocês passaram no meu primeiro teste_ dizia uma voz grossa misturada com baforadas.
_De onde veio essa voz?_ perguntava Rikuto.
_Não sei... Mas quem for que seja apareça imediatamente_ gritava Asuka.
_Espirituoso você, gosto de pessoas assim, não vejo uma pessoa tão cabeça dura a séculos_ no mesmo instante ficava visível um homem perto do altar central soltando inúmeras gargalhadas.
_Quem é você?_ questionava Akira.
_Aquele que lhe pergunta_ a feição do homem agora estava séria_ está pronto pra abrir mão da vida e fazer o Tenshi-Keiyakusho, o supra-contrato?_ e logo soltou mais uma farta risada.

Fim do Capítulo...
Próximo: A Ordem de Lutrael

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Capítulo IX :A Alma Desolada


Uma gota de suor gelado escorrendo pela face de Asuka, que por pouco não havia morrido e agora engole seco por se deparar com mais um indivíduo estranho.
Akira após tudo o que havia passado volta a olhar de forma como se o mundo fosse irrelevante, mas sempre apreensivo, pois se fossem atacados pelo desconhecido talvez não tivesse tempo de convocar Ame-o Murakumo.
Rikuto e Lörien apesar da situação ainda parecem não se dar muito bem, já que mesmo que um possível inimigo estivesse ali não deixavam de cruzar olhares desconfiados esgueirados.
O clima de tensão só aumenta, ainda é possível sentir uma forte pressão no ar, Asuka solta um suspiro de dor devido à dificuldade em respirar e perde o equilíbrio.
_Oh! Peço-lhe perdão minha jovem bela! Deixe-me afrouxar suas vestes para que melhor respire.
O desconhecido num relance chegou às proximidades de Asuka impedindo sua queda, e já começara a abrir seu uniforme de colegial.
_ECCHIIIIIIIIIIIIIIIIIII! _ Asuka desfere várias pancadas, mesmo abalada pela pressão do ar _ Quem você pensa que é para começar a tirar minha roupa, seu Dom Juan da fantasia _ grita se afastando do homem _ Só porque eu fui raptada, morri, ressuscitei e agora estou presa no “País das Maravilhas Macabro” não quer dizer que o negócio é liberado não, seu pervertido, HENTAI, onde já se viu ir colocando a mão em mim, nem seu nome eu sei, e ainda parece que você saiu de um filme pirata do Senhor dos Anéis.
Todos incrédulos com a reação de Asuka, pois até agora se portava como uma dama exemplar e a pouco se mostrara mais terrificante que uma assassina de aluguel.
_HAHAHAHAHA _ o homem soltara uma risada farta _ Espirituosa também essa garota... Já sei! Você e o moleque ali já são um casal_ diz apontando para Akira.
_Ora seu... _ Lörien rapidamente coloca sua arma defronte Asuka impedindo sua passagem.
_Não esqueça porque estamos aqui_ fala Lörien calmamente_ E não seria legal arriscar o pescoço caso você tropece em alguma armadilha de novo.
Asuka rapidamente se encolhe devido a vergonha de ter causado problemas, e já mentaliza a visão de uma bola de fogo acertando-a.
_Quem é você?_ Akira novamente pergunta.
_Já disse. Sou aquele que quer saber se você é capaz de completar um Tenshi-Keiyakusho.
_O que devo fazer? _ Akira pergunta inocentemente.
_Hã? _ o homem lhe olha pasmado_ Vocês realmente entraram aqui, sem ter nem idéia do que seria o Tenshi-Keiyakusho? São mais idiotas do que eu pensava.
_Quem é idiota? Quer que eu faça picadinho de você? _ Rikuto desafia, por sinal parecia outra pessoa, totalmente diferente do jovem educado.
_Você pode tentar, mas só ficaria provado que nossas habilidades estão a dimensões em distância.
_Você é esperto por reconhecer minhas habilidades... HAHAHAHA_ Rikuto se vira todo imponente, crente na admissão do seu oponente.
_Eu acho que ele estava falando que você é fraco Rikuto-san_ cochicha Asuka a Rikuto.
_HAHAHA... A virgem que acordou Durandal apesar de fraca tem algum senso de cognição._ o homem desdenha novamente.
_Estava me chamando de burra é?_ uma aura enraivecida contorna Asuka_ E pare de falar essas coisas indecentes sobre mim, seu V-E-L-H-O!
_V-V-V-Velho...
_Olha o velhote ficou triste O-ho-ho-ho-ho_ ria Asuka maldosamente com uma mão em frente a boca.
_Chega!_ Akira parecia já impaciente_ Vamos terminar isso logo para que eu possa me livrar de vocês e ir descansar. Já tive muita novela pra um dia só.
_Vamos Ame-no Murakumo! Consuma toda a maldade e que se faça a luz.
O crucifixo novamente brilha e sua espada aparece. A katana brilhava ferozmente, mas parece que ainda estava afetada da luta anterior com Seraphina.
_Oh! Você então possui Ame-no Murakumo também. Mas parece desconhecer seus poderes, e não sou eu que o ajudarei. Eu reconheço o poder que flui dentro de você, mas diferente de você eu já o vi com total capacidade, já que lutei na Guerra Celeste.
_Então você realmente é Amatherion. _Lörien continuava_ Eu sabia que já o havia visto, tinha uma imagem sua gravada no portão dourado.
_Tudo bem! Agora que já sabem meu nome, podemos prosseguir ao seu teste Akira, ou devo lhe chamar de L..
_Prossiga, isso mesmo_ interrompia Akira rindo de forma suspeita.
_Após a Guerra Celeste, meu corpo e alma foram divididos por Emerald, tudo que vocês tem que fazer é me libertar, para que eu possa descansar em paz. Para isso devem unir minha alma aqui com meu corpo após essa porta, a qual só consigo atravessar acompanhado de alguém que queira o poder da espada.
_E como confio em você?_ desconfia Akira.
_Ou confiam ou ficam aqui para sempre.
Dito isso Akira empunha sua espada e começa a se dirigir a porta.
_Você vai na frente Amatherion.
_Com todo prazer.

Os dois atravessam tranquilamente, todavia quando os demais tentam atravessar são impedidos por uma espécie de barreira invisível. Akuseishins começam a se materializar na sala onde Asuka, Rikuto e Lörien se encontravam.
_Você nos enganou_ esbraveja Akira.
_Eu disse que só poderia passar com alguém que queira o poder da espada, e só você o quer. _ Amatherion se aproxima de um sarcófago acorrentado e com alguns dizerem as correntes se partem.
_Você não disse que Akuseishins os atacariam.
_É.. Não se pode confiar num ladrão. _ Mais luzes se acendem na sala onde estão e a barreira que separava Akira dos demais fica toda negra impedindo que o mesmo visse o outro lado.
Amatherion abre o sarcófago e uma luz cegante inunda a sala e ao cessar, não parece ter acontecido nada de demais.
_Sabe Luke...
_Não me chame por esse nome_ Akira corta rispidamente.
_Não tente enganar seu passado moleque, eu já tentei, mas após anos preso aqui por ter ajudado Lutrael em sua missão, e com o peso de ter abandonado minha família por essa idiotice, eu não acredito mais em tais sentimentos. A verdade é que a dentro da Ordem de Lutrael existiam traidores, e por causa da fé cega do imbecil, nós guerreiros que o acompanharam fomos aprisionados em suas armas celestes. Tudo porque ele se sacrificou pela raça imunda dos humanos, mas Emerald me mostrou que eu posso ser melhor e eu me uni a ele, e seu fim chegará antes que possa correr atrás de seus companheiros.
_Irradie como o Sol... SORADENKI! _O feixe de luz acerta diretamente Amatherion_ Eu não sou como o primeiro humano que continha o poder de Lutrael, não me importo com o que aconteça com eles. Tenho minha própria missão a completar...
_Não tente enganar um ladrão, sei que quer que pareça que não se importa com seus companheiros. E quando eu disse que eu havia me unido com Emerald, não quis dizer apenas me aliado, somos um.

“Treva negra, fim do luar, pesadelo dos mortais, o quinto batalhão de Lúcifer, liberte o poder desta besta adormecida”

O local começara a tremer, e um véu parecido com o que Ryuukyu usara em seu corpo envolve Amatherion.
O campo negro de energia se expande a uma velocidade incrível, um forte vendaval atinge Akira, o qual se segura cravando sua espada no chão. Ao abrir os olhos Akira testemunha uma fera gigante semelhante a um dragão de escamas verdes esmeralda, porém em partes apodrecidas de tal forma que os ossos do mesmo eram aparentes, sem contar os corpos que apareciam espalhados pelo chão.
O ambiente num segundo se infestou de puro enxofre, tornando o ar quase impossível de se respirar, acompanhado de alguns gases que pareciam inflamáveis.
_Minha arte é magnífica não é? _Amatherion dizia orgulhoso_ Você não conseguirá sair daqui e terminará como todos esses sacerdotes que buscaram o poder de Durandal invadindo o meu portão. E depois de você, arrancarei a cabeça daquela virgem... BWHAHAHAHAHAHA

Fim do Capítulo...
Próximo: Libertação

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