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(A Segunda Guerra reavivou as disputas imperialistas do início do século XX.)

Considerada uma verdadeira guerra mundial, a Segunda Guerra foi conseqüência de um conjunto de continuidades e questões mal resolvidas pelos tratados de paz estabelecidos após a Primeira Guerra Mundial. Os confrontos foram divididos entre duas grandes coalizões militares: os Aliados, liderados por Estados Unidos, Inglaterra, França e União Soviética; e o Eixo, composto pela Itália, Alemanha e Japão. Em conseqüência de suas maiores dimensões, os conflitos foram desenvolvidos na Europa, Norte da África e países do Oceano Pacífico.

No período entre 1918 e 1939, a economia mundial sofreu um grande abalo gerado pela crise de 1929. Na época, a economia dos EUA financiava e fornecia produtos às principias nações européias atingidas pelos conflitos da Primeira Guerra Mundial. Além disso, a miséria de algumas nações, como no caso da Itália e da Alemanha, propiciou a ascensão de grupos políticos nacionalistas de extrema direita. Ao mesmo tempo, as disputas imperialistas ainda dominavam a concorrência da economia mundial.

A Liga das Nações, órgão instituído para manter a paz entre as nações, não conseguiu cumprir o seu papel, e esfacelou mediante a corrida militarista preparada pelas nações inconformadas pela hegemonia política e militar exercida pelos vencedores da Primeira Guerra Mundial. Sem possuir uma única razão, essa guerra foi conseqüência do exacerbado desenvolvimento industrial das nações européias. De certa forma, levando em consideração suas especificidades, a Segunda Guerra parecia uma continuidade dos problemas da Primeira Guerra.


Preparativos da segunda guerra Mundial:
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(O encontro das autoridades inglesas, francesas, alemãs e italianas na Conferência de Munique.)
Os tratados de paz assinados depois da Primeira Guerra são importantes documentos para a compreensão dos motivos que levaram as grandes potências mundiais a um novo conflito. De forma muito severa, os pontos de cada um desses acordos ordenou a imposição de duras punições que promoveram uma grave crise econômica entre as nações vencidas. Entre os Estados mais afetados, podemos destacar os impactos sofridos na Alemanha e na Itália.

Mesmo fazendo parte do grupo vitorioso da Primeira Guerra, a Itália não obteve as devidas compensações nos acordos firmados. Os prejuízos econômico e financeiro trazidos com o conflito foram seguidos por altos índices de desemprego, a paralisação de setores produtivos e diversas convulsões sociais de movimentos de extrema direita e esquerda. Nesse momento surgiu a figura de Benito Mussolini que instituiu um governo totalitário apoiado em promessas de supremacia e recuperação da situação italiana.

Vivendo impactos ainda mais severos, a Alemanha tinha sua crise enquanto conseqüência das punições impostas pelo Tratado de Versalhes. O processo inflacionário alemão fez com que a população acumulasse sacos de dinheiro para realizar a compra de uma simples fatia de pão. Em meio a tais condições adversas, um ex-combatente austríaco chamado Adolf Hitler comandou a formação do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Seguindo doutrinas antidemocráticas, raciais e imperialistas, Hitler tornou-se líder máximo do Estado alemão.

A ineficácia política da Liga das Nações, órgão criado após a Primeira Guerra, também teve grande importância. Sem o apoio efetivo das principais potências da época, esse órgão internacional não refreou a retomada dos conflitos e hostilidades diplomáticas que retomavam o cenário político internacional. Em 1931, o Japão promoveu a invasão do território chinês da Manchúria. Quatro anos depois, os italianos conquistaram a Abissínia (atual Etiópia). Sob o comando de Hitler o governo alemão descumpriu o Tratado de Versalhes tomando as regiões de Sarre e da Renânia.

O temor de uma nova guerra fez com que as demais nações fossem tolerantes com tais ações imperialistas. Após fazerem uma parceria militar na Guerra Civil Espanhola (1936 – 1939), alemães e italianos se mostravam preparados para uma nova guerra. Contando com o posterior apoio do governo japonês, Alemanha e Itália formaram o Eixo Roma-Berlim-Tóquio. Logo em seguida, alegando a existência de uma maioria alemã na região, Hitler anexou a região dos Sudetos que faziam divisão com a república Theca.

Afrontados com a invasão alemã ao Estado criado pelas potências vencedoras, Inglaterra e França convocaram Hitler e Mussolini para uma rodada de negociações. Na chamada Conferência de Munique, representantes franceses e britânicos optaram pelo reconhecimento da conquista alemã, depois de Hitler comprometer-se a não realizar mais nenhuma conquista territorial sem o consentimento da Inglaterra e da França.

Por outro lado, Inglaterra e França tinham se comprometido a proteger a Polônia, região cobiçada pelos alemães, de qualquer ataque aos seus territórios. A cobiça de Hitler sobre essa região advinha do controle do chamado “corredor polonês”, que desembocava em uma saída para o mar, no Porto de Dantzing. Dando seu último passo para a guerra, Hitler assegurou um acordo de não-agressão com os russos através do Pacto germano-soviético, em 1939. Evitando um confronto com a potência soviética, as tropas nazistas invadiram a Polônia naquele mesmo ano. Dessa forma, iniciava-se a Segunda Guerra Mundial.

O mundo depois da Segunda Guerra Mundial
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(Clement Attlee, Harry Truman e Joseph Stalin durante a Conferência de Potsdam, em julho de 1945.)
O fim da Segunda Guerra trouxe um grande prejuízo ao continente Europeu. Sendo o maior palco dos conflitos, o Velho Mundo fez parte de números inimagináveis. O conflito contabilizou um gasto total de 413, 25 bilhões de libras, fabricou mais de 296 mil aviões e 53 milhões de toneladas de equipamentos navais. Por todo o mundo, cerca de 45 milhões de vidas foram ceifadas, sendo a grande maioria de inocentes.

Por outro lado, existiram aquelas nações que viram no sangrento conflito uma grande oportunidade de ganho econômico. Os canadenses fabricaram mais de 16 mil aviões e 3 milhões de navios. Em curto espaço de tempo, ampliou sua indústria de metais pesados, principalmente nas áreas de alumínio, níquel, cromo e aço. Os Estados Unidos, considerado o maior beneficiário, dobrou o seu parque industrial nos anos de guerra.

Depois de estabilizada a situação, os países aliados começaram a promover os diálogos sobre a situação política e econômica mundial. Inglaterra e Estados Unidos assinaram a Carta do Atlântico, documento onde abriam mão de qualquer ganho territorial e defendiam a soberania das nações envolvidas. Entre os anos de 1943 e 1945, diversas reuniões internacionais foram realizadas com o propósito de selar diferentes acordos diplomáticos.

Na Conferência de Teerã, de novembro de 1943, União Soviética, Estados Unidos e Inglaterra definiram a incorporação das nações bálticas e elaboraram uma possível divisão do Estado alemão. Em fevereiro de 1945, a Conferência de Ialta reafirmou o princípio de autodeterminação dos povos e a instalação de regimes democráticos. Alemanha e Áustria perderam sua autonomia política, sendo divididas em diferentes zonas de ocupação.

A última e mais importante reunião de líderes mundiais aconteceu na Conferência de Potsdam, ocorrida entre julho e agosto de 1945. Os líderes soviéticos defendiam total autonomia no processo de reorganização política dos territórios ocupados na Europa Central. Em resposta, os líderes ocidentais eram contrários à intervenção soviética na região mediterrânea e na África. Os territórios alemães foram fragmentados em zonas de ocupação francesa, britânica, estadunidense e soviética.

Com relação às punições deferidas contra os alemães, ficou acordada uma multa indenizatória de 20 bilhões de dólares, sendo metade destinada à União Soviética. A indústria bélica alemã foi anulada, a indústria pesada sofreu limitações e instalou-se um tribunal internacional destinado ao julgamento das principais lideranças do regime nazista. Entre 1945 e 1946, o chamado Tribunal de Nuremberg sentenciou vinte e um líderes nazistas.

Depois de tais acordos, o continente europeu passou por um processo de divisão por zonas de influência política. Os soviéticos dominaram a região oriental da Europa dando força política aos partidos políticos comunistas na Albânia, Bulgária, Romênia, Hungria Tchecoslováquia e Polônia. Na região da Iugoslávia as frentes anti-nazistas, independentes do poderio soviético, instalaram um governo comunista liderado pelo general Josip Broz Tito.

A parcela ocidental da Europa foi influenciada pelos Estados Unidos. Com exceção de Portugal e Espanha, a região foi dominada por diversos governos democrático-liberais. Ao Japão foi imposto o Tratado de São Francisco, que declarou aos japoneses a perda de todos os territórios conquistados durante a guerra. Com o avanço comunista no Extremo Oriente, os EUA resolveram financiar a reestruturação da economia nipônica. Dessa maneira, foram dados os primeiros passos da chamada Guerra Fria.

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Créditos (fonte):
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Por (desconhecido)
Equipe Brasil Escola