A melhor fanficter dessa bagaça voltou!
Façam o favor de ler minha obra.
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Spoiler :
Capítulo 1 – O garoto pessimista e a garota radiante.
Ele continuava deitado em seu quarto pensativo. Usava seus jeans favoritos e uma camiseta xadrez, com seus cabelos milimetricamente bagunçados com gel. Era sexta-feira a noite, não havia nada de bizarro ou suspeito em um garoto de 17 anos saindo com os amigos. Apesar disso, continuava refletindo se não era melhor passar a noite jogando ou fazendo qualquer outra coisa.
Seu nome era Leonardo, mais conhecido com Leon. Um estudante qualquer de uma escola qualquer numa cidade qualquer. Não era bom em esportes, nem se destacava muito em nada que fazia.
Entretanto, caro observador, isso não significava que Leon era algo menos que extraordinário... Apenas que sabia ser um excelente ator. E levava muito bem essa vida de interpretação.
Afinal, aquela pessoa que pensa muito grande numa cidade muito pequena é sempre tachada de louca, e para ele não era nada interessante ter uma reputação negativa em troca de migalhas de atenção.
Levantou seu pulso a altura dos olhos e checou o relógio pela terceira vez nos últimos 5 minutos: Sete e meia. Ela estava atrasada... De novo. Talvez tenha desistido, suspirou, eu devia desistir também, pensou ele, apesar de que nas entranhas de sua alma desejasse que ela não tivesse desistido dele ainda.
Seu nome era Natalie, mais conhecida como pesadelo-loiro-destruidor-de-expectativas. E era exatamente tudo o que Leon não queria ser: Escandalosa, barulhenta e irritantemente otimista. E por algum motivo que desconhecia aquela bola de pelo amarela teria visto “um brilho deveras interessante para ser ignorado nos seus olhos” reproduzindo-a fielmente.
– É o Sol – ele havia respondido.
– Mas, eu não posso olhar diretamente o Sol, posso?
– Use óculos escuros.
E aquele não tinha sido o primeiro, e muito menos o último, dos curtos diálogos que infernizavam seus dias nas últimas duas semanas.
Você deve estar se perguntando o porquê de Leonardo estar tão ansioso para se encontrar com uma pessoa que ele detestava. Pois bem, não existe uma resposta exata para essa pergunta, devia ter algo a ver com a curiosidade adolescente, ou algum tipo de rebeldia contra a monotonia diária, ou talvez ele não a detestasse tanto a ponto de recusar uma proposta de conversa civilizada.
Não... É a curiosidade mesmo, concluiu ele. Até porque, ele provavelmente não teria aceitado sua proposta de conversa desprovida de segundas intenções se ela não tivesse seduzido-o na parte que lhe toca: A curiosidade.
Era ridiculamente coerente que ele fosse curioso, ele e todos os jovens que se interessavam minimante em história. Afinal, os retalhos de narrativas e tudo que fosse de mais de 30 anos atrás na cidade não eram nem um pouco satisfatórios, tinham o efeito contrário, atiçavam ainda mais a curiosidade. E todos os cidadãos com idade o suficiente para lembrar-se de alguma coisa, se recusam a falar sobre “aquela época terrível”.
A cidade era um estado independente, produzia tudo o que necessitava e o que não sabia produzir, era considerado um bem desnecessário, ou seja, grande parte dos eletrodomésticos e objetos manufaturados. Além disso, tinha poderosas muralhas que a isolavam completamente do mundo exterior.
Por isso e outros motivos que não convêm serem contados agora, caravanas de comerciantes e viajantes não passavam muito por ali.
A falta de contato com pessoas de fora, fez com que os moradores da cidade desenvolvessem sua própria maneira de falar e de agir, e julgavam o que era educado ou não. Era de maneira geral, um povo educado, porém discreto. Não gostavam de falar muito sobre si, porém, acima de tudo odiavam a grosseria.
E por esses e outros motivos, Natalie não era a pessoa favorita de boa parte da cidade.
Leonardo estava nesse grupo.
Ele não entendia como ela era capaz de conversar tão abertamente com estranhos, confidenciando-lhes segredos que ele não seria capaz de contar para seus amigos mais próximos, coisas... Pessoais.
Levantou-se da cama ligeiramente e foi tirar o bule, com água fervendo, de perto do fogo da pequena lareira que tinha em seu quarto e preparou um chá de camomila para si. Cheirou o vapor que saia da caneca e deu um sorriso relaxado.
Subiu a escada extensiva ao lado da lareira que levava ao telhado tomando cuidado para não derramar o chá, e sentou-se numa área plana que ele mesmo havia feito, longe da fumaça da lareira.
Observou a rua vazia e iluminada indagando novamente se ela viria. E imaginou o que seria o “lugar legal” que ela tinha descoberto e que queria mostrar. Nunca fora uma pessoa que se mete em encrencas, e não queria que uma forasteira viesse e destruísse seu trabalho duro de muitos anos.
Tomou um gole grande do chá.
Achava que deveria deixar a mulher pra lá, ela com certeza sairia da cidade daqui a algumas semanas no máximo, e depois disso iria deixá-lo em paz na sua vidinha sem muitas expectativas. É isso lhe parecia... Coerente.
Tomou mais um gole menor.
E viu no final da rua os cabelos loiros esvoaçantes indo em direção a sua casa, e pensou: “Mas não é de todo ruim tentar”
Ele continuava deitado em seu quarto pensativo. Usava seus jeans favoritos e uma camiseta xadrez, com seus cabelos milimetricamente bagunçados com gel. Era sexta-feira a noite, não havia nada de bizarro ou suspeito em um garoto de 17 anos saindo com os amigos. Apesar disso, continuava refletindo se não era melhor passar a noite jogando ou fazendo qualquer outra coisa.
Seu nome era Leonardo, mais conhecido com Leon. Um estudante qualquer de uma escola qualquer numa cidade qualquer. Não era bom em esportes, nem se destacava muito em nada que fazia.
Entretanto, caro observador, isso não significava que Leon era algo menos que extraordinário... Apenas que sabia ser um excelente ator. E levava muito bem essa vida de interpretação.
Afinal, aquela pessoa que pensa muito grande numa cidade muito pequena é sempre tachada de louca, e para ele não era nada interessante ter uma reputação negativa em troca de migalhas de atenção.
Levantou seu pulso a altura dos olhos e checou o relógio pela terceira vez nos últimos 5 minutos: Sete e meia. Ela estava atrasada... De novo. Talvez tenha desistido, suspirou, eu devia desistir também, pensou ele, apesar de que nas entranhas de sua alma desejasse que ela não tivesse desistido dele ainda.
Seu nome era Natalie, mais conhecida como pesadelo-loiro-destruidor-de-expectativas. E era exatamente tudo o que Leon não queria ser: Escandalosa, barulhenta e irritantemente otimista. E por algum motivo que desconhecia aquela bola de pelo amarela teria visto “um brilho deveras interessante para ser ignorado nos seus olhos” reproduzindo-a fielmente.
– É o Sol – ele havia respondido.
– Mas, eu não posso olhar diretamente o Sol, posso?
– Use óculos escuros.
E aquele não tinha sido o primeiro, e muito menos o último, dos curtos diálogos que infernizavam seus dias nas últimas duas semanas.
Você deve estar se perguntando o porquê de Leonardo estar tão ansioso para se encontrar com uma pessoa que ele detestava. Pois bem, não existe uma resposta exata para essa pergunta, devia ter algo a ver com a curiosidade adolescente, ou algum tipo de rebeldia contra a monotonia diária, ou talvez ele não a detestasse tanto a ponto de recusar uma proposta de conversa civilizada.
Não... É a curiosidade mesmo, concluiu ele. Até porque, ele provavelmente não teria aceitado sua proposta de conversa desprovida de segundas intenções se ela não tivesse seduzido-o na parte que lhe toca: A curiosidade.
Era ridiculamente coerente que ele fosse curioso, ele e todos os jovens que se interessavam minimante em história. Afinal, os retalhos de narrativas e tudo que fosse de mais de 30 anos atrás na cidade não eram nem um pouco satisfatórios, tinham o efeito contrário, atiçavam ainda mais a curiosidade. E todos os cidadãos com idade o suficiente para lembrar-se de alguma coisa, se recusam a falar sobre “aquela época terrível”.
A cidade era um estado independente, produzia tudo o que necessitava e o que não sabia produzir, era considerado um bem desnecessário, ou seja, grande parte dos eletrodomésticos e objetos manufaturados. Além disso, tinha poderosas muralhas que a isolavam completamente do mundo exterior.
Por isso e outros motivos que não convêm serem contados agora, caravanas de comerciantes e viajantes não passavam muito por ali.
A falta de contato com pessoas de fora, fez com que os moradores da cidade desenvolvessem sua própria maneira de falar e de agir, e julgavam o que era educado ou não. Era de maneira geral, um povo educado, porém discreto. Não gostavam de falar muito sobre si, porém, acima de tudo odiavam a grosseria.
E por esses e outros motivos, Natalie não era a pessoa favorita de boa parte da cidade.
Leonardo estava nesse grupo.
Ele não entendia como ela era capaz de conversar tão abertamente com estranhos, confidenciando-lhes segredos que ele não seria capaz de contar para seus amigos mais próximos, coisas... Pessoais.
Levantou-se da cama ligeiramente e foi tirar o bule, com água fervendo, de perto do fogo da pequena lareira que tinha em seu quarto e preparou um chá de camomila para si. Cheirou o vapor que saia da caneca e deu um sorriso relaxado.
Subiu a escada extensiva ao lado da lareira que levava ao telhado tomando cuidado para não derramar o chá, e sentou-se numa área plana que ele mesmo havia feito, longe da fumaça da lareira.
Observou a rua vazia e iluminada indagando novamente se ela viria. E imaginou o que seria o “lugar legal” que ela tinha descoberto e que queria mostrar. Nunca fora uma pessoa que se mete em encrencas, e não queria que uma forasteira viesse e destruísse seu trabalho duro de muitos anos.
Tomou um gole grande do chá.
Achava que deveria deixar a mulher pra lá, ela com certeza sairia da cidade daqui a algumas semanas no máximo, e depois disso iria deixá-lo em paz na sua vidinha sem muitas expectativas. É isso lhe parecia... Coerente.
Tomou mais um gole menor.
E viu no final da rua os cabelos loiros esvoaçantes indo em direção a sua casa, e pensou: “Mas não é de todo ruim tentar”