Após a leitura de toda a saga de Harry Potter, pude ver que termina com o "DEZENOVE ANOS DEPOIS". A minha começa depois de vinte e um, quando Alvo Severo Potter e Rosa Weasley já estão no terceiro ano. Más calma, nenhum Potter ou Weasley será o principal dessa história. É um aluno chamado Tomáz Lenz Keppler, ou somente Tom. Ele volta para Hogwarts depois de enterrar um ente muito querido, e vai buscar saciar sua sede por vingança. Más não mostra esse desejo de início, pois quando tiver as primeiras pistas de quem foi, vai encontrar um corredor cheio de portas, e terá que entrar na certa para não se perder em outros corredores. Para essa aventura, terá a ajuda de Alvo, Julie e de alguns mais que irão aparecendo ao decorre da história. Muitos irão ajudá-los, esse é o perigo...
O ponteiro menor batia no número doze, e o menor se aproximava do quatro. Vários pontinhos brilhantes do céu enfeitavam a noite de lua minguante.
Numa rua escura com poucas casas, as mesmas todas iguais, com somente cerquinhas dividindo-as, andava rapidamente um garoto de cabelos escuros, olhos cor de mel com as pupilas claras. Dava para ver, por conta de uma luminária muito estranha que segurava. Olhava para a esquerda, seguida da direita e vira e mexe estava espiando o que se passava por trás dele. Não havia nada, ou ninguém a espreita.
Achou num banco da rua, um bom lugar para descansar. Do outro lado daquela rua escura, havia uma placa enferrujada. Podia-se ler: Rua Bafaewes.
O garoto estica sua iluminaria esquisita, que agora podia-se ver, era fina como um pedaço de pau, só que estilizado à mão. Com um pequeno tranco na luminária; ou pedaço de pau, ele diz rapidamente:
-Nox!
A luz branca se apaga, ele guarda aquele pedaço de pau de uns vinte e cinco centímetros de comprimento no bolso da calça escura.
O garoto fica ali durante dois longos minutos, não se mexeu pra nada. Parecia estar hipnotizado, más só parecia. Após os dois minutos, via-se duas luzes de automóvel correrem pela rua, até o banco onde ele estava. Já parado, o ônibus que chegou velozmente pára e um rapaz desce os degraus.
-Olá! Esse é o ônibus para bruxos perdidos... –antes que pudesse continuar, o garoto se levanta dizendo:
-Eu sei disso, é por isso que estava aqui.
-Esperou muito senhor?
-Não, até onde sei, esse é o ônibus mais rápido que existe. Impossível demorar muito.
-Suba, por favor. Muitos esperam chegar nos seus destinos até o raiar do dia.
-Sim, claro. Perdão.
O garoto se segura no ferro da porta do ônibus e se empurra para cima, subindo os três degraus.
Este, era um ônibus de dois andares, ou até três. Cheio de camas, com muitas pessoas roncando e rolando de uma lado para o outro. O rapaz que agora já estava dentro do grande ônibus azulado se apresenta:
-Olá, sou Gregory Lukowieck.
-Agora estou me lembrando, já vi seu rosto no profeta diário. Trabalha nisto há cinco anos não é mesmo?
-É, fará seis anos na semana de natal.
-Ainda falta muito, cinco longos meses...
-Depende pra quem diz. Pra mim logo chega.
-Tem trinta e um anos, não é mesmo?
-Vinte e oito. – corrigiu Gregory. – E você, tem quantos senhor?
-Treze, e por favor, não precisa se dirigir a mim por senhor, chame-me de Tom.
-Então tudo bem, Tom. Sente-se que o ônibus já vai partir, só devemos aguardar mais dez segundos de espera neste local.
O motorista, de cabelos grisalhos, óculos finos, que ficava na ponta de seu nariz enorme, e tinha consigo um relógio que corria mais do que aquele que se encontrava no início da rua Bafaewes.
-Pronto Ernestro! Os dez segundos se passaram, VAMOS! – gritou numa altura que não acordou nenhum dos passageiros.
Tom arregalou os olhos quando o ônibus deu o primeiro impulso para andar, foi como se continuassem parados. Logo, sem perceber, o mesmo já corria numa velocidade extremamente elevada.
-Já tinha me esquecido desse detalhe!
O ônibus parecia que ia levantar vôo. Para tanto, só faltava uma rampa.
-Os trouxas não nos vêem, não é mesmo? – perguntou Tom com ar de que não era necessário uma resposta. Sabia tudo sobre esses ônibus.
Todavia, Gregory fez questão:
-Os trouxas não nos vêem, senão já estaríamos em Azkaban. Más se batermos, você já deve imaginar o estrago.
O rapaz ergueu os braços para o alto, e a esquerda deixou cair no couro cabeludo. Coçou a cabeça e disse:
-Que profissional eu sou? Nem perguntei para onde deseja ir.
-Estamos indo na direção certa, não se preocupe. É para a estação de trem.
-Não é um pouco cedo para voltar à Hogwarts meu caro jovem? –num tom irônico.
-Talvez, sim. Tive que me retirar no segundo mês letivo. Minha tia avó paterna morreu.
-Sinto muito. – e se virou ao motorista. – Ouviu Nerstro? Vamos para a estação mais próxima.
-Ouvido e entendido. Passageiro, - o motorista dirigiu-se a falar com Tom – aguarde vinte e três segundos de meu relógio.
Tom não conseguiu dizer OK! E já estavam na porta da estação.
-Obrigado Gregory e... – tentou se lembrar do outro nome - Nerstro, não é mesmo?
-Sim, é Ernestro, más ele gosta de como o apelidei.
Tom se vira para entrada, Gregory o chama atenção:
-E suas bagagens?
-Minha coruja trouxe.
O rapaz ficou pálido. Incrédulo perguntou:
-Colocou magia em sua coruja?
-Não, ela não é bem uma coruja. Descende de uma linhagem de aves de milhões de anos atrás. Ela é rara, uma verdadeira relíquia.
-Entendo, - ainda incrédulo com o que ouviu de início – agora temos que ir, adeus!
O ônibus partiu. Numa velocidade incrivelmente elevada. Viajou quase cem quilômetros em pouquíssimo tempo.
Andou pela estação já fechada. Nenhum guarda o viu. Chegou perto da linha de trem e observou atentamente ao muro que nele havia um relógio gigante. Marcava meia-noite e meia. Olhou para um canto do outro lado dos trilhos vago, ninguém iria ali. Que trouxa ousaria atravessar a trilha de um trem? Deu de ombros e atravessou.
Para que ninguém soubesse que ele estava ali, apunhalou seu pedaço de pau, e o esticou pra gente, fazendo um X, disse:
-Salvio hexia... Protego totalum... Repello trouxatum... – foi circulando, fechando uma roda de proteção de três metros quadrados.
Após feito isso, tocou sua suposta varinha no chão. De - repente, o esperado ocorre, surge naquele chão um enorme travesseiro, no qual Tom cabia deitado.
Fechou os olhos, seguro de que ninguém o veria. Dormiu...
Abria os olhos devagar, via um círculo radiante muito distante do chão, brilhava intensamente, era sem dúvidas o sol.
-Tomáz, venha cá já. O café da manhã está pronto. – disse uma voz meiga que esvoaçava de uns dez metros.
Levantou-se devagar. Parecia que dormiu há horas naquele gramado maravilhoso que circulava uma enorme casa rosada. Tom se dirige à porta de entrada, e...
-Tomáz! Não entre!
Era a voz de sua mãe novamente, só que agora, bem mais tensa e assustada.
-Mãe? O que está acontecendo? – Tom pergunta com ar de desespero.
Correu. Entrou na casa clara graças a tantas janelas por todo lado e ali, bem no chão de madeira escura, estava uma senhora ensangüentada. Sua mãe chorava no peito daquela mesma. Tom não pôde conter-se e chorou. Sua voz saiu engasgada e difícil:
-Vo-vó R-o-se!
Caminhou até o corpo da senhora e ajoelhou-se. Sua mãe dizia também com muita dificuldade:
-Rosene! NÃÃÃOO! – sua voz ecoou por todos os cantos da casa e por não terem vizinhos, ninguém ouviu.
A mãe de Tom se levanta com dificuldade e pegando um pergaminho com uma pena e tinta diz ao filho:
-Coloque um cobertor sob o corpo de sua tia avó.
Mandou, e ele cuidadosamente obedeceu. Pegou uma varinha das mãos estiradas dela a colocou na cômoda do recinto. A mãe olhando para o filho que chorava sem parar escreve no pergaminho:
-“Teodoro Keppler,
sei que seu trabalho aí no ministério é preciso, más ocorreu uma tragédia em nossa família que você é muito mais preciso. Teo, por favor, não mande uma coruja dizendo que está preso no trabalho do ministério da magia, sua família precisa de você, agora! Maristela Lenz Keppler.”
Dobrou o pergaminho poucas vezes e deu a uma coruja que sai de uma gaiola de prata. Apanha-o e voa ligeira pelo céu ensolarado. Maristela se vira para o filho mais uma vez e diz:
-Venha cá, seu pai logo virá e saberemos quem fez isso meu filho.
Aquele enorme travesseiro o confortava, abrindo os olhos pôde perceber que tudo não se passou de um mero sonho. Na verdade, uma lembrança.
Se levantou aos poucos e já de pé sacou a varinha e apontou para o travesseiro de pena que se encolheu até ter um tamanho que podia coloca-lo no bolso da blusa.
Estava com fome, podia ouvir sua barriga roncar ferozmente. Avistou dali uma lanchonete. Não ousou sair da barreira de proteção, ainda não sabia se haviam pessoas já ali. Esperto escolheu o melhor salgado da bancada e:
-Accio coxinha!
Estranhou que o feitiço dera certo, nunca fizera-o com um alimento tão comum de trouxas. Apunhalou o salgado e o comeu.
Reparou o relógio, nele, marcavam quase onze da manhã. Esperou o primeiro trem que passasse. Não demorou muito. Em poucos segundos chega um.
A porta não se abriu do lado onde estava. Tentou forçá-la a abrir, más não adiantava. Como ousam esses trouxas?
-Alorromora!
Novamente mostra uma cara de surpreendido. Não sabia que esse também funcionava com algo tão estranho. Más não deixa de ser uma porta, então o feitiço funcionou.
Entrou no trem, olhou para ambos lados. Não havia ninguém, exceto um dormindo em um dos bancos. Viu a seguinte porta que levava-o para o outro lado aberta e a passou.
Pronto, já estava do outro lado sem ser percebido. Na estação haviam algumas pessoas. Na lanchonete, estava um gritando.
-Que diabos me ocorreu? Podia jurar que deixei a coxinha do cliente aqui, no balcão!
Um outro com ar de autoridade olhou ao homem de avental e disse:
-Está demitido! Não posso permitir mortos de fome nos meu estabelecimento. Fora!
Tom pensou por um segundo em ajudar o homem injustiçado, más foi frio e continuou a caminhar. Quem o ouviria? É um bruxo? Prove!
Sabia que não podia. É fora das regras.
Andou ligeiramente até a placa que marcava Nove e meia. E atravessou uma parede onde se localizava a mesma. Olhando para trás, a placa que marcava a plataforma mostrava: Nove três quartos
Estava agora numa outra estação, uma mais velha e charmosa.
Entrou rapidamente no trem que partiu quando o ponteiro menor bateu no onze.
O trem estava praticamente vazio. Tom se sentou na primeira cabine e esperou chegar em Hogsmeade. Desembarcou depois de horas de viagem.
Olhou para o vilarejo próximo e se dirigiu ao mesmo. Avistou um homem alto, um pouco magro, cabelos escuros.
-Professor Longbottom! – Sorriu um pouco alegre por vê-lo. – O que faz por aqui?
-Vim comprar remédios de plantas carnívoras. O estoque de Hogwarts está acabando.
-Ah sim! – olhou triste para o chão. – Você sabe por que estou voltando, não sabe?
-Foram enterrar sua tia avó. Rosene era encantadora. Agora, está ao lado de muitos amigos meus.
-Espero.
-Venha comigo para Hogwarts. Só vou passar naquela loja de doces para saciar a vontade. Enquanto isso, pode ir andando por aí. Só não vá muito longe, pois se não te achar, irei embora e então, até as aulas!
-Ta ok. Pode ir...
Tom observa corujas sobrevoarem por Hogsmeade, muitas se preparava pra pousar, outras, iam sem parar pelo céu que ganhava um sol intenso.
Minutos depois chega Neville com um doce miúdo em suas mãos.
-Esse me faz lembrar dos velhos tempos.
- Professor, vamos? Já estava com saudades da escola.
Neville riu. Tom era um de seus melhores alunos.
- Vamos.
Caminharam, durante um bom tempo. Pareceu quase uma hora.
- Finalmente! Uma semana fora de Hogwarts parece com as férias. E como odeio as férias.
O professor de Herbologia riu novamente.
- Alvo perguntou por você.
-E o que o respondeu?
- Na verdade, quem o respondeu foi a professora McGonagall. Ela disse que você foi enterrar um parente muito querido.
- Não pude escrevê-lo. Meu pai usou a minha coruja para se comunicar com o ministério enquanto estava licenciado.
- E a coruja dele?
- Parece que morreu.
- Quem mataria uma coruja? Deve ter sido alguém que não tem sentimentos. Como um certo alguém que quase me matou. Você sabe quem...
-Tom Riddle? – não gostava de ouvir esse nome, achava que de certa forma, carregava algo como uma Horcrux deixada pelo Lorde. – Não acho que ele não tinha sentimentos. Más talvez sua segunda forma sim, - e deixou um ar de suspense – Lorde Voldemort. Más claro que não tem nada a ver contra a coruja essa pessoa que a matou. E sim com a mensagem que ela carregava.
- Quem estaria atrás de informações do ministério?
- É o que ainda não sabemos. Melhor deixar isso para o ministério da magia. Não é mesmo?
- Claro! Kingsley tomará as decisões.
Chegaram em Hogwarts. A melhor escola de magia e bruxaria de todo o mundo. O lugar mais seguro que existia.
Entram pelo grande portão e Alvo o vê de longe, próximo de uns degraus.
- Tom!
- Alvo!
Neville os deixa a sós e se retira sem ser percebido pelos dois.
- A professora Minerva disse que você tinha ido enterrar um parente. Quem morreu Tom?
- Minha tia avó paterna. Rosane. – disse Tom, num tom triste.
- Meus pêsames. – e tentou alegrar o amigo: - Já vi uma manchete dela no profeta diário. Ela era uma bruxa muito poderosa.
- Sim. Ela me ensinou muitos feitiços. Simples, más o básico para meus oito, nove e dez anos.
- Venha, o Hugo está na biblioteca. Estava indo pra lá.
- Espere, antes tenho que ir falar com a Sra. Diretora.
- É mesmo. Ah! Sua coruja parece mais forte do que antes!
- Papai a treinou bastante nessa semana que estive fora. – brincou.
Alvo, com os trajes da Grifinória, partiu acenando para o amigo.
Tom olhou para o salão de entrada e pensou:
- Finalmente, estou de volta. Estava com saudade dessa minha segunda casa.
Passou a varinha pelo corpo e suas vestes mudaram de cor e forma. Estava com o uniforme da Sonserina. Uma das quatro casas de Hogwarts.
O novo diretor, que não era bem novo, já faziam mais de vinte anos que puseram-o no cargo, era ninguém menos, ninguém mais do que a professora e diretora substituta Minerva McGonagall. De início ela rejeitou, pois Harry Tiago Potter era quem merecia com honra o cargo. Más hesitou, então a pedido do mesmo, ela aceitou.
Más sua sala continuava sendo a mesma há décadas! Jamais mudaram algo na do antigo diretor, Sr. Dumbledore. Era como uma sala reservada, onde o Sr. Potter ia as vezes, quando passava na escola.
Quem é esse Harry Tiago Potter?
Sim, o bruxo mais falado de todos os tempos. Ora o menino que sobreviveu, ora o eleito, ora indesejável número um. Além de tudo isso é o homem que deu um fim às trevas e trouxe a paz de volta para todo o mundo.
Subiu as escadas e enfim chegou num cômodo não muito grande, más aconchegante.
- Olá Tom. – sua voz de vovó o fazia lembrar-se de Rosane. – O monitor chefe da Sonserina já levou as bagagens que sua coruja estranha - lembrou-se daquela ave diferente –, trouxe.
- Professora, - assim que ela gostava que se dirigissem-na - estou varado de fome. Só pude comer uma coxinha de manhã. Já é de tarde e só não comi o doce do professor Neville, pois sou educado.
-Se fosse Tiago Sirius em seu lugar, certamente teria pedido.
Riram baixinho. Tom e Minerva tinham uma boa relação. Isso por que ele entrou na escola no ano anterior.
-Você é o aluno mais jovem e mais maduro que conheci há décadas.
-O último foi quem? O Sr. Potter?
-Talvez, más acho que seria certo dizer... – hesitou por um instante e disse com firmeza – Tom Riddle.
Mais uma vez ouviu aquele nome que só trouxe desgraça para todos a sua volta, ser comparado com ele. Que horror!
-Tom, não estou o comparando com aquele rapaz que deixou se levar pelas trevas. Só citei sua maturidade, más para o seu lado, algo bom, que te trará bons momentos em Hogwarts.
-Professora, estou liberado? Quero ir falar com Alvo e Hugo na biblioteca. – sorriu.
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A MINHA CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA
Capítulo um
Capítulo um
O ponteiro menor batia no número doze, e o menor se aproximava do quatro. Vários pontinhos brilhantes do céu enfeitavam a noite de lua minguante.
Numa rua escura com poucas casas, as mesmas todas iguais, com somente cerquinhas dividindo-as, andava rapidamente um garoto de cabelos escuros, olhos cor de mel com as pupilas claras. Dava para ver, por conta de uma luminária muito estranha que segurava. Olhava para a esquerda, seguida da direita e vira e mexe estava espiando o que se passava por trás dele. Não havia nada, ou ninguém a espreita.
Achou num banco da rua, um bom lugar para descansar. Do outro lado daquela rua escura, havia uma placa enferrujada. Podia-se ler: Rua Bafaewes.
O garoto estica sua iluminaria esquisita, que agora podia-se ver, era fina como um pedaço de pau, só que estilizado à mão. Com um pequeno tranco na luminária; ou pedaço de pau, ele diz rapidamente:
-Nox!
A luz branca se apaga, ele guarda aquele pedaço de pau de uns vinte e cinco centímetros de comprimento no bolso da calça escura.
O garoto fica ali durante dois longos minutos, não se mexeu pra nada. Parecia estar hipnotizado, más só parecia. Após os dois minutos, via-se duas luzes de automóvel correrem pela rua, até o banco onde ele estava. Já parado, o ônibus que chegou velozmente pára e um rapaz desce os degraus.
-Olá! Esse é o ônibus para bruxos perdidos... –antes que pudesse continuar, o garoto se levanta dizendo:
-Eu sei disso, é por isso que estava aqui.
-Esperou muito senhor?
-Não, até onde sei, esse é o ônibus mais rápido que existe. Impossível demorar muito.
-Suba, por favor. Muitos esperam chegar nos seus destinos até o raiar do dia.
-Sim, claro. Perdão.
O garoto se segura no ferro da porta do ônibus e se empurra para cima, subindo os três degraus.
Este, era um ônibus de dois andares, ou até três. Cheio de camas, com muitas pessoas roncando e rolando de uma lado para o outro. O rapaz que agora já estava dentro do grande ônibus azulado se apresenta:
-Olá, sou Gregory Lukowieck.
-Agora estou me lembrando, já vi seu rosto no profeta diário. Trabalha nisto há cinco anos não é mesmo?
-É, fará seis anos na semana de natal.
-Ainda falta muito, cinco longos meses...
-Depende pra quem diz. Pra mim logo chega.
-Tem trinta e um anos, não é mesmo?
-Vinte e oito. – corrigiu Gregory. – E você, tem quantos senhor?
-Treze, e por favor, não precisa se dirigir a mim por senhor, chame-me de Tom.
-Então tudo bem, Tom. Sente-se que o ônibus já vai partir, só devemos aguardar mais dez segundos de espera neste local.
O motorista, de cabelos grisalhos, óculos finos, que ficava na ponta de seu nariz enorme, e tinha consigo um relógio que corria mais do que aquele que se encontrava no início da rua Bafaewes.
-Pronto Ernestro! Os dez segundos se passaram, VAMOS! – gritou numa altura que não acordou nenhum dos passageiros.
Tom arregalou os olhos quando o ônibus deu o primeiro impulso para andar, foi como se continuassem parados. Logo, sem perceber, o mesmo já corria numa velocidade extremamente elevada.
-Já tinha me esquecido desse detalhe!
O ônibus parecia que ia levantar vôo. Para tanto, só faltava uma rampa.
-Os trouxas não nos vêem, não é mesmo? – perguntou Tom com ar de que não era necessário uma resposta. Sabia tudo sobre esses ônibus.
Todavia, Gregory fez questão:
-Os trouxas não nos vêem, senão já estaríamos em Azkaban. Más se batermos, você já deve imaginar o estrago.
O rapaz ergueu os braços para o alto, e a esquerda deixou cair no couro cabeludo. Coçou a cabeça e disse:
-Que profissional eu sou? Nem perguntei para onde deseja ir.
-Estamos indo na direção certa, não se preocupe. É para a estação de trem.
-Não é um pouco cedo para voltar à Hogwarts meu caro jovem? –num tom irônico.
-Talvez, sim. Tive que me retirar no segundo mês letivo. Minha tia avó paterna morreu.
-Sinto muito. – e se virou ao motorista. – Ouviu Nerstro? Vamos para a estação mais próxima.
-Ouvido e entendido. Passageiro, - o motorista dirigiu-se a falar com Tom – aguarde vinte e três segundos de meu relógio.
Tom não conseguiu dizer OK! E já estavam na porta da estação.
-Obrigado Gregory e... – tentou se lembrar do outro nome - Nerstro, não é mesmo?
-Sim, é Ernestro, más ele gosta de como o apelidei.
Tom se vira para entrada, Gregory o chama atenção:
-E suas bagagens?
-Minha coruja trouxe.
O rapaz ficou pálido. Incrédulo perguntou:
-Colocou magia em sua coruja?
-Não, ela não é bem uma coruja. Descende de uma linhagem de aves de milhões de anos atrás. Ela é rara, uma verdadeira relíquia.
-Entendo, - ainda incrédulo com o que ouviu de início – agora temos que ir, adeus!
O ônibus partiu. Numa velocidade incrivelmente elevada. Viajou quase cem quilômetros em pouquíssimo tempo.
Andou pela estação já fechada. Nenhum guarda o viu. Chegou perto da linha de trem e observou atentamente ao muro que nele havia um relógio gigante. Marcava meia-noite e meia. Olhou para um canto do outro lado dos trilhos vago, ninguém iria ali. Que trouxa ousaria atravessar a trilha de um trem? Deu de ombros e atravessou.
Para que ninguém soubesse que ele estava ali, apunhalou seu pedaço de pau, e o esticou pra gente, fazendo um X, disse:
-Salvio hexia... Protego totalum... Repello trouxatum... – foi circulando, fechando uma roda de proteção de três metros quadrados.
Após feito isso, tocou sua suposta varinha no chão. De - repente, o esperado ocorre, surge naquele chão um enorme travesseiro, no qual Tom cabia deitado.
Fechou os olhos, seguro de que ninguém o veria. Dormiu...
Abria os olhos devagar, via um círculo radiante muito distante do chão, brilhava intensamente, era sem dúvidas o sol.
-Tomáz, venha cá já. O café da manhã está pronto. – disse uma voz meiga que esvoaçava de uns dez metros.
Levantou-se devagar. Parecia que dormiu há horas naquele gramado maravilhoso que circulava uma enorme casa rosada. Tom se dirige à porta de entrada, e...
-Tomáz! Não entre!
Era a voz de sua mãe novamente, só que agora, bem mais tensa e assustada.
-Mãe? O que está acontecendo? – Tom pergunta com ar de desespero.
Correu. Entrou na casa clara graças a tantas janelas por todo lado e ali, bem no chão de madeira escura, estava uma senhora ensangüentada. Sua mãe chorava no peito daquela mesma. Tom não pôde conter-se e chorou. Sua voz saiu engasgada e difícil:
-Vo-vó R-o-se!
Caminhou até o corpo da senhora e ajoelhou-se. Sua mãe dizia também com muita dificuldade:
-Rosene! NÃÃÃOO! – sua voz ecoou por todos os cantos da casa e por não terem vizinhos, ninguém ouviu.
A mãe de Tom se levanta com dificuldade e pegando um pergaminho com uma pena e tinta diz ao filho:
-Coloque um cobertor sob o corpo de sua tia avó.
Mandou, e ele cuidadosamente obedeceu. Pegou uma varinha das mãos estiradas dela a colocou na cômoda do recinto. A mãe olhando para o filho que chorava sem parar escreve no pergaminho:
-“Teodoro Keppler,
sei que seu trabalho aí no ministério é preciso, más ocorreu uma tragédia em nossa família que você é muito mais preciso. Teo, por favor, não mande uma coruja dizendo que está preso no trabalho do ministério da magia, sua família precisa de você, agora! Maristela Lenz Keppler.”
Dobrou o pergaminho poucas vezes e deu a uma coruja que sai de uma gaiola de prata. Apanha-o e voa ligeira pelo céu ensolarado. Maristela se vira para o filho mais uma vez e diz:
-Venha cá, seu pai logo virá e saberemos quem fez isso meu filho.
Aquele enorme travesseiro o confortava, abrindo os olhos pôde perceber que tudo não se passou de um mero sonho. Na verdade, uma lembrança.
Se levantou aos poucos e já de pé sacou a varinha e apontou para o travesseiro de pena que se encolheu até ter um tamanho que podia coloca-lo no bolso da blusa.
Estava com fome, podia ouvir sua barriga roncar ferozmente. Avistou dali uma lanchonete. Não ousou sair da barreira de proteção, ainda não sabia se haviam pessoas já ali. Esperto escolheu o melhor salgado da bancada e:
-Accio coxinha!
Estranhou que o feitiço dera certo, nunca fizera-o com um alimento tão comum de trouxas. Apunhalou o salgado e o comeu.
Reparou o relógio, nele, marcavam quase onze da manhã. Esperou o primeiro trem que passasse. Não demorou muito. Em poucos segundos chega um.
A porta não se abriu do lado onde estava. Tentou forçá-la a abrir, más não adiantava. Como ousam esses trouxas?
-Alorromora!
Novamente mostra uma cara de surpreendido. Não sabia que esse também funcionava com algo tão estranho. Más não deixa de ser uma porta, então o feitiço funcionou.
Entrou no trem, olhou para ambos lados. Não havia ninguém, exceto um dormindo em um dos bancos. Viu a seguinte porta que levava-o para o outro lado aberta e a passou.
Pronto, já estava do outro lado sem ser percebido. Na estação haviam algumas pessoas. Na lanchonete, estava um gritando.
-Que diabos me ocorreu? Podia jurar que deixei a coxinha do cliente aqui, no balcão!
Um outro com ar de autoridade olhou ao homem de avental e disse:
-Está demitido! Não posso permitir mortos de fome nos meu estabelecimento. Fora!
Tom pensou por um segundo em ajudar o homem injustiçado, más foi frio e continuou a caminhar. Quem o ouviria? É um bruxo? Prove!
Sabia que não podia. É fora das regras.
Andou ligeiramente até a placa que marcava Nove e meia. E atravessou uma parede onde se localizava a mesma. Olhando para trás, a placa que marcava a plataforma mostrava: Nove três quartos
Estava agora numa outra estação, uma mais velha e charmosa.
Entrou rapidamente no trem que partiu quando o ponteiro menor bateu no onze.
O trem estava praticamente vazio. Tom se sentou na primeira cabine e esperou chegar em Hogsmeade. Desembarcou depois de horas de viagem.
Olhou para o vilarejo próximo e se dirigiu ao mesmo. Avistou um homem alto, um pouco magro, cabelos escuros.
-Professor Longbottom! – Sorriu um pouco alegre por vê-lo. – O que faz por aqui?
-Vim comprar remédios de plantas carnívoras. O estoque de Hogwarts está acabando.
-Ah sim! – olhou triste para o chão. – Você sabe por que estou voltando, não sabe?
-Foram enterrar sua tia avó. Rosene era encantadora. Agora, está ao lado de muitos amigos meus.
-Espero.
-Venha comigo para Hogwarts. Só vou passar naquela loja de doces para saciar a vontade. Enquanto isso, pode ir andando por aí. Só não vá muito longe, pois se não te achar, irei embora e então, até as aulas!
-Ta ok. Pode ir...
Tom observa corujas sobrevoarem por Hogsmeade, muitas se preparava pra pousar, outras, iam sem parar pelo céu que ganhava um sol intenso.
Minutos depois chega Neville com um doce miúdo em suas mãos.
-Esse me faz lembrar dos velhos tempos.
- Professor, vamos? Já estava com saudades da escola.
Neville riu. Tom era um de seus melhores alunos.
- Vamos.
Caminharam, durante um bom tempo. Pareceu quase uma hora.
- Finalmente! Uma semana fora de Hogwarts parece com as férias. E como odeio as férias.
O professor de Herbologia riu novamente.
- Alvo perguntou por você.
-E o que o respondeu?
- Na verdade, quem o respondeu foi a professora McGonagall. Ela disse que você foi enterrar um parente muito querido.
- Não pude escrevê-lo. Meu pai usou a minha coruja para se comunicar com o ministério enquanto estava licenciado.
- E a coruja dele?
- Parece que morreu.
- Quem mataria uma coruja? Deve ter sido alguém que não tem sentimentos. Como um certo alguém que quase me matou. Você sabe quem...
-Tom Riddle? – não gostava de ouvir esse nome, achava que de certa forma, carregava algo como uma Horcrux deixada pelo Lorde. – Não acho que ele não tinha sentimentos. Más talvez sua segunda forma sim, - e deixou um ar de suspense – Lorde Voldemort. Más claro que não tem nada a ver contra a coruja essa pessoa que a matou. E sim com a mensagem que ela carregava.
- Quem estaria atrás de informações do ministério?
- É o que ainda não sabemos. Melhor deixar isso para o ministério da magia. Não é mesmo?
- Claro! Kingsley tomará as decisões.
Chegaram em Hogwarts. A melhor escola de magia e bruxaria de todo o mundo. O lugar mais seguro que existia.
Entram pelo grande portão e Alvo o vê de longe, próximo de uns degraus.
- Tom!
- Alvo!
Neville os deixa a sós e se retira sem ser percebido pelos dois.
- A professora Minerva disse que você tinha ido enterrar um parente. Quem morreu Tom?
- Minha tia avó paterna. Rosane. – disse Tom, num tom triste.
- Meus pêsames. – e tentou alegrar o amigo: - Já vi uma manchete dela no profeta diário. Ela era uma bruxa muito poderosa.
- Sim. Ela me ensinou muitos feitiços. Simples, más o básico para meus oito, nove e dez anos.
- Venha, o Hugo está na biblioteca. Estava indo pra lá.
- Espere, antes tenho que ir falar com a Sra. Diretora.
- É mesmo. Ah! Sua coruja parece mais forte do que antes!
- Papai a treinou bastante nessa semana que estive fora. – brincou.
Alvo, com os trajes da Grifinória, partiu acenando para o amigo.
Tom olhou para o salão de entrada e pensou:
- Finalmente, estou de volta. Estava com saudade dessa minha segunda casa.
Passou a varinha pelo corpo e suas vestes mudaram de cor e forma. Estava com o uniforme da Sonserina. Uma das quatro casas de Hogwarts.
O novo diretor, que não era bem novo, já faziam mais de vinte anos que puseram-o no cargo, era ninguém menos, ninguém mais do que a professora e diretora substituta Minerva McGonagall. De início ela rejeitou, pois Harry Tiago Potter era quem merecia com honra o cargo. Más hesitou, então a pedido do mesmo, ela aceitou.
Más sua sala continuava sendo a mesma há décadas! Jamais mudaram algo na do antigo diretor, Sr. Dumbledore. Era como uma sala reservada, onde o Sr. Potter ia as vezes, quando passava na escola.
Quem é esse Harry Tiago Potter?
Sim, o bruxo mais falado de todos os tempos. Ora o menino que sobreviveu, ora o eleito, ora indesejável número um. Além de tudo isso é o homem que deu um fim às trevas e trouxe a paz de volta para todo o mundo.
Subiu as escadas e enfim chegou num cômodo não muito grande, más aconchegante.
- Olá Tom. – sua voz de vovó o fazia lembrar-se de Rosane. – O monitor chefe da Sonserina já levou as bagagens que sua coruja estranha - lembrou-se daquela ave diferente –, trouxe.
- Professora, - assim que ela gostava que se dirigissem-na - estou varado de fome. Só pude comer uma coxinha de manhã. Já é de tarde e só não comi o doce do professor Neville, pois sou educado.
-Se fosse Tiago Sirius em seu lugar, certamente teria pedido.
Riram baixinho. Tom e Minerva tinham uma boa relação. Isso por que ele entrou na escola no ano anterior.
-Você é o aluno mais jovem e mais maduro que conheci há décadas.
-O último foi quem? O Sr. Potter?
-Talvez, más acho que seria certo dizer... – hesitou por um instante e disse com firmeza – Tom Riddle.
Mais uma vez ouviu aquele nome que só trouxe desgraça para todos a sua volta, ser comparado com ele. Que horror!
-Tom, não estou o comparando com aquele rapaz que deixou se levar pelas trevas. Só citei sua maturidade, más para o seu lado, algo bom, que te trará bons momentos em Hogwarts.
-Professora, estou liberado? Quero ir falar com Alvo e Hugo na biblioteca. – sorriu.
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